domingo, 30 de janeiro de 2011

Por que temos medo de Espírito?



É incrível o elevado número de pessoas que já foram atendidas por mim, nestes longos anos de carreira como terapeuta, que afirmavam sentir medo de espíritos. E ao perguntar "por quê?" nenhuma delas conseguia definir os verdadeiros motivos.

Muitas diziam num primeiro momento não sentir o medo, somente um leve receio, mas se recusavam a aprofundar o assunto quando convidadas a fazê-lo.

Outros diziam não se incomodar com o tema, porém, ao serem questionadas sobre os mistérios que envolvem o assunto mudam rapidamente o rumo da conversa.

Interessante observar que boa parte, a maioria, eram freqüentadores habituais de casas espíritas kardecistas e ainda alguns trabalhavam nos grupos de passes.

Ao realizar uma pesquisa direta para tentar entender as causas desse medo coletivo, obtive alguns sinais desse temor cuja origem, aparentemente, é desconhecida.

Pouco se sabe a respeito do mundo espiritual porque a ciência não reconhece os fenômenos mediúnicos que acontecem comumente nas casas espíritas ou outras práticas. A ciência como organismo sistemático admite somente casos com comprovações materiais ou possíveis de serem medidos por algum aparelho reconhecido pelo mundo científico o que torna impossível sua comprovação em razão de que os acontecimentos do mundo espiritual são fatos que estão num padrão vibratório muito longe da realidade física, material, aceita pelo mundo científico.

Tanto é assim que a própria Organização Mundial da Saúde, o órgão regulador as entidades médicas do planeta, já admitiu no ano de 1998 a existência de fatos espirituais incidindo sobre a saúde de seres humanos e incluíram no CID, código internacional de doenças, no item f.44.3, a doença "obsessão espiritual".

Apesar disso, os médicos e órgãos governamentais de saúde do mundo todo desconhecem esse fato não sei por quais motivos, mas, o fato é que se perguntar a qualquer medico sobre este assunto, como eu tenho feito todos esses anos, a resposta de 99% deles é de total desconhecimento do assunto.

Os casos de processos obsessivos espirituais são tratados com medicamentos que causam dependência, no entanto, nada é modificado nesse sentido. Rotula-se as doenças como Síndromes diversas, depressão, e outros nomes cujo diagnóstico é fechado de forma subjetiva já que não existem exames ou aparelhos científicos que possam ser utilizados para identificar tais anomalias do corpo humano.

A doença é identificada pelos sintomas e são tratados somente os sintomas e não as causas que são impossíveis de serem identificadas pelos equipamentos disponíveis no mercado.

Temos a cultura de valorizar o corpo físico e tudo que ao nosso redor possa ser identificado pelos nossos 5 sentidos que somente consegue captar a sintonia de matéria física.

Somos um espírito antes de ser um ser humano, ter um corpo físico, que é formado a partir de nosso programa de vida, cujo projeto fazemos antes mesmo de virmos para este planeta e nos incorporar a um corpo físico que é construído por nós mesmos através da energia eletromagnética que nos empresta nossa mãe, com seu corpo físico, único veículo capaz de captar esta energia proveniente da Terra.

Nossa educação nos limita quanto aos conhecimentos sobre nós mesmos. Aprendemos desde crianças que somos um corpo e que tudo gira em torno desse corpo físico e suas manifestações.

As atribuições do espírito, que somos, é relegada a um segundo plano, ou completamente esquecida, omitida, com objetivos óbvios de controle da massa humana.

Nesse sentido, somos orientados e motivados a competir que é totalmente contra nossos instintos.

O espírito milenar que habita nosso corpo físico não entende o que é competição, por esta razão precisamos ser educados, disciplinados a aprender a competir.

Somos um espírito que nasceu do amor que é a energia proveniente da fonte Suprema e só estamos felizes quando estamos na sintonia do amor que é a energia primária, fonte da vida.

Quando somos felizes, estamos seguros, confiantes, realizadores e donos de nossas próprias idéias, pensamentos. Não temos medo de nada nem de ninguém.

Já percebeu que todas as vezes da sua vida em que você esteve apaixonado por alguém ou por alguma coisa, não apareciam na sua cabeça pensamentos de medo ou situações de insegurança?

