sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ausência do Blog


Aos meus leitores, peço desculpas pela ausência, mas recupero-me de um AVE (acidente vascular encefálico).


Dentro em breve estarei novamente postando e respondendo os emails enviados.


Tenham Fé, porque para Deus nada é impossível !


Com carinho.


Namastê!


Bel Bezerra

domingo, 13 de novembro de 2011

Escuridão



Viver na escuridão é uma experiência profundamente dolorosa. Significa seguir pela vida em total inconsciência acerca do verdadeiro poder que habita dentro de cada ser humano.

Quantos de nós se sentem intimamente perdidos, mas não têm sequer a coragem de pedir ajuda, reconhecer que precisam de apoio para vencer suas próprias angústias e temores?

Infelizmente, a grande maioria ainda permanece escrava das ilusões e falsas verdades que lhe são vendidas diariamente pela sociedade de consumo, onde ter é mais importante do que ser.

Acreditar no valor do status e da imagem pública que se obtém a partir do dinheiro e de posições de poder, é a pior das armadilhas, na qual muitos se enredam de maneira muitas vezes irremediável.

A luz se faz a partir do momento em que acordamos deste estado de adormecimento e conseguimos, finalmente, enxergar a realidade a qual estamos todos submetidos.

Ter a coragem de dizer não às imposições exteriores e seguir nosso próprio caminho, guiados pelas intuições nascidas da fonte inesgotável de sabedoria que carregamos em nosso interior, é a maior das vitórias que podemos alcançar.

Infelizmente, por mais que desejemos, nem todos à nossa volta conseguirão ser tocados pela maravilhosa dádiva da consciência. Cabe a nós apenas prosseguirmos, através de nosso exemplo, tentando ser um farol que lhes ilumine o caminho de maneira amorosa, sem forçar qualquer ação, pois esta é uma experiência que só pode ser vivenciada através da vontade.

.....A escuridão não existe. É criação sua. O sol está em todo lugar, a luz está em todo lugar, estamos em pleno meio-dia. Mas você continua apertando os seus olhos, mantendo-os fechados. Daí a escuridão. Agora, ninguém pode forçar os seus olhos a se abrirem.

....Existem algumas coisas que você tem que fazer por si mesmo. Esta é uma das coisas mais fundamentais da vida. Se não fosse assim, mesmo em sua liberdade, você seria um escravo. Se eu tirá-lo da sua escuridão, ou qualquer outra pessoa, aquela luz não será muito luminosa. Você estará aprisionado naquela luz, você não veio de livre e espontânea vontade, você não floresceu espontaneamente.

Existe uma bela história sobre um mestre Zen, Joshu: Um dia, Joshu caiu na neve e gritou 'Ajude-me! Ajude-me!' Um discípulo de Joshu aproximou-se e deitou ao seu lado.
Joshu riu, levantou-se e disse ao discípulo: 'Certo! Perfeitamente certo! Isso é o que eu estou fazendo com você também.' Joshu tinha caído na neve e gritado, 'Ajude-me! Ajude-me!' Mas não havia necessidade alguma. Se você caiu, você pode se levantar. A mesma energia que fez você cair, consegue fazer você se levantar.

...O discípulo é um discípulo de verdade. Ele entendeu Joshu perfeitamente bem. Ele sabe que ele criou uma situação, ele deitou-se conscientemente. Talvez o discípulo estivesse passando e Joshu caiu - criou uma situação - e gritou, 'Ajude-me! Ajude-me!' E o discípulo veio e deitou-se ao seu lado.

Ele não o ajudou, em absoluto. O que ele estava fazendo? Ele não estava tentando ajudá-lo, de modo algum. Ele estava simplesmente sendo compreensivo. Ele estava dizendo, 'O que pode ser feito? Ok, eu sou seu discípulo, eu vou deitar ao seu lado. O que mais eu posso fazer?'

Um mestre é compassivo com você, ele tem compaixão. O que mais ele pode fazer? Um mestre verdadeiro não pode segurar suas mãos, porque isso o manterá sempre dependente. Trazer você para fora à força, é o mesmo que mantê-lo ainda dentro. Na hora em que o mestre soltar suas mãos, você voltará para o seu velho mundo, para a sua velha mente. Aquilo ainda não estava encerrado, ainda estava agarrado dentro de você.

Um mestre verdadeiro ajuda sem ajudar. Tente entender: um mestre verdadeiro ajuda sem ajudar. A sua ajuda é muito indireta, ele nunca vem imediatamente ajudá-lo. Ele vem de maneira muito sutil. Ele se aproxima de você como uma brisa muito frágil, não como uma ventania selvagem. Ele se aproxima de você como uma aura, invisível. Ele o ajuda certamente, mas nunca força você. Ele o ajuda apenas até onde você está pronto para ir, nunca um passo a mais. Ele nunca empurra você violentamente, porque qualquer coisa feita violentamente será perdida, mais cedo ou mais tarde.

Aquilo que você não desenvolveu de livre e espontânea vontade, você perderá. Você não pode desfrutar aquilo que não cresceu em seu ser espontaneamente. Você desfruta o seu próprio crescimento. Eu posso até mesmo dar-lhe a verdade, e você irá jogá-la fora, porque você não irá reconhecê-la. Eu posso forçá-lo a acordar, mas você irá cair no sono no momento em que eu me for, e você vai me xingar e ficar com raiva de mim, pois você ainda estava curtindo os seus sonhos. Você estava curtinho sonhos doces e aí chegou um homem e o acordou.

...Relaxe. No momento em que você relaxar, os seus olhos começarão a se abrir, assim como um botão abre e se torna uma flor, assim como um punho que não mais se mantém cerrado começa a se abrir e se torna uma mão aberta.
Eu não estou aqui para forçar isto. Eu estou aqui para esclarecê-lo como isto acontece. Eu posso falar a respeito desse processo, eu não posso fazê-lo para você. Compreendido, ele acontece. Eu não lhe prometo coisa alguma. Eu só lhe prometo uma coisa: o que aconteceu comigo eu farei com que fique óbvio para você. Daí, cabe a você seguir. Buda disse: os budas só indicam o caminho, mas é você que tem que ir, cabe a você seguir o caminho".
OSHO - Zen: the Path of Paradox.

Por Elisabeth Cavalcante

O medo do futuro




O medo é, sem dúvida alguma, o maior desafio que temos pela frente nos dias que correm. Se nos deixarmos contaminar pela realidade que a mídia nos apresenta a cada dia, certamente ficaremos paralisados e desistiremos de continuar seguindo em busca de nossos sonhos e objetivos.

Se olharmos para trás na trajetória que a humanidade vivenciou, podemos observar que a violência sempre esteve presente, ela é parte indissociável da natureza humana.

Sempre houve, ao logo do tempo, aqueles que viveram num estado de total inconsciência, expressando apenas o lado animal de seu ser e reagindo aos acontecimentos de forma puramente instintiva.

Aos poucos, a evolução nos permitiu desenvolver cada vez mais nossa inteligência e colocá-la a serviço do homem, ainda que muitas vezes para objetivos nada louváveis.

Porém, se pararmos durante alguns minutos para refletir, observaremos que o conhecimento acerca de nós mesmos e a disseminação das verdades sobre nossa origem divina nunca foram tão difundidos.

Apesar de toda a negatividade que vemos ao nosso redor, as luzes da consciência despontam cada vez mais no planeta. Neste sentido, a internet desempenha um papel importantíssimo e não por acaso, ela vem crescendo a cada dia.

Muitos de nós, tornam-se instrumentos de disseminação da luz e utilizam todos os recursos, inclusive os que a ciência coloca à disposição, para fazer frente às tentativas daqueles que ainda insistem em nos manter adormecidos.

Para vencer o medo é fundamental acreditar que podemos, sim, através da consciência e da expansão dos valores como o amor e a solidariedade, escrever uma nova história para a humanidade.

O primeiro passo é guiar-se acima de tudo pelo coração, enxergando em cada ser, alguém que como nós, também anseia ser amado, compreendido e aceito exatamente como é. É esta mudança no padrão da consciência humana que criará a realidade com que todos sonhamos.

"....Somente buscando nossos corações, somente permitindo que nossos corações dancem, cantem e amem, nós seremos capazes de manter a glória e a dignidade de um ser humano, caso contrário, elas se perderão.

O futuro lhe parece sombrio porque você apenas vê o lado escuro do fenômeno. Você não está consciente de seu lado mais luminoso. Eu vejo a madrugada chegando muito próxima. Sim, a noite é muito escura, mas o futuro não é sombrio, de maneira alguma.

