quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Construindo a confiança



Em quantas pessoas você realmente confia? A pergunta soa um tanto ingênua, mas nos faz refletir a respeito das nossas relações nos dias atuais.

Conhecemos um maior número de pessoas com as quais convivemos, os relacionamentos se multiplicam, os contatos sociais são facilitados.

Comunicamo-nos mais facilmente, através de e.mails, sites de relacionamento, telefones móveis.

E, paradoxalmente, nos sentimos cada vez mais sozinhos, mais vazios. Cheios de nomes na agenda telefônica, sem que possamos neles confiar, sem que possamos com eles contar, sem que tenhamos com quem dividir angústias, receios, medos e solidão.

Como escreveu o comediante americano George Carlin, construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.

E, como consequência, temos muitos conhecidos, mas conhecemos muito pouco as pessoas. Daí, nossa dificuldade em encontrar em quem confiar, com quem dividir os pesos que, muitas vezes, trazemos na alma. E gostaríamos de ter com quem compartilhá-los.

Mas, de onde nasce a confiança? Como se constrói a confiança de uns nos outros?

Se analisarmos que confiar pode ser interpretado também como fiar com, entendemos que a confiança se constrói no exercício contínuo da convivência, do estar junto, do fiar as coisas do dia-a-dia com companheirismo.

Quando nos permitimos a convivência com o próximo, o compartilhar das experiências, o dividir das responsabilidades, que aos poucos irão crescendo, estamos fiando as coisas da vida com os companheiros de jornada.

É natural que a confiança não nasça rápida e indistintamente. É necessário que seja cultivada, que seja vivenciada. Aí está o fiar com alguém.

Aquele que não se permite dividir pequenas tarefas, pequenas responsabilidades com o outro, sempre a desconfiar de alguém, descarta de antemão a possibilidade de construir a confiança mútua.

É verdade que seria insensato confiar sentimentos, informações ou decisões indistintamente, com qualquer pessoa do nosso relacionamento.

Mas o oposto também é um erro.

Sempre haverá aqueles com os quais poderemos começar o exercício da convivência, do compartilhar o pouco, para logo mais a confiança começar a se estabelecer.

Permitamo-nos sair da solidão e do isolamento, mesmo que cercados de uma multidão, para buscar esse ou aquele companheiro, a fim de iniciar o exercício de fiar juntos o sentimento da confiança.

Alguns logo nos mostrarão que não estão dispostos a esse exercício. Outros caminharão apenas um trecho conosco.

Porém, sempre haverá aqueles que aceitarão o convite da construção da amizade e da confiança.

Para chegar até esses, inevitavelmente passaremos por uns e outros. Mas serão sempre o convívio, o conhecimento mútuo e o compartilhar, as ferramentas que melhor nos servirão para a construção da confiança e da amizade.

Pensemos nisso e nos empenhemos nessa elaboração lenta e preciosa da confiança.

Redação do Momento Espírita


Fly Me To The Moon - Doris Day




Voe comigo para a lua
E deixe-me brincar entre as estrelas
Deixe-me ver qual primavera á como em Júpiter e Marte
Em outras palavras, segure minha mão
Em outras palavras, querido, beije-me

Encha meu coração com essa canção
E deixe-me cantar para além do sempre
Você é tudo que eu dejeso para, tudo que eu venero e adoro
Em outras palavras, seja verdadeiro
Em outras palavras, eu te amo

Quando nos afastamos de algo para vê-lo melhor



O distanciamento saudável é uma atitude pró-ativa. Neste sentido, quando nos distanciamos de um sentimento, de uma pessoa ou de uma situação, não queremos romper nossos vínculos, mas sim harmonizá-los. Márcia Mattos, durante um de seus cursos sobre Astrologia, comentou que para uma amizade existir verdadeiramente é necessário que as pessoas tenham a capacidade de saber manter uma distância entre elas.

Neste sentido, quando uma oportunidade de crescimento surgir para o outro, temos a vontade natural de incentivá-lo a ir de encontro àquilo que é melhor para ele, mesmo que isto represente distanciar-se de nós.

O distanciamento saudável surge ao passo que sabemos apreciar o outro em suas diferenças, seja em sua personalidade ou em seus momentos de vida. No entanto, cultivar este espírito de eqüidistância num relacionamento entre amigos é bem mais fácil do que numa parceria amorosa ou na relação entre sócios.

Afinal, o relacionamento de parceria cresce à medida que aumentamos o sentido de cooperar, de estar aliado ao outro. Como parceiros, necessitamos do outro perto de nós, justamente porque na área em que atuamos juntos é preciso somar forças ao invés de prosseguirmos sozinhos. Enquanto parceiros, temos que aprender a ceder, isto é, a abrir espaço para incluir o outro em nossa vida. Para tanto, precisamos frear o impulso costumeiro de agir isoladamente. Apesar de vivermos numa sociedade que incentiva a autonomia e a independência, somos cada vez mais dependentes uns dos outros.

Perdemos a habilidade tanto de nos aproximarmos como de nos distanciarmos adequadamente. Quando sentimos demais as dores alheias, perdemos nosso eixo de equilíbrio e bom senso. Sentir empatia por alguém não significa perder-se nele. Não sufocar o outro com nosso amor, idéias e esperanças é um desafio que exige contínua vigilância.

Acredito que um dos segredos para mantermos um distanciamento saudável, sem nos desligarmos afetivamente do outro, consiste em reconhecermos se estamos vivendo mais a vida dele do que a nossa própria. Quando o humor do outro passa a reger o nosso, quando os projetos de vida dele não incluem as nossas ambições, ou simplesmente quando o desejo do outro por nós é que passa a definir o grau de atração que sentimos por ele, atenção: é sinal que já ultrapassamos os limites de um distanciamento saudável! Pois estas atitudes indicam que caímos nas armadilhas da co-dependência. Isto é, nos tornamos presas fáceis da força alheia, quando nos afastamos demais de nós mesmos e deixamos de sermos autênticos!

Cair no extremo oposto também gera conflitos: quando nosso distanciamento passa a gerar um ar de arrogância é sinal que perdemos novamente a medida justa. Infelizmente, muitas vezes escondemos nossa insegurança numa postura orgulhosa. Nestes momentos, em geral temos dificuldade em perceber o quanto nos tornamos antipáticos! Pensamos expressar para o outro segurança e autoconfiança, mas ele já percebeu e se afastou, porque nos tornamos cada vez mais arrogantes.

Não precisamos nos colocar acima nem abaixo dos outros para nos validarmos. Lama Gangchen Rinpoche costuma nos dizer que, para ter um relacionamento saudável com um mestre, precisamos agir assim como quando estamos perto do fogo: se nos aproximarmos demais iremos nos queimar, mas se nos distanciarmos muito iremos sentir frio e solidão.

