
Parabéns meu amor. Que este novo ciclo seja de bonança, fartura e felicidades. Que a saúde e a paz possam estar presentes em todos os seus dias. Beijos, te amo. Kadu
“Invoquem a paz sobre Jerusalém
que sejam pacíficos aqueles que te amam
que a paz venha para os teus muros
que sejam pacíficas tuas casas
pelo amor dos meus irmãos, dos meus amigos
deixe-me dizer, paz sobre ti
por amor da casa de YHWH
“Aquele que era, que é e que vem”,
oro pela tua felicidade!” (Salmo 122)
Qual é esta paz que “aqueles que amam” invocam sobre Jerusalém e sobre o mundo?
Que eles próprios sejam pacíficos, essa é sem dúvida a primeira condição para que se realize, já no seu próprio corpo e no seu próprio espírito, a paz que eles desejam a todos.
A palavra hebraica “Shalom” deriva de uma raiz que designa o fato de estar intacto, inteiro; estar em paz é estar “inteiro”, nós não estamos em paz porque não estamos inteiramente aqui... Qual é a parte de nós mesmos que nos falta, que está esquecida ou reprimida – o que nos impede de estarmos em paz?
Perceberemos que quando somos amorosos, somos mais “inteiros”, o amor nos une, nada mais nos falta em nós mesmos, tudo está “voltado para” o Outro.
O mandamento ou o exercício (mitzvot) proposto pela Escritura é um exercício terapêutico, cujo fruto é o de nos fazer “Um”, corpo, coração e espírito, portanto, estarmos felizes e em paz:
“Tu amarás “Aquele que era, que É e que será” de todas as tuas forças, de todo teu coração, de todo teu espírito e tu amarás teu próximo, aquele que era, que é e que será como a ti mesmo, tal qual tu eras, tu és e tu te tornarás...”
A paz abrange todos os tempos. Será que podemos estar em paz com o nosso presente, se não o estivermos com o nosso passado? Será que podemos estar em paz com “aquilo que será”, com “aquilo que virá” se não estivermos em paz com o nosso presente?
A paz designa “o bem-estar do ser” e particularmente do ser humano que vive em harmonia com ele mesmo, com Deus, com os outros, com a natureza, suas sombras e sua luz... Na Bíblia, “estar em boa saúde” e “estar em paz” são duas expressões paralelas; para perguntar como vai alguém; se ele está bem, dizemos: “ele está em paz?”.
Dizemos que Abraão morreu numa idade avançada, feliz e saciado de dias, que “ele se foi em paz”. Também dizemos do nosso namorado que ele é “o homem da minha paz”. A paz é, então, uma confiança mútua, que torna possível a vida em comum e a fraternidade; sem esta paz e esta confiança entre nós, não há comunidade humana ou futuro possível.
Todos os bens materiais, afetivos, intelectuais e espirituais que nós podemos nos desejar uns aos outros estão resumidos nesta simples palavra: Shalom, Salam (em árabe), Bom dia – a paz esteja contigo, em ti e entre nós...
Quando Jesus diz a alguém no Evangelho “Shalom”, é realmente uma “saudação”, uma “salvação”[1], uma cura. Quando ele diz à mulher hemorroíssa: “Vá em paz”, ele lhe devolve a saúde. Da mesma maneira àqueles que se afastaram de diversas maneiras, quando ele lhes diz: “Vá em paz”, eles têm o coração, o corpo e o espírito lavados da sua culpa, eles podem realmente se recolocar a caminho e ver “todas as coisas novas”.
Mas Jesus precisa que a “Sua paz, Ele não a dá como o mundo a dá”. Ela não é um tranqüilizante, um sedativo, que livraria os humanos das provações e das contradições do Real.
Jesus inscreve-se assim na linhagem dos antigos profetas que denunciam “as falsas pazes” e as falsas seguranças que são buscadas em outro lugar e não n’ “Aquele que era, que é e que será”, seu fundamento – aí estão as pazes ilusórias e mentirosas e ele vem nos libertar das nossas ilusões e das nossas mentiras.
