domingo, 28 de novembro de 2010

Intimidade consigo mesmo



Você já se pegou sonhando em ser outra pessoa, vivendo em outro lugar? Quando nos distanciamos de nossa realidade, distanciamo-nos de nós mesmos. Então, é hora de perguntar: por que está tão difícil levar adiante a vida?

Aceitar estar nesta vida, com este corpo. A falta de contato conosco cria a sensação de solidão e isolamento. O prazer de estar consigo mesmo cria a disponibilidade para estar com o outro. Uma pessoa chata é aquela que não consegue estar consigo mesma e espera que o outro a tolere!

Se pararmos para observar o que pensamos sobre nós mesmos, iremos nos dar conta do quanto nossa auto-avaliação possui o poder de nos aproximar ou nos distanciar de nós mesmos. Para termos uma relação saudável, próxima e direta com nós mesmos, precisamos parar de nos auto-rejeitar.

Quando estamos bem, sentimo-nos confortáveis em nosso corpo: a respiração flui, a barriga está relaxada e as costas estão naturalmente eretas. Quando negamos a nós mesmos, nosso corpo reage, expressando dor. Podemos pensar que estamos bem, mas se nosso estômago começar a doer, irá revelar nossa ansiedade e confusão emocional.

Portanto, se tivermos um relacionamento superficial com nossas emoções, poderemos momentaneamente negar nossos sentimentos, mas nosso corpo irá revelar que estamos, na realidade, nos abandonando.

São muitas as vezes em que dizemos o que não sentimos verdadeiramente. Isso ocorre porque não sentimos o que pensamos! Reconhecer que não estamos sentindo o que deveríamos sentir ou gostaríamos de estar sentindo é um desafio interior que devemos enfrentar.

No entanto, na maioria das vezes buscamos pensar algo justamente como um mecanismo de defesa para não sentir nossos sentimentos. Isto é, em simplesmente senti-los sem julgá-los como ruins ou bom. Senti-los com a intenção de conhecê-los. Sermos abertos para com nossos sentimentos demanda sinceridade e compaixão.

Não basta querer não pensar em algo para deixar de senti-lo. Os sentimentos não desaparecem só porque são indesejáveis. Aliás, pensar e sentir são duas funções que precisam estar harmonizadas entre si. Podemos pensar em nossas emoções, mas será necessário senti-las para que elas possam fluir. No entanto, não são os sentimentos em si que nos proporcionam sabedoria, mas sim o processo de abrirmo-nos a eles.

John Ruskan, em seu livro Purificação Emocional (Ed. Rocco), escreve sobre a importância de saber entrar em contato com nossos sentimentos sem a intenção de analisá-los imediatamente: Lembre-se de que você não está entrando no sentimento com a intenção de analisá-lo e compreendê-lo. Não tente compreender porque o evento ocorreu, o porquê de suas ações ou sentimentos, o que há de aprender com o evento, etc... Essas compreensões virão espontaneamente como resultado da integração que a experiência direta trará. Por enquanto, limite-se a experimentar plenamente os sentimentos do evento. Se você persistir em tentar analisar, a integração será inibida.

Portanto, o segredo está em confiar que você obterá o que necessita saber de uma experiência no ato de acolhê-la. Ou seja, podemos nos propor sentir o que rejeitamos como processo de autoconhecimento e não como um sentença de condenação.

Não podemos nos obrigar a sentir nossos sentimentos. Não há necessidade de forçar nada.
O objetivo é integrar as diferentes partes de nossa mente e criar intimidade, isto é, proximidade com a própria mente. E não necessariamente analisá-la. Enquanto a análise estiver contaminada do hábito da auto-acusação, é melhor mantê-la de fora.

A chave é manter uma relação direta consigo mesmo. Pois só assim poderemos apreciar a energia fluida e agradável que existe naturalmente dentro de nós.

Ser sincero com você mesmo é um ato de coragem. Pois o autoconhecimento nos leva a tomar decisões ousadas e irreversíveis. Lembro-me certa vez quando consegui assumir conscientemente algo que precisaria de muita coragem para reconhecer o que, de fato, estava sentindo. Entrei no meu quarto, apaguei a luz, deitei na cama, cobri meu rosto com a coberta, e perguntei a mim mesma: o que você quer fazer nesta situação?

Apesar de saber que já conhecia a resposta, ter agido assim fez com que eu me aproximasse da decisão. Não havia mais como negar a mim mesma. Depois que escutamos o que queremos, não dá mais para fugir. Pelo menos de nós mesmos. Podemos estrategicamente continuar fingindo para o mundo algo que ainda não estamos prontos para expressar, mas internamente não podemos nos enganar.