Quando abandonamos a necessidade de comandar todo o espetáculo, as lutas de poder nos relacionamentos cedem. Finalmente, aprendemos a reconhecer o distanciamento saudável e assim sentimos a presença do outro como o calor do fogo que nos entusiasma a estar juntos!

Por Bel Cesar

O que há de comum entre o budismo e a ciência?



Com a vinda de Sua Santidade Dalai Lama ao Brasil, tenho visto um crescente interesse dos jornalistas brasileiros sobre a relação entre o Budismo e a Ciência. Por isso, selecionei mais um texto do livro Autocura Tântrica III (Ed.Gaia) de Lama Gangchen Rinpoche, para que vocês, leitores do Somostodosum, pudessem também conhecer um pouco mais sobre este assunto!

BUDISMO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, O NOVO VEÍCULO DE SABEDORIA


Todos os fenômenos dos mundos externo e interno, com exceção do espaço natural e da vacuidade, existem na impermanência. Das maiores cadeias de montanhas, estrelas e galáxias à corrente interna de energia de vida dos seres humanos com suas emoções e pensamentos sempre em mutação, tudo está continuamente se desintegrando momento a momento e se transformando em outra manifestação de vida e de energia elemental.


A dança cósmica da criação, transformação e destruição, nos níveis grosseiro, sutil e muito sutil, segue o ritmo cósmico fundamental e a melodia do karma, da vacuidade e do surgimento interdependente dos fenômenos.


Em minha opinião, os iogues tântricos antigos e modernos, os mahasiddhas, santos, filósofos tibetanos (gueshes) e outros Seres Sagrados que pesquisam o mundo interior e os físicos que investigam o mundo externo, independentemente uns dos outros, descobriram a verdade da vacuidade e da interdependência dos fenômenos. É claro que, da perspectiva budista, tudo isso é criado pela mente.

Acreditamos que a investigação científica interna da mente sutil e da energia, realizada por muitas gerações de iogues, santos e grandes meditadores, é muito mais profunda e poderosa que a investigação científica do nível grosseiro, realizada por nossa geração atual. Entretanto, ambos parecem estar tocando a mesma realidade a partir de ângulos diferentes e em diferentes níveis. Os cientistas estão tocando a vacuidade e o surgimento interdependente dos fenômenos do ponto de vista objetivo, no nível grosseiro, baseados nos objetos manifestos e no que pode ser registrado pelas máquinas e conceitualmente formulado pela matemática.

Os mahasiddhas e grandes meditadores tocam a vacuidade diretamente, subjetivamente e sem conceitos, nos níveis sutil e muito sutil, baseados em sua experiência pessoal da dissolução de seus elementos, ventos e consciência; resultado do terem aprendido a cuidar de seus canais, ventos e gotas. Ambos estão tocando a vacuidade e o surgimento interdependente dos fenômenos utilizando as estruturas de suas próprias metodologias científicas.

Os iogues budistas afirmam o seguinte:

• Os fenômenos físicos e mentais são vazios de existência em si mesmos, pois todos os fenômenos são projeções de nossa mente nos níveis grosseiro, sutil e muito sutil, e o criador supremo do universo fenomênico é nossa mente muito sutil de clara luz.
• Todos os fenômenos se manifestam interdependentemente e funcionam devido ao karma (a lei de causa e efeito). Podemos examinar níveis diferentes de surgimento interdependente dos fenômenos, desde o mais grosseiro (as coisas dependem de suas partes, causas e condições) até a interdependência no nível muito sutil, quando percebemos que nosso rotular mental dos fenômenos é o verdadeiro ato de criação que os traz à realidade.
• O macrocosmo é um reflexo do microcosmo e vice-versa.

Conforme posso entender, as idéias defendidas pelos cientistas são as seguintes:

• Nenhum fenômeno do mundo material existe de forma concreta substancial ou independente como normalmente aparenta. Verificando o interior dos átomos, não encontramos nada além de espaço e energia em movimento.
• Todos os fenômenos materiais estão se desintegrando e se transformando momento a momento, no nível sutil, de acordo com uma precisa lei de conservação da energia, segundo a qual a energia nunca pode ser perdida no universo e, assim, se transforma continuamente em novas formas.
• Todos os fenômenos do macrocosmo e do microcosmo são uma grande rede interdependente. O macrocosmo reflete-se no microcosmo tal como os campos eletromagnéticos de nossos corpos.
• Alguns pesquisadores da física quântica afirmam que o universo material não pode ser entendido sem uma referência à consciência humana e que, de alguma forma, a mente está ajudando a criar os fenômenos materiais.

Em minha opinião, a visão dos iogues budistas está muito próxima da visão dos físicos de hoje. Talvez suas explicações sejam exatamente as mesmas, ou talvez, muito pouco diferentes. Mesmo não podendo ter certeza sobre isso, não há como negar que os físicos de hoje podem virtualmente concordar com a visão budista da realidade. Por isso, muitos cientistas estão começando a se interessar por aspectos específicos do budismo tibetano, e também por outras tradições espirituais antigas, como o hinduísmo e o taoísmo.


Os cientistas estão iniciando um diálogo com os iogues budistas porque o budismo pesquisou por completo a relação mente-matéria, os níveis sutil e muito sutil de consciência e os cinco elementos. Se os cientistas tivessem acesso a esse nível sutil subjetivo e objetivo da realidade, não precisariam comunicar-se com os Lamas. Isso não significa que os cientistas precisam tornar-se budistas. Os Lamas modernos como eu desejam apenas oferecer a essência da prática e da filosofia Prajnaparamita, Pramana, Abhidharmakosha, do Tantra e outros métodos aos cientistas, para que eles os utilizem como lhes parecer mais adequado.


Sua Santidade o Dalai Lama está pedindo à geração atual de Lamas que mostrem a qualidade da investigação budista ao mundo. Hoje em dia, quase tudo já foi examinado e pesquisado. As únicas coisas interessantes que ainda não foram pesquisadas por completo são as mensagens das antigas culturas de sabedoria, como o budismo tibetano. Precisamos fazer uma ponte entre a maravilhosa pesquisa dos cientistas modernos e a maravilhosa investigação dos lamas, iogues e mahasiddhas. Eu gostaria de organizar uma série de conferências sobre isso e publicar os resultados para poder apresentar com clareza as boas novas dos cientistas e iogues ao mundo.

Não é necessário que os cientistas entendam tudo sobre o budismo ou que os budistas entendam tudo sobre a ciência. Precisamos apenas explorar conjuntamente as áreas de interesse comum e fazer uma ponte, iniciar o diálogo e a comunicação. Essa troca é muito importante, pois neste século todos nós estaremos ligados à ciência ou à tecnologia, mas ainda estaremos procurando respostas profundas para o “sentido da vida e da realidade”.


É natural que os cientistas, em seu trabalho de investigação da realidade, usem seus termos científicos próprios para explicar suas descobertas. Mesmo não conhecendo o significado de algumas destas palavras, é possível ter algum sentimento sobre as verdades que eles estão tentando revelar.


