Muitas pessoas já me fizeram esta pergunta em terapia. Mas, é claro, que nem todas as respostas são iguais. Pode ser que a pessoa esteja sozinha porque se afastou da família, ou porque se separou e ainda não encontrou outro alguém; pode ser também que esteja só porque precise da solidão. Mas o que normalmente vejo são pessoas que estão sozinhas, mas que não desejam permanecer assim.
Janete chegou ao meu consultório extremamente carente, após terminar um relacionamento de quinze anos em que se sentiu traída e abandonada por alguém a quem tentou oferecer o melhor.
Acostumada a ouvir muitos relatos, abri o coração, mas ao mesmo tempo deixei a sessão transcorrer para absorver melhor o conteúdo, pois aprendi que não devemos comprar prontamente as histórias que as pessoas nos contam porque, muitas vezes, a pessoa pode estar focada na sua versão dos fatos, ou até mesmo na mágoa, sem conseguir ver as coisas como elas são.
A captação das Vidas Passadas mostrou um casamento cheio de altos e baixos, com minha cliente sempre tentando provar que era boa, correta e seu marido a deixando em posição ruim, às vezes frustrada, ou com raiva. Continuaram casados, mas ela cada vez mais desgastada. Uma história triste, no entanto, bem comum, pois muita gente como Janete mantém um casamento por conta dos compromissos e das pessoas envolvidas.
Muita gente sofre por maus tratos, mantendo sentimentos de mágoa e revolta reprimidos e chega a adoecer em função deste aprisionamento.
Ficou claro que ela era uma mulher guerreira e determinada como numa outra vida que apareceu mostrando essa moça, hoje com 40 anos, como um jovem de vinte e poucos anos lutando armado com lanças e espada.
Ele dizia que era capaz de grandes sacrifícios para defender seus ideais e que era obstinado pela vitória e se sujeitaria a ficar sem nada, desde que cumprisse seus objetivos.
Janete carregando essas memórias em seu inconsciente tinha feito uma mistura muito infeliz, pois usava sua determinação e seu espírito de luta e sacrifício para manter uma relação afetiva falida há anos.
Quando terminamos a sessão, ela se sentia mais aliviada e já aceitava melhor suas atitudes e afirmou estar pronta para começar a entender a solidão de uma outra forma. Explicou que durante toda sua vida se sentiu forte, mas que não sabia usar este potencial para criar coisas boas para si mesma. Ao contrário, ela se empenhara o tempo todo em tentar se equilibrar na relação, para manter o silêncio, para não brigar com o marido e isso muitas vezes tinha causado crises de dor de cabeça etc. Explicou que depois de tanto esforço não aceitava ter levado um fora. Sentia muita raiva, pois tinha feito de tudo para ficar casada. Sentia-se traída, mas agora compreendia que estar sozinha era um prêmio e uma libertação.
Tudo isso veio num clima de compreensão, mas também de uma certa euforia, sabendo que as coisas não se resolvem da noite para o dia...
Assim, sugeri que ela pensasse em investir no seu crescimento pessoal, em fazer cursos, e em dar continuidade à terapia. Porque em certos momentos todos nós temos que rever nossas crenças, repensar apostas, rever padrões. Fazer isso é muito saudável.
Como ensinam os mentores, nascemos para nos desenvolver e nos transformar, e a solidão pode ser uma oportunidade de redirecionar a nossa vida.
Janete chegou ao meu consultório extremamente carente, após terminar um relacionamento de quinze anos em que se sentiu traída e abandonada por alguém a quem tentou oferecer o melhor.
Acostumada a ouvir muitos relatos, abri o coração, mas ao mesmo tempo deixei a sessão transcorrer para absorver melhor o conteúdo, pois aprendi que não devemos comprar prontamente as histórias que as pessoas nos contam porque, muitas vezes, a pessoa pode estar focada na sua versão dos fatos, ou até mesmo na mágoa, sem conseguir ver as coisas como elas são.
A captação das Vidas Passadas mostrou um casamento cheio de altos e baixos, com minha cliente sempre tentando provar que era boa, correta e seu marido a deixando em posição ruim, às vezes frustrada, ou com raiva. Continuaram casados, mas ela cada vez mais desgastada. Uma história triste, no entanto, bem comum, pois muita gente como Janete mantém um casamento por conta dos compromissos e das pessoas envolvidas.
Muita gente sofre por maus tratos, mantendo sentimentos de mágoa e revolta reprimidos e chega a adoecer em função deste aprisionamento.
Ficou claro que ela era uma mulher guerreira e determinada como numa outra vida que apareceu mostrando essa moça, hoje com 40 anos, como um jovem de vinte e poucos anos lutando armado com lanças e espada.
Ele dizia que era capaz de grandes sacrifícios para defender seus ideais e que era obstinado pela vitória e se sujeitaria a ficar sem nada, desde que cumprisse seus objetivos.
Janete carregando essas memórias em seu inconsciente tinha feito uma mistura muito infeliz, pois usava sua determinação e seu espírito de luta e sacrifício para manter uma relação afetiva falida há anos.
Quando terminamos a sessão, ela se sentia mais aliviada e já aceitava melhor suas atitudes e afirmou estar pronta para começar a entender a solidão de uma outra forma. Explicou que durante toda sua vida se sentiu forte, mas que não sabia usar este potencial para criar coisas boas para si mesma. Ao contrário, ela se empenhara o tempo todo em tentar se equilibrar na relação, para manter o silêncio, para não brigar com o marido e isso muitas vezes tinha causado crises de dor de cabeça etc. Explicou que depois de tanto esforço não aceitava ter levado um fora. Sentia muita raiva, pois tinha feito de tudo para ficar casada. Sentia-se traída, mas agora compreendia que estar sozinha era um prêmio e uma libertação.
Tudo isso veio num clima de compreensão, mas também de uma certa euforia, sabendo que as coisas não se resolvem da noite para o dia...
Assim, sugeri que ela pensasse em investir no seu crescimento pessoal, em fazer cursos, e em dar continuidade à terapia. Porque em certos momentos todos nós temos que rever nossas crenças, repensar apostas, rever padrões. Fazer isso é muito saudável.
Como ensinam os mentores, nascemos para nos desenvolver e nos transformar, e a solidão pode ser uma oportunidade de redirecionar a nossa vida.
Por Maria Silvia Orlovas
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