Quando finalmente relaxamos, comunicamo-nos com nosso mundo interior sem mais rodeios e rompemos as barreiras das palavras, permitindo que a nossa mente e o corpo se unam. Aos poucos, percebemos que é possível relaxar em nossa própria energia. Quando o corpo e a mente estão unidos, participamos plenamente do mundo e podemos nos comunicar com ele num nível ainda mais amplo e sutil.

Quanto mais transparência houver dentro e fora de nós, melhor será. Ocorrerão menos interferências negativas, pois aquele que não teme ser autêntico está em harmonia com o mundo à sua volta. Pois está conectado com o mundo, aberto e interessado em interagir.

Por Bel Cesar


Quando os sentimentos tornam-se inadmissíveis



Em tibetano, a palavra Chog Shes significa aceitação da vida simplesmente como ela é, isto é, manter um relacionamento direto com nossas experiências sejam de alegria, medo, expectativas ou ressentimentos. Chog Shes é, portanto, a ausência de neurose, pois, quando estamos neuróticos, fazemos exatamente o contrário: rejeitamos a vida como ela é.

Em geral, quando algo nos desagrada, nossa primeira reação é dizer: Não acredito!. Na tentativa de não sofrer, buscamos, sem nos dar conta, métodos para nos anestesiarmos da frustração eminente. Alguns desses métodos podem funcionar temporariamente, mas quando somos tomados pela indignação estamos fadados a sofrer mais, pois estamos exagerando, pondo fogo no fogo de emoções que já estão fervilhando dentro de nós.

Quando lidamos com as emoções tal como elas chegam até nós, começamos a atenuar nossa visão neurótica da vida. O segredo está em não resistir ao que emerge em nós e, ao mesmo tempo, saber não adicionar algo a mais a esta experiência.

Mas não é tão simples assim, uma vez que fomos educados para sermos bons e eficientes e, por isso, aprendemos a ver nossos defeitos como inaceitáveis!

Não aprendemos a nos auto-acolher ou a termos compaixão por nós mesmos. Como não sabemos como lidar com nossos defeitos, passamos a rejeitá-los, e rejeitando a nós mesmos, rejeitamos a vida!

Podemos reconhecer que estamos nos perdendo quando exageramos nossas reações emocionais. Por exemplo, quando nos pegamos dizendo: Eu não devia estar sentindo isso, Não acredito que fiz isso de novo, Que vergonha, nunca mais quero mostrar minha cara ou mesmo Que raiva que ele fez isso comigo de novo...

Se algo é visto como inaceitável, não tem reparo nem negociação. Então, instintivamente escondemos e negamos estes impulsos inaceitáveis. Assim, mais uma vez nos afastamos de nós mesmos.

O medo de não ser capaz de lidar com nossa sombra ou de sermos excluídos pelo outro, caso ele a veja, nos leva cada vez mais a negar nosso lado não desenvolvido. O que não combina com o desenvolvimento do nosso ego ideal, torna-se sombra. Neste sentido, na medida em que procuramos ser bons e fazer o bem, vamos reforçando uma imagem idealizada de nós mesmos. Desta forma, vamos criando polarizações cada vez mais distintas: sou assim e não assado. Vamos empurrando para longe de nós o que não somos e sem nos darmos conta, deixamos de cuidar de nossas sombras!

Por isso, quando surgem os sentimentos inadmissíveis, temos a oportunidade de encarar de frente o que, até então, estávamos evitando. Só quando aceitamos sentir o inadmissível, voltamos a ser ‘um’ em nosso mundo interno. Dizem que Jung teria perguntado a um de seus pacientes: Você prefere ser inteiro ou bom?

Por Bel Cesar


Superar a dor



Segundo os mestres budistas, a vida é constituída de duas matérias essenciais: o prazer e a dor. Desde muito cedo aprendemos a evitar qualquer experiência que nos cause sofrimento, e a buscar as que aumentem nossa sensação de prazer.

Como fazer, então, quando a vida nos apresentar situações que gerem dor? Se não temos o poder de evitá-la, precisamos aprender a lidar com ela de modo a transcendê-la.

Uma das formas de fazermos isto é permanecermos alertas e receptivos, para perceber o que aquela experiência pode nos ensinar. Ao invés de nos afundarmos na angústia e na infelicidade, podemos, sim, fazer de qualquer sofrimento uma vivência transformadora.