Precisamos sentir e entender que essas duas correntes de visão e resultados experimentais possuem a capacidade de desvelar algo da natureza fundamental do universo. Embora os cientistas do mundo interno e externo se expressem de formas diferentes, sinto que existe certamente uma relação entre suas visões de mundo e, se fosse possível sintetizá-las, isso seria de grande benefício para a sociedade, tanto em termos do desenvolvimento da ciência e da tecnologia, quanto para o desenvolvimento da paz interior e da paz no mundo.


Por Bel Cesar

Pactos: o poder das promessas secretas!



Nosso cérebro está preso aos condicionamentos do subconsciente: ordens, pactos e acordos que fizermos em nosso interior são levados sempre a sério. Por isso, de tempos em tempos, temos que rever as cláusulas de nossos compromissos internos.

Pactos que fizemos quando ainda éramos crianças não têm prazo de validade. Eles atuam até nos propormos um novo acordo! No entanto, para nos libertamos de promessas feitas em nosso interior, temos inicialmente que recordá-las e, então, dar-lhes um novo direcionamento.


Por exemplo, em nossa cultura ocidental, nos chocamos com a cultura palestina que incentiva os seres humanos a se tornarem
homens-bomba: armas para matar outros seres humanos em prol de um objetivo maior. No entanto, um fato recente me fez refletir sobre como nós, ocidentais, podemos ter um comportamento semelhante quando decidimos dar a nossa vida em prol da vida de outra pessoa.

Soube que uma pessoa, da qual gostava muito, teria confessado ao seu filho que
sabia que ela iria morrer jovem, pois havia feito um pacto com Deus, no qual entregaria sua própria vida a Ele se seu irmão sobrevivesse de um coma profundo causado por um grave acidente. Esta história é real. De fato, ele faleceu prematuramente.

Inicialmente, fiquei chocada ao ouvi-la, mas depois comecei a me lembrar dos depoimentos de pacientes terminais que também haviam
entregado suas vidas com a intenção de salvar outras. Pais, filhos, amantes, irmãos.

Não pretendo julgá-los, nem como heróis ou ignorantes, mas me senti compelida a escrever este artigo com a intenção de refletir sobre o poder que temos de nos autoprogramar por meio de nossos pensamentos.


Bert Hellinger, elaborador do método de terapia sistêmica
Constelação Familiar,
notou em seu trabalho que certas pessoas se propõem inconscientemente a morrer no lugar de outras com a intenção de ajudá-las a superar uma grande dor.

Nestes casos, Hellinger analisa a história da família de origem de seus pacientes até localizar a causa desencadeadora do fato.
Em uma entrevista, Hellinger esclarece: Quando as pessoas sentem este desejo na alma, não quer dizer que o sigam sempre. Sentem-no. Às vezes porque o sentem, desenvolvem estranhos sintomas. Por exemplo, ficam gravemente doentes ou têm acidentes ou pensamentos suicidas.

Muitas dificuldades e doenças progridem a partir de frases ditas silenciosamente no coração. Uma é: Sigo-te na morte. A outra é: Faço-o no teu lugar. Mas por que é que as pessoas querem fazer isto? Porque se sentem ligadas de modo muito profundo aos membros da sua família. Às vezes, vemos pessoas que estão zangadas com a família, que parecem estar contra a família, e podem sentir-se envergonhadas de terem tais sentimentos. Mas, quando a pessoa fica diante de sua família durante as sessões de constelação familiar, de repente vem à luz que estão ligadas à sua família por um amor profundo muito especial.

Por meio da consciência e do potencial de nosso amor, podemos reescrever a nossa história. No entanto, precisamos nos conscientizar de nossos impulsos. Muitas vezes, mal pensamos em determinado assunto e já nos posicionamos com uma resposta imediata e sem reflexão. Afinal, tornou-se hábito responder algo como: Tem que ser assim. Esta é uma frase que pode revelar uma sentença de autocondenação: algo que nos impomos de modo precoce e até mesmo destrutivo.


Sempre procuro prestar atenção ao que digo a mim mesma em voz baixa. Escutar a nós mesmos é de grande valia em processo de autoconhecimento e crescimento interno. Por meio da consciência podemos mudar nosso destino pré-formatado!


Por Bel Cesar

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nossas almas são borboletas



A psiquiatra suíça Elizabeth Klüber Ross especializou-se no tratamento de pacientes terminais. Passou mais de 30 anos no trato de pessoas na iminência do processo de morte do corpo físico.

Em suas experiências, ela percebeu que crianças portadoras de doenças graves e terminais não apresentavam nenhum tipo de receio da morte, porém, tinham verdadeiro horror de serem enterradas.

Tinham em suas mentes as lembranças dos enterros de que já haviam participado, de algum avô ou outro parente próximo e sentiam medo de ter seus corpos fechados em uma caixa e enterrados, sem a possibilidade de respirar e se movimentar.

Mas ao perguntar-lhes sobre a morte, viam-na com verdadeira naturalidade, sem nenhum tipo de medo.

Assim são as crianças: conseguem ensinar-nos que os processos da vida são naturais e, por conseguinte, não há por que ter medo.

Elas falavam do medo de serem enterradas, do momento do funeral, não conseguindo dissociar morte e enterro, confundindo-se entre aquilo que sobrevivia e o que verdadeiramente acabava, no momento da morte.

Conta-se que, quando as tropas aliadas invadiram os campos de concentração na Alemanha e Polônia, encontraram algo que lhes chamou a atenção, nos barracões designados às crianças.

Nesses diferentes campos de concentração havia, por todas as paredes, nos barracões onde essas crianças passaram sua última noite, desenhos de borboletas.

Eram desenhos arranhados à unha, feitos com pedras ou pedaços de tijolos.

Essas crianças, em meio à miséria, fome e dor, apartados de seus afetos, conseguem nos dar a explicação maior da vida.

As borboletas que desenhavam era aquilo que intuitivamente percebiam ser a morte: a liberdade de um casulo pesado.

* * *

Ao morrer, somos todos borboletas a sair de seu próprio casulo, para conseguir alçar voos maiores.

No enterro, apenas o casulo permanece encerrado no cofre fúnebre enquanto a alma, a borboleta, tem a possibilidade de, liberada, alçar voos em céus de liberdade e de felicidade.

Quando entendermos a morte como processo de libertação do casulo e que a vida continua pujante e real, ela deixará de ser momento de conclusão da vida, como muitos pensamos, para ser momento de transformação, de continuidade em diferente etapa.

* * *

Ao deparar-nos com a morte de alguém que amamos, lembremos que o corpo que vemos é apenas o casulo que lhe foi emprestado, para as experiências necessárias.

E pensemos na borboleta que se liberta, para poder alçar voos, sob os desígnios amorosos de Deus.