Estar em paz é não ser parvo e acreditar-se invulnerável. O Dom da paz supõe uma metanóia, uma transformação da sua vida e da sua maneira de ser e de pensar; Miquéias, Jeremias denunciava assim os falsos profetas que têm apenas a palavra “paz” na sua boca e a ambição e outras vontades de poder no coração: “Eles curam superficialmente a chaga do meu povo dizendo “Paz, Paz” e, no entanto, não existe paz”. (Jr 6, 14)
Jesus será ainda mais radical quando ele dirá: “Penseis que vim trazer a paz sobre a terra? Não, mas o conflito. (polémos, em grego)” Isso quer dizer que se não reconhecermos nossas alteridades, e esse reconhecimento passa às vezes pelo conflito, não há paz verdadeira (particularmente no seio de uma mesma família onde a diferenciação, do pai e do filho, da mãe e da filha é por vezes difícil). A paz não nos deixa tranqüilos, pois se quisermos “permanecer inteiros” e verdadeiros, face ao outro e respeitá-lo na sua inteireza e na sua verdade, isso nem sempre acontece sem que haja um enfrentamento, é preciso amar o outro o suficiente para não ter medo de desagradá-lo e nos amar o suficiente para nos fazer respeitar na nossa identidade. Se o verdadeiro amor é sem complacência, a paz verdadeira é sem compromisso.
Ezequiel também não deixará de gritar: “Chega de remendos! O muro deve tombar” (Ez 13), mas quando os muros do medo, da vaidade, da ilusão e das mentiras desabarem, uma verdadeira paz será edificada.
“Eu sei, eu, “Aquele que era, que é e que será”, que tenho sobre vós um desígnio de paz e não de infelicidade” (Jo 29, 11). Isaías e Zacarias sonham com o “príncipe da paz” (Is 9, 5 /Za 9, 95) que dará uma “paz sem fim”, “é ele que estará em paz” (Mi 5, 4), as duas terras separadas se reconciliarão, as nações viverão em paz (Is 2, 2).
“Farei correr sobre Jerusalém como um rio...” Enquanto aguardamos, “Bem-aventurados os “artesãos” da paz”. A paz é um “artesanato” e não uma indústria. A diferença entre o artesão e o operário é que o artesão realiza um objeto, uma obra na sua “inteireza”, ele trabalha nela do início ao fim. Aquilo que se rouba do operário que trabalha na produção em cadeia é o acesso ao objeto na sua inteireza.
Assim, ser “artesão” da paz é tentar viver, nem que seja apenas uma única relação na sua inteireza, da maneira mais verdadeira e pacífica que possa existir.
Jesus pede que façamos a paz, que amemos o próximo, o mais próximo e não que façamos a paz e amemos “a humanidade”, “o mundo”. A palavra “paz”, os discursos sobre a paz não fazem de nós “artesãos da paz”, mas ideólogos, discursistas, pretensiosos pretendentes à paz, “mas a paz não existe...”
A questão, então, para aquele que, em Jerusalém ou em qualquer outro lugar, queira conhecer a felicidade dos artesãos da paz, não é mais: “O que é a paz?”,mas: “Quem é o meu próximo?”. Basta, então, termos olhos e “vermos” qual relação muito concreta devemos “apaziguar”, compreender e “reconciliar”... Isso começa, sem dúvida, em nós mesmos. Enquanto não tivermos feito a paz entre nossos diferentes quarteirões (cabeça – coração – ventre), não haverá paz entre os diferentes quarteirões de Jerusalém.
“Encontre a paz interior” dizia São Serafim de Sarov, “e uma multidão será salva ao teu lado.”
É sempre pelo mais próximo que devemos começar, é o primeiro passo de todos os caminhos que conduzem à paz.
Nunca vou muito longe
Para encontrar a paz
Basta uma flor no meu jardim
Ela não me coloca questões
Ela não me pergunta por quê
Todos os homens que têm uma flor no seu jardim
Não olham a flor
E não estão em paz
* * *
A calma das árvores queimadas pelo sol
ou arrancadas pelo homem é sempre calma
a calma das árvores sacudidas pela tempestade surpreende:
uma floresta de calma
Essa calma é também a do homem
é até mesmo o segredo da sua vida
mas só vemos as tempestades
o sol e o vento
só ouvimos o barulho que ele faz
jamais o silêncio que ele é
ninguém consegue imaginar o que seria uma cidade
se ela fosse habitada por homens que são o que eles são:
uma floresta de calma
Jean-Yves Leloup, doutor em Psicologia, Filosofia e Teologia, escritor, conferencista, dominicano e depois padre ortodoxo, oferece através dos seus livros, conferências e seminários um aprofundamento dos textos sagrados, assim como uma abordagem e uma reflexão extremamente ricas sobre a espiritualidade no quotidiano graças à uma formação pluridisciplinar de rara complementaridade. Membro da organização das Tradições Unidas, doutor honoris causa e ciências da Universidade de Colombo (Sri Lanka), Jean-Yves Leloup ensina na Europa, nos Estados Unidos e na América do Sul em diferentes universidades e institutos de pesquisa em antropologia fundamental. É autor de mais de cinqüenta obras, além de ter comentado e traduzido os evangelhos de Tomé, Maria de Magdala, Felipe e João. Ele participa igualmente de vários encontros entre as diversas tradições.
