quinta-feira, 30 de junho de 2011

Aprendendo a se amar de verdade - O advento do ser integral



Você precisa aprender a se amar. A cuidar melhor de você. A zelar por suas necessidades.

Quem foi que disse que você não pode satisfazer suas necessidades? Quem foi que disse que outra pessoa tem que satisfazer suas expectativas e necessidades? Não podemos colocar expectativas acerca de nossa vida, acerca de nós mesmos em algo ou alguém exterior a nós. Quem tem que estar em primeiro lugar na sua lista de prioridades é você mesmo!

Até quando você vai ficar esperando que outra pessoa realize seu sonho?

Pouco importa qual seja seu sonho, sua necessidade momentânea, ou seja lá o que for que sua alma necessite para estar em paz. Não fique esperando, pois a chance de você se decepcionar é muito grande. O melhor momento para você começar a cuidar de si mesmo é agora. Não vai existir um momento ideal. Crie o momento ideal!

Condicionamo-nos desde cedo que outras pessoas têm que satisfazer nossas necessidades enquanto nós procuramos satisfazer a dos outros. É isso que a sociedade prega.

Mas qual o problema de você satisfazer suas próprias necessidades, correr atrás de seus sonhos? Quem sabe o melhor para você é você mesmo e ninguém mais. Assim como ninguém sabe o quanto aquela sua pedra no sapato dói, pois dói no seu pé e não no dos outros.

Seríamos uma sociedade mais equilibrada e feliz, com menos problemas emocionais e sociais se nós nos observássemos mais, zelássemos mais por nós mesmos, por nossas necessidades.

Temos que nos amar mais!

Seríamos pessoas inteiras e não metades em busca da outra metade.

Como você pode ser feliz se você é apenas metade de um ser? E coloca todas as suas expectativas na outra metade, que é quase certo que está tão perdido quanto você.

Esse tipo de educação que nossa sociedade nós dá não forma indivíduos, pessoas inteiras capazes de superar obstáculos e criar paz interna.

O fato de você dizer que "precisa" de alguém ou de determinada pessoa, seja lá quem for ela, é um triste indicador que você é doente e precisa urgente do melhor tratamento, se amar!

Pois somente poderemos ser realmente felizes ao lado de quem quer que seja, e fazer essa outra pessoa feliz, no dia em que constatarmos que, na realidade, você não precisa daquela pessoa para ser feliz. Aliás, você não precisa de nada para ser feliz, pois você já tem tudo o que você precisa, você mesma!

E nesse dia, somente a partir desse dia, você vai descobrir o verdadeiro significado da palavra "felicidade" e "paz".

Por Aurora de Luz

Amar é compartilhar felicidade!

A psicanálise, por ser um método de investigação dos processos mentais, nos fornece uma preciosa contribuição no que diz respeito ao tratamento das desordens emocionais.

Nesse sentido, na fase infantil quando mãe e pai biológicos (ou substitutos) são referências máximas na futura definição de perfis masculino e feminino, distúrbios psíquicos podem interferir nas relações afetivas do filho adulto.

À propósito da escolha de perfis, desde traços físicos e fisionômicos até o temperamento do pai ou da mãe ocorre num nível inconsciente. E uma situação corriqueira, que exemplifica tal afirmativa, é o da escolha que "surpreende", ou seja, entre pretendentes mais interessantes sob o ponto de vista estético ou financeiro, o filho ou filha escolhe justamente aquele(a) que familiares ou amigos não entendem os motivos...

Na verdade, quando escolhemos o parceiro ou a parceira para um compromisso sério, estamos depositando naquele indivíduo, expectativas de que o suprimento de amor do qual necessitamos seja contemplado nessa relação.

No entanto, esse "suprimento" que representa as nossas carências afetivas, não inicia na nova relação com o sexo oposto, mas a continuidade do histórico de relações com as figuras materna e paterna que são transferidas para a atual relação.

As carências afetivas, portanto, tornam-se transferenciais, isto é, passam do pai ou da mãe para aquela mulher ou aquele homem cujas expectativas de suprimento que restou do passado, alimentamos inconscientemente.

Em suma: parceiro não é pai, mas tem que ser um pouco "pai". Parceira não é mãe, mas deve ser um pouco "mãe". Caso contrário, sentimentos não resolvidos com as figuras referenciais da infância, podem emergir com a energia das emoções desequilibradas que acabam por afetar a qualidade do relacionamento.

E quando a qualidade da relação deteriora é sintoma de que a gratificação afetiva -ou suprimento- não satisfaz as expectativas inconscientes, ou seja, o relacionamento repete o padrão do passado onde os traumas psíquicos (rejeição, ausência, abandono, etc.) que se tornaram crônicos em forma de psiconeuroses, começam a mexer com as emoções e a desgastar o relacionamento.

Portanto, o mais importante nas relações afetivas adultas é ambos encontrarem o ponto de equilíbrio entre a demanda afetiva do passado e a necessidade de suprimento do presente. Não esquecendo, que não basta ser um pouco mãe ou pai se o inerente desejo sexual não for contemplado pelo desempenho dos amantes...

Invariavelmente, o relacionamento íntimo -e sério- entre duas pessoas, envolve a fusão de carências afetivas, desejos e expectativas de crescimento pessoal e mútuo. E na ânsia de preencher o vazio de amor que ficou da relação com as figuras parentais da infância, o volume de energia que acompanha o envolvimento afetivo do casal, costuma gerar conflito de egos.

Se os envolvidos não tiverem um nível aceitável de conhecimento de si mesmos e do que o outro representa na relação, o envolvimento tende a fixar-se na demanda instintual (sexo), que apesar de ser importante no contexto geral, é apenas mais um ingrediente na qualidade do relacionamento.

Amar exige cumplicidade no sentido de compreender as carências que transitam numa relação amorosa. Ignorar é assumir um comportamento infantil ainda sintonizado ao passado.

Por este motivo, o risco maior para a relação ocorre quando levamos para a proposta de crescimento mútuo e pessoal, os sentimentos negativos que transferem-se para o outrem em forma de processo obsessivo e asfixiante para ambos, como a dependência afetiva e o ciúme patológico, entre outros.

