domingo, 29 de agosto de 2010

O MEDO DE AMAR



O grande medo do homem moderno é o de amar, que é tão grande quanto o medo de não ser amado. Num mundo tão materialista, muitas pessoas se sentem envergonhadas de amar, como se fosse algo ridículo e bobo.


Esse medo faz com que as pessoas arrumem desculpas e justificativas para explicar suas inseguranças. Ele faz parte da nossa vida. Negá-lo ou inventar respostas fáceis é o que menos resolve.

Todos os seres humanos possuem um grande objetivo na vida: viver em estado de pleno amor. Talvez poucas pessoas estejam conscientes da importância que o amor tem ou pode ter em sua existência. Alguns vivem o amor em sua plenitude pelo simples fato de dispor dele em abundância. Aprenderam a amar, a se entregar ao ser amado e a criar relacionamentos criativos.

Infelizmente, porém, a realidade da maioria é o permanente estado de carência, de confusão emocional, de miséria afetiva. Vivem em solidão, isolados num apartamento, ou num casamento sem amor, ou em relações superficiais sem um envolvimento profundo.

O grande medo do homem moderno é o de amar, que é tão grande quanto o medo de não ser amado. Num mundo tão materialista, muitas pessoas se sentem envergonhadas de amar, como se fosse algo ridículo e bobo. Somos seres nascidos para o amor e, no entanto, negamos na prática nossa própria essência.

Cada um de nós sabe que amar alguém pode provocar uma sensação de fragilidade e dependência; a presença do outro torna-se vital, e a possibilidade de ser abandonado a qualquer momento fica tão ameaçadora que, em geral, as pessoas optam pela saída mais fácil: sabotar a possibilidade de viver um grande amor.

Eis aqui um dos grandes dilemas do ser humano: queremos viver um grande amor, mas procuramos o tempo todo destruí-lo. Certamente, as tentativas de destruição não são totalmente deliberadas e planejadas, porém o que conta é o resultado final.

O medo de amar é uma praga, uma erva daninha que corrompe o coração da maioria das pessoas. E depois vêm as queixas de solidão, desilusão, sofrimento.
Imagine o caso de uma amiga. Estamos numa segunda-feira e você vê, ao longe, no corredor da faculdade (ou da fábrica, escritório ou consultório), a sua amiga Sueli. Ela está esplendorosa, radiante. Sua aura brilhante está à mostra, pulsando com todo o vigor. Ao aproximar-se dela, você a cumprimenta com entusiasmo e pergunta o que está acontecendo.

Ela responde que encontrou o homem de sua vida, alguém inteligente, culto, sensível, bonito, com uma conversa atraente, participativa, e um jeito másculo e sensual. Sueli fala do olhar meigo e penetrante do parceiro, do seu toque suave, de seus abraços (mais gostosos que um mergulho no mar em dia de sol) e, para completar, diz: “Não entendo como um homem tão especial ainda não se casou! Agora que o encontrei, tenho certeza de que vou fazer tudo para dar certo”. Ela se despede e você sai todo feliz, por ver que sua amiga, por fim, encontrou alguém capaz de motivá-la a amar e a viver um grande amor.
Uma ou duas semanas depois, você a encontra outra vez e percebe que ela já não está tão radiante. Seus passos já não parecem tão firmes e, quando você lhe pergunta “Como está indo o namoro do ano?”, ela friamente responde: “Vai bem”.
Você pensa: “Como um namoro com um homem tão sensacional pode ficar, em menos de duas semanas, simplesmente... bem?”
Ela continua: “Estamos nos dando conta de um monte de desacertos. Acho que ele me tolhe muito; estou me sentindo sufocada, mas vamos levando”.
Vocês se despedem, e uma série de imagens de relacionamentos com pessoas especiais que você amou e das quais, por causa dessa mesma sensação de sufocamento, se separou começa a aparecer na sua cabeça.
Quando você a encontra alguns dias depois, ela está visivelmente de baixo-astral, com a aparência de que algo ruim aconteceu. Antes de você falar qualquer coisa, ela diz: “Não deu certo, nós nos separamos. Foi melhor assim; pelo menos nós nos respeitamos e não nos machucamos”.
Sem mais comentários, ela se despede. Cada um vai para o seu lado e você continua pensando como pôde acabar, tão rápido, algo que tinha tudo para dar certo.

Ou será que foi exatamente porque ia dar certo? Não terá sido justamente por causa do medo de que desse certo?

O medo de amar existe.

Esse medo faz com que as pessoas arrumem desculpas e justificativas para explicar suas inseguranças. Ele faz parte da nossa vida. Negá-lo ou inventar respostas fáceis é o que menos resolve.

Certa vez, depois de um caso amoroso mal resolvido, um rapaz muito bem-sucedido nos negócios desabafou: “Meu coração secou e está fechado”. Em todas as ocasiões fazia o maior esforço para parecer seguro, autoconfiante.

Estava convencido de que jamais deixaria alguém invadir novamente seu espaço, sua vida. Talvez imaginasse que, destruindo o amor antes mesmo de ele nascer, teria chances de sair “ileso” de qualquer relação. O medo de sofrer novamente por amor era tão grande que inviabilizava uma nova relação. Por medo de sofrer, condenou-se a sofrer todos os dias a dor da solidão.

O melhor, sem dúvida, é estar atento para esse medo, dar um mergulho na própria vida e perceber que, no fundo, quando alguém está decidido a ficar sozinho por medo de ser abandonado outra vez, não consegue mais enxergar o amor e tampouco tem olhos para a pessoa amada.


Roberto Shinyashiki é psiquiatra, palestrante e autor de 13 títulos, entre eles: Os Segredos dos Campeões, Tudo ou Nada, Heróis de Verdade, Amar Pode Dar Certo, O Sucesso é Ser Feliz e A Carícia Essencial (www.clubedoscampeoes.com.br)

Como adquirir auto confiança




"Cada um de nós tem o seu próprio poder. Desenvolver nossos
talentos e nossa potencialidade nos mostra a capacidade humana de
superação"



A autoconfiança, ao contrário do que muitos pensam, não é ser maior ou melhor do que as outras pessoas. Não tem nada a ver com arrogância ou superioridade. É saber que cada um de nós tem um núcleo de força interior que nos permite enfrentar situações difíceis e nos torna aptos a viver. Autoconfiança é tomar posse de si mesmo, independentemente de nossas qualidades ou defeitos. É tomar consciência de nossa singularidade, de nossa individualidade, do nosso querer, da nossa vida. A autoconfiança se desenvolve a partir do nosso crescimento. Cada um de nós tem o seu próprio poder.

Desenvolver nossos talentos, nossa potencialidade, além de nos fazer felizes, nos mostra a capacidade humana de superação. Do ponto de vista cultural, fomos minados na nossa autoconfiança desde cedo. As críticas constantes, a ênfase em nossos pontos fracos nos tornaram pessoas frágeis, medrosas e tendentes à sensação de fracasso. Nós nos sentimos de acordo com o que pensamos de nós mesmos. O diálogo interno de autocensura, de muita exigência nos torna tímidos,
recuados diante da vida e propensos à tristeza quando o mundo não nos atende da maneira que gostaríamos ou quando as dificuldades da vida aparecem. Não são poucas as pessoas que falam mal de si próprias:

- Não vou dar conta, sou muito fraco, não tenho força de vontade, tenho um gênio difícil, não consigo nada que quero.

