sábado, 31 de julho de 2010

Destilar Emoções


A evolução espiritual, entre outras atitudes, consiste em patrulhar e destilar as emoções, deixando circular fluidos vitais permitindo o fluir da luminosidade para os nossos centros de energia. Emoções densas como a raiva, ódio, inveja, ciúmes, vingança, bloqueiam os chacras e poluem a aura.

Tais emoções e outros sentimentos negativos devem ser enobrecidos pela sublimação de instintos. É fazer a alquimia interior, como transmutar o chumbo em ouro. Buscar o autoconhecimento, a verdadeira essência Divina, o propósito de vida, interagindo sutilmente com o planeta.

O cérebro recebe estímulos das emoções que criamos no dia-a-dia.
Nossa estrutura energética tem potencial para desenvolver todos os tipos de emoções, sejam elas positivas ou negativas. O referencial existe.
Se houver alguma tendência para armazenar medos, ansiedade, ódio, raiva, rancor, vingança e outros sentimentos negativos, você direciona esse estímulo para o cérebro que imediatamente o somatiza no nível físico, drenando desta forma a energia vital.

O grau de consciência dimensional de cada um depende diretamente da qualidade e quantidade de energia que agrega em suas atitudes como norma de conduta. Compreendendo e analisando tais emoções dentro de si mesmo e, principalmente, no outro, você estará se perdoando e sublimando tendências, garimpando o melhor de si mesmo e evoluindo - ao desenvolver o perdão, a misericórdia, a compaixão e a caridade Universal.

A correta identificação dos sentimentos expande a compreensão de nós mesmos e dos outros, abrindo novas perspectivas de vida além de enriquecer a interdependência, a responsabilidade com o amanhã e com a humanidade. Nenhum indivíduo pode ser inteiramente auto-suficiente, pois cada um de nós tem um papel importante dentro da comunidade. O objetivo é armazenar a essência do especial, aquilo que fica quando tudo o mais é esquecido - a libertação do ego - a consciência de ser consciência. A responsabilidade, o impessoal altruístico.

Cada um tem o momento certo para despertar, por isso não julgue ou discrimine, apenas seja você, pontuando sempre que é o espelho do outro. Se você melhora, melhora o outro. O que importa realmente é classificar e formatar o que você faz por você e pelo planeta, nunca o que o outro faz para você.

Praticar a tolerância, o perdão, a compreensão e a bondade é um DOM ESPECIAL que devemos desenvolver. Por que será que Deus fez as diferenças? Não seria a oportunidade de aprendizado aflorando o potencial de capacidade ilimitada de cada um? Num mesmo jardim não existem duas flores iguais em tamanho, forma, tonalidade, perfume, mas todas juntas irradiam a encantadora beleza.

Por outro lado, a subjetividade também pode ser nociva, e é indispensável policiar sempre nosso foco, o objetivo a ser alcançado. Quando conseguimos visualizar simultaneamente a realidade externa e interna, estamos dentro da lei da objetividade. Mas, se por algum motivo ou emoção densa como o medo, crenças cristalizadas, formas pensamentos cinzentas, não encontramos condições de manifestar o foco com objetividade, fatalmente cairemos na subjetividade que é outra trava para a realização.

Existem dois tipos de subjetividade:

Tipo 1 - Enxergamos a realidade, mas não gostamos ou não a aceitamos. Isso gera insatisfação e frustração que bloqueia qualquer movimento de crescimento.

Tipo 2 - É quando impomos nosso modo de ação ou nossa visão, mesmo que não seja o momento ou local adequado. A ausência do compartilhar gera falta de cooperação e morosidade em qualquer processo de crescimento.

A plenitude do Ser (saúde, prosperidade, amor, sucesso, paz e harmonia) dependerá única e exclusivamente da purificação e qualidade das emoções criadas. Isso é o que difere o ser consciente de um ser comum - a eficiência e responsabilidade no mundo sobre a energia que ele gera.
Nós mesmos criamos nossa luz e nossa treva, nossa saúde e nossa enfermidade.

O pensamento de amor e compaixão é um escudo! Esse pensamento, agindo sobre o intelecto, torna a inteligência mais profunda e poderosa, pois é essa capacidade do homem que o distingue de todas as outras espécies do planeta...
Homo sapiens o Homem que pensa e age.

Miriam Carvalho é especialista em: Numerologia, Tarô Iniciático, Tarô Egípcio, Aromaterapia, Cromoterapia, Cristais e Runas.

Desconstruindo Ilusões.


Por que será que existem pessoas que preferem viver o tormento da ilusão, a enfrentar o desconforto da verdade? O que será que tanto temem, diante dela! A verdade é o presente mais divino que temos à nossa disposição, como um poderoso recurso para nos "salvarmos" e, mesmo assim, as pessoas a evitam, a negam, a rejeitam.

Em meus atendimentos, durante a captação de inconsciente, a única coisa que busco, é a verdade oculta nele, que pelo fato de a pessoa não conhecê-la, vive sentindo-se aprisionada. Então, ao captar uma verdade, seja qual for, mesmo que isso traga um grande desconforto ou até mesmo dor para a pessoa, prossigo em meu firme propósito de ajudá-la, entregando a ela suas verdades. Quando assim eu faço, estou entregando a essa pessoa, um holofote, que ilumina seu inconsciente, para que então, tudo o que está oculto em seus porões escuros e sombrios, possam ser conhecidos, aceitos e trazidos à luz da consciência!

As pessoas que passam por esse tipo de processo, libertam-se de suas amarras, a cada dia mais. Sentem a dificuldade no momento e sentem medo - normalmente inconscientemente - de encontrar suas verdades, mas mesmo assim, estão em seu firme propósito de se ajudarem, encontrando um meio de se libertarem. E esse meio, é o encontro com a verdade.

Infelizmente, a maioria das pessoas não faz isso. Algumas por não saberem dessa realidade, por pura falta de conhecimento mesmo. Outras, não fazem isso, por medo de terem que sair de suas zonas de conforto e do papel de "pobre vítima" e seus benefícios, que já conquistaram no meio em que vivem. Existem ainda, vários outros motivos para essa resistência.

Ressalto que o fato de estar apontando isto, não significa que estou criticando esse tipo de pessoa, jamais. Sou perfeitamente capaz de compreender um ser humano que não suporta a verdade e, ainda, acolhê-lo diante dessa condição. Minha real intenção é ajudar, apontando a realidade para que as pessoas se percebam neste contexto e comecem a desejar trilhar o caminho divinamente libertador: o caminho para dentro de si, que o levará a confrontar suas verdades e, com isso, encontrará sua verdadeira Luz Divina, aprisionada por trás de todo o mar de "mentiras e ilusões", com as quais insiste em continuar vivendo.

Muitas vezes, essas pessoas, quando estão na dor da ilusão, buscam algum tipo de ajuda. Mas, inconscientemente, a ajuda que buscam é só aquela que vai apenas aliviar a dor, mas não a que vai libertá-la. Então, depois de suavizarem a dor por algum momento, inevitavelmente, a dor estará de volta muito em breve.

Esse perfil de pessoa costuma, nessas horas, dizer: não entendo, tenho feito tudo o que é possível para sair dessa situação dolorosa, mas não consigo nenhum resultado. Afirmo que nunca encontrará a solução e a mudança, enquanto prosseguir assim, buscando apenas paliativos.

Vou fazer uma analogia, para melhorar e aprofundar a possibilidade de maior compreensão, para que atinjam a magnitude da mensagem que estou desejando transmitir.

Imaginem uma pessoa, que sente uma dor física diariamente. Sempre que a sente, toma um analgésico. A dor passa e ela a esquece. Porém, no dia seguinte, lá está a dor de volta... e mais analgésico é ingerido.