Redação do Momento Espírita.

Mantendo a serenidade




Emmanuel e Chico Xavier
Do livro: Calma - FEB

Consideremos que existem atitudes e assuntos que preservam o equilíbrio e a serenidade do grupo de criaturas a que pertençamos na Terra, como já se dispõe de vacinas diversas que fazem a defesa da saúde humana.
Sabemos que nada sucede sem permissão da Divina Providência, mas todos somos chamados a cooperar com a Providência Divina que nos consente a liberdade de atuar nos acontecimentos do cotidiano, em nossa condição de espíritos responsáveis.
Saibamos arredar da nossa influência pessoal o que seja claramente desnecessário à sustentação da paz no campo dos outros.
Se ouviste algum apontamento desagradável, ao redor de pessoa determinada, assume a função de extintor do comentário infeliz, porque a transmissão de conhecimento desse naipe não tem qualquer significação construtiva.
Diante de um amigo, que se queixa desse ou daquele parente, não comuniques ao parente acusado o desabafo havido, porque apenas agravarias uma guerra familiar que adia indefinidamente a comunhão daqueles que nascem nos mesmos laços de consanguinidade para o aprendizado da união fraternal.
Não dramatizes os próprios problemas, para não difundir impressões exageradas de temas negativos, capazes de prejudicar a muita gente.
Abstém-te de vaticinar calamidades que provavelmente jamais aconteçam.
Protege-te contra o veneno dos boatos, aprendendo a ouvi-los e esquecê-los.
Se tiveres algum pressentimento ou algum sonho, vislumbrando ocorrências infelizes, silencia e ora pela paz dos que estejam incluídos em tuas impressões, porque a Espiritualidade Maior te permite esses informes imprecisos para que ajudes a atenuar o mal ou extingui-lo e não para que lhe favoreças a expansão.
Recorda: em muitos lances difíceis da vida, a serenidade dos outros depende exclusivamente de nós.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Poema amoroso - Cora Coralina



Este é um poema de amor tão meigo, tão terno, tão teu…
É uma oferenda aos teus momentos de luta e de brisa e de céu…
E eu, quero te servir a poesia numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer, não importa.
Já está declarado e estampado nas linhas e entrelinhas deste pequeno poema,
O verso; te deixará pasmo, surpreso, perplexo…
Eu te amo, perdoa-me, eu te amo


Alma minha alma metade do amor meu


Alma minha alma metade do amor meu

Quando vi teus olhos lindos a pousarem sobre os meus
Te juro minha querida a procura acabou
E no bater dos corações o meu apaixonado ficou…

Alma minha alma metade do amor meu
Nossos desejos tão puros são anjos a voar no céu
É planar no infinito da esfera do amor
Estes dois corpos celestes a brilhar na imensidão…

Alma minha alma metade do amor meu
Ao toque dos beijos teus o amor aconteceu
O poder da sedução explodir em orações
Imantadas uma a outra nada vai nos separar…

Alma minha alma metade do amor meu
Se acaso eu te perder, meus olhos aos teus fechar
Vagarei pelo infinito no mais triste penar
Esperando o reencontro para novamente te amar…

Alma minha alma metade do amor meu
E na imensidão dos céus, corpos unidos num só corpo
Entre beijos, carinhos, abraços, assim nós seguiremos
Duas almas gêmeas, um só amor…


Por Sady Mac



Pequenas bobagens, grandes desafios



Pode parecer ridículo, mas grande maioria das brigas entre casais são sobre coisas banais. É a lâmpada que se esqueceu de apagar, a porta que ficou aberta, a toalha molhada esquecida sobre a cama, um objeto no lugar errado, e assim vão milhões de pequenas coisas que ficariamos horas para listar...


Se pequenos detalhes são geradores de uma discussão boba, imagine quanto o assunto é serio mesmo, como uma traição ou ainda uma agressão, tambem muito comum entre casais que se desentendem.

Se pararmos para pensar nos motivos de nossas brigas, podemos nos surpreender, pois as discussões de maneira geral, começam por uma coisa a toa, para de repente chegar em algo muito mais sério e, que geralmente, não tem nada a ver com o motivo inicial da discussão. Pode ser que uma lampada acesa, seja o estopim de eu me sentir sempre criticada, rejeitada ou mal amada pelo meu parceiro , e daí milhoes de situações podem surgir , por causa de uma simples lampada, que esqueceu-se de apagar...

É quando então paramos para pensar em todas as bobagens que muitas vezes dizemos um para o outro, com o intuito de ferir e magoar. Lembramos do motivo original e nao encontramos uma razão que justifique todo o acontecimento. Acabamos perdendo a noção do limite , do saber até aonde podemos ir, desrespeitando regras e a politica da boa convivencia. E quando nos lembramos do motivo, a coisa então fica pior ...

Importante nesse momento é ter o discernimento de saber que se o outro esta implicando por uma coisa tão banal, como a ter deixado a lampada acesa... é porque no fundo ele não esta bem, e aquele motivo fútil , talvez esteja servindo apenas de subterfúgio para que não venham à tona, coisas que no fundo, não se queira enxergar ou admitir.

Muitas vezes, certas implicancias, tem outros motivos ocultos, como por exemplo estar irritado consigo mesmo e entao descontar esta irritação em pequena s bobagens do do dia-a-dia. Tudo isto pode acabar funcionando como uma válvula de escape, que fica mais facil ser projetado no outro, do que encarado por si mesmo...


Então caberia a quem tem uma maior consciencia, dar o braço a torcer, tipo "deixar prá la" , relevar, ou até mesmo, nao dar uma importancia tão grande ao fato. No fundo se eu me magoo é porque sou uma pessoa magoavel, se me irrito é porque sou uma pessoa irritavel... então caberia a mim a tarefa de saber lidar com este tipo de situação, não levando as coisas tão a sério, porque se dermos corda, a coisa vai espichar e de uma coisa minima, poderemos nos deparar com "problemão" , que no final poderá nos vencer.

Sei que é difícil, mas não me parece impossível deixar pequenas coisas do dia-a-dia para lá, quando sabemos que bobagens, tambem podem ser transformadas em vilões que dificultam a politica da boa convivencia doméstica..
O segredo está em saber driblar todas estas situações e verificar que , talvez , a outra pessoa tenha lá o seu fundo de razão. E no final das contas, por que nao dar razão ao outro, em prol da paz?

Esperar que o outro nos compreenda e nos aceite, é uma coisa quase impossível ...entao caberia a nós a tarefa de percorrer o caminho inverso - tentar aceitar e compreender o outro, dentro das suas limitações , percebendo que se eu mudo a minha postura, posso corrigir a ótica distorcida da realidade do outro e, assim modificar toda uma situação.