A autoconfiança é como uma bateria para o carro. Quando está bem carregada, o carro funciona bem. Quando está com pouca carga, o carro engasga ou não funciona direito. De que maneira podemos carregar ou descarregar a nossa bateria vital, nosso entusiasmo? Há alguns mecanismos que corroem nossa autoconfiança. O primeiro deles é nossa constante frustração. Idealizamos o mundo e as pessoas.

Enchemos
nossa cabeça com um monte de "deverias" e nos irritamos quando as
pessoas, nós e as coisas não são como deveriam ser. A culpa constante por nossos erros, a sensação de ofendidos, magoados, humilhados e incompreendidos é a conseqüência do nosso perfeccionismo. Outro mecanismo, conseqüência do primeiro, é a autopiedade. Quantas vezes sentimos pena de nós mesmos. A autopiedade é o poder dos indefesos. É um mecanismo que, além de culpar os outros, descarrega nossa força vital e nos faz desanimados e, em grau mais intenso, deprimidos. A postura da vítima, sempre se queixando do mundo, o pessimismo de quem só vê o lado escuro dos fatos, para quem nada está bom, é
característica das pessoas que, ao se sentirem fracas, querem se compensar apontando as falhas do mundo. Outro ladrão da autoconfiança é a indecisão crônica. O medo de errar nos paralisa e nos impede de arriscar. Muitos de nós temos apenas um critério de funcionamento: o certo e o errado.

Estamos na vida para viver ou para não errar? O erro é a saída fora de um padrão determinado. Nunca será possível passarmos nossa vida sem cometer erros. Aprender com os erros é muito mais saudável do que nos esforçarmos para jamais errar. O medo da crítica, querer agradar sempre, a necessidade de aprovação nos oprime e nos leva à indecisão.

A comparação com as outras pessoas é outra forma de perdermos nossa
autoconfiança. Sempre haverá pessoas melhores e piores do que nós. Não estamos no mundo para sermos mais ou menos do que alguém, mas para sermos cada vez melhores do que somos. Desenvolver e cuidar da nossa alegria, aceitar o fato de sermos únicos, perdoar-se constantemente pelas falhas, ter um desejo genuíno de melhorar a cada dia, aumentar a capacidade de se amar e amar os outros é o único caminho de conexão com nosso poder interior, nossa autoconfiança.

Todos podemos desabrochar aquilo que somos.



Resumo do Artigo por Louis Mazzo
Autor Antônio Roberto Soares, psicólogo



sábado, 28 de agosto de 2010

Por que aceitamos que alguém nos trate mal?


Certa vez, disse a Lama Gangchen Rinpoche: Desta vez quero olhar para a negatividade de frente. Não vou negá-la. Ele, então, me respondeu: Olhar é bom, mas não a toque. É como quando você assiste ao noticiário na TV. Você vê a negatividade, mas não deixa que ela entre na sua casa. Você pode encarar a negatividade de frente, mas não deixe que ela entre na sua mente.

A maior parte das mensagens de nossa sociedade contém idéias destrutivas e negativas. Basta ligar a TV em qualquer noticiário para nos lembrarmos do quanto o mundo é perigoso. Na tentativa de tentarmos nos proteger das ameaças cotidianas, vamos nos tornando acuados ou até mesmo igualmente perversos ao ambiente hostil que frequentamos. Manter a mente limpa é um desafio que requer reflexão constante para não deixar as informações ou pontos de vista negativos de outras pessoas influenciarem nossa mente.

Lama Gangchen Rinpoche nos alerta: Não devemos seguir professores negativos ou comprar informações negativas no supermercado dos pensamentos. Em outras palavras, Marie France Hirigoyen, autora do livro Assédio Moral (Ed. Bertrand Brasil) nos diria para reconhecermos as características dos comportamentos perversos para não nos deixar levar por eles.

No entanto, não é tão simples nem fácil reconhecer um comportamento perverso. Marie France esclarece: Pequenos atos perversos são tão corriqueiros que parecem normais. Começam com uma simples falta de respeito, uma mentira ou uma manipulação. Não achamos isso insuportável, a menos que sejamos diretamente atingidos. Se o grupo social em que tais condutas aparecem não se manifesta, elas se transformam progressivamente em condutas perversas ostensivas, que têm consequências graves sobre a saúde psicológica das vítimas. Não tendo certeza de serem compreendidas, estas se calam e sofrem em silêncio. Uma vez em que aprendemos a olhar os maus tratos como algo aparentemente normal, e, portanto, teoricamente aceitável, nem pensamos que seja possível e saudável nos desvencilharmos destes maus tratos!

Afinal, por que aceitamos que alguém nos trate mal? Porque duvidamos de nossa própria sanidade mental. Neste sentido, saber de si, quer dizer, conhecer nossos potenciais, recursos e limitações é a base de nossa segurança interna.

Todos nós já sabemos que vivemos num mundo hostil, mas é preciso saber como não cair nas armadilhas da hostilidade alheia. Precisamos nos encorajar o tempo todo a não seguir a negatividade, especialmente se estivermos cercados dela. Assim como escreve Lama Gangchen Rinpoche, em seu livro Ngelso Autocura Tântrica III (Ed Gaia): a única mensagem que recebemos dos outros é: ‘Não me incomode’. Por isso, precisamos ter um forte refúgio interior, impenetrável às influências alheias.


Para melhor responder à questão por que aceitamos que alguém nos trate mal?, vamos conhecer as artimanhas do comportamento de quem nos trata mal. Uma característica comum a todo comportamento perverso é impedir o outro de pensar, para que ele não tome consciência do seu processo de dominância – ele cria fragilidade a fim de impedir que o outro possa se defender.


Marie France Hirigoyen esclarece: Entre casais, o movimento perverso instala-se quando o afetivo falha ou, então, quando existe uma proximidade excessivamente grande com o objeto amado. Excesso de proximidade pode dar medo e, exatamente por isso, o que vai ser objeto da maior violência é o que há de mais íntimo. Um indivíduo narcisista impõe seu domínio para controlar o outro, pois teme que, se o outro estiver demasiadamente próximo, possa vir a invadi-lo. Trata-se, portanto, de mantê-lo em uma relação de dependência, ou mesmo de propriedade, para comprovar a própria onipotência. O parceiro, mergulhado na dúvida e na culpa, não consegue reagir.


Por isso, aqui vai o primeiro conselho para impedir que alguém lhe faça mal: Não aceite críticas unilaterais. Ninguém é totalmente responsável por uma situação-problema. Portanto, não assuma a ‘culpa’ toda para si crendo que desta forma poderia aliviar a tensão presente.