Porque na paixão, que é o amor com impulso da ação realizadora, estamos inteiros. Não há como medir a paixão, não há equipamentos científicos que possam intensificar o volume de um amor.

O amor é sentido não é possível ser medido. Porque o amor é emoção e toda emoção é uma ação do espírito manifestada no corpo físico e não uma função fisiológica material.

Quando sentimos medo de espíritos, estamos do mesmo modo que medicina tradicional, tentando interpretar ações emocionais com nosso intelecto, de forma lógica, racional o que não é possível. A razão não sente.

É o mesmo que tentar explicar uma cor para outra pessoa por telefone do outro lado da linha, não há como explicar, um vermelho pode ter muitas nuances e cada um de nós vai "sentir" e interpretar a cor de acordo com seus padrões emocionais e não com a razão.

Quando sentimos medo de espírito somente estamos tentando interpretar com os 5 sentidos físicos e como não conseguimos, por razões lógicas, tendemos, por educação a rejeitar o que não compreendemos porque não temos controle sobre tais acontecimentos. E nossa educação nos incentiva a ter medo de sensações que estejam fora de nosso controle.

Da próxima vez que você sentir medo de um espírito, tente se olhar no espelho, bem no fundo de seus olhos e se pergunte: Afinal, quem sou eu? Homem ou espírito? Qual a diferença entre eu e esse espírito?

Talvez você perceba que um espírito quando se comunica com você só está na sua sintonia, como se fosse uma linha telefônica e o resultado é somente uma conversa silenciosa, sem voz.

Talvez, você consiga perceber que se trata somente de um sistema de telepatia, simples, como uma conversa informal com qualquer outro espírito que como você também esteja dentro de um corpo físico.

O corpo físico que seu espírito ocupa neste momento, um dia, vai ficar aqui na Terra porque é feito de matéria do planeta, mas, você espírito vai continuar vivo e vivendo aqui ou em outra dimensão de acordo com seu livre-arbítrio, sua escolha.

Você é um espírito!

Por Dárcio Cavallini


Solidão



A palavra solidão causa medo em muitas pessoas e até pouco tempo atrás ela também gerava em mim um certo receio. Portanto, decidi procurar informações em livros e artigos selecionados que tratavam deste assunto, mesmo tendo consciência de que em determinado momento de nossa vida, quando estamos em busca de evolução espiritual, acadêmica ou até mesmo em um novo relacionamento, o caminho parece ser mais solitário...

Estou sempre rodeada de amigos e familiares, mas diante dos principais temas de meu interesse com os quais hoje convivo, sinto-me muitas vezes como se não conhecesse mais ninguém... sinto-me uma estranha, cercada de tantos contextos corriqueiros que atualmente não têm mais relevância para mim. Eu gosto de escutar as pessoas e tento ajudá-las, mesmo que seja somente ouvindo-as, mas muitos seres humanos se queixam de coisas tão pequenas e banais que já não consigo mais deixar de externar minha opinião a respeito e percebo que nem sempre elas aceitam conhecer a verdade, que muitas vezes é interpretada como crítica direta.

Voltando ao nosso tema "solidão", classificada como "sentimento onde dada pessoa sente-se num profundo vazio e isolamento", podemos tirar diversas definições e classificações; no entanto, como sou muito otimista, comentarei as que mais me atraem:

- Sentimos a solidão quando achamos que perdemos algo em nossas vidas ou quando de fato perdemos algo ou alguém importante; é neste momento que tomamos consciência de como era significativa aquela pessoa e quanto nos faz falta sua presença... portanto, isso não é ruim, ao contrário, nos ajuda a crescer, a perceber como não demos valor quando deveríamos ter dado.

- Podemos também sentir solidão quando temos que tomar alguma decisão importante em nossa vida e por mais que alguém nos dê conselhos, queira até mesmo ajudar sinceramente, preferimos a solidão e optamos em ficarmos sozinhos. Isso nos proporciona reflexão e, consequentemente, favorece uma escolha mais correta e uma atitude acertada.

- Para meu espanto, a meditação também exige uma solidão saudável e o vazio do nosso interior, o que acaba por nos proporcionar momentos de êxtase e o encontro com a nossa essência divina.