Mas esta capacidade ainda está inacessível para a maioria de nós. Infelizmente, muitos se mantêm por longos anos aprisionados à situação geradora de sofrimento, esquecendo-se de outra verdade inexorável acerca da existência: nada é permanente.

A dor e o sofrimento podem também ter um fim. Entretanto, este é um resultado que depende muito de nossa própria atitude. Eles só se tornarão permanentes, se nos agarrarmos a eles de maneira cega, sem permitir que qualquer outra realidade possa ser criada em nossa vida.

Precisamos desejar, com toda a força de nosso coração, vivenciar o outro lado da moeda e recuperar a alegria. Estes dois opostos são essenciais para que possamos viver em plenitude.

O sofrimento, por mais que neguemos, ensina-nos lições fundamentais, fortalece nosso espírito e traz à tona um poder interior que nem sonhávamos possuir. E a alegria, por sua vez, renova nossa conexão com a fonte inesgotável de amor, de onde tudo emana.

"Alegria é a sua natureza

Todo mundo passa a sua vida em busca de uma coisa: como livrar-se do sofrimento. Como obter felicidade e alegria? Você quer buscar alegria, mas o que você pagará por isso? O que você dará em troca daquilo que conseguiu?

....Sem sacrificar-se, você não conseguirá dar nem mesmo um passo. Se as suas mãos estão cheias de lama, de seixos e de pedras e você quer diamantes, você terá que abandonar as pedras. Para agarrar o objeto desejado, as suas mãos deverão estar vazias. Você deverá deixar as coisas inúteis.

.... Assim como eu disse que a busca de todo mundo é por alegria, também existe algo que todos têm em abundância: o sofrimento. Você tem uma quantidade suficiente de sofrimento, mais do que você precisa.

...Eu gostaria que você largasse seus problemas, renunciasse aos seus problemas... E se você puder desistir de seus problemas, aí o caminho para a alegria poderá ser aberto.

....Eu digo a você que o sofrimento não o está segurando; você é que está segurando o sofrimento. E se você puder fazer uns experimentos, aceitando o que eu estou dizendo, você irá compreender por si mesmo...E quando tornar-se bom na arte de abandonar o sofrimento, você irá perceber o que estava arrastando consigo.

...Uma criancinha quer chorar.... Sempre que uma tensão cresce dentro de uma criança, ela, ao chorar, atira para fora as suas tensões.... Mas nós ensinamos a criança a não chorar. Nós tentamos todas as maneiras para impedi-la de chorar. Aquela tensão que poderia ter sido liberada pelo choro, não é liberada e vai sendo guardada....

Quem sabe quantas tensões você acumulou? ...... Os seus ramos querem se abrir mas eles não são capazes disto. As folhas querem brotar para todos os lados, mas elas não são capazes disto . A sua árvore ficou atrofiada. O nome dessa dor acumulada , dessa dor não liberada, é inferno. E você segue arrastando esse inferno ao seu redor.

...atire para fora todo sofrimento que você tiver em seu coração..... Problemas, dores, culpas; qualquer coisa que estiver dentro tem que ser jogada para fora. Você tem que atirá-las tão totalmente quanto for possível.

...Compreenda uma coisa mais: foi de fora que você pegou as dores e as trouxe para dentro de si. Por favor, volte com elas para o lado de fora. A dor não é interna; todas as dores são trazidas do lado de fora.

.... E a segunda coisa: na medida que você joga fora a dor, que a envia de volta para fora, de onde ela veio, a alegria começa a brotar dentro de você. A alegria está dentro. Ninguém a traz de fora. Ela não vem de fora, ela é a sua natureza, ela é você. Ela está escondida dentro, ela é a sua alma.

....Se você reprimir a dor, ela cresce... Com a alegria ocorre totalmente o oposto: se você reprimir a alegria, ela diminui; se você a expressar ela aumenta. .Você tem que se tornar como uma criancinha, que não tem qualquer preocupação a respeito do passado, nem qualquer questão a respeito do futuro, que nem mesmo sabe o que os outros estão pensando a seu respeito.

...Um pouco de coragem é requerida e você poderá abandonar o seu inferno - exatamente como um homem que se sujou na rua e volta para casa para tomar um banho e a sujeira é lavada.

Da mesma maneira, a meditação é o banho e a dor é a sujeira. Assim como depois do banho a sujeira foi lavada e você se sente fresco, da mesma forma você terá um vislumbre, sentindo dentro de si a felicidade e alegria que é a sua natureza".

