“Somos apenas uma gota no oceano, mas o oceano não seria o mesmo sem essa gota”
Madre Teresa de Calcutá
Matéria interessantíssima extraída do livro Energia – Novas dimensões da bioenergética humana de Robson Pinheiro.
Quando se analisa o ser humano sob a ótica da ciência holística, ele é considerado uma unidade biológico-energética e psicológico-espiritual.
Na matéria a seguir temos uma visão extrafísica fantástica, com psicografia de um dos mais renomados nomes da espiritualidade, André Luiz. Abram suas mentes e deleitem-se com os ensinamentos.
Fatores emocionais extremos
Alguns fatores dificultam a absorção das energias que mantém o equilíbrio vital. No planeta Terra, no presente momento evolutivo, estão incorporados nos corpos humanos egos ou consciências, em sua grande maioria, carentes de reeducação emocional. Pela simples observação, deduz-se que as pessoas em geral são bastantes permeáveis ao descontrole emocional e energético, cujas bases remontam ao passado reencarnatório das multidões. Verificamos quanto as questões emocionais, com suas nuances e seus agravantes, interferem no tônus vital de cada um.
Grande números de dimensões extrafísica – às vezes até como pretexto para justificar seu comportamentos. Assim, teima em continuar negando ou desviando a atenção das próprias deficiências emocionais e da desorganização moral que traz impregnada em seu ser, num fenômeno clássico denominado pela psicologia como projeção. Muitos estão mergulhados num mar de emoções descontroladas ou vivem nos limites do equilíbrio emocional, mas não estão dispostos a encarar a própria debilidade, pois que é mais atraente creditar tais perdas, desgastes e danos energéticos a terceiros. Daí eleger causas mirabolantes, de natureza mística, extrafísica ou extra-sensorial, é um passo. Logo aparecem argumentos que creditam tais distúrbios à paranormalidade ou à mediunidade descontrolada, “não desenvolvida” etc... Dessa maneira, a um só tempo, sustenta-se o desequilíbrio emocional e obtém-se destaque para si, preenchendo a carência por atenção, pois há certo status em ser vítima de forças ocultas e “sobrenaturais”,não? Para esses indivíduos, parece que sim.
É muito comum encontrar esse tipo humano buscando soluções religiosas, prodigiosas e fantasiosas para a problemática que é intensa, psicológica e emocional. Ele imputa a um agente externo – seja um espírito ou um suposto trabalho de magia que visa prejudicá-lo – o próprio descontrole, desequilíbrio e, às vezes, até mesmo a fuga da realidade. Ao topar com pretensos terapeutas, guia sespitiruais desinformados e in capazes de variada espécie, com profundas tendências místicas, entrega-se a maiores desvarios, até desembocar em amargas decepções e tragédias pessoais. Eis como milhares, estacionados numa postura mística e sem nenhum senso prático da vida, entregam-se com facilidade e naturalidade impressionantes, à condução cega e perigosa de indivíduos cheios de segundas e terceiras intenções.
O caos emocional que não é trabalhado convenientemente acaba produzindo insatisfação, constrangimento e perda de tempo, com consequente aumento apreciável da problemática inicial. Adias indefinidamente o enfrentamento daquilo que incomoda, transferindo responsabilidades, é dos caminhos mais daninhos e drásticos que podem ser tomados. Com o passar do tempo, o ser constrói uma realidade paralela e, enredado em meio a tantas desculpas, justificativas e explicações que inventou para mascarar a fuga insensata de seus reclames internos, não sabe mais como se conduzir, perdendo as rédeas da própria vida. Evidentemente, vive quase sempre em estado de perda energética ou de pseudo-obsessão.
Muitas anomalias energéticas são geradas a partir de algumas emoções de caráter doentio, notadamente mágoa, ressentimento e medo excessivo, além de atitudes igualmente nocivas, como fuga, constrangimento e abatimento extremos. Fatores como esses criam algo semelhante a uma fuligem em torno do corpo psicossomático, dificultando a assimilação de energias externas ou limitando o poder de transmutá-las e absorvê-las, de modo análogo ao que ocorre com as ervas daninhas em meio à horta.