Foram essas as conclusões principais que consegui extrair desse interessante tema e não posso negar a realidade de que para muitos esse sentimento causa sofrimentos e feridas profundas. Mas, se podemos tirar sempre o positivo de qualquer circunstância, por que não tentarmos ao menos reverter o negativo desse sentimento e transmutá-lo em positivo?

É necessário acordarmos das ilusões que a mídia consumista diariamente nos empurra goela abaixo e tomar em definitivo a direção, as rédeas de nossa vida, buscando somente a verdade e a positividade em nosso cotidiano.

Muitos podem dizer que falar é fácil... o difícil é colocar em prática... e mais difícil ainda é acreditar que isso possa efetivamente funcionar. Pois bem, só conseguirão ter acesso à resposta os que ao menos tentarem, e tenho certeza que será preciso buscar a fundo, mas as respostas serão satisfatórias e bem mais positivas do que poderiam esperar.

Por Lidiane de França

Conexão com Deus: você precisa sentir!



Talvez não estivesse nos planos do Grande Espírito Criador a idéia de que um dia, seus filhos falassem da Conexão e sua importância e necessidade. Falo isso porque qualquer ser minimamente consciente deveria saber que sem essa sintonia com a Força Maior, a vida não fluiria dentro de nós, portanto, é quase que uma incoerência falar de algo vital, essencial, assim como o ar que respiramos, mesmo porque, se não houvesse essa ligação entre qualquer ser e o Criador, obviamente esse primeiro jamais existiria. Sem essa ligação com a força de vida que nos alimenta, que abastece tudo e a todos, nada seria possível. Por isso que talvez, Deus, do alto de sua Grandiosidade, jamais imaginou que precisaríamos "revisar" esse aprendizado. Mesmo assim, mesmo sendo algo tão necessário e vital quanto o ar que respiramos, portanto, óbvio, nunca é demais falar de um assunto tão importante.
Não é difícil perceber que temos uma programação interior que nos leva sempre, mesmo que não tenhamos consciência, a buscar constantemente CONEXÃO com a Fonte Maior.

Quando batemos a canela no canto da cama, instintivamente levamos a mão ao ponto dolorido, com o objetivo de gerar alívio.

Quando sofremos, nos sentimos mal, choramos, nos recolhemos em reflexões, com o objetivo de nos centrar, nos equilibrar.

Quando a doença surge, nossos corpos pedem descanso, tratamento, refazimento.

Quando chega a noite, sentimos a necessidade do sono, do repouso reciclador da força da vida.

Quando estamos com fome, o alimento nos renova, nos sacia.

Quando estamos carentes, queremos um colo, um amigo, um ombro para chorar.

Todos esses hábitos carregam mensagens incutidas que demonstram claramente o mecanismo natural instintivo, de que sempre buscamos a Fonte. E se buscamos esse manancial é porque não estamos ligados a Ele, ou no mínimo temos dificuldades em nos manter nessa ligação. Portanto, toda crise, dor, sofrimento, revela uma quebra dessa sintonia, que é a causa raiz de toda mazela humana.

Não existem mistérios, complexidades ou desafios instransponíveis nessa tarefa, porque todo ser tem internamente essa programação, todavia, estamos destreinados, desacostumados a viver a vida em conexão com a Fonte.

Nosso desafio é relembrar o que está impregnado em nossas células físicas e espirituais: na conexão constante e consciente está a receita para uma vida feliz e plena de todas as qualidades e virtudes que precisamos.

O desafio lançado a todos nós é de reaprender a viver, começar de novo, mesmo que tímida e lentamente, começar a considerar que a nossa ligação com a Fonte é inquestionável.

Uma vez que aceitemos essa verdade natural e passemos a agir condizente, uma força luminosa muito intensa passará a nos sinalizar o caminho de uma vida simplesmente maravilhosa: uma vida em CONEXÃO!

Dicas para sentir e manter a CONEXÃO:

- Reze - desenvolva o hábito da oração, devotada, de coração, com intenção amorosa.