Obviamente, se essa dor continuar a persistir, é sinal de que a pessoa nunca irá se livrar dela apenas com analgésicos. Ela terá que fazer uma pesquisa, consultar um médico e fazer exames, para descobrir a CAUSA da dor, para então, buscar a cura provável e adequada. Vamos supor, num caso extremo, que nessa busca a pessoa descubra que está com um tumor maligno, e que ele é o responsável pela dor. Bem, será extremamente difícil suportar essa verdade, a pessoa sentirá um forte impacto diante disso. E muito medo também, pois ficará desesperada tentando encontrar meios para "arrancar" o tumor, com um milagre qualquer.

Como esse tipo de milagre não existe, não restará outra saída para essa pessoa, a não ser a aceitação dessa triste verdade. A partir disto, ela deverá passar por cirurgia(s) para retirar o tumor, terá que passar pelo pós-cirúrgico, pelo medo de não estar curada, medo da morte, pelo processo de quimioterapia, etc. Somente assim, é que a pessoa terá a chance de ficar curada.

Mas, suponhamos que, se ao ouvir a notícia dada pelo médico, de que está com câncer, essa pessoa não gostar, e tentar entrar em um processo de negação e rejeição da verdade, e continuar tomando analgésico, só para não sentir a dor e poder se enganar, "fazendo de conta" que não há tumor algum. Com certeza, essa pessoa terá o quadro do câncer muito piorado, e ainda, poderá vir a falecer muito rapidamente.

Acredito que este duro exemplo trouxe uma idéia mais ampla do que estou querendo dizer, quando falo que a verdade - qualquer que seja ela - é a única coisa que realmente tem o poder de ajudar as pessoas a saírem de seus tormentos internos, de seus desequilíbrios, de suas dores e males emocionais, mentais, espirituais e, consequentemente, físicos.

Alguns podem ficar desconfortáveis com minhas pontuações, mas sou apenas firme e segura em minhas colocações e posicionamentos, pois durante estes vários anos de "pesquisas sobre o inconsciente humano" e em busca de possibilidades de "cura para os desequilíbrios", constatei esta realidade. Não é simples assumir uma postura assim, em que sempre estou "apontando verdades" para as pessoas, mas esta é uma determinação de meu Espírito Imortal, dentro de seu compromisso firmado, com minha missão de vida. Então, apesar de não ser tão fácil, eu aceito isso e cumpro com essa determinação.

Eu amo a verdade! Ela é sábia e divina, creiam! Procurem encontrar as suas e aprendam a lidar com elas, e passarão a amá-las, mesmo que no princípio elas lhes causem alguma dor.

Desejo que seus corações se encham de coragem para isso, e se iluminem, a cada dia mais, com a divina verdade. Sempre!

Por Teresa Cristina Pascotto

terça-feira, 27 de julho de 2010

Nossos medos.




Quem é 100% corajoso levanta a mão? Quem nunca tremeu perante uma situação?

Todos nós tememos alguma coisa. Todos nós sentimos aquele frio na barriga quando temos que tomar uma decisão difícil ou quando estamos em uma situação que envolva perigo.

No entanto nem todos admitem os seus medos. Há quem tenha medo do próprio medo. Há quem veja o medo como covardia.

Mas afinal o que é o medo?

O medo, esse sentimento que nos faz tremer internamente e que as vezes é assustador, tirando até mesmo o nosso sono, é um sinalizador que mostra que há perigo ou que estamos na direção errada. É o nosso indicador interno de que chegamos ao nosso limite e que esse deve ser respeitado. E nossos limites são criados por nós mesmos através de nossas crenças e valores. Se quisermos vencê-los, primeiro é necessário trabalhar aquilo que eu acredito e valorizo.

Se achar que deve mudar suas crenças tem todo direito. Mude aquilo que causa tristeza, raiva, angustia e outros sentimentos que nada contribuem para a sua felicidade. E se ao mudar você sentir uma sensação de alívio, é provável que o medo tenha desaparecido indicando que um limite foi superado. Então ficará mais fácil resolver o problema. Caso contrário, ao passar por cima do que está sentindo arrumará sérias complicações e poderá se arrepender profundamente.

O melhor caminho para vencer o medo é a paciência. De nada adiantará querer mostrar para os outros uma força que na verdade não existe.

Se for necessário resolver um problema, antes de adotar uma atitude que ao mesmo tempo cause medo pela insegurança de não saber se dará certo ou não, o correto é aceitar esse medo, enfrentá-lo, admitindo para si próprio que está com medo. A partir daí procurar entender o que causa esse medo.

Tenha a coragem de assumir sua falta de coragem. Isso resultará em benefício para si e para os outros.

Aceitar os nossos sentimentos é respeitar a si mesmo.

Pense nisso!

Por Katia Santos Julio

domingo, 25 de julho de 2010

Carência afetiva, inimiga número um do amor


Quem não conhece a expressão de que não devemos ir ao supermercado fazer compras quando estamos com fome, pois assim compraremos muito mais de que realmente necessitamos?

Com o amor acontece algo similar. Quando nos sentimos carentes é comum embarcarmos em relacionamentos confusos, pois buscaremos no outro o amor que não conseguimos armazenar em nós mesmos.

Algumas mulheres ao se sentirem carentes, doam intensamente seu amor ao companheiro, oferecendo toda espécie de carinho, afeto, agrado, abrindo mão de sua própria vida em função do outro. O companheiro vem em primeiro lugar, muitas vezes acabam abrindo mão de seus amigos, trabalho, família, filhos, simplesmente para satisfazê-lo. Mulheres carentes fazem de tudo em prol do companheiro, vendem sua própria alma, ou melhor seu coração, se for preciso. Se esquecem que são tão merecedoras de amor quanto eles.

Como os homens se comportam frente as mulheres carentes? No início alguns podem até gostar, já que recebem tudo de suas amadas, carinho, amor e dedicação total. Com o tempo acabam se cansando desta situação, perdem interesse por suas companheiras, desqualificando-as e desmerecendo-as.

Essas mulheres, possuem uma lógica distorcida do amor, pensam que quanto mais se doarem ao seu amado, mais ele as amará.

Quando a mulher se esquece de si, ela abre portas para ser rejeitada, para ser menosprezada e para não ser valorizada pelo companheiro.

As mulheres carentes, muitas vezes não conseguem se satisfazer com o que recebem. Sugam a energia dos que estão a sua volta exigindo atenção constate, querendo agradar, querendo ser uma boa dona de casa, esposa e amante. Por medo de serem abandonadas, fazem de tudo para ter seu companheiro por perto, como afirma o ditado: ruim com ele pior sem ele. A baixa auto-estima sempre vem acompanhada nesses casos, pois não gostando de si, atraem pessoas que também não a valorizam.

Quando a mulher é independente, inteira e autônoma ela é mais seletiva em suas escolhas afetivas, tem a capacidade de optar por relacionamentos que irão lhe oferecer trocas mais maduras e criativas. Escolhem companheiros mais maduros psicologicamente, dispostos a dar e receber e a manter um relacionamento onde os dois ganhem.

Voltando ao exemplo do início: quando se está com muita fome até o pão de ontem se aceita. Com carência é igual, pois qualquer coisa é melhor do que nada.

Como não cair nessas armadilhas então? Primeiramente a mulher deve priorizar sua vida, saber dar a devida importância a seus valores, idéias e crenças pessoais. Deve estimular o contato com suas amizades, estar aberta a novas amizades ou experiências de vida, dedicar-se a um trabalho produtivo que goste e no qual sinta-se realizada, ter vários prazeres em sua vida e principalmente não limitar o seu existir, o seu propósito de viver em função de uma relação.



Maury Braga é Psicólogo Clínico Graduado pela PUCRS
Porto Alegre e Licenciado em Educação Física pela UFRGS.



DON JUAN: ÓDIO OU FASCÍNIO PELAS MULHERES?