Nestes momentos, nos ajuda lembrar que a origem do comportamento perverso está justamente no fato da pessoa não querer assumir a responsabilidade por seus atos. Portanto, ao assumir o que cabe ao outro, estamos nutrindo o seu comportamento hostil.


Outra artimanha do comportamento perverso consiste em recusar uma comunicação direta. Marie France Hirigoyen alerta: O parceiro vê-se obrigado a fazer as perguntas e dar as respostas e, caminhando a descoberto, evidentemente comete erros que são captados pelo agressor para enfatizar a nulidade da vítima. Portanto, se você percebe que anda falando sozinho num relacionamento a dois, está na hora de parar e perguntar-se se vale a pena ajustar-se a tal comportamento. Pois ele é autodestrutivo.


A esta altura, já entendemos que quem nos trata mal não está receptivo a conversar, pois isso significaria o fim do conflito, o que o impediria de extravasar a sua agressão. Portanto, é importante levarmos em conta os custos e benefícios de tal relacionamento. Neste sentido, ao invés de lamentarmos Me solta!, podemos nos dizer: Eu te solto!. Para tanto, teremos que nos tornar conscientes tanto de nossas limitações quanto de nossos recursos para, passo a passo, nos soltarmos da crença de que estamos presos a uma posição sem saída. Ainda que os outros nos tratem mal, podemos nos tratar bem!


Na medida em que cultivamos uma certeza interna inabalável de não querermos mais nos envolvermos em relacionamentos destrutivos, desenvolvemos amor e gentileza - uma energia positiva interior impede que nossos inimigos ou seres malignos nos causem mal, pois precisariam apoiar-se em alguma negatividade nossa para isso.


Assim como aconselha Lama Gangchen Rinpoche; A coisa mais importante do mundo é nunca abandonar nosso coração acolhedor, mesmo diante de uma ameaça de morte, pois esse é o nosso verdadeiro e eterno amigo.


Por Bel Cesar


Não desista... Não se dê por vencido!



"Na vida, ao contrário do xadrez, o jogo continua depois do xeque-mate".

Isaac Asimov



Então, sempre é tempo de fazer mudanças, reparos, de tentar de novo, de se dar mais uma chance. Não importa em que setor da vida está meio emperrado. Estar parado por aí, bem pode ser um ponto de partida. Com tantas voltas que a vida dá - quem sabe na próxima rodada, você possa ir adiante.

Uma coisa impressionante no dia-a-dia de cada um é a capacidade de renovação que todo indivíduo tem. Pense um pouco na cicatrização da pele, por exemplo. Quantas e quantas vezes a pele das mãos sofreu algum tipo de abrasão, arranhão, queimadura, corte, entre mil outras coisinhas capazes de machucar, ferir ou magoar a pele fina do dorso de ambas as mãos?

O mesmo me parece que ocorre lá por dentro de todos nós. Não importa a raladura que a alma levou, ela vai acabar se refazendo, vida após vida que seja, mas com certeza, numa delas, ela irá se refazer. E se é possível realizar este trabalho de restauração minuciosa e delicada da alma, que dirá o bom trabalho que podemos fazer com os sentimentos e coma as frustrações vividas, que não são poucas para a pessoa humana no dia-a-dia.

Sei que é sofrido o caminho até encontrar o melhor remédio. Pode ser mesmo demorado para descobrir o remédio certo que melhore a dor, talvez ainda estejam pesquisando, fabricando aquele que servirá para esta sua dor.

Mas o tempo, ah, o tempo, fiel escudeiro... que tem nele a marca registrada dos que já tiveram feridas abertas e cicatrizadas por conta única e exclusiva dele.

Entretanto, o importante é saber que é de dentro para fora que se realizam as melhores cicatrizações. Então, se está esfolado, magoado, se dê um tempo, chore sua dor, lamba suas feridas, isso não é sinal de fraqueza ou de gente chata que quer ficar vivendo da dor; cada um sabe o tamanho do estrago que causou àquela determinada situação. Ninguém mais é capaz de avaliar com precisão o estrago que fez em outrem aquela dor.

O como cada um sente e reage à determinada circunstância dolorosa é muito particular. Pode, sim, quem está de fora, através da empatia, supor o que o outro está sentindo, mas com exatidão não dá...

Então, não permita que outros julgamentos puxem suas orelhas, faça com tranqüilidade e consciência a análise da própria dor. E não desista! Não se dê por vencido, esta dor um dia passa e o jogo há de continuar!



Por Cássia Marina Moreira Psicóloga / Terapeuta Floral - Vibracional Pesquisadora do Sistema das Essências Vibracionais D´Água


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A Mágoa - Divaldo Pereira Franco

Conselhos- Divaldo Pereira Franco

A experiência do vazio



Para a maioria dos seres humanos, o sentimento de vazio é sentido como extremamente negativo. Mas, sob a ótica espiritual, o vazio consiste na ausência completa de pensamentos, o momento em que o turbilhão da mente cessa e podemos, enfim, entrar numa dimensão do ser que só pode existir no silêncio.

Quando ainda dominados pela mente e o ego, o ser humano foge do silêncio, buscando ocupar todos os momentos de seu dia com a maior quantidade possível de atividade e barulho.

Aqueles que ainda não despertaram para a verdade, encaram o silêncio como amedrontador, como se ao entrarem em contato com seu mundo interior, pudessem descobrir ali, pensamentos e emoções que gostariam de evitar.

Mas a harmonia e a paz com que tanto sonhamos, somente podem surgir a partir deste mergulho no silêncio, que nos permitirá obter uma visão real acerca de quem somos, e de onde se originam as crenças que cultivamos acerca de nós mesmos.

Sem esta consciência, seguimos buscando ocupar nossa atenção com falsos valores e necessidades ilusórias, que nos são vendidas pelo mundo exterior, como geradores de felicidade.

Ter a coragem de adentrar no silêncio e perceber o que ele revela é uma experiência transformadora. Para tanto, basta que nos entreguemos de modo confiante, pois somente esta entrega permitirá que o divino que habita em nós se expresse em toda a sua plenitude.

"O bambu é muito amado pelos poetas Zen, por sua enorme qualidade de ser oco. A partir deste oco do bambu, uma flauta pode ser feita. O bambu não vai cantar, mas pode permitir que qualquer música passe por ele.

Na meditação, você tem que se tornar oco, como um bambu, de modo que o Todo, a própria existência, possa cantar a sua música através de você. Você se torna apenas uma parte, dançando, porque os ventos do Todo estão passando por você. A energia do Todo tomou posse de você. Você está possuído, você não existe mais, o Todo é.

Neste momento, como o silêncio penetra em você, você pode entender o significado dele - porque ele é o mesmo silêncio vivenciado pelo Buda Gautama. É o mesmo silêncio de Chuang Tzu ou Bodhidharma, Nansen ...

O sabor do silêncio é o mesmo. Os tempos mudam, o mundo vai mudando, mas a experiência do silêncio, a alegria dela, permanece a mesma. Essa é a única coisa com a qual você pode contar, a única coisa que nunca morre. É a única coisa que você pode chamar de seu próprio ser."