- Medite - pare pelo menos duas vezes ao dia para encontrar silêncio dentro de você, mesmo que tudo ao redor esteja barulhento. Feche-se ou isole-se em um local, ao menos garanta que ninguém lhe interromperá. Respire fundo, feche os olhos. Faça no mínimo vinte ciclos respiratórios profundos e longos. Procure sentir a leveza que vem em seguida.

Depois imagine, acredite, sinta, visualize, que do alto de sua cabeça, entra uma linda luz celestial, divina, abençoada, que purifica seu corpo todo, dos pés a cabeça. Imagine essa luz passando suavemente sobre todo o seu ser.

- EXPRESSE GRATIDÃO PELA VIDA E SEJA GENTIL COM TODAS AS PESSOAS, mesmo que aparentemente elas não façam por merecer.

Acredite, se você aplicar à risca essas dicas, certamente sentirá sua CONEXÃO acontecer. Sinta a CONEXÃO, você vai se transformar.




Mediunidade e preconceito vamos mudar isso?




Depois de assistir o filme "Além da Vida" dirigido pelo veterano Clint Eastwood, fiquei pensando por qual motivo as pessoas vêem a mediunidade com tanto preconceito. Inclusive, os próprios médiuns. Constantemente recebo pessoas para realizar uma sessão de regressão a vidas passadas e elas dizem serem médiuns, mas de alguma forma bloquearam sua percepção sutil, ou porque não encontraram um lugar adequado para desenvolver o dom e não persistiram na busca, ou ainda porque têm medo do que podem ver e com isso sentem a vida travada, sabem que deveriam estar vivendo outras coisas.

Talvez falte coragem, quem sabe persistência, ou talvez uma forma correta de enfrentar o desconhecido, porque tenho que concordar que a princípio ver, ou sentir coisas que as outras pessoas não vêem e não sentem não é nada fácil. Muitas vezes os pais, a família, tiram da criança ainda pequena aquela espontaneidade natural, pois o diálogo, o amor, a aceitação e o saber ouvir são fundamentais para começar a tratar do assunto. E é claro ainda que existem casos clínicos envolvendo a mediunidade, o que perturba a vida de muita gente.

Posso afirmar, no entanto, que apesar de difícil, o tratamento é fundamental. No nosso país, existem milhares de centros espíritas e grupos espiritualistas, porém, nem sempre as pessoas estão abertas ou dispostas a mudar suas vidas. E, em se tratando de realizar contatos espirituais, a vida nunca será a mesma, pois há uma expansão de consciência que obriga os envolvidos a verem a vida de maneira diferente.
Infelizmente, o tabu é tão natural que mesmo pessoas sensíveis, com uma mediunidade controlada, têm medo de usar a própria intuição e se fixam nas regras, tentam se aplicar nos trabalhos tradicionais para ter maior segurança, enfim, se escondem em normas para se sentirem seguras. E será que elas estão erradas?

Acho que não, pois cada um de nós tem sua forma de lidar com os desafios e a mediunidade muitas vezes é mesmo um desafio, sendo que muitos casos mediúnicos são bem problemáticos, cercados de perturbações, medos, obsessores, mas se tratados corretamente podem ser solucionados, transformados, libertando os envolvidos.

Precisamos extrair o drama dessas situações, tirar o medo do desconhecido e ver as coisas como elas de fato são. O mal e a perturbação antes de estarem no outro estão em nós mesmos, em nossas idéias, na maneira pela qual vemos o mundo e na reduzida importância que damos à emoção, pois ela é a porta de entrada da percepção mediúnica. Quantos e quantos casos de síndrome do pânico, por exemplo, ocorrem com pessoas mediúnicas que não sabem lidar com aquilo que sentem? Quantas noites mal-dormidas poderiam ser evitadas se as pessoas envolvidas trabalhassem o sentimento de perdão, compreendendo que se estão envolvidas nessa perturbação, de fato têm alguma ligação com o assunto?

Precisamos dar um passo além do preconceito e aprender a lidar com todas as faculdades que Deus nos deu. E para isso precisamos estudar mais, amar mais, evoluir em nossas crenças, acessar novos conhecimentos e técnicas, fazer cursos, ajudar os outros e tentar dialogar com as emoções.