O estilo Don Juan, é um tipo de homem, extremamente sedutor, encantador, acolhedor e atencioso. Um perfeito cavalheiro. Por quem a maioria das mulheres se "derrete". Quando ele se interessa por uma determinada mulher e deseja conquistá-la, em seu jogo de sedução, faz com que essa mulher se sinta a mais especial e maravilhosa fêmea do planeta.A única. Ele eleva a auto-estima dela às alturas, e faz com que se sinta muito segura.

É um apreciador de mulheres. A mulher não precisa ser linda e perfeita, para atrair sua atenção e desejo, pois ele se atrai pelos detalhes, por algum encanto especial que ela tenha e que o instigue.

Pedro, meu cliente, encaixa-se nesse perfil de homens. Em suas sessões, sempre se vangloria contando sobre suas novas e frequentes conquistas. Mas, apesar de se sentir bem sucedido nisso, não está feliz, pois está sempre sentindo-se vazio e ansioso. Por conta disso, manifestou seu desejo em compreender o motivo pelo qual se sente assim.

Eis o relato sobre sua realidade interna, conforme captei e lhe pontuei, em sua sessão.

Observei que ele tem um grande conflito inconsciente: acredita realmente que ama as mulheres, mas na verdade, as odeia.Isto o chocou, quando pontuei.

Ele ama o poder feminino, principalmente seu irresistível sexo. Mas, por não conseguir resistir a esse poder, que o fascina e o domina, sente-se vulnerável diante de uma fêmea. Por assim ser, e por se sentir dependente desse poder e pela insegurança que isso gera nele, tem uma crença de que a qualquer momento será rejeitado e abandonado pela mulher com quem estiver envolvido. Toda pessoa, quando acredita que ama alguém, teme ser abandonada, isto faz parte da natureza humana.

Aqui está seu conflito. Por viver no fascínio pelas mulheres e no medo de perdê-las, e vir a sofrer a dor da rejeição, acredita que a culpa por seu tormento é delas e, por isso, as odeia.

Perguntei sobre sua relação com sua mãe. Ele contou que ela o abandonou - e ao seu pai -, quando ele tinha 4 anos.

Ficou claro que, ainda hoje, ele continua em busca da mãe perdida. Em cada mulher que conquista, busca uma parte dessa mãe. Para formar uma "mãe inteira", ele quer possuir todas as mulheres. Assim, ele "rouba" um pouco da essência - num nível energético - de cada mulher que conquista.

Para conseguir isso, usa técnicas de sedução, em que atrai as mulheres que deseja, valorizando-as ao máximo, fazendo-as sentirem-se seguras com ele. Apesar de se sentir inseguro diante de seu poder, vai adiante, até o ponto em que sente que a mulher já está dominada pelos seus encantos de Don Juan. Assim que isso acontece, para garantir sua segurança - como teme ser abandonado -, começa a drenar a segurança da mulher. Faz isso tocando em seus pontos fracos, de acordo com o que percebe em cada mulher. Se, por exemplo, uma mulher tem tendência a engordar e teme isso, ele diz coisas do tipo: se você engordar, não vou te querer mais. Isto, obviamente, deixa a mulher totalmente insegura. E, como a essa altura ela já está apaixonada, sentindo-se presa, ele resgata sua própria segurança.

Porém, infelizmente, quando ele consegue chegar a esse ponto, perde totalmente o interesse pela mulher, pois ela se tornou muito fácil e até "pegajosa" por sua insegurança. Ela torna-se desprezível aos seu olhos.

Então ele a rejeita e a abandona. Antes de ser abandonado. Mas esse tipo de mulher que atrai, sofre muito pela dor da rejeição, sentindo-se destruída, e isso faz com que nunca o esqueça. Algumas tornam-se até obsessivas em tentar reconquistá-lo. Desta forma, como elas estão sempre emanando energia de desejo e desepero em tê-lo de volta, em sua direção, ele sente que "possui" uma parte dessa mulher.

Como tudo o que acontece na energia, é muito mais poderoso do que o que acontece na realidade, é na energia que ele as possui e as domina "eternamente". Ele é um colecionador de mulheres. Mantém todas presas em seu harém.

Ao conquistar cada uma delas, está conquistando sua mãe. E vinga-se de sua mãe, toda vez que abandona uma mulher.

Sempre tem uma namorada fixa para garantir sua segurança enquanto vive em busca de novas fêmeas para seus jogos de conquista.Tornou-se compulsivo nesta questão.

Apesar de todas essas conquistas e de todas as mulheres aprisionadas a ele, sente-se muito solitário. Sua busca é insaciável, nunca conseguirá encontrar a "fêmea perfeita", com quem possa ter uma relação de amor. Se, para manter-se seguro, só atrai mulheres que sabe que irá desprezar, nunca conseguirá atrair uma mulher que não se deixe dominar por ele. Este é o tipo de mulher que conquistaria seu coração, uma que ele admire: a que é segura de si, e não se sujeita a nenhum tipo de humilhação, submissão, domínio ou aprisionamento. Ela é livre. Porém, este é exatamente o tipo de mulher que o apavora, pois se sentiria extremamente inseguro diante dela.Isso o angustia.

Com uma mulher assim, ele abriria seu coração e poderia amá-la de verdade. Mas seu medo da vulnerabilidade o impede de permitir que isso ocorra. Então, mantém-se fechado para o amor.

Bem, é por tudo isso que ele está vivendo a angústia do sentimento de solidão. Existe um modo de se libertar disso, mas precisará de muita coragem para tal. Ele disse que deseja conquistar essa liberdade e a felicidade, amando e respeitando uma mulher, e que está disposto a prosseguir. Estamos trabalhando em seu processo nesse sentido e pequenos resultados já estão se manifestando. Espero realmente que ele consiga vencer essa questão, só depende dele, diante das escolhas que fizer.

Antes de encerrar, gostaria de acrescentar, que muitos homens deste perfil, experimentam o mesmo conflito interno - quase sempre, de forma inconsciente - de amor e ódio pelas mulheres. A única coisa que muda, é o contexto de vida, que desencadeou esse conflito, em cada um deles.

Por Teresa Cristina Pascotto

Amando o Caído


Todos os que estão errando, criando um clima terrível em torno de nós, na verdade, mesmo que não o saibam, estão implorando amor. Isto nos parece, à primeira vista, um total absurdo, mas não é, podem acreditar.
Somos Amor e por ele fomos criados. Esta é nossa essência, indiscutivelmente. Quando nos afastamos dela, caímos, sofremos, nos violentamos e aos outros.
Esquecendo de nós mesmos, passamos a viver na ilusão de que bens materiais nos podem fazer felizes. E, usando da liberdade de escolha que nos é inerente, trilhamos caminhos que podem nos manter enganados por muito, muito tempo...


Mas, certamente, tirando alguns fugazes momentos de aparente felicidade, estaremos sofrendo. Pois só encontrando e vivendo o Amor, podemos nos preencher, apaziguando a ânsia que nos leva a bater em portas enganosas, que nos faz acreditar em propagandas mentirosas, que nos faz viver um roteiro pobre e insatisfatório, que no fim nos premia com um vazio ainda maior!



Viver é amar e não amar é estar morto, verdadeiramente, mesmo ainda no corpo de carne. Tão simples assim, tão fácil e complicamos tudo, criando pra nós exigências pesadas, buscando honrarias e condecorações que muitas vezes apenas nos tornam a vida ainda mais pesada, invejada, difícil.



O Amor perdoa, se doa, é paciente, é compassivo. E quanto mais dermos amor, mais teremos pra dar e mais receberemos. Nem precisa vir de fora esta recompensa, pois mesmo que ninguém reconheça qualquer bem que façamos, nossa alma comemora cada uma dessas conquistas, com uma festa completa em nossa consciência! Não há prêmio maior.



Aqueles que mais nos agridem, são os que menos amor receberam, os que mais perdidos estão de Si mesmos, vivendo num deserto interior de dar dó. Observemos como são. Que tipo de vida levam, como foram recebidos aqui neste planeta, que tipo de ambiente os acolheu, qual a orientação que tiveram e... tentemos perdoá-los.