Quanto mais estivermos focados numa relação afetiva estável, mais libertos estaremos da sintonia do passado para assumirmos a condição de adultos que encaram o amor como uma forma de buscar a completude e a felicidade.

Sob a ótica psicanalítica da alma, as experiências servem de aprendizado. E, a partir do momento vital que compartilhamos a felicidade em um relacionamento afetivo estável e de qualidade, tal experiência é inserida à nossa memória extracerebral (periespiritual) e ao nosso conhecimento, aprimorando, dessa forma, a nossa sensibilidade para o amor e alterando o modelo comportamental que nos acompanha há muitas vivências.

Uma vez "quebrado" esse paradigma comportamental pela gratificante experiência afetiva de uma única vida (aprendizado), e a partir de uma visão mais abrangente do amor, o ser imortal torna-se preparado para novas relações afetivas que envolvam a transparência e a leveza da felicidade compartilhada.

Por Flavio Bastos


A doutrina secreta de Jesus: Metáforas



A parábola do grão de mostarda
Trata-se de uma variante da metáfora do semeador. A semente de mostarda é tão pequena que é quase tão nebulosa como o quadro mental da oração; mas quando cresce, torna-se tão grande e forte como uma árvore. Jesus compara o diminuto grão de semente com o fermento colocado na massa para fazê-la crescer. Também o quadro interior cresce até sua materialização; a massa é símbolo da semente umedecida pelo mana.

O capítulo Mateus 13 é famoso pelas metáforas. Jesus diz que suas parábolas expressam 'o que estava oculto desde o início do mundo'. Na doutrina Huna, os Filhos do homem -os eus médio e básico- devem usar na oração boas sementes -os objetivos bem escolhidos. Jesus continua: 'o campo é o mundo'. O termo para mundo é Luz. O Eu Superior torna-se o campo onde boas sementes são semeadas. 'As boas sementes são os Filhos do Reino'. Aqui Jesus repete que as sementes devem ser plantadas no Eu Superior, que é o símbolo do Reino de Deus.

Os Filhos estão para crescimento e maturação; as sementes viram frutos. 'O joio são os filhos do iníquo'. Uma prece mal feita ou uma para prejudicar alguém é joio: nenhum Eu Superior faz preces para prejudicar outros ou privar alguém de seu livre-arbítrio. A referência ao diabo em versículo 39 é difícil de explicar: na Huna não há diabo, apenas escuridão, o oposto da Luz. Só ignorantes plantam joio ao pedir por algo prejudicial aos demais.

'A colheita é o fim do mundo e os ceifeiros são os anjos'. No código, ceifeiros significa ficar sem recursos. Pessoas que oram para prejudicar tornam-se seus próprios ceifeiros; suas preces nada obtêm; os anjos estão para os Eus Superiores. Tais passagens parecem visar o fim do mundo quando lidas junto aos trechos do breve retorno de Cristo. Isso foi a causa de grandes equívocos de certas seitas cristãs, cuja espera de 2000 anos continua irrealizada.

No versículo 40, Mateus usa outro termo do código: 'Haverá choro e ranger de dentes'. O sentido externo parece dizer que no fim do mundo os maus serão jogados no fogo. Os termos do código significam soluçar, lamentar e verter lágrimas (lágrimas são água e simbolizam mana, ranger de dentes enxugar algo para secá-lo). Ambas as palavras dizem: o joio -os quadros interiores maus- não recebem mana e as sementes secam.

O versículo 43 traz um final triunfante: ' Os justos brilharão tão claramente como o sol, no reino de seu Pai'. Os justos são os bons, as boas sementes que crescem quando as preces são atendidas. Escute aquele que tem ouvidos quer dizer que o dito faz parte da doutrina secreta e é apenas compreensível aos iniciados que sabem do sentido secreto.

No versículo 45, começa outra parábola: 'O reino dos céus é semelhante a um mercador viajante que buscava pérolas excelentes; 46 ao achar uma pérola de grande valor, foi e vendeu prontamente todas as coisas que tinha e a comprou'. O Reino dos Céus significa que o Eu Superior se alegra pelas boas sementes; ao se pedir algo em prol do bem-estar do eu médio e básico, o Eu Superior se esforça para substituir as condições adversas por melhores. Vender e comprar quer dizer trocar uma coisa por outra, as condições ruins por novas e boas.

As religiões tratam o tema dos bons e maus de modo diferente. Os kahunas viam como maus aqueles que moravam na escuridão, em um nível inferior. Tais pessoas não eram jogadas no inferno senão cuidadas carinhosamente por seu Eu Superior. Este os tratava com enorme paciência e os ajudava a encontrar a Luz. Pouca religião sustém que parte da humanidade é do diabo e não pode ser salva. Os Evangelhos falam dos escolhidos e dos chamados. A doutrina externa parece sugerir que só eles serão salvos, enquanto os maus por natureza não serão dignos disso.

No Juízo Final, um Deus impaciente separa os grãos bom dos maus e queima estes no fogo eterno. De certo modo, o Cristianismo adotou do Judaísmo o Deus vingativo dos profetas. Esta atitude insensível aparece na metáfora do homem rico que perdoa a dívida de um insolvente depois do qual este cobra outro que lhe deve pouco com dureza. Ao saber de tal egoísmo, o rico e generoso -que simboliza Deus -exigiu o pagamento de toda a dívida (Mateus 18 34-35).

A parábola do filho pródigo

Lucas relata parábolas que Mateus, Marcos e João não citam. O do filho pródigo contém poucos ou nenhum termo em código. O significado externo é claro: o Pai é sempre amoroso e disposto a perdoar. Espera por uma nova vida de seus filhos teimosos. A senda precisa ser aberta e o 3º elemento da Trindade Humana convidado a desempenhar seu papel. Mas o Pai só está disposto quando é reconhecido e suplicado em preces.

O filho pródigo perdeu o contato ou não o teve nunca. Como a maioria das pessoas, tenta viver sem ajuda nem guia, deve sofrer muito, mas encontra consolo e fartura quando o Pai lhe ajuda. Existem outras parábolas menos relevantes; o que importa é rezar de modo certo. Isso é mostrado pelo método de acumular mana e enviá-lo na prece ao Eu Superior junto às formas-pensamento.