Negar o mundo oculto não soluciona o caso e também não faz desaparecer os sintomas. A morte e o desconhecido fazem parte da realidade humana, e as emoções e sentimentos são os canais de ligação entre espírito e matéria, aceitemos ou não. Pessoalmente acho melhor tratar de desenvolver o dom da mediunidade.


Por Maria Silvia Orlovas

Quem precisa de Gurus?



É muito raro uma pessoa que faça seu trabalho sem querer chamar atenção para si, sem buscar publicidade ou tentar comercializar o que faz. É muito raro encontrar alguém que inspire sem desejar ser reconhecido por isso, que efetue curas sem pedir nada em troca. Você pode até procurar uma pessoa assim, mas, só vai encontrar se estiver preparado para seguir os passos dela.

Os melhores professores são os mais humildes, ou mais amorosos, os mais dispostos a capacitar as pessoas. Se você quiser encontrar um professor assim terá que ir além das aparências. Procure um homem ou uma mulher que não lhe prometa nada, mas, ame você sem hesitação. Procure o professor que não tenha a pretensão de corrigir ou ensinar você, mas, que abra seu coração quando olhar nos seus olhos.

Quando você pensa em grandes professores, logo imagina alguém com uma túnica diáfana e fulgurante, rodeado por uma multidão. Mas nenhum desses ornamentos é necessário. Na verdade, eles geralmente atrapalham.
O foco vai para o GURU e não para o aspirante. Um dia eu criarei uma casa de repouso para os GURUS. Vou pedir que se dirijam para um lindo lugar nos Andes ou no Himalaia, onde eles possam passar os dias jogando bocha ou dominó e parem de causar tanto problema.

Sem ninguém lá fora, investido de autoridade, para inspirar você ou dar valor para o que você faz ou diz, será preciso que você preste mais atenção na sua própria experiência ou orientação. Você terá que parar de buscar fogos de artifício e se encarregar da tessitura de sua própria vida. Terá que aceitar a tapeçaria que se estende a sua frente, com seus erros e tudo o mais".
(Trecho do livro O Milagre do Amor de Paul Ferrini)

Vivemos num mundo de aparências que está acabando. Iremos passar para uma dimensão onde todos serão livres para seguirem somente os caminhos apontados pelo seu coração, um mundo onde não mais encontraremos os chamados Mestres ou Gurus. Em todos os setores de vida, encontramos muitos deles, prometendo milagres, chamando a atenção para si, deixando as pessoas dependentes, e, isso não fortalece ninguém, pelo contrário, cria seres humanos fracos e com medo. E quem age assim, aproveita-se da falta de poder pessoal e desânimo alheio.

O verdadeiro milagre da criação, da manifestação, é sempre mérito da própria pessoa, que com uma pequena ajuda sustenta sua fé, cria coragem para agir, toma seu poder pessoal nas mãos, caminha sem hesitar, aceitando tudo que o Pai Maior lhe enviou, sabendo que Ele escreve certo por linhas tortas, e, portanto, nada é para sempre, nem o bom e nem o ruim, tudo passa, ficando somente o aprendizado que eleva a consciência.

Deus não fez ninguém melhor que ninguém, então, porque colocar um ser humano no pedestal? O que ninguém percebe é o quanto isso é perigoso para si mesmo, que fica dependente de muletas ou bengalas e para o outro, que se for uma pessoa egóica, imatura, e sem integridade, fica naturalmente com os méritos que lhe são oferecidos em nome de Deus. Viram Deuses orgulhosos e arrogantes, que se aproveitam das fragilidades alheias; pobres seres à espera de outra Sodoma e Gomorra.

Verdadeiros professores e curadores preferem o anonimato, não gostam de chamar a atenção para si, porque têm consciência que não alcançariam nada sem a ajuda divina. Sabem que são como pontes que deixam as pessoas mais confiantes em si mesmas, fortalecendo nelas a fé, a coragem, permitindo que o mérito fique com Deus e com a própria pessoa.

Mas, fazendo uma comparação com o que vivemos na política de nosso país, não dizem que cada povo tem o político que merece? E por quê? Porque votam sem nenhuma consciência, indo atrás das aparências, do glamour, do sucesso, de palavras bonitas e enfáticas, sem discernir, sem pesquisar a vida da pessoa, sem perceber que quem fala muito, julga excessivamente, conta histórias mirabolantes e sem nexo sempre culpando o outro pelas suas dificuldades, não pode ser uma pessoa séria.