Se pararmos para pensar racionalmente, para que brigar? Será que uma briga por pequenas bobagens diárias vale à pena? Estraga-se um dia, uma semana e às vezes, dependendo do orgulho de cada um, meses...
São semanas de cara virada, mau humor, impaciência, intolerância, e tudo , muitas vezes, por causa de coisas que no fundo , nem sabemos por que chegaram naquele ponto.

Dar o braço a torcer, requer sabedoria e maturidade por parte daquele que procura entender e compreender o outro... Não é fácil, pois geralmente abre-se mao daquilo que , muitas vezes, colocamos como prioridade na nossa vida : o orgulho.

Este velho conhecido que tantas e tantas vezes, nos distancia das pessoas e da gente mesma , fazendo com que fiquemos pequenos e indefesos, quando na maioria das vezes, nos iludimos achando que somos grandes...

Por Tania P.de Souza - STUM

Onde está minha alma gêmea?


Ao longo de dez anos de atendimentos, já ouvi esta pergunta inúmeras vezes, especialmente vinda de mulheres. Acredito que existem muitas almas gêmeas e não apenas uma. Ou seja, penso que há várias possibilidades de encontros amorosos profundos e verdadeiros entre pessoas.

Também estou acostumada a ouvir que "O amor nunca dá certo pra mim.". E me questiono, será?

Se um namoro de cinco anos termina não significa que ele não deu certo, na minha opinião. Mas sim que ele durou cinco anos e não mais do que esse tempo. Ou será que o casal passou cinco anos num relacionamento infeliz? Poucas pessoas são masoquistas a tal ponto.

Muitas pessoas foram educadas para pensarem que um relacionamento íntimo deve durar até o final da vida. Aquela famosa frase que vemos nos filmes e contos de fadas: "E então eles foram felizes para sempre...". Esqueceram de acrescentar "enquanto o amor existiu".

Infelizmente (ou não), a maioria dos relacionamentos amorosos não dura até o final desta vida. Ainda mais hoje em dia que as mulheres podem trabalhar fora de casa e garantir seu sustento. Muitas rompem seus relacionamentos quando não há mais amor, nem carinho ou respeito e vão buscar um novo relacionamento mais satisfatório. Penso que estão certas, mesmo quando há filhos na história. Pois os filhos sofrem muito ao verem pais infelizes e acabam acreditando que casamento é infelicidade quando convivem com pais amargurados ou que brigam o tempo todo. É melhor o casal se separar do que ficar tendo inúmeros conflitos e desgostos vivendo sob o mesmo teto.

Ao longo das existências, temos várias vidas e também vários parceiros amorosos. O relacionamento que deu certo no passado, não necessariamente vai dar certo no presente, pois os espíritos mudam e os egos (eus) também. Duas almas que se conheceram no passado e se amaram muito podem dar certo hoje, mas também podem não combinar mais. Aquele homem que uma mulher conheceu na vida passada pode não ser mais o mesmo hoje, pode ter mudado um pouco ou bastante. Pode até ser uma mulher hoje, pode ter um outro gênero. Pode ser uma criança, adolescente ou idoso.

Muitas mulheres que antes eram submissas e obedeciam aos maridos hoje não são mais, pois a realidade é outra. Dois espíritos que combinavam muito bem no passado, podem hoje estar com os gêneros invertidos e essa nova combinação pode dar certo ou não. Não há garantias no amor. Quem quer viver um grande amor, precisa se concentrar no presente e vivê-lo da melhor maneira possível, pois o futuro ninguém sabe.

Quem garante que o amor vai durar para sempre? Ninguém pode garantir. Mas pode ser eterno enquanto durar. Compliquei demais? É simples: viver o amor como se ele fosse durar para sempre, mas, se ele acabar, aceitar a realidade dos fatos e partir para o encontro com a próxima alma gêmea. A fila anda rápido hoje em dia, bem mais do que no passado da humanidade, quando mulheres se enlutavam para demonstrar seus sentimentos pelo marido falecido.


Não existe um tempo certo ou seguro para a duração de um grande amor. Mas penso que, se ele durar dois meses, já valeu à pena. Pois as pessoas envolvidas terão vivido dois meses de um amor intenso, com muita felicidade e prazer para ambas. Depois disso, estão livres para viver um outro amor, que pode ser igualmente bom ou até melhor. Por que não? A perda é dura, mas passa tão logo for aceita.

Agora uma coisa é certa: quem fechou seu coração e decidiu que não quer saber de mais ninguém, não poderá viver um grande amor, nem encontrar sua alma gêmea. O amor é só para os corajosos, para aqueles que se arriscam a amar muito e a perder a pessoa amada. Sempre digo que não há cem por cento de segurança no amor, pois não existe nenhum seguro afetivo que cobre a perda do amor. Existe sim, o amor próprio que reconstrói qualquer perda na vida. Esse precisa sempre estar presente na vida de uma pessoa.

Respondendo à pergunta do título do texto, sua alma gêmea pode estar em qualquer lugar do planeta, mas você só vai achá-la se tiver coragem e estiver de coração aberto. Do contrário, ela passará despercebida.


JustificarValéria Centeville-Psicóloga e Terapeuta de Vidas Passadas.


Alegria, uma Energia Limpa!!!


Quando penso em alegria - no sorriso e no riso - sou levado a associá-la à energia pura, geradora de força. Este conceito encontra respaldo bíblico que diz: "... portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força". O livro sagrado cristão aponta para o fato de que a alegria que expressa força tem sua fonte no Senhor, ou seja, em Deus, no Sagrado.

Nem toda alegria (sorrisos, risos ou gargalhadas) provém de energia limpa. É importante distinguir humorismo de bom humor. Nem todos os humoristas são bem humorados ainda que provoquem estrondosas gargalhadas. O humorista, para se firmar, geralmente fundamenta-se em preconceitos, desvalorização, humilhação, desconsideração, discriminação, o que mesmo gerando muitos risos e gargalhadas certamente não pode ser entendido como alegria sagrada, energia limpa. Na verdade, é até possível conhecer o caráter de alguém a partir do que o motiva a rir ou chorar.

O verdadeiro bom humor, a alegria no Senhor, que emana do que é sagrado, limpo e puro, caracteriza-se por atitudes otimistas e bondosas, capazes de levar a quem as sustenta a ver o lado alegre e bom das pessoas, das coisas e dos acontecimentos, criando e espargindo em derredor um riso franco, generoso e entusiasmado.


A alegria sagrada, esta energia limpa, é fruto da Luz, da liberdade, do amor, do Sol da alma. É fruto do Vento, ou como diz outro texto bíblico, é fruto do Espírito.