O Rito Há. Acumular mais mana é fácil. O termo respirar codifica o método secreto. Os escolhidos eram treinados no rito, o mana, o cordão aka e as formas de pensamento da oração. Há no sentido de quatro o respirar fundo; revela como acumular mana. Além disso significa calha e tubo de água corrente e se refere ao mana que flui para o Eu Superior.

Kau-na, outro termo para quatro, contém a raiz kau com inúmeros significados, como o de colocar algo no seu lugar, e para enviar o mana e as sementes onde necessárias - ao Eu Superior. O segundo significado é servir (alimento) a alguém; isso remete ao mana oferecido ao Eu Superior. O significado de fechar-se, abraçar ternamente, lembra o amor que o homem inferior recebe do Eu Superior.

A aceitação, número 17, é praticar ante o ouvido de alguém para aprender, referência à prece a ser repetida inalterada muitas vezes. O significado número 22 apresentar e logo descansar descreve a oração feita ao Eu Superior e o descanso posterior.

Com o termo hoo-mana os kahunas reforçam a importância de acumular mana. O termo significa honrar e produzir mana. O Eu Superior não possui mana por não ter corpo físico; para cumprir suas funções, precisa de mana do eu básico. Quando a pessoa dorme, ele possivelmente busca um pouco de mana; mas quando a pessoa atua no mundo material denso precisa de bem mais energia.

Por Jeans Federico Weskott

Para que serve a mediunidade?



Já se questionou sobre o motivo de nascer com tendências mediúnicas?
Os médiuns sabem muito bem que não é nada fácil ver espíritos, ter sonhos premonitórios, sentir na pele a energia dos ambientes e das pessoas. Aparentemente, é muito legal ter a percepção do mundo espiritual, mas na prática, quando ainda não temos muita consciência, nos conectamos também com dores e sofrimentos. Com sorte, merecimento de boas ações em vidas passadas, com o decorrer do tempo, o médium consegue se harmonizar e sentir coisas boas.

Há muitos anos o Sr. Pena Verde, um guia muito lindo e muito amoroso, intercedeu a meu favor e me avisou que colocaria um filtro na minha visão espiritual, pois como me explicou na época: "Quem vê o bem, vê também o mal".
Sei que foi graças à luz desse mentor maravilhoso que consegui vencer minhas sombras. Mas confesso que de vez em quando enfrento momentos difíceis, de ataques energéticos, de ansiedade. E percebi ainda que as energias negativas que existem à nossa volta se alimentam do medo, do cansaço e da raiva que sem perceber guardamos dentro de nós.

Penso que a mediunidade possa ser comparada a uma antena parabólica e muita gente que pensa estar doente, na verdade, sofre por emoções abaladas. Adoecem na alma e manifestam as doenças psicossomáticas.
Compreendo que a mediunidade, antes de ser um dom, um talento, ou uma graça, é um grande compromisso. Os médiuns nascem com essas antenas abertas e têm de cuidar em se manter permanentemente num caminho ético e amoroso. Sem essa escolha a trilha será de dores e sofrimentos. Por isso, nos meus grupos e cursos ensino às pessoas a conexão essencial com o Amor.
É claro que temos sombras, gritos e dores, afinal quem pode dizer que só consegue viver o Amor?

Abandonos, frustrações amorosas afastam as pessoas do caminho e fazem com que desacreditem da validade do esforço pessoal. Mas não podemos esmorecer. Para o nosso bem e para o bem de marido, filhos e amigos, devemos persistir no bem. Encarar o mal que está dentro de nós mesmos não é fácil, mas é fundamental para colocar em seu lugar o bem que desejamos cultivar. Sinto que os médiuns deveriam ter muita força na oração para se equilibrar, porque ver o mal, sentir o mal é fácil, mas desequilibra e cria uma ligação com essa energia.

Emoções perturbadas criam verdadeiros aprisionamentos, principalmente, na depressão. Nessas horas, devemos usar a mediunidade para reconhecer o que está nos atacando, pois não são apenas forças externas; se somos atacados é porque de alguma forma nos conectamos com essa energia, mas não vamos nos desesperar, porque se estamos nos defrontando com ela é sinal que teremos também maturidade e luz para nos libertar.

O caminho do desenvolvimento mediúnico deverá ser também o do amor, do perdão e da humildade, que são os impulsos que precisamos para sermos mais felizes e equilibrados.
Vale Refletir: a luz e a sombra estão em você. Escolha qual delas deseja servir.

Por Maria Silvia Orlovas

Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece!


Esse antigo ditado chinês descreve uma idéia básica oriental, a conexão entre a psique humana e as ocorrências exteriores, o mundo interior e exterior. Alguma vez você pensou muito como resolver determinada situação, sem saber como deveria agir? E de repente teve uma intuição que deveria mudar o rumo das coisas ou o caminho a seguir, podendo ser logo depois de abrir a página de um livro que leu sem querer, ao ouvir uma conversa na fila ou após um sonho? Pensou em alguém que gostaria de falar ou encontrar e logo em seguida se encontrou ou recebeu um telefonema da pessoa que pensou? Essas situações podem se tornar comum em alguma época na vida de algumas pessoas, o que nos confirma que nada acontece por acaso.

Apesar de nós, ocidentais, termos muita dificuldade em entender esses eventos, muitas vezes acreditando que tudo aquilo que não pode ser percebido pelos cinco sentidos ou explicados pela razão, seja considerado de menor valor, na verdade a sincronicidade nos proporciona um vislumbre interior e que há de fato um elo entre nós e o Universo. Mas como os eventos significativos são manifestos em linguagem simbólica, podem dificultar seu entendimento e assim se tornam muitas vezes ignorados e desprezados. Mas talvez seja possível entender um pouco mais sobre as coincidências significativas tendo uma compreensão da teoria de Jung. A primeira vez que Jung utilizou o termo sincronicidade publicamente foi em 1930, mas a primeira publicação só ocorreu em 1952, quando ele tinha 75 anos. Como podemos perceber esses fatos já são estudados há algum tempo.