Quem conhece um político que não faz sua propaganda em cima dos supostos defeitos do outro? E, mesmo assim, muitos votam nele, comprados pela ilusão. Então, percebemos que somos nós que devemos mudar, aprender a separar o joio do trigo e, assim, não permitir mais enganos.

A humanidade tem o defeito de ver a imperfeição em tudo e em todos, de dar ouvidos às constantes lamentações destrutivas daqueles que ainda não entenderam que as catástrofes vividas atualmente são reflexo daquilo que os seres humanos fizeram, mas, que não previram que a situação lhes escaparia do controle. E se continuarem a manipular as pessoas carentes e necessitadas em nome de Deus se tornarão incapazes de sustentarem-se em seus pódiuns por mais tempo. Veremos muito joio com título de Mestre enredado em suas próprias mentiras.

Tudo que precisamos entender é que a luz do Cristo que se expande nos corações dos indivíduos honestos e de boa vontade ajudará a Terra e aos homens a atraírem para si só a perfeição. Devemos evitar discutir assuntos discordantes, pois, quem fala a verdade não precisa se justificar, deve, sim, cortar os laços energéticos perniciosos.

Evitemos também nos perturbar pelas criações de outros, principalmente, aqueles que não aceitam ajuda.
Aprender a contemplar a perfeição que se manifesta através do nosso coração na vida é aceitar a plena atividade de nossa Divina Presença, aquela que dispensa Mestres e Gurus, pois, nos aponta sempre os caminhos mais corretos a seguir.

Vera Godoy


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O quanto somos dissociados de nós mesmos?


Fazer desaparecer da consciência experiências desagradáveis é uma das muitas táticas adotadas pelo nosso cérebro a fim de que o nosso sistema emocional sobreviva. Dissociação é um dos nomes utilizados para este tipo inconsciente de intento. Existem vários outros exemplos especificando os significados da palavra dissociação.

Aqui evidencio uma dentro dos princípios que iremos abordar. Ou seja, quando passamos por uma experiência muito ruim, de impensável digestão, nossos mecanismos de defesa e de sobrevivência realocam a experiência com todo o significado e impactos compreendidos no momento, como se estivessem numa caixinha congelada em algum local do nosso cérebro onde a mente consciente não se comunica.

O problema é quando eventos deste tipo ocorrem, acabamos sendo vítimas deste tipo de invenção.

Vou explicar melhor com um exemplo de um paciente meu que embora amasse profundamente a sua esposa, frequentemente era tomado por compulsão desmedida a ter casos extraconjugais, sendo que isso sempre foi uma constante em sua vida. Desde os tempos de namoro a sua história era sempre a mesma. No começo, e até há pouco tempo, buscava convencer-se de que agia assim pelo simples fato de ser homem e ser homem implicava em ter casos extras, acreditava.
Com o passar do tempo começou a perceber que não era tão dono da situação como supunha. Sentia-se impulsionado, como se fosse um mero escravo de obscuros aspectos seus, como se algo secreto o comandasse. O pior era o depois, quando sentimentos depressivos e de culpa o assolavam.

Racionalmente, desculpava-se, afinal, estava inserido num certo contexto social de aceitação e havia encontrado uma tribo de adeptos.

- Note que aqui não estamos falando, em hipótese alguma, de algum sentido moral e, sim, de bem-estar ou mal-estar gerados por alguma atitude efetivada sem o comando do eu consciente. Estamos falando de quando somos vítimas de nós mesmos, quando somos nossos próprios algozes.

Este é um exemplo típico de dissociação... Onde o motivo, por mais que fosse pesquisado em terapia, não mudava o contexto das ações e muito menos das angústias geradas.

Como romper um ciclo dissociativo?

Aqui se deve ser bastante consciencioso para conhecer se a pessoa tem estabilidade emocional para unificar-se e, definitivamente, curar-se. Por vezes, o processo pode levar mais tempo devido a certas fragilidades pessoais. O terapeuta tem obrigação de entender em qual status emocional seu paciente está para poder conduzi-lo a si mesmo em meio a maior eficácia, sem correr o risco de fragmentá-lo ainda mais.