Na verdade, pela primeira vez na história humana, milhões de pessoas serão capazes de se tornar Budas. No passado, era muito raro tornar-se um Buda, porque era muito raro tornar-se consciente da mecanização do homem. Era preciso uma grande inteligência para estar consciente de que o homem é uma máquina. Mas agora não será preciso uma grande inteligência, ficará muito óbvio que o homem é uma máquina.

E você diz, '...a destruição das florestas e a poluição do ar e do mar, de tal modo que é incerto se o meio ambiente conseguirá manter seu delicado equilíbrio...
Esta é uma das mais belas coisas a respeito da ciência e da tecnologia: ela cria problemas apenas para resolvê-los. E o problema somente pode ser resolvido, após ter sido criado; então, ele se torna um desafio.

Agora o maior desafio para a tecnologia é como manter o equilíbrio da natureza, como manter a harmonia ecológica. Este é um novo problema, ele nunca existiu antes. Pela primeira vez o Ocidente está encarando um novo problema.

Nós temos vivido nesta Terra há milhões de anos. Pouco a pouco, nós estivemos crescendo, nos tornando mais e mais hábeis tecnologicamente, mas ainda não tínhamos sido capazes de destruir o equilíbrio natural; nós ainda éramos uma força muito pequena sobre a terra.

Agora, pela primeira vez, a nossa energia está maior, muito maior do que a energia da terra que mantém o seu equilíbrio. Isto é um grande fenômeno. O homem tornou-se tão poderoso que ele consegue destruir o equilíbrio natural. Mas ele não irá destruí-lo, porque destruir o equilíbrio natural significa destruir a si mesmo.

Ele encontrará novas maneiras; e novos caminhos serão descobertos. O caminho para recuperar o delicado equilíbrio da natureza não será através da renúncia à tecnologia. Não será nos tornando hippies, não será nos tornando Gandhis, não, de jeito algum.

O caminho para recuperar o equilíbrio da natureza será através de uma tecnologia superior, uma tecnologia mais elevada, mais tecnologia. Se a tecnologia consegue destruir o equilíbrio, por que ela não conseguiria recuperá-lo? Qualquer coisa que pode ser destruída pode ser criada. (...)

O caminho não é o retrocesso; não é possível retroceder. O homem agora não consegue viver sem eletricidade, sem todos os confortos que a tecnologia colocou à sua disposição. E também não há necessidade disso. Isso tornaria o mundo muito pobre.

Você não sabe como o homem viveu no passado, sempre faminto, sempre doente. Você não sabe como o homem viveu no passado; as pessoas se esqueceram. Você não sabe qual era a expectativa de vida no passado: em vinte crianças nascidas, apenas duas sobreviviam. A vida era muito feia.

E sem as máquinas, havia escravidão. Foi apenas por causa das máquinas que a escravidão desapareceu sobre a Terra. Se mais máquinas vierem, então desaparecerá ainda mais essa escravidão. Os cavalos serão mais livres se mais carros existirem; os bois estarão livres novamente se mais máquinas existirem para fazer o seu trabalho; os animais poderão ser livres novamente.

A liberdade não é possível sem as máquinas. Se você abandonar as máquinas, o homem se tornará escravo novamente. Haverá pessoas que começarão a dominar e a impor. Você já viu as pirâmides? Elas têm um visual tão bonito, mas cada pirâmide foi construída de uma tal maneira que milhões de pessoas morreram em sua construção. Aquela era a única maneira de construí-la. Todos os belos palácios do mundo, e as fortalezas... Muita violência aconteceu, somente assim puderam ser construídos.

A Grande Muralha da China - milhões de pessoas morreram na construção. Elas foram forçadas, gerações de pessoas foram forçadas, apenas para construir essa Muralha da China. Agora as pessoas vão até lá para ver, e se esquecem completamente de que ela representa um capítulo muito feio da história. (...)

Eu sou totalmente a favor da ciência. Minha religião não é contra a ciência; minha religião absorve a ciência. Eu acredito num mundo científico. E através da ciência, uma grande religião vai surgir para o homem, porque quando o homem estiver realmente livre para ser brincalhão e não tiver necessidade de trabalhar, uma imensa criatividade será liberada. As pessoas pintarão, tocarão música, dançarão, escreverão poemas, irão orar, irão meditar. Toda a energia das pessoas estará livre para voar alto. (...)

Eu sou tremendamente esperançoso a respeito do futuro (...)
Eu não acho que o futuro seja sombrio. O futuro é muito cheio de esperança, muito brilhante... Tudo o que pode ser alcançado no mundo externo já foi alcançado... Agora, uma nova aventura.

O que aconteceu com Buda pode acontecer com toda a humanidade no futuro. Ele viveu no luxo - ele era filho de um rei - e por causa dessa vida luxuosa, ele tornou-se consciente. Uma vez que não havia problema algum do lado de fora, ele pode cair em si mesmo, ele pode encontrar maneiras e meios de entrar no mundo interior. Ele tornou-se interessado em saber 'Quem sou eu?' O que aconteceu ao Buda pode acontecer a toda a humanidade se ela se tornar rica, externamente rica. Estar rico externamente é o começo da riqueza interior.

E eu lhe ensino uma religião que pressupõe a ciência, uma religião que é sensata e sensual. Eu lhe ensino uma religião que aceita o corpo, que ama o corpo e que respeita o corpo. Eu lhe ensino uma religião que é terrena, que ama esta bela Terra, que não é contra a Terra. A Terra tem que ser a base de seu vôo celestial."
OSHO - The Secret.

Por Elisabeth Cavalcante


Atitude que muda o Karma



Conheci Ana Lucia quando me procurou para terapia e convivi com ela em cursos e grupos. Moça alta, bonita, formada em direito, tinha tudo para estar feliz, mas vivendo um momento difícil, com o fim de um casamento que durou 8 anos, estava triste. Trabalhamos em terapia questões familiares e de auto-estima porque no fim de uma relação afetiva é muito natural a pessoa estar meio destruída sem saber ao certo se errou ou acertou colocando um fim na relação. Nem sempre as coisas terminam claramente.

Perder a identidade quando se vive um relacionamento longo é bem natural, porque sem perceber vamos nos adaptando ao outro, cedendo às suas vontades e tentando conciliar nossos gostos e desejos, em função da perspectiva do outro. E não há nada exatamente errado nisso porque não somos reis nem rainhas e, portanto, temos mesmo que nos render às regras básicas da boa convivência.

Ceder faz parte de qualquer relação, ouvir o outro, aceitar seus pontos de vista também. Isso é o que podemos chamar de construir uma história de cumplicidade. Mas quando não recebemos de volta o que oferecemos, não adianta brigar, gritar, como havia feito Ana Lucia no seu casamento. Aliás, quando ela me procurou já tinha claro dentro de si que em alguns momentos ela cedeu além do que devia  e, em outros momentos, gritou, brigou tentando colocar suas opiniões e sentimentos, e de nada adiantou.

Vimos, em Vidas Passadas, a guerreira forte que não quis aprender com os demais. Vimos também em outro encontro a versão oposta da mulher que guardou tudo dentro de si, mostrando uma submissão que não era verdadeira. Entendendo esses dois extremos da personalidade dela, tratamos de equilibrar as forças visando um bem-estar numa relação futura.

Ana Lucia tinha algo muito positivo. Essa moça era muito corajosa e honesta consigo mesma e, depois de sofrer tanto com o termino da relação, queria ver o que estava errado no seu comportamento para mudar. E isso é fundamental para a conquista do bem-estar, mas eu não esperava dela uma atitude tão sábia quanto a que ela teve numa viagem com uma amiga...
Voltando da Europa novamente veio me procurar. Feliz com as lembranças da viagem, relatou que estava muito mais tranqüila agora que aceitava ficar sozinha e respeitar seus limites, e não se colocava mais na condição de vitima como fez durante muito tempo. Mas veja, amigo leitor, que bonita a vivência que ela teve em Roma.

“Maria Silvia, estávamos em três amigas dividindo tudo, passeios, visitando museus, peregrinando pelas ruas, conhecendo lojas. Foi tudo muito bacana, mas uma das minhas colegas estava sempre mal humorada, fechada, meio triste e a gente carregando ela para todo lugar tentando mudar o astral.
Um dia, enquanto stávamos nos preparando para visitar o Vaticano, percebemos que ela colocou roupas mais formais, enquanto nós continuávamos de bermuda e camiseta pois fazia calor naqueles dias. Quando chegamos lá, não pudemos entrar justamente por conta de nossas roupas. Na hora, ficamos morrendo de raiva de nossa amiga. Tive vontade de xingar e gritar defendendo meu lado, mas não fiz isso. Respirei fundo e deixei passar. Minha outra colega ficou possessa e brigou bastante. Eu não agi assim. Como era uma viagem tão especial, resolvi que não iria estragar tudo ficando de mal humor e me mantive calma. enquanto as duas brigaram. Somente quando voltei ao Brasil é que fui conversar sobre o assunto. Nos encontramos e perguntei para ela por que havia agido assim. Por que não nos avisou da roupa correta para se usar na visita, já que ela sabia?