OSHO - Zen: The Diamond Thunderbolt



Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga,
Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.


Liberdade: fruto de uma conquista



Em seu constante ir-e-vir por este mundo, o homem conquista muitos bens espirituais, morais e materiais, que depois perde se não sabe fazer deles o devido uso, ou abusa das perspectivas que tais bens lhe abrem no terreno de suas possibilidades. Entre esses bens, existe um que, indubitavelmente, é o que dá conteúdo à vida e permite a ela alcançar seu mais alto expoente no homem como ser racional e espiritual: a liberdade.

É este um bem que, justamente por dar à vida seu conteúdo essencial, pode qualificar-se como supremo, pois enquanto é desfrutado existe paz e alegria em todos os corações.


Deve ser cercada de garantias e mútuo respeito entre os homens


O que expõe ao perigo de perder essa liberdade, temporária ou definitivamente, é, repetimos, o abuso ou mau uso que dela se faz, o que ocorre por não se considerar, ou por se esquecer ou ignorar, que a liberdade deve ser cercada pelo máximo de garantias e pelo mútuo respeito entre os homens e os povos.

A liberdade, que é o fruto de uma conquista que o homem fez ao cultivar sua inteligência, elevar sua moral e estender a cultura por todos os pontos da Terra, contribui para manter o equilíbrio entre seus deveres e seus direitos. Por exemplo, se tomamos o caso de um homem que, no aspecto econômico, vive folgada e livremente graças a ganhos que cobrem seu orçamento e lhe permitem desfrutar um saldo positivo, temos que, a não ser por motivos de força maior, ele sempre estará em condições, nesse particular, de se desenvolver com liberdade. Mas se, em determinada circunstância, começa a exceder-se nos gastos – não porque se vê obrigado a isso, mas porque, desviado de sua realidade, confia em novos proventos ou numa capacidade que não tem para livrar-se de dificuldades –, chegará um momento em que seu superávit se terá esfumado, e se verá em sérios apertos para cobrir suas despesas.

As consequências estão neste caso bem à vista, porquanto à medida que se foi criando e ampliando o problema econômico, que antes não existia, a liberdade desfrutada até então foi-se limitando, ao estreitar-se cada vez mais dentro de um círculo em que a existência se tornou cada dia mais precária.

Pois bem; para reconquistar essa liberdade perdida, será necessário voltar aos caminhos da anterior conduta administrativa, empenhando-se com redobrados esforços, e até com sacrifícios, para alcançar a situação que foi perdida por culpa da imprevisão.

O que acabamos de expor pode ser aplicado a todos os aspectos da vida do homem e dos povos, e merece ser tido em conta, porquanto se sabe quanto custa voltar a desfrutar a liberdade quando ela foi perdida, por dela se ter abusado ou feito um uso indevido.

Os homens e os povos nasceram para ser livres, e, quando forças estranhas ou alheias a suas vontades ameaçam extinguir essa liberdade, a alma humana sobrepõe-se a todas as contingências e a todos os sacrifícios, para que ela seja como deve ser; como é: um bem supremo, que ninguém poderia renegar sem prejudicar seriamente sua natureza humana e seu destino.


Por Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Trechos extraídos do artigo da Coletânea da Revista Logosofia Tomo 1 p. 207

É urgente o amor


É urgente o amor
Eugênio de Andrade



É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.




Quando tocamos nossos limites


Na maior parte do tempo, estamos mais conscientes de como os outros nos tratam do que de como nós mesmos nos tratamos. Isso ocorre porque estamos pouco familiarizados com a possibilidade de sentir nossos próprios sentimentos sem nos sobrecarregarmos com os ditames dos pensamentos rígidos advindos da autocrítica.

Quem não foi bombardeado com frases acusatórias de como deveríamos ser e o que deveríamos fazer para nos tornarmos pessoas mais felizes? Quando nos sentimos encurralados por situações que nos oprimem e revelam que ainda não somos bons o suficiente para lidar com as exigências da vida, estas frases voltam à nossa mente fazendo com que a auto-observação transforme-se numa obrigação, numa ordem. Tal imposição nos leva a uma sensação ainda maior de ineficiência e inadequação. Pois, ao mesmo tempo em que nos propomos a sentir nossos sentimentos (com a esperança de que assim poderíamos achar os defeitos que nos levaram a sofrer), nos desestabilizamos com as expectativas exageradas a respeito de nós mesmos de como deveríamos nos comportar para não sofrer deste jeito.

No entanto, ter consciência de nossos limites não quer dizer reconhecermos que somos seres limitados. Mas, simplesmente que podemos respeitar o estado em que nos encontramos e buscar novos recursos para avançarmos novamente. Muitas vezes, quando tocamos nossos limites, ao mesmo tempo em que sentimos vontade de avançar, sentimos o medo da falta de recursos para fazê-lo. Nestes momentos, tanto recuar como seguir em frente serão atitudes desestabilizantes. Então, é melhor admitir que ambos lados estão presentes e aguardar mais um pouco antes de desistir ou arriscar-se precocemente. Precisamos nos poupar, recuperar nossa força vital e psíquica. Afinal, se não reconhecermos nossos limites inevitavelmente cairemos na exaustão.

Este tempo de cura envolve um processo de relaxamento e entrega, que nos leva a recebermos a força que necessitamos. Enquanto estávamos demasiadamente presos às nossas percepções, não nos dávamos conta do quanto estávamos fechados para receber ajuda. Na expectativa de sermos pessoas eficientes e autônomas, muitas vezes nos cegamos em relação aos outros. Ou seja, não é bom confundirmos responsabilidade pessoal com a presunção de que podemos comandar tudo sozinhos!

Em nossa cultura capitalista, não há espaço para desenvolvermos a gentileza de sermos honestos em reconhecermos nossos reais limites. Devemos sempre fazer mais. Até mesmo quando nos propomos a descansar, lançamo-nos em atividades que nos exigem mais esforço e concentração. Reconhecer nossos limites é cultivar respeito por nós mesmos.

Aliás, quando somos honestos com os nossos próprios limites, estamos sendo honestos também com os outros. Ser verdadeiro consigo mesmo é a base para sermos verdadeiros com os outros.

É simples e claro: não podemos dar mais do que somos capazes em todas as áreas de nossa vida, sejam elas de ordem afetiva, profissional ou financeira. Mas, em geral, evitamos encarar nossas limitações presentes para não sentirmos o risco da exclusão.

Curiosamente, é ao agir enganosamente (como se pudéssemos, quando na realidade não somos capazes), que corremos o risco real de sermos excluídos. Pois, uma vez que nossa incapacidade for revelada, seremos inevitavelmente vistos em nossas falhas. Mas, o medo de ser excluído ainda é maior do que a capacidade de revelar nossas vulnerabilidades.

Então, este é o ponto a ser encarado: a sensação de insuficiência nos remete à ameaça de sermos excluídos!

