quinta-feira, 30 de junho de 2011

A doutrina secreta de Jesus: Metáforas



A parábola do grão de mostarda
Trata-se de uma variante da metáfora do semeador. A semente de mostarda é tão pequena que é quase tão nebulosa como o quadro mental da oração; mas quando cresce, torna-se tão grande e forte como uma árvore. Jesus compara o diminuto grão de semente com o fermento colocado na massa para fazê-la crescer. Também o quadro interior cresce até sua materialização; a massa é símbolo da semente umedecida pelo mana.

O capítulo Mateus 13 é famoso pelas metáforas. Jesus diz que suas parábolas expressam 'o que estava oculto desde o início do mundo'. Na doutrina Huna, os Filhos do homem -os eus médio e básico- devem usar na oração boas sementes -os objetivos bem escolhidos. Jesus continua: 'o campo é o mundo'. O termo para mundo é Luz. O Eu Superior torna-se o campo onde boas sementes são semeadas. 'As boas sementes são os Filhos do Reino'. Aqui Jesus repete que as sementes devem ser plantadas no Eu Superior, que é o símbolo do Reino de Deus.

Os Filhos estão para crescimento e maturação; as sementes viram frutos. 'O joio são os filhos do iníquo'. Uma prece mal feita ou uma para prejudicar alguém é joio: nenhum Eu Superior faz preces para prejudicar outros ou privar alguém de seu livre-arbítrio. A referência ao diabo em versículo 39 é difícil de explicar: na Huna não há diabo, apenas escuridão, o oposto da Luz. Só ignorantes plantam joio ao pedir por algo prejudicial aos demais.

'A colheita é o fim do mundo e os ceifeiros são os anjos'. No código, ceifeiros significa ficar sem recursos. Pessoas que oram para prejudicar tornam-se seus próprios ceifeiros; suas preces nada obtêm; os anjos estão para os Eus Superiores. Tais passagens parecem visar o fim do mundo quando lidas junto aos trechos do breve retorno de Cristo. Isso foi a causa de grandes equívocos de certas seitas cristãs, cuja espera de 2000 anos continua irrealizada.

No versículo 40, Mateus usa outro termo do código: 'Haverá choro e ranger de dentes'. O sentido externo parece dizer que no fim do mundo os maus serão jogados no fogo. Os termos do código significam soluçar, lamentar e verter lágrimas (lágrimas são água e simbolizam mana, ranger de dentes enxugar algo para secá-lo). Ambas as palavras dizem: o joio -os quadros interiores maus- não recebem mana e as sementes secam.

O versículo 43 traz um final triunfante: ' Os justos brilharão tão claramente como o sol, no reino de seu Pai'. Os justos são os bons, as boas sementes que crescem quando as preces são atendidas. Escute aquele que tem ouvidos quer dizer que o dito faz parte da doutrina secreta e é apenas compreensível aos iniciados que sabem do sentido secreto.

No versículo 45, começa outra parábola: 'O reino dos céus é semelhante a um mercador viajante que buscava pérolas excelentes; 46 ao achar uma pérola de grande valor, foi e vendeu prontamente todas as coisas que tinha e a comprou'. O Reino dos Céus significa que o Eu Superior se alegra pelas boas sementes; ao se pedir algo em prol do bem-estar do eu médio e básico, o Eu Superior se esforça para substituir as condições adversas por melhores. Vender e comprar quer dizer trocar uma coisa por outra, as condições ruins por novas e boas.

As religiões tratam o tema dos bons e maus de modo diferente. Os kahunas viam como maus aqueles que moravam na escuridão, em um nível inferior. Tais pessoas não eram jogadas no inferno senão cuidadas carinhosamente por seu Eu Superior. Este os tratava com enorme paciência e os ajudava a encontrar a Luz. Pouca religião sustém que parte da humanidade é do diabo e não pode ser salva. Os Evangelhos falam dos escolhidos e dos chamados. A doutrina externa parece sugerir que só eles serão salvos, enquanto os maus por natureza não serão dignos disso.

No Juízo Final, um Deus impaciente separa os grãos bom dos maus e queima estes no fogo eterno. De certo modo, o Cristianismo adotou do Judaísmo o Deus vingativo dos profetas. Esta atitude insensível aparece na metáfora do homem rico que perdoa a dívida de um insolvente depois do qual este cobra outro que lhe deve pouco com dureza. Ao saber de tal egoísmo, o rico e generoso -que simboliza Deus -exigiu o pagamento de toda a dívida (Mateus 18 34-35).

A parábola do filho pródigo

Lucas relata parábolas que Mateus, Marcos e João não citam. O do filho pródigo contém poucos ou nenhum termo em código. O significado externo é claro: o Pai é sempre amoroso e disposto a perdoar. Espera por uma nova vida de seus filhos teimosos. A senda precisa ser aberta e o 3º elemento da Trindade Humana convidado a desempenhar seu papel. Mas o Pai só está disposto quando é reconhecido e suplicado em preces.

O filho pródigo perdeu o contato ou não o teve nunca. Como a maioria das pessoas, tenta viver sem ajuda nem guia, deve sofrer muito, mas encontra consolo e fartura quando o Pai lhe ajuda. Existem outras parábolas menos relevantes; o que importa é rezar de modo certo. Isso é mostrado pelo método de acumular mana e enviá-lo na prece ao Eu Superior junto às formas-pensamento.

O Rito Há. Acumular mais mana é fácil. O termo respirar codifica o método secreto. Os escolhidos eram treinados no rito, o mana, o cordão aka e as formas de pensamento da oração. Há no sentido de quatro o respirar fundo; revela como acumular mana. Além disso significa calha e tubo de água corrente e se refere ao mana que flui para o Eu Superior.

Kau-na, outro termo para quatro, contém a raiz kau com inúmeros significados, como o de colocar algo no seu lugar, e para enviar o mana e as sementes onde necessárias - ao Eu Superior. O segundo significado é servir (alimento) a alguém; isso remete ao mana oferecido ao Eu Superior. O significado de fechar-se, abraçar ternamente, lembra o amor que o homem inferior recebe do Eu Superior.

A aceitação, número 17, é praticar ante o ouvido de alguém para aprender, referência à prece a ser repetida inalterada muitas vezes. O significado número 22 apresentar e logo descansar descreve a oração feita ao Eu Superior e o descanso posterior.

Com o termo hoo-mana os kahunas reforçam a importância de acumular mana. O termo significa honrar e produzir mana. O Eu Superior não possui mana por não ter corpo físico; para cumprir suas funções, precisa de mana do eu básico. Quando a pessoa dorme, ele possivelmente busca um pouco de mana; mas quando a pessoa atua no mundo material denso precisa de bem mais energia.

Por Jeans Federico Weskott

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