Levei em conta que minha amiga estava sofrendo, que era uma pessoa boa mas estava desarmonizada. Cheguei à conclusão que não valia à pena perder uma amizade por conta de uma atitude ridícula da parte dela. Fui superior e relevei sua atitude egoísta”. disse Ana Lucia triunfante.

Amigo leitor, você pode estar pensando: o que tem a ver a amizade da Ana Lucia com o mau karma em seu casamento???

Ana Lucia venceu o karma porque controlou sua a ação impulsiva. Não somos uma pessoa no namoro ou casamento, outra na vida familiar, outra ainda no trabalho ou na amizade. Somos seres que se conectam a muitas facetas da vida, mas ainda assim somos um único ser. Se Ana Lúcia aprende controlar uma ação impulsiva na amizade, temos fortes indícios que ela fará o mesmo numa próxima vivência amorosa.

A energia, o karma, começa nela, e segue vibrando em suas atitudes. Se tivesse agido por impulso, por vingança, ou para descontar a raiva que sentia da colega de viagem, que cá entre nós acho que agiu muito errado. A atitude teria sido gritar, xingar, e estragar seus últimos dias de viagem, mas minha cliente aprendeu a lição, pensou antes de agir, ponderou os prós e os contras e não se deixou levar pelo impulso. No seu casamento, ela o tempo inteiro brigava ou cedia a situações erradas, cheia de raiva de forma totalmente impulsiva. Agora, ela caminhava mais leve, pensando, refletindo antes de agir. Com sabedoria, ela tinha um domínio maior de suas atitudes. Com isso, libertou-se do karma e está se abrindo a relações mais tranqüilas. Muitas vezes, as soluções não estão em nossas mãos, mas em outras circunstâncias. Mudar está mais perto de nós do que pensamos.

Por Maria Silvia Orlovas

Bullying - Quebrando o silêncio


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O desafio do amor



Quantos de nós são realmente conscientes do grande desafio que é aprender a amar? Este aprendizado traz em si uma questão fundamental que é conhecer a si mesmo.

Se não tivermos consciência de nossa interioridade, de que nossos desejos e expectativas na relação afetiva estão diretamente ligados às experiências que vivenciamos na infância, como poderemos então sonhar em estabelecer relacionamentos felizes?

Ir fundo nas razões que se escondem atrás de cada uma de nossas reações e atitudes na relação com o outro é o primeiro passo para que possamos começar a lidar com o amor de uma forma madura e coerente.

A dependência que temos da aprovação externa -para sentir que temos valor- é o principal entrave ao estabelecimento de relações onde nos colocamos de modo inteiro e livre, sem fazer qualquer concessão à nossa dignidade.

Resgatar e fortalecer nossa auto-estima é uma atitude fundamental para que possamos viver o amor em toda a sua grandeza, compartilhando com o outro nossas riquezas interiores, sem qualquer cobrança ou exigência descabida, de que ele se torne responsável por preencher nossas carências e garantir nossa felicidade.

"....O casamento em si nunca destrói nada. Casamento simplesmente traz para fora tudo o que está escondido em você. Se o amor está escondido atrás de você, dentro de você, o casamento traz para fora. Se o amor era apenas uma pretensão, apenas uma isca, mais cedo ou mais tarde, tem que desaparecer. E depois, a sua realidade, sua personalidade feia vem à tona. O casamento é simplesmente uma oportunidade, então, o que quer que você tinha para revelar, virá.

Não estou dizendo que o amor é destruído pelo casamento. O amor é destruído por pessoas que não sabem amar. O amor é destruído porque o amor não está em primeiro lugar. Você tem vivido em um sonho. A realidade destrói esse sonho. 
Caso contrário, o amor é algo eterno, parte da eternidade. Se você crescer, se você conhecer a arte, e você aceitar as realidades da vida amorosa, então, ele vai crescendo a cada dia. Casamento se torna uma tremenda oportunidade para crescer em amor.

Nada pode destruir o amor. Se ele estiver lá, ele vai crescendo. Mas o meu sentimento é, ele não está lá em primeiro lugar. Você entendeu mal a si mesmo, algo mais estava lá. Talvez o sexo estava lá, o sex appeal estava lá. Em seguida, ele vai ser destruído, porque uma vez que você amou uma mulher, então, a atração sexual desaparece, porque o apelo sexual é apenas com o desconhecido. 
Depois de ter provado o corpo da mulher ou do homem, então a atração sexual desaparece. Se o seu amor era apenas atração sexual, então é fadado a desaparecer. Por isso, nunca entenda o amor como outra coisa. Se o amor é realmente amor...

O que quero dizer quando digo "realmente amor"? Quero dizer que apenas estar na presença do outro, de repente você se sente feliz, basta estarem juntos, você se sente em êxtase, apenas a presença do outro preenche algo no fundo do seu coração... algo começa a cantar em seu coração, você entra em harmonia. Apenas a presença do outro ajuda-os a estarem juntos; você se torna mais individual, mais centrado, mais enraizado.
Então, é amor.

O amor não é uma paixão, o amor não é uma emoção. O amor é uma compreensão muito profunda de que alguém, de alguma forma, completa você. Alguém faz um círculo completo. A presença do outro aumenta a sua presença. O amor dá liberdade para ser você mesmo, não é possessividade.

Portanto, preste atenção. Nunca pense no sexo como amor, senão você vai ser enganado. Esteja alerta, e quando você começa a sentir que apenas a presença de alguém, a pura presença -nada mais, nada mais é necessário, você não pede nada- apenas a presença, apenas o que outro é, é o suficiente para fazê-lo feliz... algo começa a florescer dentro de você, mil e uma flores de lótus... então, você está no amor e, então, você pode passar por todas as dificuldades que a realidade cria. 
Muitas angústias, ansiedades -você será capaz de passar todas elas-, e seu amor florescerá mais e mais, porque todas essas situações vão se tornar desafios. E seu amor, por superá-los, vai se tornar mais e mais forte.

O amor é eternidade. Se ele estiver aí, então, ele vai crescendo e crescendo...
O amor conhece o começo, mas não conhece o final".
Osho, A Disciplina da Transcendência.

Por Elisabeth Cavalcante


A face do medo





O medo faz parte da existência humana e nos acompanha por toda a vida. Se é assim, então, devemos aceitá-lo! Aceitar não significa estar fadado a viver prisioneiro do medo, mas sim, parar de lutar contra uma força que está dentro de nós. Quando paramos de lutar, ele tem a chance de se manifestar e mostrar sua face. 

Passamos a vida tentando evitar, negar e ocultar o medo, e o empurramos para um lugar muito escondido nos porões de nosso inconsciente, na tentativa de o mantermos bem longe de nós. Mas o medo se acumulou e se intensificou, tomando grandes proporções, fazendo com que num determinado ponto em nossa vida, torna-se impossível mantermos esse jogo de 'faz de conta que não sinto medo. 

É quando ele mostra sua face e nos paralisa. O pior medo, não é aquele que percebemos e sentimos, mas aquele profundo e oculto, que se manifesta de forma velada, sorrateira, é aquele medo ficou aprisionado por longos anos e que aprendeu a encontrar frestas e brechas para fugir, é aquele que o ego usa muito astutamente, sempre que se vê ameaçado em perder o poder para nosso Espírito. Este tipo de medo fica quietinho, à espreita, só esperando o momento em que estejamos mais satisfeitos com nosso desenvolvimento, momentos estes em que estamos nos sentindo fortalecidos e confiantes e que não sentimos medo de nada, em que tudo nos parece perfeitamente possível. Naqueles momentos de nosso desenvolvimento em que já superamos muitas barreiras, inclusive as barreiras dos medos mais superficiais, o que nos leva a acreditar que já não sentimos mais medo e que ele já não nos ameaça mais, que já sabemos lidar com ele e que a "quantidade" e intensidade do medo estão praticamente esgotadas. 

Nesses momentos de autoconfiança, nos abrimos mais para a vida e para nosso Espírito, permitindo que ele se manifeste de forma mais intensa em nossa vida e é aqui que o ego nos pega de surpresa e nos sabota. O medo mais terrível que está escondido em nosso inconsciente, é a arma mais letal que o ego tem para nos frear e destruir toda e qualquer possibilidade que tenhamos em seguir a trilha de nosso coração. 