Muitos acontecimentos aparentemente casuais podem ser significativos. Quantas vezes você não se deparou com coincidências ou encontros e não pôde explicar como ocorreram? Ou seja, quando existe uma coincidência entre um sentimento ou um pensamento e acontece um evento externo do qual a pessoa sente como significativo, damos o nome de sincronicidade. As coincidências significativas mais comuns acontecem quando estamos num momento de maior reflexão sobre o sentido da vida, momentos que parecem de algum modo diferentes, mais intensos e que não conseguimos muito explicar o que ocorre.

Não há explicação racional para situações em que uma pessoa tem um pensamento, sonho ou um estado psicológico interior que coincida com um acontecimento. Como nos casos em que pensamos em alguém, o telefone toca, e quem chama é a pessoa na qual estávamos pensando. E quando esses eventos tornam-se constantes é comum as pessoas ficarem assustadas, pois não entendem a profundidade desse processo. Quando entendemos e aceitamos a idéia de sincronicidade, qualquer acontecimento pouco comum é um convite para parar e pensar. Podemos sentir que "algo está tentando nos dizer alguma coisa" e essa sensação aumenta com cada novo acontecimento nesse sentido. Ter consciência de que as coincidências acontecem conosco é o primeiro passo para que passem a acontecer cada vez mais. Seja qual for o sinal, sentimos que é preciso decifrar uma mensagem e com isso tendemos a nos conhecer e crescer. É quando começamos a ter consciência de que algumas ocorrências podem mudar nossa vida. Para a sincronicidade, as coincidências dos acontecimentos significam algo mais do que mero acaso. Houve alguma coincidência que fez com que você chegasse até esse artigo e que agora percebe que foi significativa?
A sincronicidade pode nos dar a confirmação de que estamos no caminho correto, ou ainda, que devemos mudar o rumo que estamos indo. Algumas sensações como calafrio subindo pela espinha, de espanto ou calor, freqüentemente acompanham a sincronicidade.

Se quiser, poderá fazer um registro de informações em forma de diário. Formule as perguntas certas e fique atento que as respostas chegarão. Mais cedo ou mais tarde as coincidências vão ocorrer para levar você na direção indicada pela intuição. Quando passar a ouvir sua intuição, sua voz interior, logo perceberá que sua confiança proporcionalmente irá aumentar. Comece a ficar atento aos fatos de sua vida e em que circunstâncias eles ocorreram. Poderá ainda fazer um exercício construindo sua linha de tempo para aumentar seu autoconhecimento. Escreva eventos significativos de sua vida desde seu nascimento até o momento presente. Quais foram as situações mais marcantes em sua vida? Não precisa ser minucioso no relato, coloque eventos chaves que aconteceram de acordo com o ano ou com sua idade na época. Depois analise e identifique as lições que cada fato pode ter trazido para você e que pode não ter percebido quando ocorreram. Tenha consciência que sua vida tem um objetivo e que tudo que te acontece pode ter uma mensagem e um aprendizado. O que podem ter te ensinado? Percebeu um padrão repetitivo de experiências? Qual parece ser o objetivo da sua vida até agora? É isso que ainda quer para você ou tem perseguido objetivos que foram impostos e você os aceitou como seus? O que você preferia estar fazendo? O que te impede de mudá-los? Essas são apenas algumas sugestões de perguntas que você poderá fazer e deixar sua intuição e a sincronicidade te guiarem. Como diz Richard Bach: "Cada pessoa, todos os episódios de sua vida, aí estão porque você aí os colocou. O que você escolhe fazer com eles, depende de você!" E o que fazer com eles pode ser indicado pela sua intuição e sincronicidade. E realmente acontecem, por isso fique atento!

Se quiser saber mais:
- Jung, Sincronicidade e Destino Humano. - Progoff, Ira - Ed. Cultrix
- A Sincronicidade e o Tao - Bolen, Jean Shinoda
- A Profecia Celestina - Redfield, James - Ed. Objetiva

Por Rosemeire Zago

O amor consciente


Todos desejamos a felicidade no amor. Mas, quantos de nós somos capazes de vivenciar este sentimento de modo maduro e consciente?

Muito poucos, certamente. E isto acontece porque a maioria dos seres humanos se relaciona sempre tentando obter do outro o ideal de plenitude e êxtase com que tanto sonham.

É uma grande responsabilidade que colocamos sobre a outra pessoa, a de nos garantir um paraíso permanente, onde reine a eterna harmonia. Se não somos capazes de alcançar este estado de equilíbrio por nossa própria conta, como podemos exigir do outro que o faça?

O primeiro passo na conquista de uma relação duradoura é tomarmos consciência de que esta não é uma tarefa fácil. Não basta desejar, é preciso se manter alerta, todos os dias, para não permitir que o ego e suas armadilhas predominem em nós.

A consciência permanente de que não somos perfeitos e, portanto, não podemos exigir de ninguém a perfeição, faz toda a diferença na arte da convivência.

Outro detalhe essencial é não criar expectativas exageradas sobre a outra pessoa e o relacionamento. Muitas das decepções que sofremos são o resultado de nossas próprias fantasias a respeito do outro, de nossa dificuldade em enxergá-lo ou aceitá-lo exatamente como ele é, e não como gostaríamos que fosse.

Ao invés disso, tentamos modificá-lo, na esperança de que ele se encaixe no modelo do amor ideal com que sonhamos. Este é o caminho mais rápido para que as cobranças se instalem e a relação tenha fim.

Focar nossa atenção nas qualidades do outro, mais do que em seus defeitos, e tentar não perder de vista os motivos que fizeram com que nos apaixonássemos por aquela pessoa, é essencial para que as fantasias se dissolvam e, finalmente, possamos viver a experiência do amor consciente.

"Quando você começa a se relacionar com seres humanos, você tem que levar em consideração que seres humanos não são coisas, são consciências. Você não pode dominá-los - embora quase todo mundo esteja tentando fazer isso e, dessa forma, estragando toda a vida do outro.

....Amar um ser humano é uma das coisas mais difíceis do mundo, porque no momento em que você começa a mostrar o seu amor, o outro começa a entrar numa viagem de poder. Ele sabe que você é dependente dele ou dela. Você pode ser escravizado - psicologicamente, espiritualmente - e ninguém quer ser um escravo. Mas todos os seus relacionamentos humanos acabam virando uma escravidão.