A pura energia da alegria leva-me a resgatar dos arquivos da memória as usinas eólicas que geram energia a partir da ação do vento; pura magia! Dos modernos painéis solares que, à semelhança de girassóis, acompanham o sol em seu cortejo real; pura mística! Faz-me lembrar dos automóveis elétricos, com seus designers futurísticos, a deslizarem silenciosos sem agredir a Natureza. No entanto, pensar na densa energia da tristeza me remete às estruturas agressivas, ameaçadoras, das plataformas de petróleo, das minas de carvão; constantes fontes de agressão e morte! Faz-me lembrar da fumaça escura e nociva, a surgir nas chaminés e nas descargas dos automóveis, que na sua maioria ainda se movem impulsionados por estas energias fósseis.

A energia pura vem de fontes puras como o Sol e o Vento, gerando força e movimento sem poluir, sem enfeiar a Terra. A energia da alegria, semelhantemente, emana do Vento do Espírito e do Sol da alma, ou seja, da essência divina presente em tudo e em todos, mas utilizada ainda por poucos.

Quando tristes, estamos produzindo e consumindo energia que polui a psique e o corpo, além de contaminar o ambiente relacional e planetário. Quando alegres, produzindo e consumindo energia limpa, que além de conferir força e movimento - livrando-nos da prostração - proporciona assepsia pessoal, relacional e planetária.

Atentar para a pureza psicossomática é tão importante quanto manter limpo o Planeta, até porque é impossível permanecer insensível em relação à Natureza externa quando cuidamos bem da Natureza interna. Assim sendo, é preciso ter consciência de que a tristeza é uma energia poluidora, com muitos resíduos tóxicos geradores de enfermidades psíquicas e somáticas, enquanto que a energia da alegria é limpa e gera saúde.

Precisamos ainda nos perceber como eficientes usinas ambulantes de reciclagem emocional. Independente do lixo emocional a que somos expostos cabe-nos, como filhos da Luz, assumir o desafio de transformar energias poluentes e nocivas, tais como o ódio e a tristeza, em energias limpas tais como o amor e a alegria.

No que tange ao efeito terapêutico da alegria, faremos bem em observar as seguintes orientações bíblicas: "O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate. Todos os dias do aflito são maus, mas a alegria do coração é banquete contínuo. O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos".

A plástica que a alegria proporciona ao rosto é de dar inveja a qualquer cirurgião plástico; e nenhuma cirurgia plástica estará completa sem o toque da alegria.

Para os que vivem sob a energia da tristeza, todos os dias são maus, entretanto, para os que se alimentam da alegria, todo dia é uma festa, o banquete é contínuo.

A energia da alegria é bom remédio, mas para quem vive sob a energia da tristeza, haja remédio...

Os efeitos terapêuticos da alegria - a terapia do riso - sua capacidade de tonificar a existência é, portanto, do conhecimento humano de longa data. Hipócrates, o Pai da Medicina, no século IV a.C. já utilizava animações e brincadeiras na recuperação dos pacientes.

Freud, em seu trabalho A Graça e suas Relações com o Inconsciente, escrito em 1916, já afirmava que uma cena cômica e o riso dela decorrente melhoravam a saúde física e mental.

Em 1987, Frans Alexander, do Instituto de Psicanálise de Chicago, concluiu em suas pesquisas que "o caráter liberador do riso é um meio de se extravasar as tensões e de se evitar as doenças psicossomáticas".

Na Alemanha, uma pesquisa feita pelo departamento de psicologia de Dusseldorf provou que "rir é tão bom para o organismo quanto praticar esportes".

Na França, Jeanne Louise Calment, falecida em 1997 aos 122 anos, afirmou que o segredo da longevidade é "sorrir sempre".

Infelizmente, mantemos uma herança cultural oriunda da crença que valoriza o sofrimento. Alimentamos constantemente tais padrões de pensamentos e sentimentos ao declarar: "a vida é dura", "é sofrendo que se aprende", "a vida não é um mar de rosas", e por ai vai... E vai mal quem por ai caminha. O resultado é um numero grande de pessoas de cara feia, cara amarrada, cara triste, cara de bravo, enfim cara de bobo. Tudo isso é energia poluidora que infecta a mente, o coração, a relação e o Planeta.


Resta lembrar que a energia da alegria está no Universo e em nós, que a vida é gerada em meio a uma explosão de amor, prazer e alegria. Que ser alegre é uma escolha pessoal e intransferível e que cada um é responsável por gerar a própria alegria.

As dificuldades enfrentadas com alegria enxotam os "urubus" da tristeza, mantém acesa a esperança, enchem de Vida a vida, é como expor o gelo ao sol...

Oliveira Fidelis Filho. é Teólogo Espiritualista, Psicanalista Integrativo, Administrador,Escritor e Conferencista, Compositor e Cantor.

Qual é a hora certa de romper ou continuar o relacionamento?


Não é uma resposta fácil de obter em poucos minutos, isso porque a harmonia nos relacionamentos é algo que viemos aprender a conquistar; em outras palavras, é uma das nossas metas no que tange a missão de cada um nessa existência.

As coisas acontecem das mais diferentes formas entre as pessoas que se amam e se relacionam, mas quando surgem os conflito, é incrível notar que os problemas são sempre os mesmos: cobranças, desafetos, falta de paciência ou tolerância, mágoas, apego, ciúme, controle, egoísmo e por aí vai. Daí a dificuldade de sabermos se quando uma crise vem é hora de abandonar ou não um relacionamento, porque essas emoções negativas estão sempre envolvidas, e sobre elas, a humanidade ainda não encontrou domínio.

Somos meros iniciantes na arte de conquistar harmonia sobre esses sentimentos tão comuns na vida de qualquer pessoa. Em outras palavras, podemos ser comparados a crianças inocentes quando o assunto é dominar emoções inferiores.

E essa imaturidade é a causa principal do sofrimento que pode aflorar em qualquer relacionamento...

Independente disso, estamos vivendo, sentindo e mergulhando nas experiências promovidas pelos relacionamentos, o que os qualificam como grandes mestres de nossa evolução, porque sempre que olhamos para o passado, mesmo que encontremos sofrimento, dor, sempre notamos aprendizados na jornada de qualquer pessoa que se envolve em relações, e assim sempre será. Mas como medir a qualidade de um relacionamento? Como identificar de forma consciente se um relacionamento é nocivo ou saudável? Como saber se o passo certo é apostar na relação, perdoar, tolerar, apoiar ou se é abandonar o barco? Existe uma forma de enxergar tudo isso?

Não podemos dizer que exista uma fórmula mágica e infalível, o que seria um tanto quanto determinista, e quando o determinismo entra, a harmonia foge! Entretanto existem muitos sinais que podem indicar que você deve praticar o perdão, tolerar e acreditar no relacionamento ou encerrá-lo o quanto antes.

É razoável pensar que duas pessoas só se unem com o propósito de se tornarem melhores juntas, dessa forma, essa união promove um crescimento, uma maior energia, e assim o sucesso acontece, em todos os sentidos. Quando duas pessoas se aproximam, elas devem manter-se juntas sempre que a evolução for mantida e o amor, o respeito e a força de cada um separadamente, devem crescer! Esse é um bom indício de que o relacionamento é saudável.