Desta forma, naqueles momentos em que estamos mais confiantes e encorajados para realizarmos nosso propósito de vida, emanamos uma vibração que ativa o sensor que o ego colocou para detectar qualquer sinal desta vibração, ativando o alarme que faz com que o ego perceba - sem que tenhamos essa consciência - o que de fato está acontecendo: ele perdeu o controle sobre nós. A sensação de realização que estamos experimentando só é possível quando somos tomados pelos impulsos de nossa alma, sendo direcionados aos caminhos do coração. Quando o alarme dispara o ego entra em 'pânico e sabe que precisa fazer de tudo para evitar a catástrofe eminente. 

Ele, então, ativa os mecanismos que abrem as travas que aprisionam o MEDO mais profundo. Este medo mais oculto é o mais assustador, o mais paralisante. O ego não se dá ao trabalho de liberar energias de 'medinhos tolos e simples quando quer nos travar. Ele precisa liberar cargas muito explosivas e paralisantes de medo. O mais assustador nesta carga liberada, não é o medo em si, mas a forma oculta, dissimulada e 'sinistra com que ele se manifesta. Nós simplesmente não conseguimos perceber, é o tipo de medo que não sentimos. 

Assim, estamos num momento mágico de satisfação e expansão de consciência e, do nada, começamos a sentir um mal estar, ficamos incomodados, entorpecidos, cabeça pesada, coração disparando, sensação de aperto na garganta, tontura, tristeza, angústia, nos desequilibramos emocional e mentalmente. Porém, nada nos faz perceber que estamos com medo. 

Se entendermos que é simplesmente medo e lidarmos com isso de forma natural, como quem enfrenta algo que precisa ser enfrentado, teremos condições de superar os efeitos do medo. Precisaremos estar conscientes dessas armadilhas do ego, para que estejamos mais atentos, mas não de forma persecutória, para que possamos perceber quando estiver acontecendo. Isto nos dará mais poder pessoal, não para evitar ou aniquilar o medo que se manifestará, mas sim, para lidar com ele com mais segurança e propriedade. 

A forma de lidar com esse medo é aceitando-o e acolhendo-o. Se estivermos passando por um momento de satisfação e confiança e passarmos para uma sensação de desconforto sem causa aparente, devemos ficar atentos e prontos para percebermos o que virá a seguir. Deveremos assistir ao medo se manifestando, sentindo-o e nos entregando ao seu fluxo e intensidade. É desconfortável e, obviamente, sentiremos medo do medo, mas deveremos confiar em nossa força interior e no processo e deixar acontecer, permitindo que o medo seja liberado. Conversaremos com o medo, dizendo que ele é bem-vindo, que entendemos que ele esteve aprisionado por muito tempo, ao invés de ter sido aceito em cada momento de nossa vida em que se manifestou, e que deve ser liberado, mas que ainda não somos capazes de lidar com toda a sua potência armazenada por tanto tempo. Diremos a ele que agora somos capazes de compreender que ele é somente medo e não uma força destrutiva, conforme o ego nos fez acreditar até então, e que sabemos que o ego está usando-o para nos manipular e interditar para não seguirmos os impulsos de nossa alma. Diremos também que sabemos que precisaremos aprender a lidar com ele, aos poucos, para que ele não seja mais um inimigo e sim um aliado, pois estamos começando a compreender que ele só se tornou uma força destrutiva porque não foi acolhido em suas manifestações naturais que eram apenas indicadores de que estávamos passando por perigos, para que nos protegêssemos, e que, em sua essência, ele é força divina, proveniente das virtudes coragem e amor que foram negativadas ao entrarem na dualidade. 

Quando o medo se sente aceito e compreendido, torna-se força e poder, e um indicador de que estamos no caminho certo. Imediatamente, ao ser aceito desta forma, as sensações pesadas do medo se dissipam e dão lugar às sensações de paz, força e segurança, muito verdadeiras e poderosas. Medo aceito e acolhido mostra sua face, se dissipa e nos apóia. Medo negado destrói e é um dos mais intensos motivos de nossas sensações de fracasso, derrota e paralisação. 

Então, que nos aliemos ao medo e façamos dele um verdadeiro amigo e apoio para nossa trajetória de vida, ele será mais fiel que o ego, pois o medo não tem nada a nos esconder, ele mostra a realidade e não nos engana. É possível, basta acessarmos um pouco da coragem que há em nós, para começarmos a fazer isso. Aos poucos aprenderemos a lidar com cargas de medo mais intensas. Isto fará com que aquele medo acumulado nos porões ocultos de nosso inconsciente, comece a ser liberado e dissipado. Ficaremos então, apenas com os medos momentâneos, aqueles que se manifestam de forma pontual, e não com aqueles medos antiqüíssimos e pesadíssimos que carregamos desta e de outras vidas. 

Por Teresa Cristina Pascotto

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Deus de Misericórdia!



Deus de Misericórdia!

Não nos permitas pedir para fazer aquilo que ainda não podemos,
mas fortalece-nos para fazermos todo o bem de que sejamos capazes,
principalmente em auxílio dos que ainda não podem compreender e
trabalhar tanto quanto nós. E, sobretudo, ó Pai de Infinita Sabedoria,
quando viermos a sentir dificuldade para fazer o que podemos, faze-nos
reconhecer que não nos confias tarefa superior às nossas forças e renova-
nos a certeza de que, se buscarmos estar contigo, nenhuma insuficiência
nos abaterá, de vez que em teu amor tudo é possível.


Fonte: XAVIER, Francisco C. Correio Fraterno. 6. ed. FEB: 
Rio de Janeiro, 2004,
cap. 59, p. 136.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Por que falta o amor?



Todos nós queremos o amor, queremos ser aceitos e viver coisas boas, mas nem sempre é isso que a vida nos traz. As vezes nos envolvemos em trabalhos que fracassam, em relacionamentos que nos frustram, em amizades que não preenchem nossas expectativas. Tudo isso é rejeição e dor, mas com certeza tudo será maior se a expectativa em relação a questão for grande.

Aprendemos que para viver temos que ter esperança, precisamos desenvolver a fé, acreditar no sucesso de nossas empreitadas, mesmo que haja a mesma possibilidade de sucesso e de fracasso. Porque é assim que a vida funciona. Podemos perder ou ganhar, mas temos que fazer a nossa parte.

Recebi Déia num momento de muito sofrimento; na sessão de vidas passadas, apareceu uma história de escravidão, ela presa, sem ação, tendo que aceitar o que a vida lhe trazia sem questionar, o sentimento era de revolta, mágoa e dor. Quando terminamos ela me contou que o seu casamento de mais de vinte anos acabou com uma traição, e que ela enfrentava um enorme sentimento de impotência frente ao ocorrido, pois durante todo o tempo que ficou casada foi companheira, trabalhou junto, construiu um patrimônio...

Claro que isso explicava a energia que apareceu na vivência de vidas passadas, mas conversando com ela perguntei: Você ainda ama este homem? Quer tentar se aproximar dele de novo?

Fiz estas perguntas porque compreendi que se ela ficasse presa ao fracasso, sua vida não andaria, pois ela já estava dizendo para si mesma que era uma pessoa injustiçada, que o mundo não servia, que as pessoas eram covardes. Enfim, a raiva estava aprisionando aquela mulher. Porque podemos sofrer traições terríveis e nos revoltar, mas não podemos permanecer para sempre nessa vibração. Em algum momento, temos que levantar a cabeça, abrir o coração e tirar de dentro do peito a dor da injustiça e da rejeição. Queria saber se ela estava pronta para começar seu caminho de cura.

Olhando para a parede ela respondeu que não, que ainda não se perdoara, pois durante os últimos tempos do casamento ela foi omissa, tinha se afastado do marido, queria apenas trabalhar, os filhos adolescentes estavam dando problemas, a mãe tinha ficado doente e ela reconhecia que não foi mulher para ele... Nesse momento, vieram muitas lágrimas, muitos sentimentos de arrependimento.

Mas você ainda gosta dele? Perguntei querendo ajudá-la a refletir, porque conforme sua narrativa o que se mostrava era uma necessidade de segurança que o casamento trazia, e não um amor. Afinal, se ela o amasse, mesmo enfrentando problemas, o afastamento entre os dois não teria se tornado um abismo.

O que sempre explico para meus clientes é que quando aparece uma outra pessoa o espaço já existia. Déia se culpava por ter deixado o marido solto. E ai cabe a pergunta: Por que você fez isso? Por que você não deu prioridade ao amor? Será que você estava triste com ele por algum motivo? Por que se omitir na relação? Por que não falar o que sente?