Todo ser humano tem um direito de nascimento de não ser dominado por ninguém - mas também um dever de nascimento de não tentar dominar ninguém. E só assim a amizade pode florescer.
O amor precisa de uma clareza de visão.
O amor precisa de uma limpeza de todas as espécies de coisas feias que estão em sua mente - ciúme, raiva, desejo de dominar.

...Nós aceitamos uma idéia falsa de que sabemos como amar. Nós não sabemos. Estamos vindo dos animais. Os animais não amam.
O amor é um fenômeno muito novo na vida humana. Os animais se reproduzem, mas não se amam... O amor é um fenômeno novo que surgiu com a consciência humana. Você terá que aprendê-lo.

Pintar belos quadros, criar poesias, esculturas, música, dança - isso está nas suas mãos. Mas quando você entra em contato com um ser humano, você tem que compreender que, do outro lado, está presente o mesmo tipo de consciência. Você tem de ter respeito e dar dignidade à pessoa que você ama...
...Amor é um outro nome de se compartilhar... Seu amor -o que você chama de amor- não é um compartilhar, é um esforço para obter algo.

...Você terá de mudar o significado de amor. Amor não é algo que você tenta ganhar do outro. E essa tem sido toda a história do amor - todo mundo está tentando ganhar amor do outro, tanto quanto possível. Ambos estão tentando ganhar e, naturalmente, ninguém está ganhando nada.
Amor não é algo a ser obtido.
Amor é algo a ser dado.
Mas você só pode dar quando você tem.

Você tem amor dentro de você? Você já se fez essa pergunta? Quando sentado em silêncio, você já observou? Você tem alguma energia de amor para dar?

...O relacionamento humano precisa de compreensão.

Minha sugestão é: medite. Torne-se mais e mais silencioso, calmo, tranqüilo. Deixe uma serenidade surgir em você.
Isso lhe ajudará de mil e uma maneiras, não apenas no amor".
OSHO - Sermons in Stones.

Por Elisabeth Cavalcante

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Relações Amorosas & Práticas que podem ajudar no Amor! III



Construindo Mandalas

A Mandala é uma figura circular que pode conter os mais diversos tipos de imagens e símbolos. Constituem uma linguagem visual de alguma Tradição ou são expressão livre, uma linguagem inconsciente de alguém. De todo modo, a construção de uma mandala é uma prática interessante. Não se preocupe com o resultado, mas divirta-se com o processo.

  • Reserve um horário em que você possa trabalhar sem interrupções. Uns 30a 45 minutos são suficientes. Desligue o celular...
  • Use lápis de cor, lápis cera ou caneta hidrocor e papel sulfite. Lápis e borracha.
  • Comece fazendo um grande circulo na folha de papel sulfite. Agora, coloque o lápis em um dos lados do círculo e comece a traçar linhas sinuosas que vão até o lado oposto do círculo.Agora retorne para o lado que iniciou, traçando mais uma linha sinuosa e continue o processo, sem tirar o lápis do papel, até terminar esse sentido das linhas. Se quiser, escolha um outro sentido e faça o mesmo. As linhas podem ter a mesma distância ou não, faça como quiser. Solte a mão, deixe o movimento fluir.
  • Depois escolha as cores que você vai utilizar para colorir sua mandala. Seria interessante usar o laranja como cor dominante porque é a cor do segundo chakra.
  • Se quiser, coloque sua mandala à vista, em algum lugar que você possa vê-la com freqüência!
Prática

Agora vamos propor uma prática muito simples e curta para você fazer diariamente. Coloque uma música com som de água, se possível.

  • Sente-se no chão, com as pernas cruzadas ou sob uma cadeira, com as costas retas e os pés apoiados no chão. Apóie as mãos sobre as pernas ou joelhos.
  • Observe sua respiração natural e aquiete-se.
  • Agora faça 5 respirações nasais e abdominais. Quando você inspira, o abdomen se expande, quando você expira, ele se recolhe. Feche os olhos.
  • Agora dirija o foco da sua respiração para o baixo abdômen e visualize essa área do corpo na cor laranja.
  • Agora visualize bem no centro do baixo abdômen uma flor com seis pétalas cor de laranja. Quando você inspira, as pétalas se abrem, quando você expira elas se recolhem suavemente. Pratique por 9 vezes.
  • Agora entoe mentalmente o mantra "vam". Inspire e ao expirar cante mentalmente "vam". Se quiser vocalizar, tudo bem.Pratique por 9 vezes
  • Depois calmamente, abra os olhos.
  • Repita mentalmente a afirmação: "Minhas relações são equilibradas e prazerosas."
Por Yewa Lintz de Freitas

Relações Amorosas & Práticas que ajudam no Amor! - II


Você só "fica" e encontra dificuldade em encontrar um parceiro para uma relação mais estável? Você não consegue se envolver o suficiente, mantendo as relações sempre na superficialidade? Ou pelo contrário, sente-se presa, sufocada no relacionamento?

Sente -se dependente do outro? São diferentes facetas de uma mesma questão: a de como ser feliz no Amor.
O chakra swadhisthana, que fica situado no baixo abdômen é o que é mais ativado no caso das relações amorosas e precisa estar equilibrado com a energia fluindo através dele suavemente. Você vai encontrar uma prática no final do texto para ajudar a entrar em contato com ele. Mas, "somos todos um".

Então é bom dar uma olha da na sua vida como um todo. Tudo o que lhe falta é um parceiro? Se for, não permita que isto se torne uma obsessão.
A vida amorosa deve ser parte de uma vida plena que você tem, que inclui trabalho, amigos, lazer, família, saúde e interesses específicos que você irá cultivar. Inclui também o progresso material e a estabilidade financeira. Sua qualidade de vida depende de todos estes aspectos. E o primeiro passo é você se conhecer e ser capaz de tirar o melhor partido de suas qualidades e minimizar suas fraquezas, aprendendo com os erros.

Se você não consegue ficar sozinha, se é extremamente carente, convive com a sensação de abandono, você deve realizar práticas que ativam o muladhara chakra. Quem não tem uma boa relação consigo mesmo, não está preparado para uma relação a dois. É praticamente certo que não irá adiante.
Se é muito emotiva ou sentimental, isto também pode dificultar as coisas. Nem todo mundo é romântico hoje em dia e as emoções devem estar sob controle, na medida certa.

