domingo, 5 de junho de 2011

Sala dos Espelhos


"Quando encontras alguém, lembra-te de que é um encontro sagrado. Assim como tu o vires, verás a ti mesmo. Assim como tu o tratares, tratarás a ti mesmo. Assim como tu pensares dele, pensarás de ti mesmo. Nunca te esqueças disso, pois nele encontrarás a ti mesmo ou te perderás."( Meditações de um curso em Milagres)

Refletindo sobre encontros, compartilho:

O outro é um reflexo cristalino do Eu mesmo.

Ele, o outro, representa a nossa luz e a nossa sombra. É o depositário de nossos desejos e aspirações e também das nossas neuroses; daquilo que de melhor temos em nós, mas também de toda a "nossa roupa suja a ser lavada"; é o depositário daquilo que não conseguimos enxergar em nós mesmos e portanto emerge claramente no outro, para que possamos tomar consciência.

Como podemos enxergar a luz do outro quando não reconhecemos a nossa própria Luz???

Se estamos completamente voltados para fora, procurando no outro???

Se não sabemos quem somos realmente?

Se estamos fechados para a verdadeira Realidade?

Estamos sempre tão preocupados em apontar, julgar e etiquetar o outro que nos esquecemos que somos irmãos evolutivos compartilhando um mesmo tempo de Jornada Terrestre, e que, quando apontamos o dedo na direção de alguém, outros três dedos se voltam apontando para nós. Então, o que estamos vendo, apontando, etiquetando e julgando no outro, se procurarmos minuciosamente internamente encontraremos três ou mais atitudes semelhates que cometemos que são iguais ou piores do que as que estamos apontando.

Observo o que as pessoas fazem a si mesmas quando não conseguem olhar para dentro de si e sinto que continuarão assim até se darem conta de que não precisam mais passar por estas experiências e que poderão fazer outras escolhas e "andar por outra rua".

Gosto muito de usar a metáfora do banquinho para o entendimento o karma:

Pessoas de uma mesma frequência vibratória, que por escolhas na maioria das vezes inconscientes, sentam-se em banquinhos compondo, assim, uma roda de determinada vibração que delineia a experiência deste grupo e de cada um dos presentes como indivíduo componente. Estas pessoas aí permanecem enquanto precisam da experiência compartilhando uma realidade. Como a Jornada Evolutiva é pessoal e intransferível, apesar da realidade co-criada e compartilhada, a partir do momento que uma destas pessoas, desta roda, amplia a sua consciência e percebe que não precisa mais estar neste grupo ela desocupa o banquinho e vai sentar em outro banquinho, em outra roda, de outra frequência vibratória e vai passar por outras experiências de outra realidade compartilhada...Permitindo que alí, no banquinho que ela desocupou se sente outra pessoa que precise passar por aquela experiência ... E assim sucessivamente até que consiga transitar por todas as rodas de banquinhos sem se identificar com qualquer uma delas...É simples assim!

Haverá um tempo, em breve, creio eu, em que nos encontros, nos reuniremos apenas para a prática do Bem Maior, do Verdadeiro, do Belo e do Incondicional SERVIR. Um tempo em que estaremos preparados para sentir que o outro é o EU MESMO e que juntos SOMOS TODOS UM...E que estamos aqui neste Sagrado Planeta uns pelos outros e todos pela Terra, interconectados formando uma grande rede, e que a separatividade é só mais uma das ilusões da mente.

Por Monica T. Lampe

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