Nada pior que a mágoa para apagar o brilho da vida e a beleza da alma humana. Juntamente com as idéias errôneas e castradoras que se abrigam nas fontes do pensamento e das emoções, colabora para formar o panorama interno de infelicidade e desgosto profundos. Somem-se a isso os mecanismos de fuga da realidade – em geral da realidade interior – e das responsabilidades perante a vida, o destino e a conquista da realização pessoal... Pronto: está desenhado um quadro lamentável, que exige coragem, determinação e muito trabalho e apatia frente à vida e aos desafios que lhe são inerentes ocasionam o comprometimento do fluxo energético que sustenta a vitalidade orgânica, enquanto estiver debilitada, a pessoa mantêm-se em estado de desânimo incomum, em que predomina a depressão. O corpo psicossomático ou emocional termina por sucumbir, dado à falta de resistência a desequilíbrios que são intensos e, sobretudo, duradouros.
Ao contrário do que crê o senso comum, as consequências energéticas da emoção desajustadas são absolutamente concretas; repercutem na estrutura astral com tamanha violência, que causaria surpresa àqueles que imaginam a dimensão extrafísica como um plano diáfano, brando e suave. A realidade energética é muito mais dramática e grosseira – às vezes, até grotesca – do que faz crer a atmosfera fabulosa idealiazada por místicos e imaturos, a qual só existe nos contos de fada e nas descrições de um suposto paraíso, pregado pelas religiões.
Desajustes e anomalias emocionais de caráter mais ou menos duradouro produzem, num estágio inicial, uma espécie de fuligem em torno das células do corpo psicossomático, a qual não passa da simples condensação ou materialização de emoções e pensamentos desequilibrados.
Ao persistir a aglutinação dessa fuligem, com o transcorrer do tempo, dorma-se, num segundo instante, uma crosta que chega a revestir toda a estrutura etérica e astral, dependendo do caso.
Pessoas com tais características não se encontram aptas a desempenhar sequer as transmutações energéticas necessárias à própria saúde, quanto mais tarefas de doação de recursos fluídicos.
Carecem urgentemente de submeter-se à terapêutica bioenergética e emocional ou psicológica.
Porém, até que possa promover a recuperação parcial do reequilíbrio, o tratamento poderá se estender por um período mais dilatado, devido aos sérios danos que as emoções desequilibradas suscitam na contraparte etérica ou energética do homem.
O acúmulo de trabalho físico, emocional ou mental acaba por gerar um tipo específico de desgaste, que se assemelha, na prática, às consequências do roubo vital. O desgaste advindo do estresse e do cansaço se parece muitíssimo com os efeitos da absorção indevida e sem permissão do fator vital, fato este que poderá levar a pessoa a supor-se vítima de alguma espécie de vampirismo energético.
Muita correria, às vezes sem produtividade, além da convivência com o estresse do dia-a-dia, com um cotidiano acelerado por imposição de um ritmo frenético que virou marca da pós-modernidade, faz com que o desgaste atinja níveis alarmantes. Adicione-se a isso a exposição a situações desconfortáveis e a obrigação, para muita gente, de agir e conviver com situações contrárias à sua natureza e a seus gostos pessoais. Tudo isso representa uma ameaça à identidade emocional do indivíduo, de maneira a influenciar até mesmo a resposta imunológica de seu organismo físico.
Realizar tarefas de modo compulsório, sem satisfação e comportar-se com a obrigação de agradar os outros, como um subterfúgio para evitar complicações maiores nos relacionamentos, constituem estratégias arriscadas e insensatas. Provocam a perda de grande cota de vitalidade, que é desviada para sustentar as aparências e a mentira social. Como ase não bastasse, a pessoa perde a liberdade de ser o que é e o que deseja ser, forçando-se a abdicar de emoções, sentimentos e raciocínio para manter uma fachada de tranquilidade e equilíbrio. Tal estado de coisas faz com que seu sistema energético reaja de forma a cobrar a vitalidade despendida nessa maneira anormal de viver a vida. Por isso afirmo que, algumas vezes, é preferível se expor, brigar e gritar por suas idéias a implodir pelo estresse e cansaço emocional, produzido pela atitude de mascarar a realidade interna. De qualquer modo, é necessário um trabalho de autoconhecimento a fim de que o indivíduo aprenda a identificar as necessidades emocionais e a expressar sua identidade.
