Por Bel Bezerra
Existem melodias que transcendem nossa alma, nos fazendo mergulhar no mais profundo âmago, percorrendo lugares sagrados, lugares trancados, lugares selados de uma existência, onde somente o silêncio se faz presente.
São notas que transpassam nossa alma, inundada de melancolia, uma viagem solitária onde não há fronteiras somente o infinito de um mundo, onde transcendemos os limites da razão e da compreensão, esta, tão limitada do ser enraizado dentro de si mesmo.
Luzes que se apagam, ribaltas de uma vida onde sorrir se torna um lamento, um lamento do tempo, um lamento perdido, um elo desfeito, poeira ao vento.
Árvores que farfalham, brisa que desfaz, amores entrelaçados, vidas desfeitas e o tempo como único presente de um passado esquecido.
Assim como a melodia que desfeita na brisa se esvai em notas, a vida escorre por entre as areias do tempo.
2 comentários:
Bel,
Acho que você conseguiu traduzir o que rola quando as músicas falam pelo nosso coração e mente, susurrando uma linguagem de dificil tradução em palavras. Acho que você conseguiu um pouco dessa tradução. Parabéns!
Há algum tempo atrás ocorreu-me o seguinte texto que compartilho em seu blog:
A música é uma linguagem universal, cósmica.
Em sua interpretação a base da compreensão é a sensibilidade.
A música é um dos meios em que o ser se revela.
Em sua presença o coração se despe e a emoção aflora.
A música é um reflexo da eternidade.
Em seu espelho sutil a realidade cruza os paralelos da existência.
A música é energia hábil, inteligente e criativa.
Em seu caminho pode evocar a paz, o amor, a harmonia...
A música é um símbolo mágico de contato perpétuo.
Em sua manifestação não precisa de tempo ou espaço.
A música é uma ponte invisível.
Em sua aura liga as partes no todo e o todo nas partes.
Kadu,
Obrigada pelas belas palavras e fico imensamente feliz em ter sua sensibilidade gravada em meu blog.
Namastê !
Postar um comentário