Aprendemos a ler este risco ainda quando éramos crianças bem pequenas. Sob a pressão de atender as exigências de sermos uma criança perfeita para não decepcionarmos os nossos cuidadores, nos comportamos como se fosse natural dar conta de tudo que nos fosse solicitado.

Quem não reconhece a lembrança de uma comunicação implícita que de uma vez que nossos pais nos davam tudo que necessitássemos deveríamos ser igualmente capazes de responder à altura do que eles almejavam para nós? Desta maneira, a priori, estaríamos nos comportando de acordo com o esforço incomensurável que eles faziam por nós.

Diante desta lei silenciosa de ordem e obediência, não havia espaço para o auto-reconhecimento de nossas falhas e limites. Era feio e inadequado ter limites. Afinal, diante de nossas fraquezas frequentemente escutávamos: "É só querer". Incapazes de responder a tais expectativas exageradas, crescemos com a sensação, quase que despercebida, de que quando oferecermos algo, jamais não será o suficiente. Aliás, o outro, além de pedir por mais, não terá empatia pelo nosso esforço já realizado...

A maioria de nós foi educada com a mensagem de que poderia ser e fazer sempre mais e mais. Por exemplo, quando fazíamos algo bem, ao elogio era adicionado uma expectativa ainda maior: "Muito bem, agora que fez isso, faça aquilo".

Em outras palavras, a energia do reconhecimento não estava unicamente associada ao regozijo, mas também cobrança de algo "mais". Neste sentido, o próprio reconhecimento vinha carregado de uma mensagem de insuficiência!

Diante da insuficiência, sentimo-nos isolados, encapsulados na inadequação. Como romper esta barreira que um dia nos serviu para nos proteger do risco de decepcionar os outros com nossas fragilidades? Como sanar a sensação de dever ser ou dar sempre mais?

Primeiro, podemos reconhecer a ansiedade e a inadequação como sentimentos que nos revelam algo além do desconforto: eles nos alertam que estamos nos pressionando e sendo pressionados.

Segundo, reconheça este aviso como um alerta importante e não duvide de si mesmo. Pois a dúvida nos paralisa instantaneamente. Continue a encarar a inadequação como um aviso de fronteiras. Lembre-se: os outros podem nos tratar mal, mas ainda assim podemos nos tratar bem!

Em seguida, devemos trabalhar o medo da exclusão. Pois, diante da ameaça da exclusão acionamos o mecanismo compulsivo de suprir as exigências alheias. Mas, lembre-se: não reconhecermos nossas fragilidades é um modo de nos excluirmos de nós mesmos!

Ao aceitarmos nossos limites, sejam eles passageiros ou não, tornamo-nos inteiros. Neste sentido, reconhecer nossos limites é tanto uma forma de auto-organização como de harmonizar os relacionamentos com os outros. Pois, quando revelamos nossa condição real, os outros também poderão nos perceber de um modo integrado.

Nesse momento, a ameaça de sermos excluídos não será mais vista como uma única possibilidade. Na medida em que percebemos que o medo da exclusão é regido por nossas projeções mentais negativas, podemos olhar a realidade com novas possibilidades de solução.

Tudo é cíclico. Assim como nosso desenvolvimento interior. Podemos a qualquer momento treinar o auto-reconhecimento se nos alegrarmos com o que já sabemos e quem somos agora mesmo!

Por Bel Cesar

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Por onde anda sua humildade?


Por que é tão difícil encontrarmos pessoas que tenham a humildade em suas características? O orgulho, a vaidade, o poder, a soberania e arrogância parecem sempre se sobrepor nas relações humanas.

Algumas pessoas consideram o humilde como um ser menos digno, com menos potencial, menos capaz. Quanta ignorância! E assim querem ser tudo, menos humildes. Pisam nos outros, como se estivessem lidando com seres isentos de qualquer sentimento.

Na verdade, tratam aos outros dessa maneira, pois não consideram os próprios sentimentos, pois ter sentimento pode representar ser fraco. Não respeitam nada nem ninguém, pois também não se respeitam. Apenas estendem aos outros a maneira como foram tratadas na maior parte de suas vidas, e infelizmente, como ainda se tratam. No fundo, sentem que não são merecedores de amor e assim se tornam incapazes de amar, tornando as relações com quem se envolvem como grande fonte de sofrimento.

A pessoa arrogante, orgulhosa, não conquistou a humildade, pois não sabe apreciar e valorizar a simplicidade. Tem sempre que demonstrar seu ar de superioridade, menosprezando quem está ao seu lado, pois acredita ser esse o caminho que irá garantir ser reconhecido. Desprezar o outro, o faz acreditar que é melhor, superior.


Claro que falar de humildade não torna ninguém humilde. Mas por que é tão difícil praticar a humildade?

Nossa sociedade ainda e, infelizmente, associa humildade com inferioridade, fraqueza, submissão e até pobreza. Quando, na verdade, está relacionada com distinção, respeito, gentileza, sensibilidade, graciosidade, simplicidade e, principalmente, autoconhecimento!

Afinal, quem tem plena consciência do seu valor pessoal não precisa se exaltar, se mostrar aos outros, nem se comparar. Não precisa gritar para que todos ouçam o quanto é melhor! Não sente necessidade de exibir sua capacidade, seu poder, prestígio ou cultura, porque tem consciência de seus valores internos. Não precisa diminuir o outro para que consiga se elevar.

As pessoas humildes realçam e valorizam as pequenas grandes conquistas do dia-a-dia em sua essência. Tratam as outras pessoas como seres dignos de respeito, pois possuem a capacidade de se colocarem no lugar do outro em seu sofrimento.

E você, como se comporta perante o sofrimento de quem ama e das pessoas que sequer conhece? Como trata as pessoas que estão à sua volta? Como valiosos presentes em sua vida ou como se estivessem sempre atrapalhando? Como enfrenta as dificuldades que surgem em seu caminho? Como trata aqueles que por vezes o machucam? Com humildade, serenidade, confiando em sua capacidade de superar e aprendendo com cada uma dessas pessoas ou julgando-as e condenando-as? Por que, por vezes, se torna tão complicado ser flexível diante de alguns acontecimentos? Por que tendemos agir por impulsividade, sem pensar e sem analisarmos as próprias atitudes, como se só o outro fosse errado? Por sermos superiores? Sermos o certo? Quem nos garante que agimos da melhor maneira? Será que somos honestos com o outro como gostaríamos que fossem conosco?

Creio que seja preciso um tempo para refletir sobre essas questões e conseguir responder essas perguntas. Afinal, ninguém é superior a ninguém, apenas podemos, sim, estar em momentos ou estágios diferentes, apenas isso.


Pode ser valioso também aprofundar essa análise em sua infância. Conviveu com pessoas arrogantes, orgulhosas?

A criança que convive com o preconceito, incompreensão, críticas excessivas, pais inseguros, inflexíveis, excessivamente exigentes, dominadores, pode ter dificuldade quando adulto de desenvolver a humildade, pois para ser aprovada era necessário muitas vezes ser igual, experimentando sempre uma sensação de carência. Assim, se tornam pessoas orgulhosas, não de quem são, mas de quem acreditam ser.