Ao analisarmos a vida de Cristo – considerado por muitos, inclusive por mim, como o maior psicoterapeuta da humanidade – notamos momentos em que ele eleva o tom de sua voz e repreende seus interlocutores, chegando mesmo a xingar tanto seus seguidores quanto doutores da lei, escribas e fariseus, todos representantes do establishment de então. Há relatos em que manifesta evidente raiva, como ao derrubar mesas de cambistas no templo.
Fatos como esses, descritos no Evangelho, não são apenas anotações de caráter religioso; ao contrário, trazem ensinamentos de grande proveito, sob o ponto de vista terapêutico. Mostram que há ocasiões em que a energia de insatisfação acumulada deve ser expurgada da intimidade do ser, a fim de não causar desequilíbrio.
Sob esse ponto de vista, não é inteligente abrigar emoções conflitantes e insatisfações, tampouco mascarar situações constrangedoras em nome de uma pretensa paz.
Em geral, essa maquilagem das emoções e a tentativa de vivenciar uma santidade irreal ou falsa produzem estresse emocional. A pessoa que disfarça assim sua verdadeira situação ou insatisfação acaba por implodir; o corpo físico se ressente, então, e as defesas imunológicas respondem de maneira deficiente, permitindo o desenvolvimento de elementos indesejáveis para a economia do organismo.
A depressão, tenha ou não raízes no assédio extrafísico, sempre é algo devastador na economia energética do indivíduo, com graves consequências também no que tange à química cerebral. Comumente, a pessoa que se entrega, em algum grau, aos estados depressivos perde cotas enormes de energia vital, principalmente porque sua mente passa a gravitar com insistência em torno de problemas, na maioria das vezes, de solução relativamente simples – os problemas, não a enfermidade.
Digo simples porque acredito que a maior parte desses problemas poderiam ser resolvidos com um sim ou com um não. Sem menosprezar a complexidade dos fatores que envolvem o quadro psiquiátrico denominado depressão, realmente estou convicto de que, ao menos em sua gênese, essa patologia está ligada a um traço comum de personalidade. Quase todos os pacientes de depressão são indivíduos que, ao longo do tempo, adotaram o hábito de adiar decisões preciosas para a sua saúde integral; essa é uma prática que responde por grande número de processos depressivos de longo curso. O indivíduo abstêm-se de tomar decisões na hora certa, com prudência e correção, embora saiba, muitas vezes, a resposta a seus questionamentos e conflitos existenciais. Ninguém passa incólume ao adiamento sistemático da tomada de decisões: quando se vê diante da problemática e, mesmo que de modo inconsciente, nota que abdicou do controle da situação e de sua própria vida, envolve-se na aura do pessimismo e termina em depressão.
Tive a oportunidade de observar também outros fatores que ajudam a compor o quadro das depressões. Entre eles, doenças prolongadas, perdas familiares e amorosas e bloqueios emocionais, entendidos como dificuldades em resolver-se ou tomar decisões que possam diluir suas emoções. Além disso, podem-se observar outras causas frequentes, tais como a visão reduzida da realidade e o confronto com a verdade da vida. Em certos casos específicos, existem de fato assédios conscienciais, em que notamos a clara participação de inteligências extrafísicas atuando n processo obsessivo, embora essa causa esteja entre as de menor número, comparadas àquelas que dependem exclusivamente da pessoa acometida.
No entanto, é conveniente observar que, qualquer que seja a razão do processo depressivo, ele vede ser considerado como doença da alma e, como tal, abordado de forma intensiva. A depressão fatalmente produz uma defasagem energética intensa. Essa perda de tônus vital deve-se aos pensamentos desgovernados e às emoções cristalizadas, que consomem as reservas energéticas do corpo, da mente e do duplo etérico, as quais passam a ser canalizadas para alimentar a problemática e o padrão mental decorrentes da situação de enfermidade. Depressão, portanto, está intimamente relacionada a defasagem energética, a perda de fluido vital em todas as suas manifestações.