Para a maioria dos seres humanos, o sentimento de vazio é sentido como extremamente negativo. Mas, sob a ótica espiritual, o vazio consiste na ausência completa de pensamentos, o momento em que o turbilhão da mente cessa e podemos, enfim, entrar numa dimensão do ser que só pode existir no silêncio.
Quando ainda dominados pela mente e o ego, o ser humano foge do silêncio, buscando ocupar todos os momentos de seu dia com a maior quantidade possível de atividade e barulho.
Aqueles que ainda não despertaram para a verdade, encaram o silêncio como amedrontador, como se ao entrarem em contato com seu mundo interior, pudessem descobrir ali, pensamentos e emoções que gostariam de evitar.
Mas a harmonia e a paz com que tanto sonhamos, somente podem surgir a partir deste mergulho no silêncio, que nos permitirá obter uma visão real acerca de quem somos, e de onde se originam as crenças que cultivamos acerca de nós mesmos.
Sem esta consciência, seguimos buscando ocupar nossa atenção com falsos valores e necessidades ilusórias, que nos são vendidas pelo mundo exterior, como geradores de felicidade.
Ter a coragem de adentrar no silêncio e perceber o que ele revela é uma experiência transformadora. Para tanto, basta que nos entreguemos de modo confiante, pois somente esta entrega permitirá que o divino que habita em nós se expresse em toda a sua plenitude.
"O bambu é muito amado pelos poetas Zen, por sua enorme qualidade de ser oco. A partir deste oco do bambu, uma flauta pode ser feita. O bambu não vai cantar, mas pode permitir que qualquer música passe por ele.
Na meditação, você tem que se tornar oco, como um bambu, de modo que o Todo, a própria existência, possa cantar a sua música através de você. Você se torna apenas uma parte, dançando, porque os ventos do Todo estão passando por você. A energia do Todo tomou posse de você. Você está possuído, você não existe mais, o Todo é.
Neste momento, como o silêncio penetra em você, você pode entender o significado dele - porque ele é o mesmo silêncio vivenciado pelo Buda Gautama. É o mesmo silêncio de Chuang Tzu ou Bodhidharma, Nansen ...
O sabor do silêncio é o mesmo. Os tempos mudam, o mundo vai mudando, mas a experiência do silêncio, a alegria dela, permanece a mesma. Essa é a única coisa com a qual você pode contar, a única coisa que nunca morre. É a única coisa que você pode chamar de seu próprio ser."
OSHO - Zen: The Diamond Thunderbolt
Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga,
Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
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