Você deve olhar para o seu relacionamento e se perguntar: Eu estou evoluindo junto com a outra pessoa? A pessoa está evoluindo comigo? Nós juntos somos mais fortes do que separados? Quando estamos próximos, nossa energia positiva aumenta? Nossa harmonia se fortalece?

Obviamente que se o seu relacionamento for saudável a resposta será SIM!

Mas quando nem um, nem outro crescem na relação, as cobranças surgem e o amor escapa, não há evolução, não há crescimento, portanto a intoxicação acontece. Da intoxicação pode surgir a obsessão ou seu oposto, a repulsão. Ambas são terríveis manifestações de desamor.

Quando a crise surge, é sempre importante acreditar na relação, principalmente quando ambos querem fazer o amor prevalecer e quando acreditam que podem mudar e recomeçar, e que isso sinceramente seja um empreendimento de cooperação mútua. Caso contrário, desista e busque sua luz interior, agora sozinho(a).

Quando a crise vem pelas cobranças, olhe para você e atente para o fato de que o que você realmente quer não está na outra pessoa, mas dentro de você, portanto, não projete na pessoa aquilo que você gostaria que ela fosse para te agradar.

Se você ama uma pessoa simplesmente porque ela lhe faz coisas que você gosta e é isso que mantém o "amor", então, o relacionamento não deverá ser duradouro, porque seu amor é condicional e não incondicional. No momento que a pessoa parar de fazer o que você gosta, você não terá forças para se reinventar e reconquistar o que você chama de amor. Portanto, se assim for, você não ama de verdade a pessoa, porque você ama tudo aquilo que ela faz para você, dessa forma você ama a você mesmo, o que podemos chamar de egoísmo, que é a fórmula perfeita para destruir a harmonia de uma relação.

Então, o relacionamento deve acabar quando o amor for condicional a atos, porque dessa forma as cobranças surgem naturalmente metralhando toda harmonia que ainda reste.

Quando um sofre, está em desequilíbrio, em uma fase ruim, mas não quer a sua ajuda, então dê-lhe a liberdade que é pedida, esse é o momento certo de sair e continuar sua vida sem essa pessoa. Se você fica, então, aceita a condição de não evoluir, isso é martirizar-se, é uma atitude tóxica para sua alma que almeja evolução. Jamais se diminua para ser aceito(a).

Outra situação é quando a relação esfria, quando as duas pessoas se desmagnetizam, quando não há nem amor e nem ódio, nesse caso você deve "pular fora", porque assim você já será um(a) caminhante solitário(a) mesmo, então, formalize essa condição e recomece sua vida.

As respostas mais sensatas para a questão são:

-Você deve acreditar em um relacionamento sempre que continuar evoluindo nele.

-Você deverá sair de um relacionamento sempre que ele intoxicar a sua alma ou quando não lhe proporcionar crescimento algum.

Bom senso, amor, respeito e paciência são ingredientes básicos. Mas, lembre-se, pessoa alguma poderá tampar um buraco emocional dentro da sua alma. Essa tarefa cabe apenas a você, e deve ser feita com muita busca consciencial. Sempre que você quiser abastecer suas carências na outra pessoa estará condenado(a) a um relacionamento sem harmonia que não promoverá qualquer evolução para a sua alma.

Aposte em você, alimente seu espírito, sua força interior e sua auto-estima e dessa forma você terá grandes chances de ser muito feliz em um relacionamento.

Por Bruno J.Gimenes - sintonia@luzdaserra.com.br
Professor e palestrante, ministra cursos e palestras pelo Brasil. Sua especialidade é o desenvolvimento da consciência com bases na espiritualidade e na missão de cada um. Autor de 6 livros. Criador da Fitoenergética e co-fundador do Luz da Serra www.luzdaserra.com.b

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Sua vida é reflexo dos arredores dela!



Neste final de semana, estive em um local mágico no meio de uma cadeia de montanhas e cachoeiras. Finais de semana como este me inspiram e me levam sempre a reflexões e análises de tudo e todos. Essa análise se torna mais clara e transparente na proporção em que se encontra a nossa energia.
Dependendo do seu momento energético, esta é a ótica que você enxerga o mundo.

Estava em uma região de montanhas com ar puro e muito verde, os quartos voltados para a cachoeira... Que delícia... dormir com aquele som de tranquilidade! Pela manhã, acordar com o canto de pássaros e sinos que avisam os horários de práticas como meditação, caminhadas e terapias corporais. Como não se sentir bem frente a tudo isso? Que bom seria viver assim para sempre... e por que não?
É possível, sim, fazer do seu universo um espaço de paz e tranquilidade.

Sempre falo sobre equilíbrio pessoal e de ambientes e hoje resolvi escrever em detalhes como é feito esse equilíbrio e como podemos fazer com que a nossa casa se torne um local sagrado, tranquilo e livre de interferências, desejando que todas possam sentir essa sensação de bem-estar... Então, decidi dividir com vocês o passo a passo de um trabalho de radiestesia.

As pessoas em geral não têm noção da enorme influência que os ambientes das casas e trabalho exercem sobre elas. Simplesmente, pensam em construções e não têm idéia do quanto este empreendimento pode atrasar a sua vida ou lhe trazer progresso em todos os sentidos. Em qual momento de sua vida você escolheu o local onde mora? Esse é o primeiro questionamento a ser feito. Agora vem uma frase bem séria e reflexiva: sua casa é um reflexo de tudo que você é e da forma como você vive! Nossa! (tem muita gente pensando...) Será que tem solução?

Se você se sente mal dentro de sua casa, se não há harmonia entre as pessoas, se há processos de doenças e falta de dinheiro, tenha absoluta certeza que a sua casa está doente e precisa de cura urgente, antes que a vida de quem mora dentro dela seja afetada e com consequências irreversíveis.

A constatação de tudo isso é muito simples: faça um processo de limpeza e harmonização de energias em sua casa e sinta de imediato as diferenças... Sabe por quê? Porque estamos falando de energia... e energia se transforma.

Os acontecimentos ficam gravados nas paredes de sua casa, padrões repetitivos de comportamento, estados de desequilíbrio ou não, se houveram momentos energéticos mais fortes estes ficam gravados de maneira mais densa em sua casa. Estas energias mais densas e pesadas se acumulam nos cantos.

O estudo de radiestesia de um ambiente começa sempre pelo macro e depois vamos para o microuniverso. Deixando um pouco mais clara essa definição: iniciamos a análise imprimindo um mapa de onde se localiza a casa ou empresa e depois fazemos uma medição energética envolvendo uma distância significativa de arredores, a fim de verificar influências externas como hospitais, igrejas, cemitérios, torres de eletricidade, torres de celular e construções com energias de formas que possam influenciar diretamente o nosso ambiente em foco. Depois disso, fazemos a imediata correção destas energias externas, através da utilização de cristais estrategicamente colocados sobre o mapa da região, neutralizando por completo as influências externas.