OSHO - The Sadhna Sutra.

Por Elisabeth Cavalcante


Por que comigo?



Quando estamos sofrendo é muito comum fazer esta pergunta. Porque parece que só a gente está sofrendo, que só conosco que as coisas dão errado. Parece até que Deus nos esqueceu ou que nunca se lembrou da gente. Mas isso não é real.

O fato é que quando sofremos nos centramos no sofrimento, nos envolvemos, ficamos com dó de nós mesmos, ficamos com raiva de quem nos destratou ou das coisas ruins que aconteceram, enfim, é muita energia perdida passando por nós e reverberando em nossas sombras.

Já pensar no bem, na felicidade, exige uma energia diferente, uma vibração em expansão. Pode fazer um teste.
Observe que quando você pensa em algo muito feliz, muito bom para sua vida, sempre esse sentimento envolverá outras pessoas. Quem sabe um namorado, ou um filho dando certo na vida, seu esposo ou esposa, alguém que você ama se curando, você sendo promovido e ganhando mais para realizar sonhos, enfim, sempre que pensamos em coisas boas pensaremos nos outros. Em nós e nos outros.

Já o sofrimento é egoísta, pode até ser que soframos por uma outra pessoa, por não dar certo no amor ou por sermos demitidos, mas terminamos por nos fechar, por não falar mais no assunto, por guardar tudo aquilo que nos aborrece dentro de nós. É claro que não devemos sair por aí semeando a cizânia, ninguém merece conviver com pessoas revoltadas, magoadas e rancorosas, mas nós também não merecemos e não devemos guardar essa raiva dentro de nós. Pois a raiva pode matar, gerar um câncer, destruir relacionamentos e fazer um grande estrago na nossa evolução espiritual.

Foi nesta sintonia que recebi Sonia, mulher bonita dos seus 40 anos, bem nascida, formada em direito e casada pela segunda vez. Aparentemente bem, porém, na sessão de vidas passadas veio uma história muito triste de uma moça que se casou para cumprir regras; o pai fazendeiro arrumou um casamento para a filha com um homem bem situado. Ela, buscando uma harmonia, fez tudo para o casamento dar certo. No entanto, o marido era um tipo machista, dono da verdade e, na época, isso era sinônimo de falta de respeito e educação.

Essa moça foi muito mal tratada, apegou-se aos filhos para conseguir viver, porém, guardando muita raiva e desgosto; sem ter como soltar essa energia morreu ainda jovem.

Ouvindo tudo isso, ela se emocionou bastante, pois muitas situações se repetiram nesta existência e seu desafio era se abrir e dialogar com a dor. Essa moça não sabia se queria ou não permanecer casada, e já sabia que essa resposta não viria de alguém e, sim, dela mesma.

A sessão serviu para ela entender a importância de se libertar da raiva, pois apesar de ainda sentir amor pelo marido, tinha muitos conflitos. Ora sentia raiva porque ele fez uma série de negócios tumultuados e perdera o emprego várias vezes. Ora sentia pena e um sentimento maternal. Os conflitos internos eram muitos. Mas, agora, ela sentia que precisava de foco na sua cura, em abrir sua energia para ouvir seu coração. Percebeu que morreu cedo na vida passada justamente por se ressentir e se fechar.
Pois é, amigo leitor, abrir-se não é fácil, perdoar também não, mas cada um tem sua parte e deve fazer tudo o que for possível para se libertar da dor.

Por Maria Silvia Orlovas

Três fósforos

Jacques Prévert

Três fósforos um a um acesos na noite

O primeiro para ver o teu rosto inteiro

O segundo para ver os teus olhos

O terceiro para ver a tua boca

E toda a escuridão para recordar tudo isso

Apertando-te nos braços

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Será você seu principal inimigo?



Cobranças excessivas, noites sem dormir, desgastes emocionais, discussões sem motivo, projeções futuras sem a mínima chance de concretização, seja no âmbito de relacionamentos ou profissional, sim, tudo isto pode estar destruindo seu campo emocional.

Hoje em dia, cada vez mais presenciamos situações de desequilíbrio, no trabalho, em casa e nas relações de amizade. O interesse se sobrepõe a tudo e a todos na grande maioria dos casos, e isto acontece quando escolhemos ou permitimos.

As pessoas equilibradas conseguem se manter à parte de tudo isso, e vivem na luz. Porém, quando estamos em fase de desequilíbrio energético, viramos inimigos de nós mesmos.
Criamos situações que não permitem crescimento ou felicidade, somente angústia, depressão e cobrança excessiva.