No caso deste paciente, depois de algumas sessões em EMDR, durante o seu reprocessamento, ele se viu em sua casa de infância no interior, entrou em contato com inúmeras cenas que havia se esquecido totalmente e quando reviveu algumas delas, por alguns momentos passou por alguns rompantes emocionais que estavam enclausurados devido a fortes sentimentos represados desde sua infância. Durante o reprocessamento ocorreu descongelamento de cenas que ficaram pairando em seu cérebro, num tempo emocional muito distante do tempo dele de agora, adulto, mas que o estava afetando sobremaneira.

Seu aspecto adulto pode entrar em contato com a sua criança assustada libertando-a do medo e da desilusão em que estava e, assim, unificando-se, pode associar-se a si mesmo e trazer aspectos dessa criança curada para seu universo atual. Como efeito dessa unificação, ficou mais espontâneo e muito mais presente no seu agora. Neste momento, redesenha seus projetos futuros, assim como pode reprocessar eventos traumatizantes do passado sob uma nova compreensão emocional.

Neste caso específico, suas tendências extraconjugais perderam o sentido e outros significados, anteriormente impensáveis em sua vida, surgiram-lhe à mente como idéias inovadoramente surpreendentes.

Presente, passado e futuro, todas as dimensões de um só agora... Ininterrupto, intenso e mutante, basta se posicionar, ousar e conquistar – EMDR – Cura emocional na máxima velocidade.

Por Silvia Malamud


O que depende de nós para a vida dar certo?



Como gostaria de afirmar que neste ano tudo vai dar certo.
Juro que teria o maior prazer em dizer isso e acreditar que será assim, mas, infelizmente, não conhecemos todas as regras do jogo. E o certo e o errado também são relativos...

Faz parte da nossa caminhada um dia as coisas ficarem bem e em outros dias a vida apresentar desafios. Aliás, é isso que nos incentiva continuar caminhando. Neste ano, sob a regência de Mercúrio, as mudanças serão ainda mais aceleradas e cheias de desafios, porém, não precisamos olhar para isso com peso, nem ficar imaginando que os desafios serão ruins. Acho que precisamos espantar de nós o desejo de estabelecer uma ordem dura, rígida, pesada e absoluta. Precisamos aprender com Mercúrio e suas asinhas nos pés essa flexibilidade e sermos mais leves pegando carona nesse impulso transformador para dar liberdade de Deus agir em nossas vidas. Aceitar a mudança é parte importante da conquista da felicidade.

Olhando o número dois deste milênio, vamos entrar em sintonia com a energia preponderante do Arcano "A sacerdotisa" que implica em saber lidar com um mundo sutil de sonhos, planos, desejos, gestação de idéias. Aliás, tudo o que a nossa humanidade está fazendo. Você já reparou como estão surgindo tantas coisas novas nos últimos tempos? Quantas novidades estamos nos deparando constantemente? Principalmente, no mundo tecnológico?

Parece incrível pensar que há dez anos tínhamos apenas começado a usar o computador pessoal, a internet e o celular. Estávamos engatinhando numa tecnologia que hoje faz parte da vida de todas as pessoas, de todas as camadas sociais. Ficamos anos presos ao cinema e a televisão, criando astros e referências estáveis que acompanharam a adolescência e juventude dos nossos pais, enquanto que hoje nós e nossos filhos somos convidados a aceitar novos ídolos, sonhos, a cada dia que passa.

Confesso que tenho certa dificuldade em assimilar essas mudanças e talvez até tenha uma forma antiga de ver as coisas quando afirmo que preciso de estabilidade. Porém, a fé não depende dessas referências externas, ao contrário depende de nós, de nosso contato com o divino e com o mundo espiritual. A fé nasce do nosso contato interior, da força do coração, e das conseqüentes atitudes e interações com o mundo a nossa volta. A fé se estimula a cada dia.

A rapidez gera muita incerteza, medos e conflitos. No que afinal vamos nos sustentar, e apoiar nessa influência mercuriana? Já que Mercúrio que também é o regente da inteligência que por si só não se sustenta?