Mas se ao contrário você não consegue entrar em contato com suas sensações, ou se deixa levar por sentimentos negativos, tipo baixa-autoestima, culpa e outros, precisamos examinar mais a fundo para ver que chakras estão envolvidos com a questão.
Nós devemos buscar encontrar nosso centro, sentir-nos em casa, viver uma sensação de inteireza em si mesmo para poder ir ao encontro do outro sem expectativas, agendas e projeções. Vamos propor uma prática muito simples e curta para você fazer diariamente. Coloque uma música com som de água, se possível.

  • Sente-se no chão, com as pernas cruzadas ou sob uma cadeira, com as costas retas e os pés apoiados no chão. Apóie as mãos sobre as pernas ou joelhos.
  • Observe sua respiração natural e aquiete-se.
  • Agora faça 5 respirações nasais e abdominais. Quando você inspira, o abdomen se expande, quando você expira, ele se recolhe. Feche os olhos.
  • Agora dirija o foco da sua respiração para o baixo abdômen e visualize essa área do corpo na cor laranja.
  • Agora visualize bem no centro do baixo abdômen uma flor com seis pétalas cor de laranja. Quando você inspira, as pétalas se abrem,quando você expira elas se recolhem suavemente.
  • Pratique isto por algumas vezes. Depois calmamente, abra os olhos.
  • Repita mentalmente por 3 vezes a afirmação: "A minha vida flui como um rio de águas tranqüilas."
Por Yewa Lintz de Freitas

Relações Amorosas & práticas que podem ajudar no Amor


Muitos de nós encontram dificuldade nas relações amorosas. Alguns são casados, outros solteiros ou divorciados. Estado civil não garante felicidade. Outros estão felizes como passarinhos, encontraram seus parceiros e convivem com suas igualdades e diferenças. Outros estão sozinhos, mas se ajustaram à situação e estão confortáveis com ela.


Mas para quem está buscando um parceiro ou está encontrando dificuldade no relacionamento, a coisa pega. Pode haver muito sofrimento, muitas lágrimas porque é o mundo da água, o do swadhisthana chakra. Ele se situa no baixo abdômen e é responsável pelo aparelho reprodutivo no plano físico e pelas relações aos pares no plano psicológico.

Então, se você está se encaixando nestas situações, alguma práticas podem ajudar a equilibrar o segundo chakra. Ele pode estar sem energia ou com a energia circulando dentro dele, sem fluir. É uma influência recíproca entre o que você vive e como o chakra reage. Estas práticas têm suas raízes no Tantra Yoga.

Vamos começar com uma seqüência de movimentos fluidos. Se você tiver uma música com som de água ou uma fonte, será ótimo. É uma prática ativa e leve. Mesmo assim, não faça nada que lhe provoque algum incômodo ou dor.

  • Coloque -se de pé, pés alinhados com os quadris, quadril encaixado, costas retas, braços relaxados ao longo do tronco.Queixo ligeiramente abaixado e cabeça no prolongamento da coluna. Os joelhos podem estar ligeiramente dobrados. Os dedos dos pés estão abertos para dar conforto e segurança.
  • Aquiete-se. Feche os olhos. Observe sua respiração natural. Agora respire profundamente, percebendo seu abdômen dilatar na inspiração e se recolher na expiração. Faça 5 respirações. A respiração é nasal e abdominal.
  • Agora comece fazendo movimentos circulatórios conectados com a respiração. Lembre-se: quando o movimento é para cima, você inspira, quando desce, você expira. Começa girando a cabeça inspirando até a altura da nuca e expirando quando se dirige ao queixo 3 vezes para cada lado. A respiração e nasal.
  • Agora os ombros. Movimentos circulatórios sempre conectados com a respiração, para a frente e para trás. 3 vezes para cada lado.
  • Afaste um pouco os pés. Inspire, e ao expirar, incline o corpo para um lado, deixando o braço escorregar pela perna.Inspire voltando para a posição inicial ef aça para o outro lado.3 vezes para cada lado.
  • Agora imagine um oito deitado. Coloque as mãos na altura dos quadris e percorra o símbolo do infinito( oito deitado) com seu quadril. A idéia é fazer com que seu quadril se mova. Então, leve um quadril à frente e comece fazendo o desenho do jeito que puder. Depois inverta. Faça três vezes para cada lado.
  • Agora leve uma perna a frente, dobrada, pé com calcanhar levantado. Faça círculos com o joelho, 3 vezes para cada lado. Faça com a outra perna. Conecte-se com a respiração!
  • Agora erga os calcanhares e abaixe, movimente os pés. Faça círculos com os tornozelos e com os pés.
  • Agora volte a posição inicial de pé. Feche os olhos e observe-se.
Repita esta prática por algumas vezes. Para uma prática mais suave, leia: "Dificuldades sexuais, TPM, menopausa e relações amorosas." Estaremos de volta com outras práticas, nossos parceiros na busca da felicidade no Amor!

Por Yewa Lintz de Freitas

Como saber quando alguém não está tão a fim de você!



Bem, de verdade mesmo, quando o intuito é saber o que uma pessoa está sentindo, o modo mais seguro e simples seria o óbvio ululante: perguntando para ela! Entretanto, considerando que nem todos conseguem ser tão diretos e sinceros – seja para perguntar ou para responder – especialmente quando o assunto é sentimento ou desejo, esta pode não ser a forma mais eficiente. Sim, é difícil ser óbvio, na maioria das vezes. E talvez seja por isso que os relacionamentos nos desafiem tanto!

Portanto, se você não pretende perguntar, ou ainda, se já perguntou, mas a resposta obtida não te convenceu, sugiro que lance mão de duas ferramentas próprias também bastante eficientes: a observação e a intuição.
A observação servirá para você diferenciar as atitudes de quem está a fim e de quem não está, seja de você ou de qualquer outra pessoa. E a intuição servirá para você se dar conta do que acontece ao seu redor e que nem sempre é tão evidente.

A intuição é uma espécie de linguagem do coração: nos dá respostas que as palavras, muitas vezes, não conseguem.
Entretanto, penso que mais fácil do que identificar as ações de alguém que não está a fim de você, seja constatar as ações de quem está a fim. Lembre-se de que gostar de alguém não tem a ver somente com palavras, mas principalmente com atitudes.