Se não podemos amá-los, o perdão já nos abre o coração e vamos orar por eles. Com sinceridade, no silêncio de nossa alma, para que se reconheçam, para que tenham a coragem – ação do coração – de perceberem como estão equivocados agindo da forma que estão.



A nossa força é muito grande, quando enviamos pensamentos sinceros para alguém. Ele não precisa saber que estamos nesta sintonia, nesta vibração. Mas de alguma forma vão receber o que estamos lhe enviando e ajudaremos um irmão a se reconhecer, talvez a iniciar uma caminhada diferente.



Quando acusamos aquele que está caído, como geralmente o fazemos, reforçamos os seus erros, o envolvemos em sombras, enfraquecemos a sua capacidade de se arrepender, levantar-se e tentar um novo caminho.



Como somos seres de luz, já sintonizados no Bem, podemos ajudar aos que estão se endividando mais e mais, num momento difícil em que nosso planeta também luta para resistir aos desmandos cometidos por todos nós, como humanidade, durante tanto tempo.



Vivemos tempos de muita treva, mas também de muita luz! Podemos escolher de que lado atuar. Ouçamos os nossos corações e, certamente, eles vão nos pedir para amar, principalmente aqueles que menos nos parecem merecedores – aqueles que agridem, machucam – mas que são os maiores sofredores em todo este contexto.



Amar sem perdoar é dar apenas para receber e o verdadeiro amor se doa sem nada pedir em troca, como o faz toda a Natureza, cada pequena flor.



Texto extraído do site Somos Todos Um por Maria Cristina.

sábado, 24 de julho de 2010

Fidelidade



A fidelidade é um valor fundamental. Ela aplica-se mais diretamente às relações de casais, entre noivos e entre esposos, e aprofundando neste tema, não é necessário sofrer a infidelidade do casal para entender que este é um valor fundamental.

Alcançar o verdadeiro e único amor é a aspiração mais nobre do homem; no entanto, o egoísmo e o prazer têm-se convertido num dos maiores gigantes que impedem hoje uma relação sã, estável e de benefício para as pessoas.


Ter consciência e robustecer o valor da fidelidade, é uma necessidade que nos apressa em benefício de nós mesmos, a família e a sociedade inteira. A fidelidade é o íntimo compromisso que assumimos de cultivar, proteger e enriquecer a relação com outra pessoa e com ela mesma, por respeito à sua dignidade e integridade, garantindo uma relação estável em um ambiente seguro e confiável, que favorece ao desenvolvimento integral e harmônico das pessoas.

Por mais estranho que possa parecer, a fidelidade é anterior à própria relação; devemos conhecer e descobrir realmente o que buscamos e o que estamos dispostos a dar em uma relação. A retitude de intenção nos ajudará a superar o egoísmo e fazer, por um lado, os interesses pouco corretos. Assim, uma relação está destinada ao fracasso por desvirtuar o propósito da mesma: isto sucede com quem busca um bom rapaz ou uma jovem charmosa, somente para satisfazer a própria vaidade ou prazer; pior ainda se pretende-se, através dessa relação, alcançar uma melhor posição social e um interesse econômico. Pouco futuro terá esse casal quando alguma de suas partes não compreender que deve haver disposição para compartilhar, compreender e colaborar ao aperfeiçoamento pessoal do outro.

Podemos afirmar que o egoísmo é o maior perigo para qualquer relação. Ainda que nem sempre apareça "à primeira vista", podemos observar que algumas pessoas deixam-se levar por tudo que é novidade: roupas, carros, aparatos...; com o conseqüente cumprimento de seus caprichos, buscando o prazer na comida, bebida, no sexo e na diversão. Essas pessoas estão em constante perigo em faltar com a fidelidade a qualquer momento, porque sua vida está orientada à novidade, à mudança e à busca de novas experiências e satisfações. Ser fiel custa trabalho, porque não existe a disposição a dar e a dar-se. Como esperar que uma relação não seja aborrecida em pouco tempo? Como pretender que se evitem novas experiências?... Vencer o egoísmo, o prazer e a comodidade com uma conduta sombria, garantirá nosso crescimento pessoal, e em conseqüência, qualquer relação.

A fidelidade não é exclusiva do matrimônio, é indispensável no noivado, porque não há outra forma de aprender a cultivar uma relação e fazer com que ela prospere. Não está mal que os jovens conheçam as diferentes pessoas antes de decidirem com quem seguir adiante seu projeto de vida, mas devem fazê-lo bem, sem enganos, procurando conhecer realmente a pessoa, dando o melhor de si mesmo, tendo reta intenção em seus interesses: e isso é nobre, correto, e sobretudo, leal. Também devemos ser cautelosos em nossos afetos e tratar com delicadeza e respeito as pessoas do sexo oposto, principalmente se já temos outra relação ou compromisso com alguma pessoa em particular. Uma coisa é a cortesia e o trato amável, outra - muito diferente dos agrados, as excessivas atenções e a comunicação de sentimentos e inquietude pessoais; esses intercâmbios fazem crescer um afeto que irá mais além da amizade e da convivência profissional, porque a pessoa é envolvida em nossa vida, em nossa intimidade e sempre terá a mesma conseqüência: faltar com a fidelidade. Por isso é necessário ser muito cuidadoso com nosso trato no trabalho, na escola, com os familiares e em todos os lugares que freqüentamos.

A fidelidade não é atadura, pelo contrário, é a livre expressão de nossas aspirações, nos cumula de alegria e ilumina cotidianamente as pessoas. Uma boa relação possui uma série de características que a fazem especial e favorecem a vivência da fidelidade, mas devem ser bem cuidadas, para que não sejam o produto da emoção inicial: - Há o interesse de estar ao lado da pessoa, quando se procuram detalher de carinho e momentos agradáveis. - Constantemente faz-se um esforço para encontrar e afinar as asperezas, procurando que as discussões sejam mínimas para chegar à paz e à concórdia o mais rápido possível. - Se dá pouca importância às falhas e erros do parceiro, fazendo-se o possível para ajudar a superar, com compreensão e carinho. - Somos cada vez mais felizes na medida em que se "avança" no conhecimento da pessoa e na forma em que ela corresponde a nossa ajuda. - Compartilhamos alegrias, tristezas, triunfos, fracassos, planos... tudo!!! - Pelo respeito que o casal merece, um ao outro, cuidamos do tratamento com as pessoas do sexo oposto, com naturalidade, cortesia e delicadeza; e que, afinal de contas, esse será o respeito que damos para nós mesmos.

A fidelidade não é somente a emoção e o gosto de estar com uma pessoa, é a luta por deixarmos de pensar unicamente em nosso benefício; é encontrar nos defeitos e qualidades de ambos a oportunidade de ser melhores e assim levar uma vida feliz. Sem lugar às dúvidas, quando somos felizes podemos dizer que nossa pessoa se aperfeiçoa pela união das vontades orientadas a um fim comum: à felicidade do outro. Quando este interesse é autêntico, a fidelidade é uma conseqüência lógica, gratificaste e enriquecedora. Viver a fidelidade se traduz na alegria de compartilhar com alguém a própria vida, procurando a felicidade e a melhora pessoal de nosso companheiro, gerando estabilidade e confiança perduráveis, tendo como resultado o amor verdadeiro.


Texto extraído do Portal da Reconciliação.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sexo na internet,: até onde chegamos?


O Nu se tornou comum. O sexo, gratuito. E o respeito a si próprio, não existe. Essa afirmativa talvez seja meio forte, mas estamos falando de internet e sexo. Exploração sexual, ganhar dinheiro com sexo gratuito e vulgar.

Em muitos povos ainda hoje, o nu é natural. Sexo e respeito existem em muitas tribos indígenas, povos africanos, onde andar nu ou seminu é culturalmente aceito.