Meu amor esta foto e os dizeres desta frase são a síntese do que você é para mim.
Te amo, Kadu
"I could search forever and never be able to express how much you mean to me."
"Eu poderia procurar para sempre e nunca ser capaz de expressar o quanto você significa para mim."
Tolérance n'est pas quittance, que poderíamos traduzir por: ”Tolerância não é liberdade total...”.
Numa pequena cidade do interior, um deficiente físico, sem pernas, perambulava pela cidade com auxílio das duas mãos e o apoio do tronco. Durante anos, no seu trajeto, era debochado por um homem que dizia: -Vai gastar o ... Um dia ele perdeu a paciência e matou o homem importunador. Na justiça, o aleijado foi duramente atacado, e tido como assassino cruel. O advogado, ao iniciar a defesa, falou durante dez minutos elogiando a qualidade de cada membro do júri, até que o juiz interrompeu: -Se o senhor não iniciar a defesa, não permitirei que prossiga. Sabiamente, o advogado respondeu: - Meritíssimo, se o senhor não aguentou dez minutos de elogios, imagine a situação do réu que suportou anos de insultos....Nestes casos, pode valer o provérbio: “Não seja intolerante a menos que você se confronte com a intolerância.”
Tolerância é o respeito, a aceitação e o apreço da riqueza e da diversidade das culturas de nosso mundo, de nossos modos de expressão e de nossas maneiras de exprimir nossa qualidade de seres humanos. É favorecida pelo conhecimento, da abertura de espírito, da comunicação e da liberdade de pensamento, de consciência e de crença. A tolerância é a harmonia na diferença. A tolerância é uma virtude que torna a paz possível e contribui para substituir uma cultura de guerra por uma cultura de paz.
A tolerância é o sustentáculo dos direitos humanos. Implica a rejeição do dogmatismo (dogmatismo é toda doutrina que afirma a capacidade do homem de atingir a verdade absoluta e indiscutível) e do absolutismo (é uma teoria política que defende que uma pessoa (em geral, um monarca) deve deter um poder absoluto,) e fortalece as normas relativas aos direitos humanos.
Tudo que é “perfeito” tem limites impostos pelo seu próprio ser ou estado de “perfeição”: um ser que manifeste as suas qualidades não o pode fazer sempre em todos os aspectos, isto é limite e não incompetência.
O homem é um ser social e possui uma individualidade. Não é perfeito, e portanto, sob diversos aspectos, limitado. Precisa viver consigo mesmo e com os outros, porém, as leis pessoais não são as mesmas que as sociais. Pelo valor que é a individualidade, alguns homens são melhores em certos aspectos; outros, em outros, e assim a sociedade se completa e a vida social é possível. Assim somos nós, com nossa individualidade, nos completamos.
Mas a moeda tem outra face e o fato das pessoas diferirem em tantos aspectos pode gerar atritos de valores. Os limites das pessoas também são diferentes. Neste ponto começa o limite entre o pessoal e o social.
Existem situações que podem ser ignoradas, passíveis de serem aceitas, em prol da sociedade, do bem comum. Mas o limite não é fixo, pode variar muito: toleramos algo numa manhã, mas se o mesmo assunto for apresentado à noite..., passa dos limites. Quereríamos que este limite fosse mais elástico, e de certo modo o é. O limite da tolerância tem por um lado à manutenção da individualidade e por outro a inclusão do individual no social. Se isto não ocorrer, alguns perdem sua individualidade e outros são excluídos e preferem se isolar do convívio social.
Nossas limitações são patentes. Não somos o que queremos, não fazemos tudo que sonhamos, não temos o dom de estar onde desejamos. Dentro destes limites é que nos movemos.