Afinal, não basta sentir, é preciso agir de modo coerente com tais sentimentos. Então, fique de olho nessas dicas de como se comporta alguém que está a fim de você:


- Quem está a fim, demonstra interesse, quer saber da sua vida, do seu dia, dos seus planos e desejos. - Quem está a fim, quer te ver, quer marcar um café, um cinema, uma balada ou um simples esbarrão onde seus caminhos se cruzam... - Quem está a fim, liga, manda mensagem, torpedo, carta, sinal de fumaça, qualquer coisa... mas não desaparece! - Quem está a fim, cumpre o que promete. E quando não pode cumprir, se justifica, se explica, pede desculpas. - Quem está a fim, não vive inventando desculpas duvidosas ou esfarrapadas para os recorrentes sumiços ou furos. - Quem está a fim, sente saudades, reclama sua ausência, esforça-se para viabilizar um encontro, nem que tenha de fazer parecer mera coincidência. - Quem está a fim, dá um jeito de descobrir do que você gosta, porque o que mais quer é te agradar, surpreender, conquistar, seduzir... - Quem está a fim, não vai embora só porque vocês discutiram, não desiste de você depois do primeiro obstáculo. Quem está a fim, persiste, insiste, tenta até o fim...

E por essas e outras, você já pode ter uma noção da diferença entre quem quer e quem não quer estar com você. Eu sei que quando a gente está a fim, quer dar mais uma chance, tentar conquistar, tentar mudar o panorama desfavorável. Ok! Não há nada de errado nisso!

No entanto, fique atento para não extrapolar seu próprio limite.
Se o outro insiste em dizer ou demonstrar que não quer, que não é a melhor hora, o ideal mesmo, para não se machucar e detonar a sua autoestima, é amargar alguns dias de rejeição e, em seguida, partir pra outra. Bola pra frente. Não vale a pena ficar investindo toda sua energia numa pessoa que já deixou claro que não tem espaço para você na vida dela. E tome bastante cuidado principalmente com aqueles que adoram levar o outro em banho-maria. Num dia, são românticos, carinhosos, queridos, apaixonados. No outro, desaparecem ou são grosseiros, frios e te tratam como se você fosse um intruso, insistente e chato. Fuja desse tipo de gente, porque são sinônimos de sofrimento intenso. São enlouquecedores! Muito pior do que um claro não, é um constante sim-não-sim-não-sim.... Isso, ninguém merece! É jogo sujo, golpe baixo, covardia...

Por Rosana Braga

Decepção



Quem ainda não a teve?

Acho que dá para contar nos dedos de uma mão, e ainda corrermos o risco de ficarmos no primeiro dedo... Tentando lembrar quem não a experienciou.

Se for um ser humano, certamente já se decepcionou.

Este estágio faz parte de nosso supremo aprendizado e da nossa busca incessante, vida após vida, signo após signo, a fim de nos conhecermos melhor.

Eu me atrevo a afirmar que acho que aprendi por que nos decepcionamos!
Porque, invariavelmente, nós criamos as pessoas conforme ACHAMOS que elas são.
Nelas projetamos o que CREMOS que elas possuam. Imaginamos o que elas têm.
Supomos que já atingiram determinado estágio evolutivo. Enfim, projetamo-as de acordo com nossas verdades e aprendizados.

Avaliamos seus valores conforme os nossos ou até segundo nossos interesses.
Porém, uma coisa é certa... Ninguém consegue se vender se nós não queremos, ou acreditamos ser possível comprar.

Ou ainda, ninguém se posiciona para o outro como sendo isso ou aquilo. O outro é que o moldará conforme quiser, desejar ou pensar que ele é...
Isso posto, é evidente que somos, todos, vítimas de uma famosa DECEPÇÃO.
É um pouco óbvio, você não acha?

Criamos em nossa mente um determinado tipo de ser humano e nos tornamos reféns daquilo que imaginamos.
O importante é entendermos a realidade, o momento e sabermos o que tirar deste aprendizado.
Sim, e daí? O que ganhamos em saber que somos reféns de nós mesmos e do que aprendemos com os outros, quando os percebemos e os vemos claramente "nus", transparentes e revelados em suas verdades e caráter?

Primeiramente, nos sentimos muito mal. Mas muito mal mesmo. Uma sensação, na maioria das vezes, semelhante àquela de passagem para um outro estágio de alguém que gostamos muito. Este "estágio" existe e precisa decididamente ser passageiro.

Em segundo lugar, somos "vítimas" de alguém que não "poderia ter feito o que fez" conosco. O sentimento de vítima é terrível, porque na realidade ninguém cresce com a vocação de vítima. Precisamos, repito, aprender com o que aconteceu. Nada que chega até nós é coincidência ou obra de um acaso qualquer.
Terceiro, acordamos finalmente para a verdade.
Este estágio pode levar horas, dias, semanas, meses ou anos. Mas o importante mesmo é que a pessoa se revele com seus valores reais e não aqueles por nós projetados. Em sua verdade clara, absoluta e na forma de ver e viver a vida.
Bem diferente, portanto, daquilo que imaginávamos que ela fosse.

O processo de se sentir mal, virar vítima e entender que a vida é Causa e Efeito pode, como afirmei, levar anos. Depende de como nos comportamos conosco e como queremos encarar a dura realidade estampada em nossa frente.

Repito: Nada que acontece conosco é por um acaso. Pode ser retorno ou simplesmente para que despertemos.
Principalmente porque, junto com o sentimento da DECEPÇÃO, vem o que está inserido na frase:
DECEPA UMA FUTURA AÇÃO.

Quem pode nos garantir que isso não seja também um tipo de proteção, em vez algo que poderia ser mais dolorido?
O "susto" é tão grande que ficamos inertes, sem qualquer ação ou atitude. Mas é bom saber ler o que envolve todo o processo.

A contrapartida da decepção é MEDITAR E AGIR DE IMEDIATO. Não se pode ficar buscando culpados e querendo se vingar. Isso cria karmas que terão que ser recuperados no futuro.

É preciso aceitar e entender que há muitas coisas ao redor e por trás de uma atitude que nos fere. Nada que acontece conosco é por um acaso, repito mais uma vez para que fique muito claro.