Muitas vezes, não olhamos para nossas ações, vamos deixando a vida passar e deixamos de lado atitudes simples sem refletir sobre a conseqüência de nossos atos. Vamos nos deixando levar pelos problemas, sofrendo, lutando sem perceber que estamos nos abandonando.
Não podemos recusar o aprendizado da vida. Quando algo não dá certo, precisamos olhar para dentro de nós em busca de respostas, que podem ser diferentes do que o mundo nos fala. Aparentemente, Déia estava totalmente encaixada no papel da vítima, mas podemos perceber que ela havia também participado da criação do triste rompimento. Agora é dar tempo ao processo de cura para entender o que de fato está por trás do sentimento de rejeição e da impotência.

Caminhar não é fácil nessas horas, mas a vida continua e precisamos nos cuidar para que a solução se apresente.


Por Maria Silvia Orlovas

Em que ponto deixei de existir



Se neste momento de sua vida você deixou de gostar do que faz, se sente deslocado(a) junto a seus amigos, se sente rejeitado(a) por sua família ou em seu relacionamento, tenha certeza que em algum momento de sua vida você deixou de existir.
Toda pessoa tem características e qualidades próprias que a fazem amada e reconhecida por todos em função de seus méritos; se isto não fizer parte de seu dia-a-dia, tenha a certeza mais uma vez de que em algum momento você deixou de existir.
Admitir as falhas e características ruins em nós mesmos é uma das coisas mais difíceis da vida, pois temos sempre a enorme tendência a nos moldarmos às situações e às pessoas, sempre no intuito de sermos aceitos. Porém, nesse momento de adaptação involuntária, você deixará de ser você mesma.

Tudo que você precisa fazer é rever sua vida, observar as situações que lhe causaram tristeza, aqueles eventos infelizes que se repetem constantemente e esta é uma bela dica. Fatos repetitivos fazem com que possamos admitir que existe um problema básico por trás.
Sinal certo da existência de um bloqueio energético em sua vida é a repetição contínua de determinados fatos. Um bloqueio energético sempre desencadeia um padrão de comportamento ou um tipo de reação; de forma consciente você pode desejar da maneira mais profunda possível algo que é exatamente o oposto de seu bloqueio, porém o desejo consciente é o mais fraco dos dois, uma vez que seu inconsciente é sempre o mais forte e será onde o bloqueio se armazenará.
Vamos citar um exemplo na área de relacionamentos: se desejamos de maneira profunda compartilhar a vida com alguém e vivemos exatamente o oposto, ou seja, situações que não tem continuidade, que sempre terminam em nada, sem motivo definido, existe bloqueio por trás desta situação e este precisa ser pesquisado, identificado e eliminado, do contrário tudo que for vivenciado terá o mesmo fim.

O bloqueio deste exemplo acima pode ser relacionado a um processo de rejeição na infância, levando-nos ao medo de amar. Pode ainda ser um acontecimento marcante que nos tenha acontecido que nos priva do querer confiar no outro; pode ainda ser um acidente que, de uma hora para outra, pode ter modificado radicalmente sua vida.
No entanto, você agora está equipado para eliminar a fonte de sua infelicidade.
Os bloqueios são identificados na Mesa Radiônica e nela são eliminados. A Mesa Radiônica é o instrumento mais poderoso da Radiestesia, capaz de eliminar estes bloqueios e equilibrar suas energias.
Somente quando você eliminar os bloqueios de sua vida, desejar o amor de maneira saudável e madura e estiver disposta a amar na mesma medida em que for amada é que o amor virá.

Há alguns anos atendi uma moça que passou exatamente por uma situação que a fez deixar de existir, mas ela não conseguia identificá-la como a causa da repetição contínua de situações que passaram a ocorrer em sua vida.
Ela me procurou, pois dizia sentir-se muito só, que seus relacionamentos não iam para frente, de uma hora para outra terminavam sem motivo algum. Por conta própria havia chegado à conclusão de que o problema estava com ela e queria se tratar.
Expliquei-lhe então que faria um estudo de suas frequências energéticas, padrões e vícios de comportamento desenvolvidos ao longo do tempo; depois disso faria o pleno restabelecimento de todas as suas frequências energéticas, analisaria e identificaria de maneira completa qual fato estaria na origem de situações repetitivas, eliminando neste momento a energia bloqueada .

Ela concordou de imediato e disse que faria tudo para que sua vida fosse modificada.
Iniciei então o tratamento e após o pleno equilíbrio de suas frequências vitais, identifiquei um bloqueio energético ocorrido fazia oito anos e ela então parou e ficou me olhando muito intrigada e assustada ao mesmo tempo. Depois de se recuperar me contou o que havia acontecido: ela namorava um moço que sua família não aceitava por puro preconceito, e então decidiu investir na relação isolando-se da família e passou então a viver somente em função do seu namorado. Saiu de casa e foi morar com ele, enfrentou situações duras com séria restrição financeira, fato que nunca havia vivenciado, mas sempre acreditava que o amor superaria tudo.

Viveu esta situação por um ano e meio e considerava-se feliz, apesar de toda a sua família ter lhe virado as costas. Um dia seu namorado acordou como sempre cedo, foi tomar banho para ir trabalhar, mas sentiu-se mal e caiu no banheiro, ela foi tentar chamá-lo e ele não respondia, pediu ajuda aos vizinhos que, depois de tentar de tudo, disseram que ele estava morto.
O choque foi imenso, não podia acreditar no que estava acontecendo! Aos trancos e barrancos tentou continuar a levar a vida totalmente isolada de todos.
Refez-se, namorou outras pessoas... e assim a repetição estava consolidada e o bloqueio formado. Todas as pessoas com quem ela tentava se relacionar a deixavam sem nada dizer.
Eliminei então este enorme bloqueio formado que quase beirava um trauma agudo e expliquei-lhe que naquele exato momento em que a tragedia aconteceu, havia se instalado um enorme medo de amar de novo e ser abandonada; por essa simples razão ela passou a atrair para sua vida pessoas que não queriam compromisso. Quando me refiro a 'enorme bloqueio' estou abrangendo a situação ocorrida com o namorado e o abandono da família, e nesse exato momento ela havia deixado de existir.

Hoje, passados alguns anos, ela se encontra casada e feliz, realizada como um todo e dona de sua vida, sendo uma pessoa íntegra, centrada e realizada.

Por Maria Isabel Carapinha

A dor do abandono



Por trás de uma insegurança pessoal, de uma enorme falta de autoconfiança e auto-estima, pode estar escondida a dor do abandono.
Uma tristeza enorme preenche o nosso ser e dela não conseguimos nos livrar, ela nos acompanha dia-a-dia, como fosse nossa sombra.
E muitas vezes nos lançamos em aventuras malucas, que não preenchem o nosso ser, somente pela necessidade de aplacar essa dor interna que grita sem parar.
Se passarmos a gastar descontroladamente em bens materiais na tentativa de nos sentirmos melhor, estaremos tentando preencher o vazio de nosso ser com coisas que jamais nos proporcionarão amor. Com o desgaste destas coisas a sensação de vazio passa mais uma vez a fazer parte de nossa alma.
Este é mais um dos muitos casos em que a dor do abandono pode estar presente.

O fato de não se sentir amado e valorizado como ser humano, faz com que essa necessidade seja preenchida das maneiras mais absurdas possíveis.
A dor do abandono também se faz presente quando tentamos nos relacionar afetivamente um sem número de pessoas, na tentativa descontrolada de encontrar aquela que nos preencha, que nos ame de verdade. No entanto, essa tentativa se torna frustrante, pois na realidade o amor que procuramos não se encontra nessas pessoas e sim naquela que um dia nos abandonou.

A sensação de estar invisível e imperceptível aos outros também pode carregar em seu bojo a dor do abandono. Em determinado momento de nossa vida podemos ter passado por uma situação de rejeição ou abuso que fez com que decretássemos ao nosso subconsciente que não mais desejaríamos nos aproximar de alguém e sofrer novamente... A partir desse momento nossa energia se expande desta forma e passamos então de maneira inconsciente a nos afastar das pessoas.

Ora, não se sinta único nesse universo de abandono, isso é muito mais comum do que possa parecer; a tristeza que você pode estar sentindo hoje é somente um alerta para que a sua vida se transforme. A tristeza nunca pode passar a fazer parte do nosso cotidiano, ela deve ser apenas encarada como sintoma de uma doença que necessita de atenção e tratamento. O mais duro de tudo isso não é se sentir triste... é nada fazer para eliminar essa tristeza de sua vida! Creia, muitas pessoas convivem anos a fio com essa aflição e acham que isso é algo normal em sua existência.
Tomar as rédeas de nossa vida significa assumir o controle de nossas emoções e eliminar tudo que possa estar interferindo em nossa felicidade.