Conhecer os limites pessoais e os dos outros – pois somos seres que não se repetem – é uma tarefa que dura toda a vida. O limite também não é estático, as pessoas mudam. Logo, o sistema de comunicação entre as pessoas é algo dinâmico e tem suas “leis” próprias, que cabe a cada um descobrir em cada momento. Em vez de gastar tempo reclamando, que não existe comunicação, poderemos empregá-lo, verificando como estabelecer esta relação, com muito respeito.
Portanto, vamos promover a paz. Escutar mais uns aos outros, observar e respeitar, lembrem-se: o direito de um acaba quando o do outro inicia. A Oração de São Francisco é um grande ensinamento, mas não basta lê-la apenas, devemos praticar em nosso dia-a-dia e para com nossos próximo.
Temos tudo para sermos felizes e harmoniosos, aproveitemos a chance que Deus nos dá, a verdadeira felicidade bate à nossa porta uma única vez e precisamos reconhecer quando ela chega, sermos merecedores para então ela se fazer morada em nossas vidas, dentro do coração de cada um e poder germinar, florescendo nosso caminho.
Lembrem que a semeadura é opcional, porem a colheita é e sempre será obrigatória.
Namastê.
Os Italianos à epoca do grande império, senhores do mundo, tambem tinham algum espaço para as apreciações metafisicas. "cheio de larvas", é como acreditavam que o individuo louco estava.
Ouví outro dia, que o Vaticano está preparando grupos de padres exorcistas, e que estas praticas, me parece, será democratizada dentro da igreja Católica.
Já era tempo de tornar à luz, aquilo que eles sempre fizeram entre eles, veladamente, desde as primeiras igrejas Cristãs, ou primitivas.
Estes procedimentos na verdade, fazem parte do ritual de todas as igrejas e religiões de todos os povos. Hindus, Chineses, Caldeus, Persas, Babilonios, povos que nos ensinaram a pensar.
Os Gregos, que condensaram o conhecimento dos povos antigos tambem consultavam os seus oráculos, adoravam os seus espiritos ou divindades, se defumavam, purificavam os seus corpos com banhos de ervas apropriadas, e procuravam seus templos onde recebiam suas benzições.
A igreja catolica na verdade não quís perder o bonde da historia. Fez muito bem!
Uma coisa porem, me deixa profundamente encabulado: As igrejas evangélicas não "tradicionais", bitoladas e conservadoras, que conseguiram abrir seu espaço, criticando justamente estas práticas, hoje, a maioria delas ja recebe o "espírito santo" e falam linguas estranhas. Outras, recebem "anjos" e usam uma linguagem que ninguem consegue entender, só o pastor ou algum "iluminado", tem a dádiva de interpretar e outras, ja estão admitindo as seções de descarrêgo, passes maravilhosos, e tudo aquilo que a Umbanda dos nossos Índios, já fazem há centenas de anos atrás, ou milhares.
Estas igrejas imensas, templos grandiosos, vivem repletos do espirito santo; Os anjos descem em "legiões" e carregam para o inferno as forças demoníacas.
Não todos, mas boa parte para manterem seus privilégios, uma dose muito grande de fanatismo, ou total desinformação, caem de pauladas nas "tendinhas" de umbanda (pobrezinha da umbanda), quem vai defendê-la dos ataques destes imitadores boa parte impostores ou aproveitadores?
Bem verdade, é que boa parte destas "seitas", as que mais enriquecem, utilizam a matéria prima garimpada nos centros de umbanda, ou "casas de encôsto", é como eles apelidaram os centros espíritas umbandistas.
Ora, se quase toda doença é de fundo psicologico, é de origem espiritual, nada como o velho e bom caboclo "arranca tôco", ou o "sete encruza", disfarçado, de terno e gravata, para fazer a limpeza psíquica, ou retirada de "larvas".
Mas tudo isto é muito bom, e louvado seja Deus! Queria mil templos evangélicos na minha cidade, ao invés de uma "boca de fumo".
Minha cidade seria melhor desde que, com honestidade e muita humildade, estes dignos representantes de Cristo na terra, respeitassem a crença alheia.
A paz do senhor, irmão!
Às mães de santo do Brasil,
E à mão abençoada das benzedeiras de Minas Gerais!
Joao das Flores http://www.macacosecolibris.com/perfil.php