O orgulho, arrogância, em geral, faz parte de pessoas com pouco autoconhecimento, por não se conhecerem precisam passar uma imagem de pessoas seguras, exatamente ao contrário do que verdadeiramente sentem. Pisam nos outros como sentem que foram pisadas durante parte de sua vida.

Estão sempre buscando corresponder às expectativas dos outros para serem aceitas, ignorando os próprios sentimentos e quem são na verdade. Isso pode gerar um sentimento crônico de insatisfação, buscando sempre ser admirada de alguma maneira.

Acredita que o externo, com seus aplausos e reconhecimento, através de sua vaidade extrema e pela busca de status, poderão compensar a falta de contato com seu mundo interior, que na verdade, sequer conhece. Com isso, busca transmitir uma imagem idealizada de ser extremamente importante, não importando os meios pelo qual irá atingir essa imagem.

Mas será que vale mesmo a pena ser orgulhoso, arrogante? Será que vale perder um amor por orgulho? Vale perder uma amizade? É mais importante manter sua imagem do que ser humilde o suficiente para admitir seu erro e pedir desculpas? Por que não ser mais amoroso consigo mesmo e aos poucos perceber a riqueza de existe dentro de si? Por que não mudar a maneira de tratar a si mesmo e estender aos outros? Por que não perceber que o aplauso mais significativo com certeza sempre será o seu?

Pense sobre isso, acima de tudo com muita, muita humildade!



Rosemeire Zago é psicóloga clínica, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática. Desenvolve o autoconhecimento através de técnicas de relaxamento, interpretação de sonhos, importância das coincidências significativas, mensagens e sinais na vida de cada um, promovendo também o reencontro com a criança interior.


Os Trabalhadores da Luz




A IDENTIDADE DO TRABALHADOR DA LUZ

Os Trabalhadores da Luz são almas que possuem o forte desejo interior de difundir Luz (conhecimento, liberdade e amor) sobre a Terra. Eles sentem isso como sua missão. São freqüentemente atraídos para a espiritualidade e para algum tipo de trabalho terapêutico. Devido ao seu profundo sentimento de missão, os Trabalhadores da Luz sentem-se diferentes de outras pessoas. Ao experimentarem diferentes tipos de obstáculos em seus caminhos, a vida os estimula a encontrar seu caminho próprio, único. Os Trabalhadores da Luz quase sempre são indivíduos solitários que não se adaptam às estruturas sociais estabelecidas.


Uma observação sobre o conceito de “Trabalhador da Luz”:

A expressão “Trabalhador da Luz” pode provocar mal-entendidos, já que diferencia um grupo particular de almas, do resto. Além disso, pode parecer sugerir que este grupo particular é, de algum modo, superior aos outros, por exemplo, àqueles “não Trabalhadores da Luz”. Toda esta linha de pensamento está em desacordo com a própria natureza e objetivo do trabalho da Luz. Permitam-nos expor brevemente o que há de errado nisso.

Primeiro, pretensões de superioridade geralmente não são iluminadas. Elas bloqueiam seu crescimento em direção a uma consciência livre e amorosa. Segundo, os Trabalhadores da Luz não são “melhores” nem “superiores” a ninguém. Eles simplesmente têm uma história diferente daquela dos que não pertencem a este grupo. Graças a esta história peculiar, que discutiremos mais adiante, eles têm certas características psicológicas que os distinguem como um grupo.

Terceiro, toda alma chega a ser um Trabalhador da Luz em determinada etapa do seu desenvolvimento. Portanto, a qualificação “Trabalhador da Luz” não está reservada para um número limitado de almas.

A razão pela qual utilizamos o termo “Trabalhador da Luz” – apesar dos possíveis mal-entendidos – é porque ela traz associações e agita memórias dentro de vocês que os ajuda a recordar. Também há uma conveniência prática, já que este termo é freqüentemente usado em sua literatura espiritual corrente.


RAÍZES HISTÓRICAS DOS TRABALHADORES DA LUZ

Os Trabalhadores da Luz trazem consigo a habilidade de alcançar o despertar espiritual mais rapidamente que outras pessoas. Eles carregam sementes internas para um rápido despertar espiritual. Por causa disso, parecem estar numa via mais rápida que a maioria das pessoas, se assim escolhem. Mais uma vez, isto não acontece porque os Trabalhadores da Luz sejam de algum modo almas “melhores” ou “superiores”. No entanto, eles são mais velhos que a maioria das almas encarnadas na Terra atualmente. Esta idade “mais velha” deve ser entendida, de preferência, em termos de “experiência”, mais que de “tempo”.

Os Trabalhadores da Luz alcançaram um estágio particular de iluminação, antes de encarnarem na Terra e começarem sua missão. Eles escolheram conscientemente envolver-se na “roda cármica da vida” e experimentar todas as formas de confusão e ilusão que fazem parte dela.

Fizeram isto para compreender completamente “a experiência da Terra”. Isto lhes permitirá cumprir sua missão. Só passando, eles mesmos, por todos os estágios de ignorância e ilusão, é que eles possuirão finalmente as ferramentas para ajudar os outros a alcançar um estado de verdadeira felicidade e iluminação.

Por que os Trabalhadores da Luz perseguem esta missão sincera de ajudar a humanidade, mesmo correndo o risco de se perderem, durante eras, na densidade e confusão da vida terrestre? Esta é uma questão da qual nos ocuparemos extensivamente mais adiante. Agora, diremos apenas que isto tem de ver com um tipo de carma galáctico.

Os Trabalhadores da Luz presenciaram a véspera do nascimento da humanidade na Terra. Eles fizeram parte da criação do homem. Foram co-criadores da humanidade. Durante o processo de criação, eles fizeram escolhas e agiram de formas que mais tarde vieram a lhes causar um profundo arrependimento. Eles estão aqui agora para reparar suas decisões de então.

Antes de entrarmos nesta história, citaremos algumas características das almas Trabalhadoras da Luz, que geralmente as distinguem de outras pessoas. Estes traços psicológicos não pertencem exclusivamente aos Trabalhadores da Luz e nem todos os Trabalhadores da Luz os reconhecerão como seus. Ao apresentarmos esta lista, simplesmente queremos dar um esboço da identidade psicológica dos Trabalhadores da Luz. Quanto às características, o comportamento exterior é menos importante do que as motivações internas ou intenções sentidas. O que vocês sentem por dentro é mais importante do que o que mostram externamente.

CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS DOS TRABALHADORES DA LUZ

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Desde cedo em suas vidas, eles sentem que são diferentes. Quase sempre, sentem-se isolados dos outros, solitários e incompreendidos. Freqüentemente tornam-se individualistas e têm que encontrar seus próprios caminhos na vida

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Eles têm dificuldade para se sentir à vontade em empregos tradicionais e/ou em estruturas burocratas. Os Trabalhadores da Luz são naturalmente antiautoritários, o que significa que resistem naturalmente às decisões ou valores baseados somente em poder ou hierarquia. Este traço de antiautoritarismo está presente mesmo entre os que parecem tímidos e envergonhados. Ele está relacionado com a própria essência da missão deles aqui na Terra.