A Radiestesia, através da Mesa Radiônica, entra justamente nesse momento de identificação, é através desta técnica que identificamos os bloqueios energéticos e os eliminamos. Na grande maioria dos casos que atendo em meu consultório, existem sempre de dois a três tipos de bloqueio, que se repetem ao longo da vida e na maior parte deles o que encontro é a dor do abandono.
A eliminação da energia bloqueada nesses momentos repetitivos é fundamental; todavia, aliado a esse processo de desbloqueio, colocamos o perdão como fonte de ligação com o Todo, com o Universo, com um Deus maior que a tudo coordena.
Aqueles que de alguma forma nos magoaram um dia são nossos maiores mestres, pois eles delimitam nossa capacidade máxima de perdoar. A sua evolução se dá de fato quando você se concentra nas suas próprias lições. Perdoar significa então entender o que você também fez e que de alguma maneira contribuiu para essa situação de conflito. O crescimento pessoal evolutivo se efetiva em nossa vida quando desejamos da maneira mais profunda possível nos mantermos longe de qualquer situação ou emoção pesada que possa nos causar sofrimento.

Atendi no começo deste ano em meu consultório um moço que se dizia muito infeliz, não realizado e com síndrome do pânico. Dizia que sentia que as pessoas não o amavam de fato. Havia passado por três casamentos que terminaram com traições de sua parte.
Comecei então identificando de maneira profunda todas suas frequências energéticas e corrigindo-as. A seguir passei a identificar os vícios de comportamento por trás de cada frequência que precisei equilibrar. Passei então a identificar os bloqueios energéticos.
- O primeiro bloqueio se originara em sua infância, ele então me contou que naquele determinado momento o pai havia abandonado a família sem nada dizer, simplesmente saíra para o trabalho e não voltou mais.
- O segundo bloqueio coincidia com a data de sua primeira separação, que se originou por traição de sua parte.
- O terceiro bloqueio também estava relacionado a uma data de separação e abandono da sua filha de apenas oito meses.

Eliminei a seguir e tratei energeticamente todos os bloqueios identificados na Mesa Radiônica.
Convidei-o a participar dos meus Cursos de Radiestesia e Radiônica no intuito de fazê-lo entender melhor os mecanismos da Radiestesia, para com isto ensiná-lo a trabalhar objetivos e alcançar metas em sua vida, motivando-o ao crescimento pessoal, financeiro e afetivo.
Passados alguns meses ele me procurou novamente e me trouxe o depoimento feliz de um homem recuperado e equilibrado que não mais sentia aquela enorme ansiedade por preencher um amor que um dia lhe havia sido tirado.
Desta forma a dor do abandono foi eliminada de sua vida, vindo ele a resgatar assim sua felicidade, autoconfiança e auto-estima.

Por Maria Isabel Carapinha

Dependência não é amor...



Quantas vezes nos colocamos nas mãos de pessoas, religiões, partidos políticos e muitas outras... e nos tornamos completamente dependentes deles... entregamos nosso poder pessoal nas mãos do outro e passamos a vida mendigando coisas que são nossas por Direito Divino...
Em muitas das nossas relações, as crenças inconscientes costumam criar dependência onde deveria haver liberdade... e onde existe dependência sobra muito pouco espaço para o Amor...

Na verdade, não deveríamos depender de nada nem de ninguém e nossa segurança deveria vir da Fonte de Toda Vida que habita no profundo do nosso Ser.
Quando precisamos da aprovação do outro, ou dos muitos outros... e agimos para agradar quem quer que seja, para sermos aprovados, distanciamos-nos cada vez mais de nós mesmos, e não estamos sendo fieis à nossa essência mais profunda.

Outro dia conversava com uma amiga e ela me contava da dependência que tinha pela aprovação de uma pessoa, que para ela representava a autoridade... Ela ainda não havia percebido isso tão claramente, até o dia em que se viu muito triste porque, mesmo tendo obtido um grande sucesso em um empreendimento, pelos resultados muitos positivos e claros, e ainda tendo recebido elogios das pessoas pelo seu trabalho, um pequeno detalhe tirou-lhe toda a graça... é que ela se sentiu de alguma forma "desaprovada" por uma pessoa, cuja opinião tinha um grande peso... Só que até então ela não sabia que era algo tão grande... e nem tão pesado.
Ela ficou até assustada ao perceber que tudo de positivo que acontecera naquele dia simplesmente havia perdido o brilho por uma "aparentemente" pequena desaprovação.

A desaprovação vinda de uma única pessoa teve o poder de tirar todo o efeito positivo da grande aceitação manifestada por muitas outras pessoas.

Conversamos e ela percebeu que, apesar de ser uma amiga, aquela pessoa tinha para com ela a representação da "mãe", e que na história da vida dela a mãe sempre representara alguém cuja aprovação era muito difícil... e muito desejada por ela...
Embora ela acreditasse que já tinha tudo aquilo bem resolvido, esse fato mostrou-lhe que tanto a mãe como essa amiga, estavam espelhando alguma parte dela mesma que não se aprovava e que dependia muito dessa aprovação vinda da figura materna.

Pessoas que nos mostram fora o que não conseguimos enxergar dentro são como espelhos cristalinos que nos oferecem chaves preciosas para a nossa liberdade... e nós para a delas...

Quando isso fica tão claro, como ficou para essa minha amiga, podemos aproveitar esses presentes para nosso crescimento e evolução...

Fizemos o Peça e Receba para a liberação dessa dependência de aprovação.
Usando a frase que ela escolheu, a principio fizemos assim:
"Existe uma parte do meu ser que já sabe como me libertar completamente da dependência que tenho da aprovação de tal pessoa, com facilidade, segurança, e amor".

Durante o processo ela teve experiências muito bonitas e alguns bloqueios vieram à tona: ela viu que tinha a crença de que essa pessoa poderia prejudicá-la de alguma forma se ela se libertasse daquela dependência.
Viu também que tinha medo dessa pessoa e, durante o trabalho, chegou a ver a imagem dela muito maior do que a dela...
Depois, durante o processo de liberação, enquanto repetia as frases, ela viu a pessoa ir diminuindo... diminuindo... até ficar bem pequenininha.
E nesse ponto ela chegou a sentir pena daquela pessoa, que agora lhe parecia indefesa, uma vez perdido esse aparente poder sobre ela.
Fomos liberando todas as crenças ligadas àquele problema... na verdade um problema é realimentado por um sistema complexo que é preciso trabalhar para liberar todos os bloqueios nele contidos...
Muitas vezes pensamos que o que aparece primeiro é a crença mais forte, mas podemos nos surpreender como outras mais escondidas, de uma força ainda maior.

Ao final ela se viu do mesmo tamanho da outra pessoa e ainda sentindo amor por ela...

E terminamos com essa frase...

"Existe uma parte do meu ser que já sabe como usar meu poder pessoal, com sabedoria, leveza, segurança e harmonia, em perfeita sintonia com a Fonte"...

Por Rubia Dantés

Sua desconfiança tem sido uma aliada ou uma cilada em suas relações?



Desconfiar de alguém pode ser entendido como não acreditar no que ele diz ou faz. E essa desconfiança pode estar baseada em fatos anteriores, em pressentimentos ou ainda em inseguranças pessoais - ou seja, que nada têm a ver com o outro e sim com quem desconfia.

Pois bem! Que atire a primeira pedra quem nunca desconfiou de ninguém! Muito provavelmente você, alguma vez na vida, já se pegou desacreditando de uma promessa, um sentimento ou uma atitude alheia. E talvez você tenha descoberto que estava certo. Isto é, o outro realmente não correspondeu às expectativas que criou.

Neste caso, a sua desconfiança foi uma aliada. E certamente será outras vezes, afinal, todos nós somos capazes de intuir ou de perceber quando há incongruência entre o que alguém fala e o que faz. Porém, o problema nasce quando a desconfiança passa a funcionar como uma autossabotagem, uma cilada que criamos para nós mesmos a fim de não nos permitirmos a chance de ser feliz!

Parece doideira? E é mesmo! Mas existe, acontece o tempo todo, com muito mais gente do que imaginamos. E pode estar acontecendo com você caso esteja com a sensação, repetidas vezes, de que estão te enganando e mentindo para você, especialmente quando o assunto tem a ver com sentimentos e relacionamentos.

Sobre esse assunto, fui inspirada por uma situação real, que seria cômica se não fosse trágica. Um amigo me contou que, embora realmente amasse sua namorada, com quem se relacionava há dois anos, e embora estivesse realmente sofrendo, decidiu romper com ela porque simplesmente não agüentava mais os "barracos" que ela dava por desconfiar de sua palavra, de seus sentimentos e de suas atitudes.