Mas o homem ocidental e uma parte do oriental ganha rios de dinheiro com o sexo obsceno e brutal. Brutal, visto que aos olhos do mundo, sexo ficou sujo, imoral, contraditório.

Tarados, pedófilos e afins, sempre existiram e pelo jeito, a cada dia que passa, existirão cada vez mais. Crianças sempre foram sodomizadas por pais, padrastos e todo o tipo de gente sórdida. Nos séculos passados, meninas se casavam com 13, 14 anos, e estavam grávidas nesta idade. Já era meio criminoso, mas estavam casadas, com seus maridos. Hoje, vemos meninas de 14, 15, com filhos que muitas nem sabem quem são.

E ficar nua na internet apenas para se exibir, anúncios oferecendo sexo com mulheres em poses ginecológicas, homens se oferecendo para “compartilhar” do seu corpo, assim, de graça, sem ônus. Mulheres se deixando usar em apelativos “ensaios” ultramachistas, sendo exploradas a exaustão. Apenas pelo prazer. Apenas por dinheiro.

Freud, em seus trabalhos, explica a fascinação do sexo pelo ser humano. Toda ação é baseada em sexo. Que coisa, hein?

Nossa sociedade é baseada apenas em sexo animal? Será que tanto estudo, tanta evolução da racionalidade humana, foi para que chegássemos nisso, num comportamento pior do que animais selvagens?

Não existe honra, respeito, moral? Esses sentimentos ficaram obsoletos?

Não estou sendo “antiga”, nem “quadrada”. Estou tentando passar um sentimento de indignação pelos valores que um dia quem sabe tivemos e que anda muito perdido. E essa perda da noção está fazendo muito mal a nossa sociedade. Não é repressão, precisamos de educação, amor em família, passar aos nossos filhos, netos, crianças, conceitos de certo e errado.

Pais reclamam que não tem domínio sobre um filho. Mas esse mesmo pai procura sexo em site de mulheres se exibindo a exaustão e ali, encontra uma garota nua, escancarada. E reconhece no rosto sua própria filha.

Quem está errado, pai ou filha?

Esse é o nosso mundo. Os valores e conceitos certos existem. Mas será que o tesão animal vai se sobrepujar a eles?
Espero que sobre num cantinho do cérebro, que usamos tão pouco, espaço para pensar sobre esse assunto.


Texto extraído do site Sexo e Relacionamentoc escrito por Georgia Maria

Tristeza Profunda



Existem dias que ficam cinzentos, o corpo não colabora, não há vontade de levantar da cama nem para conversar, assistir a um filme e muito menos praticar aquela atividade física. Isso pode ser traduzido como uma forma de expressão da tristeza. Esse sentimento faz parte das reações do ser humano diante de situações críticas que não desejamos.

Em geral, nesse momento, paramos e fazemos um balanço geral colocando todas as possibilidades de saída para esta situação. A manifestação da tristeza pode ser uma oportunidade de crescer e se recuperar", explica Ana Merzel, coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).

Sabe-se que a tristeza é tão importante quanto a felicidade, pois a dupla garante o equilíbrio. Por outro lado, se a tristeza é profunda e leva a pessoa a desistir de tudo, é melhor ficar alerta.

O problema se inicia quando esses períodos de tristeza ficam frequentes e intensos, levando a pessoa à depressão – um mal que atinge 121 milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que em 2020 a depressão será a segunda doença que mais provocará incapacidade.

"É importante ficar atento quando a tristeza é frequente e tem impacto no cotidiano, gerando dificuldade em realizar as atividades de vida diária, como se relacionar e trabalhar", esclarece Ana Merzel.

A depressão é tão séria que pode levar ao suicídio. Mas os sintomas são claros: humor depressivo, perda de interesse e de prazer nas atividades diárias, sentimentos de culpa, baixa auto-estima, distúrbios do sono, falta de apetite, pouca energia e dificuldade de concentração. Alguns desses sinais por alguns dias são normais, segundo os especialistas mas, caso permaneçam por mais de 15 dias, é importante buscar ajuda médica.

Em busca de equilíbrio

"Os medicamentos tem grande importância no tratamento, mas não podem ser utilizados indiscriminadamente pelo resto da vida, como mecanismo para regular as emoções."

Quando as mudanças no comportamento são notadas é preciso agir rápido. A depressão – uma das complicações da tristeza – é um sério problema de saúde e, dependendo do estágio e da intensidade, é preciso contar com a ajuda de profissionais, entre os quais psicólogos e psiquiatras.

Há casos em que é necessário o uso de medicamentos que bloqueiem os efeitos da depressão, estimulando a produção de serotonina – neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer. Os especialistas do Einstein alertam, porém, que o uso de medicamentos só deve ser feito com prescrição médica. Mesmo porque quem adota uma vida baseada no uso de remédios sem necessidade convive com sentimentos artificiais. "Os medicamentos tem grande importância no tratamento, mas não podem ser utilizados indiscriminadamente pelo resto da vida. Não somos máquinas que vivem de forma sistematizada", alerta Ana Merzel.

"É importante ficar atento quando a tristeza é freqüente e tem impacto no cotidiano, gerando dificuldade em realizar as atividades de vida diária como se relacionar e trabalhar"

As terapias são responsáveis por auxiliar o paciente a repensar a situação e lidar com os problemas. Os exercícios físicos também são uma ótima pedida. "Com o tratamento, as pessoas aprendem a vivenciar suas questões, a gerenciá-las e a reconhecer seus limites. A família também é fundamental nesse momento, principalmente ao apoiar o paciente", afirma o dr. Alfredo Maluf Neto, psiquiatra do Núcleo de Medicina Psicossomática do HIAE.

Matéria extraída do site do Hospital Israelita Albert Einstein

Do desconhecido... Todas as possibilidades...


Nós filtramos a nossa realidade com o filtro das nossas Memórias e vemos as coisas que nos acontecem de uma forma muito distorcida... assim a realidade que captamos, às vezes, tem um peso enorme que é dado pelos nossos medos.
Quanta coisa criamos em cima de situações que nos chegam, e que sofremos horrores por elas, e depois vamos ver que não era nada daquilo que estávamos pensando?
Criamos histórias e mais histórias em cima do que percebemos e sofremos por essas histórias como se elas fossem a mais pura realidade... e nos relacionamos o tempo todo com pessoas que fazem o mesmo... projetam a realidade ditada pelas memórias.

Nossos julgamentos se baseiam nas nossas experiências passadas e são feitos quase sempre com esse filtro distorcido... o que nos impede de estar vazios no presente.


Recentemente, passei por uma experiência onde, por não entender dinamarquês, pensei que algo muito grave estivesse acontecendo... e, baseado no que pensei, sofri horrores, pelo que deduzi do movimento das pessoas e da forma com que elas falavam.

Depois, conversando com minha filha, ela me conta o que realmente estava acontecendo... e pude constatar que não tinha nada a ver com o que eu havia criado... pelo contrário... estava acontecendo algo muito positivo e eu interpretei como algo muito negativo e sofri por aquilo... por pouco tempo... mas um sofrimento muito grande.

Aqueles minutos de dúvida foram tão fortes e criei tanto sofrimento em cima do que percebia, que, depois... quando ela me contou o que realmente estava acontecendo, eu só pude rir de mim mesma e de como preenchi com equívoco a pequena parte de realidade que percebia...


Depois, fiquei pensando em como fazemos isso o tempo todo... percebemos só uma pequena parte da realidade com nossos cinco sentidos e criamos o resto... interpretamos a realidade baseados nas nossas memórias e acreditamos naquilo... sofremos por aquilo e criamos mais e mais memórias de sofrimento...