Pode ser um alerta:

Olhe, presta atenção nesta pessoa! Ela é assim mesmo como se revelou... Você é que estava enganado em relação a ela. Ela não o decepcionou. Por incrível que possa parecer, ela É ASSIM MESMO.

Quem mandou construirmos um personagem que não existe. O real, em verdade, é o que a pessoa efetivamente é. É o que ela fez. O que ela faz e, principalmente, COMO FAZ.
Há uma distância considerável entre o que se fala e o que se executa. Existem poucas pessoas que possuem coerência neste ponto. São, em suas atitudes, o que falam em seu dia-a-dia.

Se você quer ser o que diz, precisa estar preparado para entender os que dizem uma coisa e fazem outra.
Se você tem limites, precisa estar preparado para conhecer as pessoas que não os possuem.
Se você tem noção de respeito, precisa estar consciente que algumas pessoas ao seu redor não têm o mesmo conceito.
Se você tem equilíbrio precisa saber "ler" os desequilibrados.
Se você sabe exatamente entender o valor do que lhe pertence, saiba que existem pessoas que pensam diferente.

Devemos aprender com a decepção e reagir de acordo com a nossa evolução pessoal. É um grande teste para saber como iremos nos comportar nas adversidades e nos reveses.
O quarto grande aprendizado: Agora sabemos como a pessoa é. Este é o cerne da questão.
Temos que nos vingar? Jamais.
O tempo sempre será o maior aliado de quem está agindo de forma correta.

Por Saul Brandalise

Enxergo através de mim mesmo


Se não estiver bem comigo mesma, se a paz não existir no meu mundo íntimo, vou contaminar com a minha confusão tudo que estiver se passando fora de mim. Pois eu enxergo o que posso, na verdade. A depender de como estou, do que já consigo ser, da condição espiritual e emocional de minha alma, vejo a realidade externa como mais, ou menos colorida...

Uma pessoa deprimida, dificilmente vê alegria, numa cena alegre para outros. Uma revoltada, talvez não receba o amor que alguém lhe dá, por não ser capaz sequer de senti-lo, naquele momento. Apaixonada, o meu mundo se colore, pois o Amor me preenche e estou alimentada do melhor dos sentimentos. Portanto, antes de qualquer coisa, precisamos cuidar de nós mesmos.

Vivemos correndo, realizando mil afazeres e acaba restando pouco tempo para silenciar e se olhar, sentindo-se. Procurando compreender o porquê da angústia que talvez sintamos, do medo, da ansiedade. Mas esta é uma tarefa que apenas a cada um de nós compete realizar. É muito difícil alguma outra pessoa chegar aos recessos de nosso ser para nos perceber da forma que realmente somos, ou estamos, naquele momento. Somos responsáveis por isto e muitas vezes fugimos de nós mesmos, pois achamos triste e trabalhoso escutarmos e tentarmos compreender o que está realmente se passando intimamente.

Se olharmos uma paisagem através de vidros sujos e empoeirados, deixaremos de perceber a beleza dela em suas minúcias e colorido. O mesmo acontece quando estamos confusos e perturbados e não nos tratamos, não procuramos nos harmonizar. Tudo em torno de nós fica mal encaixado, estranho, bizarro.

Jesus nos ensinou que devemos tentar amar ao próximo como a nós mesmos e isto há tanto tempo... Será que já conseguimos nos amar verdadeiramente? Será que cuidamos de nós mesmos, da maneira que gostaríamos que os outros o fizessem? Sim, pois cobramos atenção de pessoas que nos são próximas... Será que nos damos esta atenção? Será que valorizamos os conselhos que o nosso Ser nos sopra, a todo tempo, no silêncio de nossa alma? Será que não somos nós os primeiros a faltar com o respeito por nós mesmos?

Se quisermos enxergar o outro com mais compaixão, precisamos, antes de tudo, aprender a ser compassivos com nós mesmos. Por que não? A caridade com nossas quedas e erros vai nos levar a compreender melhor as quedas e dificuldades dos outros.

Para enxergarmos a realidade externa de forma mais próxima à verdade é preciso que nos harmonizemos a todo instante, sendo para nós mesmos aquele amigo querido que gostaríamos que alguém fosse, aquele pai e aquela mãe que talvez nem tenhamos tido, aquele confidente compassivo que nos ouve e acolhe. Sem nos acolhermos, amorosamente, não teremos força para nos transformarmos, para alcançarmos um patamar melhor de desenvolvimento espiritual.

Se nos fizermos companhia, jamais nos sentiremos sozinhos. Se nos ouvirmos, saberemos melhor como caminhar. Se nos perdoarmos, seremos capazes de perdoar o outro com mais facilidade.

Precisamos nos olhar, ouvir, amar! Somos centelhas divinas e temos em nós o que precisamos para crescer e ser feliz. Por que vivemos correndo atrás de coisas materiais, que de nada valem para o nosso sustento, mas são supérfluos caros e que nos exigem excesso de horas de trabalho, muito cansaço, nos acarretam um estresse desnecessário, muitas vezes nos adoecendo?

Seria muito bom se cuidássemos de construir em nossas almas um ninho amoroso para nós mesmos. Onde houvesse sempre uma música doce e um local sossegado e aconchegante. Onde o Amor imperasse e o medo não encontrasse espaço. Onde a fé e a esperança na vitória do Bem reinassem. Isto seria maravilhoso! E está ao nosso alcance. Comecemos agora, se tudo que está escrito aqui lhe tocar o coração! Não adianta querer aprender a conviver com os outros, se ainda não consegue conviver bem e de uma forma feliz, consigo mesmo. Talvez por isto, tantos de nós estejamos sós, neste momento, embora quiséssemos estar acompanhados... Para que tenhamos tempo e espaço para fazer este trabalho preparatório que nos levará a outra etapa em que olharemos o outro sem uma vista embaçada pelos próprios problemas e dificuldades. Aí estaremos livres para acolher alguém diferente de nós, mas em essência, com as mesmas necessidades.

Vamos limpar as vidraças de nossa alma e a paisagem lá fora certamente se tornará muito mais bonita!

Por Maria Cristina Tanajura