O fato é que para mim ele não teria por que mentir. E me garantiu que jamais a traiu ou enganou. Entretanto, ainda assim, ela se sentia ameaçada pelas amigas dele e até pelas amigas dela, agredindo a todos com acusações sem fundamentos e criando um constrangimento cada vez mais insuportável.

Enfim, embora bonita, inteligente e muito bacana, ela se jogou numa armadilha da qual não conseguiu sair sem antes botar a perder um relacionamento que, em princípio, tinha tudo para dar certo.

Baixa autoestima? Excesso de insegurança? Medo de ser traída? Crenças limitantes e equivocadas? Qual será o verdadeiro motivo para esse tipo de comportamento? Certamente, cada caso é um caso e não existe uma única resposta, uma única razão. Mas não tenho dúvidas de que somente o criador da armadilha pode saber como desfazê-la.

Talvez não saiba conscientemente, talvez nem saiba que é capaz de criar uma armadilha para si mesmo. No entanto, à medida que alguém se dá conta do quanto sua desconfiança lhe causa angústia, aflição, conflitos, ansiedade extrema e desentendimentos sem fundamentos que os justifiquem, é hora de parar e se questionar: que dinâmica é essa a partir da qual estou sustentando minha vida, minhas relações e meus sentimentos? E, a partir de então, tratar de buscar ajuda para encontrar suas respostas!

Dizem que "a mentira tem perna curta" e talvez essa seja a única garantia que temos de que, mais cedo ou mais tarde, a verdade sempre prevalece. Por isso, se você está desconfiado, o melhor que pode fazer é se apoiar nos fatos, no que pode ver, ouvir e tocar. Tudo o mais não passa de especulação que só serviria para fazer você dormir e acordar rodeado por fantasmas tão perturbadores quanto enlouquecedores.

Sendo assim, sugiro que você pare de viver a partir de desconfianças e comece a confiar um pouco mais, a cada dia, em si mesmo. Confie em sua inteligência, em seu caráter, em sua forma íntegra e coerente de se relacionar. Confie no seu poder de atrair pessoas semelhantes, que se identifiquem com quem você é e com o tipo de relacionamento que você sabe viver!

Confie, por fim, na sabedoria do Universo, porque além das certezas humanas, existe uma certeza que é soberana - e esta é infalível!

Por Rosana Braga

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Fernando Pessoa (Lisboa, 13 de junho de 1888 - Lisboa, 30 de novembro de 1935)


Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

(Fernando Pessoa)

Eternidade


"Ninguém (seja homem ou mulher) é bonito fisicamente, esbelto, bom de cama, e jovem pra toda vida... a velhice vem pra todos e com ela a solidão para os que pensam dessa forma!
 Quem ama não enxerga os defeitos que o tempo trás... mas aprende a transformá-los em motivos para amar ainda mais!"


Li isso no facebook de uma conhecida e achei lindo. digno de um compartilhamento.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Um poema para refletir...Fernando Pessoa





  "Um dia a maioria de nós irá separar-se.

Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das
vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.

Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja
pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.

Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe... nas cartas
que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto
se tornar cada vez mais raro.

Vamo-nos perder no tempo...
 Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e
perguntarão:
Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!

- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons
anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes
daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a
sua vida isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não
deixes que a vida
passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!"





"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, 
mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"


 Fernando Pessoa







domingo, 2 de outubro de 2011

Será bom lembrar do que já nos esquecemos?



Outro dia tive uma experiência curiosa: estava trabalhando no computador com imagens de flores enquanto escutava um CD com músicas que não ouvia há anos. Sem me dar conta, deixei-me hipnotizar por aquelas melodias a ponto de mesendo quem eu era há anos!
sentir
Quando notei que estava presa numa experiência apenas virtual, me surpreendi com a pergunta que fiz para mim mesma: quando será que deixamos realmente de ser quem já fomos um dia?

Aos poucos, recuperei a concentração sobre as imagens e parte daquela melancolia se foi. Mas a consciência desta vivência permaneceu. É como a saudade que fica após sentirmos o perfume de uma pessoa querida: podemos continuar nossas atividades práticas, mas permanecemos sintonizados com o passado.


O impacto desta experiência permaneceu como um alerta sobre a importância da
consciência de nossas marcas mentais, pois elas são como manchas que podem permanecer anos e anos nos impedindo de ser livres, ou seja, novos a cada momento!

Segundo a psicologia budista, as marcas mentais são o pano de fundo da nossa realidade, que se parece com uma tela vazia na qual nossas percepções projetam imagens baseadas em nossas experiências de êxito e frustração.


Gueshe Roach, em seu livro O lapidador de Diamantes (Ed.Gaia), define este processo de modo muito didático: Imagine sua mente como uma câmera de vídeo. Seus olhos, seus ouvidos e todo o resto são as lentes por onde você vê o mundo exterior. Quase todos os botões que determinam a qualidade da gravação estão ligados à intenção - tudo aquilo que você quer que aconteça e porque. Então, como a gravação vai ser feita? Como as marcas mentais para se ter sucesso ou fracasso nos negócios vão ser impressas em nossas mentes?


As marcas mentais criadas no passado determinam nossa percepção do presente!

Neste sentido, a realidade imediata é uma conseqüência direta de como nos comportamos no passado. O budismo denomina este fenômeno de karma: a lei natural de causas e efeitos.

Karma é a força impulsionadora por detrás do renascimento. Karma significa que o que quer que fizermos com o corpo, fala e mente, teremos o resultado correspondente. Cada ação, por mínima que seja, carrega consigo suas conseqüências. Por esta razão, o budismo nos estimula a ter
consciência de nossas ações.

A consciência não surge do nada. Isto é, um momento de consciência é apenas produzido pelo momento de consciência que o precedeu imediatamente. Desta forma, podemos
rastrear nossa mente para aprofundar o autoconhecimento com a sincera intenção de reconhecer e transformar as marcas mentais negativas em positivas. Caso contrário, elas irão produzir repetidamente a realidade de dor e frustração em nossa vida.

O budismo nos incentiva a investigar a mente, como, por exemplo, ao responder à seguinte pergunta: Quais os benefícios dos maus pensamentos? O Dalai Lama, em seu livro
Bondade, Amor e Compaixão (Ed.Pensamento), escreve: Reflitam, reflitam, reflitam. Através desta reflexão, podemos perceber com clareza que uma certa parte da mente é causadora de problemas, sendo necessário controlá-la, enquanto que outra parte é benéfica para nós e para o próximo, valendo a pena desenvolvê-la. Ou seja, o auto-exame é valioso.

No entanto, no Ocidente, devido a nossos hábitos consumistas, queremos respostas prontas: não estamos habituados à prática da reflexão repetida e profunda. Temos até mesmo dificuldade de prestar atenção numa mesma história se já a conhecemos!


Lembro-me ainda de como fiquei irritada quando comecei a ter aulas de budismo com um Gueshe (professor) que, em vez de responder às minhas perguntas, me fazia refletir sobre elas com outras perguntas. Eu me sentia cada vez mais confusa! Inicialmente, ele ria com minha reação nervosa, mas ao notar que eu estava chorando por me sentir tão perdida, ele disse carinhosamente: Eu só estou te ensinando a encontrar suas próprias respostas!


Em geral, fomos mais incentivados a seguir ordens do que a refletir profundamente sobre algo. Mas se quisermos conhecer o mecanismo de nossa mente teremos que observá-la constantemente.


As marcas mentais são uma espécie de código armazenado na base de nossa mente que, quando surgem as condições apropriadas, manifestam-se nas nossas vidas como circunstâncias e situações. Por exemplo, ao observarmos a cadeia de pensamentos que criamos diante de uma emoção negativa, poderemos reconhecer nossa tendência a criar suposições
extras a respeito de um evento que independem dos fatores externos: criamos nossa realidade conforme nossas projeções mentais. Quem já não se pegou dizendo: Eu juro que pensei que você... isso e aquilo... Tiramos conclusões no lugar dos outros e depois nos surpreendemos em ouvi-los com as suas próprias idéias...

Nossas conclusões a respeito da realidade externa refletem nossa auto-estima!

Neste sentido, se temos o hábito de pensar de acordo com um padrão particular, positivo ou negativo, então essa tendência será desencadeada e provocada com muita facilidade, numa recorrência constante.

Se não nos conscientizarmos de nossos padrões mentais,
seremos os mesmos durante toda a nossa vida! Os cenários e os personagens podem variar, mas o enredo do drama da vida pouco mudará. Por isso, relembrar fatos e situações pouco nos ajuda a evoluir se não nos conscientizarmos das marcas mentais que os geraram.