Quando nos deparamos com uma situação qualquer, geralmente preenchemos as lacunas e completamos o que falta com nossas memórias... e quase sempre com o lado ruim... interpretamos a realidade quase sempre pelo lado negativo e quase nunca optamos pelo lado bom, que pode estar se manifestando ali e com isso sofremos... sofremos por pura ilusão que nós mesmos criamos.
E mesmo em acontecimentos que são dolorosos nossas memórias se encarregam de tornar ainda pior o que já é aparentemente tão ruim.

Parece que não conseguimos conviver com o desconhecido das situações e logo criamos todo o enredo com nossas memórias... não nos sentimos seguros se não colocarmos o conhecido, por pior que seja, e vamos criando realidades ilusórias que nos limitam e nos prendem a um sofrimento sem fim...


Depois dessa experiência, onde sofri horrores por algo que pensei ser ruim e na verdade era muito bom, passei a me observar mais diante das situações, diante das pessoas, buscando não interpretar tanto a realidade... Procuro observar o que se apresenta... sabendo que tem sempre muito mais em tudo... aceitando mais o desconhecido por entender que é do vazio que se manifestam todas as possibilidades.


Quando retornei, ouvi algo do livro As sete leis espirituais do sucesso do Deepack Chopra, que adorei...


... O conhecido nada mais é do que a prisão dos velhos condicionamentos. Não há qualquer evolução nisso- absolutamente nenhuma. E quando não há evolução, há estagnação, desordem, ruína. A incerteza, por sua vez, é o terreno fértil para a criatividade e para a liberdade. Incerteza significa entrar no desconhecido em todos os momentos de nossa existência. O desconhecido é o campo de todas as possibilidades, sempre frescas, sempre abertas à criação de novas manifestações. Sem a incerteza e o desconhecido, a vida é apenas repetição viciada de memórias velhas. Você se torna vítima do seu passado e seu torturador de hoje é o que sobrou de você ontem. Renuncie ao apego ao desconhecido, entre no desconhecido e você estará no campo de todas as possibilidades...


Por Rúbia Dantés

O que sou?



Dias atrás conversava com um amigo que estava demonstrando beirar o processo depressivo. Nada estava bom para ele.

Sentava-se isolado e ficava olhando o nada. Com os pensamentos distantes e, obviamente, sempre analisando as coisas pelo lado ruim.
Quando conversava com as pessoas, falava sobre acidentes, sobre seres que estavam indo para o hospital, e potencializava as dificuldades. Assuntos que só agregavam energia negativa e enfatizavam o lado ruim das pessoas.

Maior evidência de que ele estava mal era impossível.
Cheguei perto dele e perguntei, apesar de saber de antemão a resposta:

- Tudo bem?
Hein? Respondeu, numa nítida demonstração de que estava muito, mas muito distante de si e da realidade em que estava vivendo. Porém, voltou onde estava com a minha abordagem.
- Tudo bem? Repeti para ele.
Sim, sim, tudo bem... rebateu querendo entrar de cabeça no novo momento e mascarar-se como se estivesse bem. Fingia, na realidade.
- Você já se perguntou: O QUE SOU?
Como?
- Você já se perguntou: O QUE SOU? Repeti olhando firme em seus olhos.
Ele desviou o olhar e disse:
Não entendi...
- Entendeu, sim. Eu lhe perguntei se você já se perguntou: O QUE SOU?
Não, não me perguntei ainda. Nunca pensei nisso. E o que isso tem a ver comigo?
- Tudo, respondi. Se você não sabe o que é, poderá pegar qualquer caminho que nunca irá chegar a lugar algum. Jamais saberá entender o que acontece à sua volta, consigo mesmo e com a sua vida. Será um eterno seguidor e permitirá que outros o manipulem. Completei.
Pensava em algo parecido... Por que as coisas estão ficando difíceis? Por que eu não consigo me superar e onde está a origem do problema? Já faz dias que me preocupo em resolver esta pepineira toda e parece que a cada dia tudo fica maior...
- Exatamente por isso. Tudo fica grande quando não sabemos o que somos. Quando agimos desta forma, as coisas na vida são coincidências, as pessoas aparecem sem que saibamos por que. As doenças se fazem presentes rapidamente. Ficamos fragilizados, gripados, com dor de cabeça, enxaqueca, etc.. E só dá vontade de sumir do mapa... Não é verdade?
É sim. É verdade. Disse.
- Então, que tal você se perguntar e responder para si mesmo: O QUE SOU?
Pois esse é o problema... Não sei. Retornou...
- É fácil verificar que você não sabe. Basta olhar para sua postura e atitude... VOCÊ É ENERGIA, meu amigo. Portanto, é refém da energia que produz para si mesmo. Seus pensamentos são a sua fonte de alimento energético. Eles brotam de seus valores e da forma como você vive. Depois de pensar, agimos. Ou simplesmente não fazemos nada. É SEMPRE NOSSA ESCOLHA o caminho que iremos seguir. Normalmente é mais cômodo não fazer nada e responsabilizar os outros por nossos fracassos. Porém, se estamos conscientes que somos reféns da energia que produzimos, começamos a policiar nossos pensamentos e também o que verbalizamos. Conviver com pessoas que só falam mal dos outros nos deixa, igualmente, mal.

Diante disso é muito melhor evitar falar de acidentes, de maldades, de fofocas e da desgraça em si. Inverter o rumo -na realidade- e começar a agregar coisas boas em nossa mente. Precisamos cuidar do que pensamos para que assim não estejamos em estado de maldade. Quando ficamos irritados levamos seis horas para recuperar a serenidade. Ora, se nossa vida é um buraco de problemas, como queremos ser felizes e saudáveis? Quando não se está bem o melhor é parar de tomar decisões. Ir para um canto e meditar. Acalmar a mente e logo recuperar a boa energia.
É com a boa energia que adotaremos as atitudes adequadas à nossa vida...

Hoje, o meu amigo, depois de saber que é pura energia, policia o que pensa e mudou até sua fisionomia... Está aparentando ser mais jovem... Na realidade é a jovialidade da alma que se faz presente agora em sua vida e em suas atitudes.

É nossa opção o que produzimos de energia e também com que passaremos a conviver no presente e no futuro. Sou o que decido ser.

Por Saul Brandalise

Quando o autoconhecimento nos liberta dos padrões destrutivos de relacionamentos




O processo de autoconhecimento segue um caminho contínuo e gradual, mas inevitavelmente requer algumas atitudes básicas, como honestidade, coragem, abertura, discernimento e paciência. Em outras palavras, só aprendemos a nos conhecer quando paramos de implicar conosco nós mesmos e deixamos, de uma vez por todas, de seguir o hábito de nos denegrir. Isto é, na medida em que nos damos conta de que estamos nos fazendo mal, somos capazes de inverter gentilmente esse processo.

Quando confiamos em nossa capacidade de nos resgatar de uma atitude destrutiva, passamos a não ter mais porque temer a nós mesmos. Este é o estilo de vida interior que cultivamos quando aplicamos os ensinamentos do budismo tibetano, mas, com certeza, muitos outros sistemas também se baseiam neste fundamento. No entanto, aquele que busca o autoconhecimento sabe que nossa sociedade está cada vez mais nos desafiando a prestar mais atenção fora do que dentro do que de nós, quer dizer, a acreditar que precisamos mais do mundo externo do que dos recursos internos.


Este é o grande ganho do autoconhecimento: saber reconhecer e mobilizar os recursos internos. Por exemplo: podemos nos sentir despreparados para lidar com uma determinada situação, mas ao reconhecer e aceitar nossos pontos de vulnerabilidade com a intenção de fortalecê-los, ao invés de nos acharmos inadequados, sentiremos a esperança de estar dando um primeiro passo em direção à solução. Então, algo muda: não estamos mais atolados no mesmo ponto do sofrimento.