Quantas e quantas vezes já escutamos: se você não se ama, quem irá amá-lo?
Se você não se valoriza, quem irá valorizá-lo?
Se você não acredita em você, quem irá acreditar em você?
Mas e se todas essas respostas forem sim?

Você se torna seu principal inimigo quando cria e atrai situações que são semelhantes ao seu desequilíbrio energético.

Somos seres de luz que viemos para um crescimento pessoal, para sermos felizes e realizados, isto representa conexão plena com o Todo, com o Universo.

Podemos analisar como agimos de inimigos frequentes a cada situação exposta acima:
- será que você se ama em primeiro lugar? Os relacionamentos se tornam conturbados quando esquecemos de nós mesmos e somente enxergamos o outro como ideal de vida, isto é possível e comum. Como o outro amá-lo e valorizar se você não se enxerga como pessoa e ser de grande valor?
- o processo de rejeição trazido da infância também cerceia de forma impactante os relacionamentos, principalmente de duas formas, ou encontrando alguém que você ama e não lhe quer, e você passa a vida inteira atrás da pessoa e sofrendo... Ou encontra alguém que você não ama e convive pelo simples medo de estar só.
- no âmbito profissional não enxergamos nosso valor e competência e nos retraimos frente a desafios perdendo oportunidades de crescimento.
- em alguns casos, fazemos escolhas de empresas doentes e ambientes não sadios. Será que sua energia não estava desta forma quando escolheu esse local para trabalhar?
Por que não modificar tudo isso e mudar o padrão vibracional, tornando-o favorável em cada situação vivida?

A radiestesia atua nesse âmbito, analisando de maneira profunda e lhe ensinando a vibrar pelo que deseja, deixando de lado padrões vibracionais que não condizem com o seu propósito de vida. Quanto mais você entra em contato com seu propósito de vida Divino, mais você passará a agir de acordo com a sua intuição e haverá nesse momento um pleno equilíbrio entre espírito e matéria.

O estado de desequilíbrio se consolida em sua vida quando há uma desconexão entre espírito e matéria, ou seja, seu espírito tem propósitos e desejos que sua matéria não está realizando e nesse momento você se torna seu principal inimigo pois passa a haver um conflito em seu interior e a insatisfação começa a fazer parte do seu dia-a-dia.

Mudar tudo isso é fácil, só requer o seu desejo de modificar padrões, eliminar bloqueios e tornar-se um ser equilibrado através da modificação de seus padrões vibracionais e isto é possível com o auxílio da radiestesia.


Maria Isabel Carapinha é radiestesista e trabalha também com Feng Shui.
Ministra cursos e faz atendimentos em residências e empresas.

Trabalha também com a mesa radiônica fazendo atendimentos em seu consultório ou à distância.

Mudanças e sintonias



Em diferentes estações de nossa vida acontecem mudanças. Algumas sutis, outras surpreendentes. Algumas pequenas, outras grandiosas. Umas lentas, outras velozes. Cada fase e cada mudança tem um ritmo. A sintonia desse processo é única para cada pessoa. Muitas vezes algumas mudanças incomodam muito os outros e fico pensando que isso ocorre porque elas acionam o sinal no outro de que é preciso também mudar. Mudar exige coragem.

O certo é que, quando mudamos, a "segurança" é abalada porque iniciamos um caminho desconhecido. Até que ponto essa "segurança" se torna uma prisão? Será mesmo tão ruim se sentir inquieto e buscar respostas que nos colocam diante de desafios? Ou será o contrário? Há quem prefira fugir de suas marcas tentando apagá-las a qualquer custo. Estou aprendendo que é melhor encará-las de frente porque nossas marcas, mesmo as mais doloridas, são parte de nossa história.

Você com você e os elos que nos ligam aos outros formam uma rede tecida com muitas emoções, personagens e passagens. Tenho feito o exercício da retrospectiva e vou pontuando na rota de minha trajetória pessoas e situações que me transformaram no que sou. Há pessoas na qual me reconheço e há pessoas que se reconhecem em mim. Há lugares no qual sempre estarei. Há objetos que "é a minha cara" como diz minha filha. Há uma identidade que construimos e que reflete tanto o que somos. Há também o espírito aprendiz renovador que pulsa em nosso DNA e nos faz mudar. É preciso nutrir o terreno para que ele continue fértil. Não permita que seu solo seja cimentado. A água e os nutrientes precisam de fluidez.