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Os Trabalhadores da Luz sentem-se atraídos para ajudar as pessoas, como terapeutas ou como professores. Podem ser psicólogos, curadores, professores, enfermeiros, etc. Mesmo que a sua profissão não esteja diretamente relacionada com ajudar pessoas, sua intenção de contribuir para o bem-estar da humanidade está claramente presente.

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Sua visão da vida é colorida por um sentido espiritual de como todas as coisas estão relacionadas umas com as outras. Consciente ou inconscientemente, eles levam dentro de si memórias de esferas de luz não terrestres. Podem – ocasionalmente – sentir saudades dessas esferas de luz e sentir-se como um estranho na Terra.

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Honram e respeitam profundamente a vida, o que freqüentemente se manifesta como afeição pelos animais e preocupação com o meio ambiente. A destruição de partes do reino animal ou vegetal na Terra pela ação do homem evoca neles profundos sentimentos de perda e aflição.

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São bondosos, sensíveis e empáticos. Podem sentir-se incômodos ao se defrontarem com um comportamento agressivo e geralmente têm dificuldade para se defender. Podem ser sonhadores, ingênuos ou profundamente idealistas, assim como insuficientemente “enraizados”, isto é, não ter os pés na terra. Como eles têm facilidade para captar sentimentos e humores (negativos) das pessoas que os rodeiam, é importante que possam, regularmente, passar algum tempo a sós. Isto lhes permite distinguir entre seus próprios sentimentos e os das outras pessoas. Necessitam de momentos de solidão para recuperar a própria base e estar em contato com a mãe Terra.

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Eles viveram muitas vidas na Terra, nas quais estiveram profundamente envolvidos com a espiritualidade e/ou religião. Estiveram presentes, em grande número, nas velhas ordens religiosas do seu passado, como monges, monjas, ermitães, psíquicos, bruxas, xamãs, sacerdotes, sacerdotisas, etc. Foram os que construíram uma ponte entre o visível e o invisível, entre o contexto diário da vida terrestre e os reinos misteriosos de pós-vida, de Deus e dos espíritos do bem e do mal. Por desempenharem este papel, muitas vezes eles foram renegados e perseguidos. Muitos de vocês foram sentenciados à fogueira devido aos dons que possuíam. Os traumas das perseguições deixaram profundas marcas na memória de suas almas. Isso pode manifestar-se atualmente como medo de estar completamente enraizado, isto é, medo de estar realmente presente, porque vocês se lembram de terem sido brutalmente atacados por serem quem eram.

PERDER-SE : O PERIGO PARA O TRABALHADOR DA LUZ

Os Trabalhadores da Luz podem estar presos nos mesmos estados de ignorância e ilusão que qualquer outra pessoa. Embora comecem de um ponto de partida diferente, a capacidade deles para romper o medo e a ilusão, com o propósito de alcançar a iluminação, pode ser bloqueada por muitos fatores. (Por iluminação, queremos dizer o estado no qual vocês compreendem que são essencialmente da Luz, capazes de escolher a luz em qualquer momento).

Um dos fatores que bloqueiam o caminho da iluminação para os Trabalhadores da Luz é o fato de terem uma pesada carga cármica, que pode levá-los a se extraviarem por bastante tempo. Como afirmamos anteriormente, esta carga cármica está relacionada com decisões que eles tomaram com relação à humanidade em suas etapas iniciais. Foram decisões essencialmente desrespeitosas para com a vida (falaremos disto mais tarde, neste capítulo). Todos os Trabalhadores da Luz que vivem agora desejam corrigir alguns de seus erros passados e recuperar e cuidar do que foi destruído por causa disso.

Quando os Trabalhadores da Luz completarem seu caminho através da carga cármica, isto é, quando liberarem todo tipo de necessidade de poder, compreenderão que são essencialmente seres de luz. Isso lhes permitirá ajudar outras pessoas a achar seu próprio ser verdadeiro. Mas primeiro eles mesmos têm que passar por esse processo, o que geralmente exige grande determinação e perseverança no nível interno. Devido aos valores e julgamentos neles incutidos pela sociedade, os quais freqüentemente vão contra seus próprios impulsos naturais, muitos Trabalhadores da Luz se perderam, terminando em estados de desconfiança de si mesmos, auto-negação e, inclusive, depressão e desesperança. Isto porque eles não conseguem se adaptar à ordem estabelecida e concluem que deve haver algo de terrivelmente errado com eles.

O que os Trabalhadores da Luz têm que fazer, neste ponto, é deixar de procurar validação externa, através de pais, amigos ou da sociedade. Em algum momento, você (que está lendo isto) terá que dar o salto para a verdadeira autorização, o que significa realmente acreditar em si mesmo e verdadeiramente honrar suas inclinações naturais e seu conhecimento interior, agindo de acordo com eles. Nós o convidamos a fazer isso e lhe asseguramos que estaremos com você em cada passo do caminho – exatamente como você, num futuro não distante, estará aí para ajudar outros em seu caminho.


Por Pamela Kribbe

www.jeshua.net

Tradução para o português: Vera Corrêa



Música para Relaxamento e Meditação III

Música para Relaxamento e Meditação II

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Reflexão




Você é uma pessoa caçadora de erros ou alguém que consegue ver além das aparências e das fraquezas dos outros?
Você é capaz de se transformar numa pessoa que
encontra mais os acertos nos outros?
É capaz de fazer com que uma pessoa se sinta com méritos, amada e reconhecida? Então, parabéns! Tem muito mais gente com baixa auto-estima do que pessoas centradas e equilibradas. Percebe isso?
Mas como ajudar o outro
se as vezes você também pode estar se sentindo fraco e sem forças?
Como amar o outro se não conseguir se amar por primeiro?
Se realmente quiser ajudar o outro, comece a se amar mais.
Quando as pessoas acreditam em si mesmas,
é impressionante o que conseguem realizar.
Pois saiba que você pode colaborar proporcionando um clima, um ambiente que estimule o desenvolvimento das pessoas.
Ajude as pessoas a acreditarem mais nelas mesmas.

Convivemos com muitos tipos de pessoas.
E é muito comum precisar conviver com uma pessoa muitas vezes limitada.
Valorize o ser humano que habita dentro dela
e ofereça a ela um pouco de seu talento, seu perfume, sua educação.
Tenha essa atitude de nobreza e de grandeza.
Experimente fazer isso hoje.

Dedique isso ao seu Eu Superior. Afinal,
sempre fica um pouco de perfume nas mãos de quem oferece flores.
Se você, lider que é, se perguntar
qualidades imprescindíveis para se viver bem, certamente a resposta será algo ligado à espiritualidade. E espiritualidade não significa religião, mas sim uma adoção de princípios e de valores que levem a um profundo e verdadeiro respeito ao próximo. Pronto. Agora que já fizemos vir pra fora essa verdade, mãos à obra. Porque Deus não colocaria à toa as pessoas em sua vida. Para cada uma delas Ele tem um propósito.
Seja esperto e fique atento para descobrir.