O próximo passo consiste em saber receber ajuda. Muitas vezes, temos uma imagem idealizada de nós mesmos: em nosso imaginário, cremos mais ser quem deveríamos ser do que realmente somos! Por exemplo, quando cremos que já deveríamos ter superado o impulso de seguir um hábito que já sabemos ser destrutivo. Seja de uma droga ou de um relacionamento. Se negarmos nossa vulnerabilidade diante deste hábito, ela irá nos atacar assim que abaixarmos a guarda sobre ela. Mas, isto não quer dizer que estamos condenados a vigiar eternamente nossos pontos fracos! Este é o ponto da virada. Saber receber ajuda para conquistar um novo olhar sobre uma mesma situação.


Enquanto negarmos a realidade de que certa atitude interna ou mesmo de que uma situação externa nos faz mal, nos manteremos presos a ela. Apenas quando admitimos nossa dependência em relação a esta atitude ou situação é que começamos a nos mover em direção a uma nova saída. Por exemplo, quando nos sentimos dependentes de um relacionamento destrutivo. Já sabemos que esta relação nos faz mal, pois mobiliza mais nossos pontos fracos, como medo e ressentimento do que nosso potencial criativo para seguir em frente. Um terapeuta ou um amigo sábio irá neste momento nos ajudar a reconhecer o que e como estamos projetando no outro nos impedindo de ser quem somos!


Em outras palavras, quando nos sentimos dependentes do outro é porque estamos sob o comando dele. Perdemos o acesso direto à nossa voz interior. Não conseguimos escutá-la via nós mesmos. Achamos, mesmo que erroneamente, que precisamos do outro para ser quem somos. Em outras palavras, quando cremos necessitar do outro como porta-voz de nossos anseios mais profundos, damos a ele um poder que é extremo e perigoso! Pois, quando agimos assim nos vemos vazios de nós mesmos, uma vez que o outro é que nos faz existir. Se nos sentimos vazios corremos o risco de aceitar sermos preenchidos por qualquer coisa. Quando os relacionamentos chegam a este ponto, de fato é muito triste. Um relacionamento só é saudável quando é rico em seu potencial de troca e está livre da competição acirrada de quem domina a relação.


Paule Salomon, em A Sagrada Loucura dos Casais (Editora Cultrix) escreve algo bastante esclarecedor a este respeito: Tornar-se dependente de alguém é também tê-lo sob a sua dependência, para se assegurar de que a relação vai continuar, de que o outro não vai me deixar. Quanto mais entramos nesse papel de dominador ou de dominado, mais precisamos do outro para existir. Ou seja, quanto mais acusamos o outro de nosso mal-estar, mais para perto de nós o trazemos. Pois, a medida em que o responsabilizamos sobre nosso bem-estar, mais dependeremos dele.


Apesar dos jogos de poder nos relacionamentos gerarem mal-estar, eles mantêm o casal cada vez mais preso num relacionamento destrutivo. Paule Salomon esclarece: Tudo acontece como se os dois continuassem a ignorar o que o outro busca e o que eles mesmos buscam, girando sempre em círculo, cegos e desesperados, com alguns momentos de trégua. Eles continuam a girar em torno do vazio de si mesmos e não há quase mais ninguém para acompanhá-los nessa ronda infernal. Quanto mais a pressão aumenta, mais se vêem presos um ao outro. Quanto menos são satisfatórios na sua demanda fundamental, mais se frustram e mais essa frustração os leva a reproduzir compulsivamente comportamentos inadequados... Fazer pressão, enviar uma dupla mensagem, criar uma cumplicidade circular, manipular o outro, tornar-se dependente, estar inadaptado à realidade, repetir as mesmas histerias, são essas as características dos jogos de poder. (P.103)


Então, por meio do autoconhecimento iremos gradualmente saber quem somos e de quais recursos necessitamos cultivar para acessar nossos desejos mais autênticos, sabendo que somos merecedores de respeito, carinho e gentileza.


O autoconhecimento é dinâmico, portanto, cheio de altos e baixos: ora nos sentimos fortes, ora frágeis. A sinceridade com que aprendemos a lidar com ambas as situações é que nos levará a nos sentirmos vivos internamente. Quando não temos mais porque nos evitar, não temos mais porque nos sentir vazios!


Por Bel Cesar

Razão e emoção são interdependentes



Diante de uma decisão, é melhor seguir a lógica ou o coração? Como veremos, o melhor é perceber que estas experiências são interdependentes...

Recentemente, ao ler o livro O Momento Decisivo, o funcionamento da mente humana no instante da escolha, de Jonah Lehrer (Ed. Best Business) esclareci uma suspeita antiga: a de que nós, seres humanos, somos emocionais por excelência! A neurociência está nos provando que a idéia de que somos seres racionais era falsa...


Desde os tempos da Grécia antiga, afirmava-se que a qualidade que torna o ser humano superior aos outros animais é a sua habilidade de racionalizar. Creio que até aí tudo iria bem se não fossem os preconceitos que se criaram em relação à sua natureza emocional.


Platão, no século IV a.C, apregoava que o homem deveria suprimir sua sensibilidade, suas emoções, pois elas o impedem de agir moralmente, ou seja, racionalmente. Para ele, filosofar era agir puramente de forma racional!


Esta forma de pensar ganha uma nova força na França, no século XVII, com René Descartes, considerado o primeiro filósofo moderno. Ao contrário dos gregos antigos, que acreditavam que as coisas são simplesmente porque são, Descartes instituiu a dúvida: só se pode dizer que existe aquilo que puder ser provado, sendo o ato de duvidar indubitável. Assim, surgiu sua famosa frase: Penso, logo existo. Mais uma vez o homem é estimulado a pensar, verificar, analisar, sintetizar, enumerar, e para tanto era preciso deixar as emoções de lado.


O ponto é que nosso cérebro emocional vem sendo depreciado no Ocidente há mais de dois mil e quatrocentos anos! As nossas emoções foram se transformando numa espécie de bode expiatório de todas as más decisões tomadas.


Desta forma, crescemos aprendendo a abafar nossas emoções, quer dizer, de uma forma ou de outra, nos foi ensinado que as emoções não eram confiáveis! Na hora de tomar uma decisão, nos era sempre recomendado: Pense bem, controle suas emoções, seja superior a elas!


Mas, esta idéia de que as emoções deviam ser deixadas de lado foi por água a baixo, em 1982, pelo neurocientista português Antonio Damásio, com seu paciente chamado Elliot.


Elliot havia extraído um pequeno tumor do córtex cerebral. Apesar de estar fisicamente bem e seu QI não sofrer alterações, passou a ter um comportamento um tanto limitador: não conseguia tomar decisões. Desde as tarefas mais rotineiras como escolher que roupa iria vestir. O fato é que sua vida ficou totalmente arruinada: perdeu o emprego e sua mulher pediu o divórcio.


Damásio notou que Elliot estava emocionalmente distante de tudo e todos, assim como de si próprio. Sua fala era calma, porém, indiferente. Não demonstrava qualquer sentimento de frustração, impaciência ou tristeza. Surpreendido, Damásio questionou a premissa da racionalidade humana, isto é, de que uma pessoa sem emoções seria capaz de tomar as melhores decisões!


Foi, então, com base no estudo deste doente e de muitos outros, que Damásio começou a compilar um "mapa do sentimento", localizando as áreas específicas do cérebro que são responsáveis pela geração de emoções. "Um cérebro que não consegue sentir, não pode decidir", concluiu.


Aproximar-se e reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles e expressar as emoções é uma forma de desenvolvermos nossa inteligência emocional: saber reconhecer e validar sentimentos e pensamentos presentes nas escolhas e decisões.


Muitas vezes usamos de um mecanismo de defesa chamado racionalização, para não encarar os problemas de frente: criamos desculpas racionais para nossas dificuldades emocionais. Uma maneira fácil para distinguirmos se estamos tendo um pensamento racional, ou fazendo uma racionalização, é notar a diferença entre os dois: o pensamento racional busca razões boas enquanto que a racionalização cria boas razões...


Ao sentir nossos sentimentos, aumentamos a consciência dos estados sensível de nossa mente. Este é um processo íntimo que requer uma atitude introspectiva. No momento em que expressamos nossos sentimentos, eles se manifestam como emoções.