Passamos, então, a seguir para a análise do terreno da construção que estamos avaliando, ali analisamos todos os tipos de energias de solo que interferem na saúde e bem-estar psíquico dos moradores da casa ou empresa. Assim, fazemos as devidas curas.

Em seguida, fazemos uma análise do ambiente e uma leitura completa de todos os objetos que se encontram nele e avaliamos a presença de energias que podem interferir no bem-estar das pessoas que ali moram e os eliminamos; para tais objetos, muita vezes é impossível limpá-los.
A seguir analisamos as conhecidas energias de solo e as energias intrusas e as curamos, depois fazemos uma limpeza energética do ambiente eliminando as memórias de parede.

Ufa! Que trabalhão! E é mesmo! Tudo isso requer muita dedicação conhecimento e sensibilidade, mas de coração, digo a todas as pessoas que ainda não experimentaram, vale e vale muito a pena mesmo! As mudanças que ocorrem na vida das pessoas e os testemunhos que ouço dão cada vez mais incentivo a esta minha jornada de vida, no sentido de ajudar os que me cercam.

Uma casa equilibrada e livre de energias intrusas faz com que você tenha a mesma sensação de paz e tranquilidade que descrevi ao mencionar o local que estive no final de semana; é poder se sentir bem dentro do local que você escolheu para morar ou trabalhar.

E, por último, eu diria que o mais importante é a sua parte, elimine o negativo de sua mente, não faça sala e nem convide para almoçar ou jantar os pensamentos ruins. Simplesmente os ignore, pois eles acabam ficando sem graça e vão embora... Desta forma, você conseguirá o perfeito equilíbrio nos arredores e dentro de você!

Por Mara Isabel Carapinha

Flexibilidade + Humildade = Aprendizado

O que mais ouvimos nas relações com as pessoas são queixas pelos mais diversos motivos; uns porque o dia está frio ou calor demais, outros pela crise que estão passando no relacionamento afetivo, problemas no trabalho, doenças na família, conflitos com os filhos, enfim, parece sempre haver motivos para muitas lamentações. Sim, há pessoas que vivem a vida assim, sempre se lamentando, como se fosse um velho hábito do qual não conseguem se libertar.

Quem convive com essas pessoas sabe muito bem o quanto transmitem algo ruim, e quem sabe você mesmo não se reconhece como uma delas. Parece que para essas pessoas nada dá certo, tudo que acontece sempre podia ser melhor. Podemos dizer que são os eternos insatisfeitos. São rigidamente exigentes, consigo mesmo e mais ainda com os outros. E como deve ser sofrido viver assim, sem satisfação, sem alegria, sem prazer.


É evidente que todos nós passamos por momentos difíceis dos quais não é possível sorrir, mas será que mesmo nesses momentos não conseguimos obter algum aprendizado? Será que se conseguirmos ampliar nossa visão limitada não podemos aprender algo e com isso sofrer menos?
Pense no problema que está enfrentando nesse momento, seja qual for. Agora pense qual pode ser o aprendizado contido nessa situação. Muitas vezes, enfrentamos situações já conhecidas, exatamente pelo fato de não pararmos para buscar aquilo que podemos aprender quando elas acontecem e, assim, a situação pode retornar, ainda que de outra forma, mas com a intenção de nos fazer aprender algo. Cada um tem suas próprias lições, e da mesma forma, cada um tem seus próprios aprendizados, mas é preciso estar atento para que essas lições não passem despercebidas e retornem.

Ao refletirmos sobre a psicossomática, ciência que estuda a relação entre as doenças e o estado emocional, podemos perceber o quanto as doenças surgem como verdadeiros ensinamentos, desde que a pessoa consiga percebê-los. O aprendizado é tão importante, que quando a pessoa consegue senti-lo, dizemos que está no caminho da cura. É quando a mensagem contida é compreendida e assim, não é preciso que se mantenha nem que se repita. Portanto, comecemos a desenvolver nossa sensibilidade para aprender, sempre!

Para aprender devemos estar abertos para exercitar nossa humildade e flexibilidade. Uma pessoa orgulhosa e arrogante dificilmente acredita que ainda há o que aprender, pois pensa saber tudo; da mesma forma uma pessoa rígida em seus valores e padrões tem muita dificuldade em aceitar as mudanças, querendo sempre ter o controle de tudo e todos. Não temos como saber tudo, pois estamos em constante processo de mudança e evolução, independente de idade ou do quanto já sabemos. Por isso, para que haja mudança, devemos ser flexíveis; e para aprender, devemos ser humildes. A arrogância, o orgulho e a rigidez são verdadeiros obstáculos para o aprendizado e conseqüente crescimento.

Volte ao seu problema atual. Pense se isso já ocorreu com você em outro momento de sua vida. Não é preciso que seja necessariamente a mesma situação, mas uma situação que despertou um sentimento semelhante ao que está tendo nesse momento. Muitas vezes, os acontecimentos são diferentes, mas o que sentimos é exatamente igual. Quando isso acontece é momento de parar e refletir. E aprender!

Agora pense sobre as situações passadas que lhe permitiram aprender algo, seja sobre si mesmo ou sobre a vida. Com certeza, descobrirá o quanto foi, e ainda é, capaz de superar os momentos difíceis, principalmente, se identificar o ensinamento que lhe trouxe. Você pode pensar que tais situações lhe trouxeram também muito sofrimento, mas desde quando, nós seres humanos, aprendemos algo quando está tudo indo bem?

Quando situações e pessoas caminham conforme esperamos, nada muda, pois tendemos a não parar para pensar e nos acomodamos. Geralmente, só refletimos um pouco mais sobre nossos valores, e como estamos conduzindo nossa própria vida, quando surge uma doença com nós mesmos ou com quem amamos, quando há uma perda por falecimento ou separação, enfim, quando acontece algo que nos faz sofrer e, forçosamente, nos faz pensar.

Do contrário, vamos vivendo sem muitas reflexões, questionamentos, sem mudanças ou crescimento. Todos nós resistimos a sair de nossa zona de conforto, por pior que as coisas estejam. E ao agirmos assim é que os conflitos se mantêm, a insatisfação se torna crônica, o sofrimento permanece e as doenças surgem. Seja qual for a situação que esteja enfrentando, seja ela conhecida ou não, procure buscar a mensagem que lhe traz e em conseqüência, o aprendizado.


Quando conseguimos obter isso, é como se deixássemos claro ao Universo que já aprendemos essa lição e que não precisa mais retornar. Mas que saibamos que outras lições virão, e da mesma maneira que hoje podemos superar sem desespero ou lamentações, teremos cada vez mais a certeza que tudo acontece para que possamos crescer e subir mais um degrau nessa escada sem fim de nossa evolução.


Por Rosemeire Zago