Assim, se nos perguntarmos: Como serei daqui a 10 anos? A resposta será simples: se não nos conscientizarmos de
quem somos agora, seremos os mesmos!

Será esta uma boa notícia?


Por Bel Cesar


Não duvide, afirme!



Como nos mais recentes artigos conversei muito em 'astrologês', quero hoje fazer uma reflexão sobre as razões que nos impedem de seguir adiante rumo às metas escolhidas. Todos nós nascemos com uma missão a ser cumprida e nosso espírito encarnado conhece o caminho que precisará escolher para alcançar esse objetivo.

No entanto, ao longo do caminho podemos perder o rumo por causa dos inúmeros obstáculos que atravancam nossa caminhada. Os consultórios dos psicólogos estão cheios de pacientes que reclamam que algum familiar, cônjuge, vizinho, chefe ou colega, impede que eles alcancem o sucesso ou que se sintam plenamente realizados. Costumamos buscar os culpados de nossos tropeços ou fracassos fora de nós e não dentro de nós. Fica mais fácil justificar nossos erros se considerarmos que somos vitimas, não é mesmo? Deste modo buscamos a compreensão, se não a piedade, daqueles que nos cercam e podemos continuar com auto-indulgência, errando e tropeçando.

Eu costumo lembrar aos meus clientes que, ao encarnar, o Espírito -Eu Interior-, traz consigo um 'roteiro de vida' que ele mesmo escolheu antes de buscar o corpo elemental. Para percorrer esse roteiro ele obterá a ajuda dos guias do plano superior, mas ele terá que ouvi-los, e precisará estar atento também aos sinais que encontrará ao longo do seu percurso.

O Eu Interior -que em astrologia cabalística é representado pelo Sol-, entrega o roteiro para o cocheiro (ou motorista) do carro (corpo físico) no momento do encarne, e este procurará conduzir o Eu Interior para seu destino. O cocheiro é o nosso EGO, (a Lua do seu mapa natal) que representa primeiramente a hereditariedade familiar e também os condicionamentos do ambiente familiar, econômico e social e que serão fonte de limitações e restrições capazes de atrapalhar -se não desviar-, o Eu de seu destino maior.

O Ego, representado pela Lua no nosso mapa, se expressa através de nossas reações emocionais e pela forma como reagimos aos estímulos externos. É ele -EGO- que nos faz sofrer! Porém, os grandes Mestres afirmam que não é preciso sofrer para percorrer o caminho da vida. Nascemos com as ferramentas necessárias para superar todos os obstáculos! No entanto, algumas religiões bombardeiam nossos ouvidos com a maldição que Deus fez a Adão e Eva ao expulsá-los do Paraíso: "Agora que vocês comeram da maçã da Arvore do Bem e do Mal precisarão sofrer, Adão trabalhando e Eva ao dar a Luz"! Eu me recuso a pensar que o Criador tenha-nos criado para nos punir. Principalmente porque cabalisticamente a 'maçã' é a representação do Conhecimento e este nos impõe a responsabilidade sobre nossos próprios atos, mas não é uma punição!

Quanto mais enveredamos no caminho do Conhecimento, mais teremos responsabilidades conosco e com os nossos semelhantes. Talvez seja esse o sofrimento ao qual somos condenados se alcançarmos o Conhecimento: o sofrimento de saber que, apesar de nossos esforços, não podemos aliviar o sofrimento alheio. Não podemos eliminar a violência, a guerra, a destruição, o ódio! Nosso coração sofre.

Mas não é desse sofrimento que estou falando, pois este não depende somente de nós, infelizmente. Falo do sofrimento causado pelo Ego ferido e insatisfeito que nos faz sofrer desnecessariamente e nos impede de percorrer nosso caminho e cumprir nossa missão. Por que sofremos? Vocês já perceberam o semblante sereno que demonstram os mestres como o Dalai Lama? A razão dessa serenidade está num segredo: ele não possui EGO! Ou melhor, ele mandou o Ego 'calar a boca'. Ele desconectou as reações emocionais do Ego e aprendeu a ouvir somente a sua voz interior, a voz do Eu. Os cabalistas dizem que o EGO é condicionado por Lúcifer, que fala aos ouvidos físicos e enche a nossa cabeça de bobagens! Lúcifer, o Anjo Caído, não deseja que possamos ouvir nosso Eu interior. Então estimula nosso Ego de forma a que ele reaja às tentações do mundo exterior. Sofremos se não somos amados... mas Deus nos ama! Sofremos se não temos um teto... mas Deus nos deu um céu estrelado! Sofremos se nosso talento não for reconhecido?

Mas Deus sabe que nós o possuímos, pois foi Ele que nos deu! Sofremos porque não possuímos um carro novo, uma roupa desejada, um televisor mais atual ou o ultimo modelo de celular? Condicionamentos do EGO! Sofremos porque não conseguimos ser reconhecidos por nosso chefe? Condicionamento do EGO! Sofremos porque não nos sentimos suficientemente amados por nosso parceiro? Condicionamento do EGO. Bem, dirão vocês, mas este EGO-cocheiro pode ser controlado para que ele não nos faça sofrer? Afinal, ele representa os desejos de nossa alma que, ao longo das inúmeras encarnações, precisará dessa depuração para evoluir. Então, como calar esse opositor que fica martelando nossa cabeça com palavras de dúvidas cujo burburinho continuo nos impede de ouvir a voz do nosso Eu interior?

Existe um método simples, mas não fácil: a meditação diária. Métodos variados são ensinados na Yoga, na Meditação Transcendental, etc., e todos eles possuem o mesmo objetivo: procurar acalmar a voz do EGO para que se possa ouvir a voz do EU. Reconheço que não é fácil conseguir essa calma interior que nos traz paz e serenidade, mas podemos começar com alguns minutos diários para chegar a pelo menos quinze minutos todo dia.

Existe também uma outra maneira de calar o Ego e recobrar o dialogo com nosso Eu Interior. A Técnica de Libertação Emocional, chamada de EFT*. Já falei inúmeras vezes sobre essa técnica maravilhosa que revolucionou minha vida! Quando entrei em contato com ela através de um querido amigo do Rio de Janeiro, me apaixonei perdidamente! Não existe outra forma de me expressar: foi amor à primeira vista! A técnica é tão maravilhosamente simples e ao alcance de qualquer pessoa, que é realmente um pecado não conseguir que ela seja cada vez mais divulgada. Apesar dos dois vídeos que já estão no You Tube (filmados pelo pessoal do STUM) e dos inúmeros artigos publicados no meu site pessoal (www.astrosirius.com.br) não creio que ela tenha alcançado todo seu potencial!

A EFT* pode ser usada não somente para eliminar definitivamente dores, fobias e doenças que atormentam nosso corpo físico, mas também complexos sentimentos negativos e limitações provocadas pela baixa auto-estima, e principalmente por aquela 'vozinha do Ego' que impede nossa plena realização espiritual. Algumas adaptações da técnica original foram sendo desenvolvidas pelos vários terapeutas ao longo dos anos de práticas, inclusive com adaptações da frase inicial, chamada de 'frase de neutralização' que lembra um pouco a PNL (Programação Neuro-linguística).

Esta frase pode ser também afirmativa e não negativa como na formula original. Muitas pessoas me escrevem perguntando sobre a razão pela qual a frase inicial é pronunciada no negativo. O segredo de seu funcionamento está naquela porção "me amo e aceito profunda e completamente apesar"... O Amor e a aceitação de si mesmo impõem ao Cosmos uma ordem, uma afirmação e reforçam a razão de nossa própria existência. Deus nos ama, então, por que não deveríamos nos amar, exatamente como somos, como fomos criados?

Portanto, caro leitor, se você deseja alcançar a prosperidade, o sucesso, a felicidade, não expresse suas dúvidas (Será que vou conseguir ser feliz? Será que vou conseguir o sucesso? Será que vou conseguir engravidar? Etc..), nem mesmo em pensamento. Expresse a sua afirmação: "Eu vou ser feliz"! "Eu vou conseguir o sucesso"! "Eu vou conseguir a prosperidade"! O cosmos recolherá sua afirmação e irá conspirar para que ela se realize. A técnica de EFT* completa requer um aprendizado um pouco mais extenso (leiam os artigos no meu site pessoal ou marquem uma consulta pessoal), mas estejam certos que a afirmação inicial atrai para nosso ser o Amor Universal do qual o Cosmos está impregnado e nos liberta de nosso opositor, permitindo o fluir da Luz.

Comece agora: afirme sua verdade ao Cosmo e ele recolherá sua afirmação e a realizará!

Por Graziella Marraccini