Na medida em que aprendemos a prever as consequências de nossas escolhas, podemos nos responsabilizar por elas. Desta forma, analisamos nossos sentimentos. Ganhamos autoconfiança e coragem. No entanto, podemos refletir o quanto quisermos e pudermos, mas, quando chega o momento de decidir, não há como evitar o frio na barriga diante do salto no escuro... Primeiro, porque toda experiência é única - não temos como buscar garantias nas experiências alheias e depois, só quando nos tornamos o novo é que sabemos que cara ele tem!


Por Bel Cesar

domingo, 18 de julho de 2010

Ansiedade e Insegurança




ANSIEDADE: Estado afetivo em que há sentimento de insegurança. Viver a ansiedade é viver preso ao medo do futuro.


O ser humano é ansioso quando há algo em seu coração que ele quer ou teme e duvida que este algo irá acontecer ou tem medo que venha a acontecer. Podemos verificar que a ansiedade está sempre presente como algo do futuro. O ansioso não vive o presente. E o presente é a única coisa que temos para viver.


Como aqui na Terra, no nosso plano, temos uma linha divisória de tempo necessária à nossa evolução, o equilíbrio emocional e psicológico, portanto, espiritual, caracteriza-se pelas pessoas que vivem o momento presente.


Não me é possível viver no meu equilíbrio e aproveitar as diversas oportunidades que a vida me dá se eu não viver o meu momento de agora. Quando entro em estados de ansiedade, desequilibro totalmente minha capacidade de criar, de transformar e de propriamente conviver comigo. O ansioso não consegue conviver consigo mesmo. Está sempre num estado de angústia. Sempre está lhe faltando algo. Sempre está incompleto, como se a vida lhe devesse ou ele devesse algo à vida. É um estado de pré-ocupação permanente e aí não sobra tempo de viver em harmonia.


...Tenho sempre que me preocupar com o que há de vir. Não consigo me concentrar no que preciso fazer. Sinto que tenho em minha cabeça ou coração alguma coisa que me desvia do momento presente e me dá uma sensação de que posso perder alguma coisa importante...


Vivemos numa entidade vida: o universo. Ele não pára, está o tempo todo se movimentando, procurando o novo, o seu caminho. Você, eu, nós, temos a mesma dinâmica do Universo. Não paramos, estamos o tempo todo nos movimentando, buscamos o tempo todo nosso caminho. Fazemos tantas coisas, tomamos tantas atitudes, brigamos, sofremos e este caminho nunca chega... É verdade, o caminho nunca chega, pois o procuramos em lugar errado. O caminho está no seu coração. O caminho está dentro de cada um. VOCÊ É O SEU PRÓPRIO CAMINHO.


Ao fugirmos de nossa realidade interior e buscarmos na realidade exterior a explicação ou encontro de nosso caminho, esbarramos numa coisa por demais interessante, que tem dado a tônica ao nosso processo de vida: O OUTRO. Não podemos dizer que o outro é o vilão da história. O vilão é cada um de nós. O vilão é nossa crença. Mas o outro passou a ser nosso deus. Passei a viver a minha vida em função do outro. Podemos afirmar, sem receio, que a Ansiedade e a Insegurança só aparecem em nossas vidas quando elegemos o OUTRO como a coisa mais importante de nossas vidas. Vivo para agradar ao OUTRO. O OUTRO passou a ser o meu deus. Tudo o que faço visa agradar ao outro. Estudo, freqüento lugares, me visto com determinada roupa, vou a missas ou cultos religiosos, dou esmolas, fumo ou deixo de fumar, me drogo, desrespeito a minha sexualidade e tantas outras coisas mais, aceito modismos agressivos, em função do outro.


Imagine o que o outro poderá pensar de mim... Não, tenho que ter uma boa imagem com o outro... Ele/Ela não pode pensar errado de mim.... Se pensarem errado como vou ficar? Eu não agüento não agradar ao outro. Preciso ser aceito pelo outro. Sou carente, preciso ser nutrido pelo outro. Já pensou se o outro não ligar para mim? Eu não agüento...


Esta necessidade doentia e dispensável de agradar ao outro, tirou-me do meu caminho. Mas quem é que precisa agradar o outro? O meu ego precisa agradar ao outro. Se não é para agradar o outro, é até pior. É para competir com o outro... Preciso provar a mim mesmo e ao outro que sou bom, ou sou melhor, ou que também sou triste, patético, infeliz; mas infelizmente, muito próximo de nossa realidade terrena. Ao fugir do meu próprio destino e poder de decisão passei a criar uma série de necessidades do ego. Se preciso me mostrar para o outro ou ser reconhecido pelo outro, vou mostrar alguma coisa que impressione o outro e não necessariamente a verdade. Farei algo onde o outro possa ter uma boa imagem de mim.

É preciso mesmo de uma boa imagem perante o outro pois a minha imagem perante eu mesmo é a pior possível.


Esta necessidade de agradar tanto ao outro passou a promover em nossas vidas o surgimento de insegurança e ela é a geradora das ansiedades. Insegurança é um estado de abandono da fé, da fé em mim e da fé na própria estrutura do universo. O universo tem uma lei de harmonia, equilíbrio e justiça e esta lei foi feita para proteger tudo aquilo que existe no universo, inclusive a mim. Mas nós teimamos, há milhares de anos, em não entender ou praticar esta lei e viver na insegurança e a insegurança me leva à insanidade... me leva à má avaliação do fato, me leva a cometer erros infantis e me leva principalmente a ser infeliz.


Mas a coisa não pára aí. Eu sinto insegurança e ansiedade porque estou com culpa ou com medo. Normalmente, a insegurança e ansiedade aparecem, mas o pano de fundo normalmente é composto por culpa ou medo, e às vezes culpa e medo. Para poder lidar com a culpa e o medo o que preciso fazer, urgentemente, é me perdoar. Podemos entender que o Ego humano é um instrumento criado para nortear as relações entre os humanos, aqui na Terra e como instrumento falho que é está aqui-agora no nosso coração, porque a culpa e o medo estão presentes em nossos interiores.


O Ego surgiu por causa das nossas diferenças pessoais, numa época da humanidade, quando começaram a encarnar no planeta uma série de personalidades vindas das regiões mais diferentes do universo, para cumprirem aqui suas evoluções. Ao se defrontarem com culturas e conhecimentos diferenciados propiciou-se o medo nos corações e este medo gerou outras sensações como culpa, ansiedade e insegurança que são as energias que corroem as nossas maiores possibilidades de vivermos uma vida de paz, harmonia, amor e felicidade.


Sair desta armadilha do ego é uma questão de querer e de esforço pessoal. Posso sair desta armadilha na hora em que quiser ou querer continuar preso a ela. A escolha é minha.
Se quiser sair, uma dica vamos lhe dar: a falta de fé é o componente mais importante a ser superado. A falta de fé promove todas as doenças de nossa alma e comportamento. Praticar a fé é um desafio diário que temos a perseguir. Se temos a pretensão de melhorarmos, urgentemente, temos que abrir um espaço à fé em nossas vidas.

Tenho que treinar a fé, viver a fé, praticar a fé. Se sou Deus, onde está este Deus em mim que não vejo e não encontro?

Certamente Ele deve estar encoberto pelo ego, preso nas armadilhas da ansiedade, insegurança, culpa ou medo. Mas se prestar um pouco de atenção ao seu coração e escutar sua voz interior, certamente você irá SENTI-LO.


Irineu Deliberalli é Psicólogo Tradicional e Transpessoal/Xamânico
Atendimento individual ou grupos. Ministra cursos de Reiki, sistema Mikao Usui, Caminho Iniciático - baseado no Estudo dos 7 Raios e da Personalidade Humana na Psicologia Esotérica, canalizado diretamente dos Mestres Ascensos.