Pensar na terra me fez lembrar a importância de podar os galhos secos. Ao se desfazer de cada galho seco de minha planta, fiz uma sintonia com a necessidade que temos de renovar nossa energia para iniciar uma nova estação. Refleti sobre certas pendências que fui adiando com a velha desculpa do deixar para depois e vi que é melhor não perder o tempo certo da poda para que a nova folhagem nasça com mais vigor. Esse período de transição de estações é muito significativo porque promove mudanças de clima não só nos noticiários do tempo. Quantas vezes nos paralisamos diante dos desafios da transição? É preciso força para fazer a passagem e isso muitas vezes representa encerrar contratos desgastados. Sugiro que você quebre aqueles galhos secos que não mais irão florir.

Este ano voltei a caminhar e elevei minha sintonia comigo mesmo. Os passos sintonizados com mudanças estão em curso. Mudar é difícil, por isso, aprecio tanto a citação do Dalai Lama "Seja a mudança que você quer ver no mundo".

Ouvimos tantas reclamações de pessoas que dizem ser necessário mudar isso ou aquilo e não têm a iniciativa de tecer um diálogo consigo mesmo: Você com você, experimente! Talvez você se desconheça em alguns momentos para voltar a se reconhecer melhor. É como desaprender para reaprender. E abrir seus sentidos para aprender é o caminho para seguir melhorando.

Por Maria Ivone Neto Mourão


Alguém Precisa de Você



Você já se sentiu alguma vez como um zero à esquerda, ou seja, sem valor algum?
Você pode responder que não, mas outras tantas pessoas já tiveram o seu dia de baixa auto-estima.
São aqueles dias em que a gente olha ao redor e não consegue ver nada em que
possamos ser úteis.
No entanto, e por essas mesmas razões, há sempre alguém que precisa de você.
Há pessoas caladas que precisam de alguém para conversar.
Há pessoas tristes que precisam de alguém que as conforte.
Há pessoas tímidas que precisam de alguém que as ajude vencer a timidez.
Há pessoas sozinhas que precisam de alguém para conversar.
Há pessoas com medo que precisam de alguém para lhes dar a mão.
Há pessoas fortes, mas que precisam de alguém que as faça
pensar na melhor maneira de usar a sua força.
Há pessoas habilidosas que precisam que alguém as ajude a descobrir a melhor maneira de usar sua habilidade.
Há pessoas que julgam não saber fazer nada e que precisam de alguém que as
ajude a descobrir o quanto podem fazer.
Há pessoas apressadas que precisam de alguém que lhes mostre tudo o que não têm tempo para ver.
Há pessoas impulsivas que precisam de alguém que as ajude a não magoar os outros.
Há pessoas que se sentem perdidas e precisam de alguém que lhes mostre o caminho.
Há pessoas que se julgam sem importância alguma e precisam de alguém que as ajude a descobrir como são valiosas.
E você, que muitas vezes pensa não ter nenhuma utilidade, pode ser justamente a pessoa que alguém está precisando agora...
É claro que você não precisa, nem pode ser a solução para todos os problemas, mas faça o melhor ao seu alcance.
Se não puder ser uma árvore frondosa no topo da colina, seja um arbusto no vale, mas seja o melhor arbusto do vale.
Se não puder ser um arbusto, seja um ramo, mas seja o ramo mais exuberante
a enfeitar a paisagem.
E se não puder ser um ramo, seja um pequeno tapete de relva para dar alegria a algum caminhante...
Se deseja ser um lindo ramalhete de flores perfumadas, e não consegue, seja uma singela flor silvestre, mas seja a mais bela.
E nesse esforço de ser útil a alguém que precisa de você, irá cada vez se tornando mais forte e mais confiante.
E todos as alegrias que espalhar pelo caminho serão as mesmas alegrias que encontrará na própria estrada.
Por mais difícil que esteja a situação, nunca deixe de lembrar que alguém precisa de você.
E o mais importante: você pode ajudar alguém.
A Terra é uma grande escola, onde o Criador nos matriculou para que aprendamos a ser felizes.
A grande maioria das pessoas que habita este planeta não é completamente feliz.
Somos todos caminheiros da estrada chamada evolução, e, num momento ou noutro pode ser que precisemos de alguém.
Assim sendo, como sempre estamos rodeados de pessoas, é importante que você fique alerta, pois ao seu lado pode estar alguém que precise de você, neste exato momento.

( Equipe de redação Momento Espírita, com base em texto de autoria desconhecida )