Cabe a você deixar de ser um indivíduo caçador de erros.
Transforme-se numa pessoa que encontra acertos.

Faça com que as pessoas sintam-se valorizadas, amadas, validadas e reconhecidas.



Texto extraído do site holístico Espaço das Terapias & Massagens B.H.

Música para Relaxamento e Meditação I

Hoje é tempo de ser feliz ( Padre Fabio de Melo)



A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver.

Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existencia as mais diversas formas de sementes.

Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós, será plantação que poderá ser vista de longe...

Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!"

Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura.

Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos!

Infelicidade, talvez seja o contrário.

O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã!

Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas.

Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores...

Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.

Cuidado com os amores passageiros... eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam...

Cuidado com os invasores do seu corpo... eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem...

Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar... eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena...

Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade...

Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos... elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo.

Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo.

Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz.

Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida.

Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito...

A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..."

Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões.

Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma.

Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu pra duvidar... (?)



Texto extratído do site STUM - Por Sara

O Amor o e Matrimônio


Diz o Mestre Divino "Não cabe ao homem separar o que Deus uniu" (Mateus 19:6) A interpretação usual disto é que o matrimônio não pode ter dissolvido, pois o casal foi unido por Deus (no caso de casamento religioso) e o homem não teria autoridade suficiente para mudar uma decisão do Alto. Qualquer coisa nesse sentido ‑ dizem ‑ seria uma blasfêmia, uma negação do Poder Divino. A separação e o divórcio não seriam pois aceitáveis para o Ser Supremo, que desta forma condenaria o casal em conflito a "comer o pão que o diabo amassou".

Porém, uma análise mais profunda demonstra facilmente a fragilidade deste raciocínio. Com efeito, o que significa "o que Deus uniu"? Por acaso significa que uns simples homens ‑ sacerdotes ‑ têm o poder de substituir Deus? Com que autoridade? Isto poderia ser aceitável em outras épocas, nas quais se ensinava que para ter contato com Deus era necessário de intermediários. Hoje em dia ‑graças à luz crescente que ilumina os corações humanos apesar de tudo ‑ sabemos que Deus habita tanto fora (Deus transcendente) como dentro de nós mesmos (Deus imanente).

Portanto, não precisamos de representantes dEle, tão humanos como nós. Com efeito, Deus, o Pai, está sempre em contato com seu Filho e este, nosso Cristo ou Ser Interior, aloja‑se no centro de nosso coração.

Consequentemente, "o que Deus uniu" tem outro significado. Não tem nada a ver com a cerimônia nupcial, a troca de alianças nem o juramento de fidelidade. "O que Deus uniu", ou não, são os corações humanos. E isto não pode ser julgado pelas aparências externas nem pelas leis civis ou religiosas. Ou seja, quando duas pessoas se amam profundamente, verdadeiramente e autenticamente, é isso ‑ e só isso ‑ que significa uma união de natureza divina. Portanto, o "homem", ou seja, a sociedade, não poderá destruir esse sentimento, por mais que tente.

Podem desterrar um dos parceiros para um país longínquo, podem mandá-lo para a prisão durante muitos anos, podem até eliminar fisicamente um deles, mas se "Deus uniu", se o Esplendor Divino abençoou aqueles dois corações, eles nunca poderão ser "separados", ou seja, não poderão deixar de se amarem, mesmo que o tempo e a distância possam separá‑los materialmente.

Em resumo, se você cometeu um erro, casando‑se com uma pessoa inconveniente e tentou com o máximo de suas forças consertar a situação e não teve sucesso, fica somente um caminho aberto: cada um reiniciar a vida por seu lado. Se você foi positivo, construtivo, amoroso e otimista durante esse tempo e ainda não deu para superar os conflitos e atingir a normalidade da relação, tem todo o direito a se afastar, porque não é sua obrigação cósmica continuar preso àquela pessoa. Se apesar de tudo o negativismo emergente da relação você conservou a calma, a boa vontade e o amor, a experiência vivida foi mais que suficiente para aprender a lição que estava implícita.

Abra pois seus braços em direção ao céu, aspire o aroma das flores e embarque em outra direção. Com a aprendizagem efetuada, você estará em melhores condições para escolher um novo parceiro e agora sim viver maravilhosamente em sua companhia, alcançando ‑ definitivamente ‑ a sonhada meta de amar e ser amado.

Mas quem sabe! Com um pouco de paciência e muito amor, talvez você consiga mudar o ambiente, consiga que seu parceiro se contagie pela sua luminosidade e assim a felicidade possa brotar em seu relacionamento, sem necessidade de trocar de companhia. Seu coração será a melhor bússola que o orientará nesta travessia; quando a dúvida o ameace paralisar, afogue‑a em potentes jatos de amor, compreensão e alegria.

Porém,talvez fomos otimistas demais e o que realmente ocorre é que o membro mais negativo do casal é você. Antes de tudo, é imprescindível que seja completamente honesto e sincero consigo mesmo. Se por enquanto não pode reconhecer seu negativismo frente aos demais, não se preocupe, mas seria um erro terrível não aceitá-lo interiormente. Se você ama realmente a seu parceiro e quer recuperar e ainda melhorar seu relacionamento amoroso, comece com muita coragem uma verdadeira cirurgia interna, cortando os malignos tumores do medo e do ressentimento, da inveja e dos ciúmes, da vingança e da angústia. E enriqueça sua mente e seu coração com as claras e frescas águas dos ideais elevados, dos sentimentos puros, dos pensamentos altruístas.

Finalmente, pode acontecer que os dois conjugues tenham uma proporção bem maior de sentimentos negativos que de positivos. Aquele lar, como muitos que com certeza você conhece, parecem mais uma filial do inferno que outra coisa. Reclamações, queixas, brigas, insultos e até agressões ocorrem com freqüência, condicionando os filhos e registrando em sua frágil mente subconsciente uma matriz negativa que eles reproduzirão depois, em sua vida adulta, perpetuando os laços de dor, sofrimento, desdém e infelicidade que hoje assolam o mundo.

Se você estivesse, lamentavelmente, neste grupo, é bom que saiba que não está tudo perdido e que mais uma vez, tudo depende de sua atitude. Seu futuro está nas suas próprias mãos. Se você se deixa dominar pela Mente Coletiva, pela inércia, pela preguiça, pela resignação, a filial do inferno que é seu lar continuará "prosperando" negativamente, fazendo com que você e seus familiares continuem na lama e nas trevas.

Mas se você escolhe usar seu poder divino, seu livre arbítrio e decide que a situação é insuportável, que mudanças devem ser feitas para fugir do colapso final, acreditamos firmemente que terá encontrado a ferramenta mais indicada para lhe facilitar o trabalho.



José A Bonilla é rofessor da Universidade Federal de Minas Gerais. Temas: A Arte de Amar e Ser Amado, Educação para a Vida e Vida Espiritual. Autor de 18 livros e 247 artigos científicos e de divulgação.