Ao longo da minha vida, conheci muita gente talentosa, cheia de recursos intelectuais, mas carente de força interior para concretizar planos e levando uma vida infeliz. Isso me leva a pensar que a vida nova para o ano novo depende de nós, da nossa força interior de concretizar o bem nos baseando em olhar, observar, aceitar e aprender a lidar com o que temos.
Um dia, conversando com um cliente sobre a fé e a força de realização, comentei que a fé sem ação é morta. E agora complemento que a fé precisa de flexibilidade e aceitação das mudanças...

Amigo leitor, tenho que confessar que esse é um teste para mim, e que preciso muito praticar o mantra: "Entrego, confio, aceito e agradeço"!
Peço que Deus seja muito generoso e paciente com todos nós, porque muitas vezes a gente pede muita coisa, e até recebe, mas, sem paciência, como ver o bem de tudo o que nos acontece?

Assim, amado Deus, se nesse momento esta em mim e em cada uma das pessoas que está lendo o meu texto, peço de coração aberto: Paciência conosco, com nossos pedidos, com nossos medos, com nossos desejos mimados.

Tenho fé que alcançaremos um estado de maior luz e compreensão dos Seus passos, e que finalmente, alcançaremos a paz de aceitar os Seus desígnios com alegria e otimismo.


Por Maria Silvia Orlovas

Espiritualidade - Consciência de Alma



O Universo Infinito, envolvendo o visível e o invisível, o conhecido e o desconhecido, o objetivo e o subjetivo, o físico, o astral, mental e espiritual, tudo faz parte do Todo, Ser Maior Criador Deus.

Estes aspectos globais da vida sejam eles manifestados em unidades ou na forma de incontáveis núcleos de átomos pertencentes às constelações estelares, todos têm suas próprias esferas de radiações e, portanto seus específicos campos de influência. Apesar desta característica todos permanecem inter-relacionados, sendo agregados através dos Divinos Raios de Energia, os quais constituem o Universo Etéreo integrando toda a criação em Um Todo, Energia Superior, Ser Maior Criador Deus.

A esfera de influência exercida por essas formas de vida - mineral, vegetal, animal, humana - sejam elas consideradas simples ou complexas, tem sido determinada prioritariamente pela natureza de suas inerentes consciências. É o grau de tais manifestações de consciências que irá mostrar a sensibilidade, responsabilidade, receptividade, radiação ou rejeição.

Vamos então refletir sobre o tema?

A manifestação do estado de consciência está diretamente relacionada tanto ao desenvolvimento atingido, como também na habilidade em reconhecer, registrar e auto identificar-se com as energias envolvidas.

Assim nossa evolução espiritual deverá ser lembrada como um processo progressivo de despertar nossos recursos da Consciência de Alma, coordenando e fundindo os níveis superiores e inferiores, tanto do espiritual como do material.

É com este propósito que a Alma quando na forma humana, se coloca em ação, servindo como veículo para que a consciência passo a passo atinja seu objetivo primordial. Cada Alma humana, tanto as encarnadas, como as que estão temporariamente habitando o mundo etéreo, constituem no seu todo, parte integrante da Consciência Divina da Alma Suprema, Ser Maior Criador Deus.

Nossa centelha individual de consciência enquanto manifestada em forma, nos primeiros estágios de evolução, torna-se desperta para algumas evidências, ou seja, para a individualidade que distingue ela mesma (Alma) do material. Faz sentido?

Alice Bailey (1880-1949) escritora espiritualista nos diz a este respeito: "O objetivo final do desenvolvimento de todos nós seres humanos espirituais será atingir completa autoconsciência, não só no plano físico, como também progressivamente nos planos emocional, mental e conseqüentemente nos sucessivos planos espirituais, até que finalmente o então totalmente incompreensível estágio da consciência cósmica seja atingido."

Consciência de Alma ou Consciência do Ser é a relação entre matéria e espírito, acrescido dos resultados das nossas atividades de aprendizado. Desta forma passa a ser a relação entre Alma e personalidade. Sensibilidade, conhecimento, inteligência, mente amorosa, são partes integrantes da consciência, refletindo as diferentes esferas da evolução das forças internas, quando nos manifestamos, seja sentindo, pensando, agindo, o que nos coloca dentro da vida. Correto?

Consciência de Alma é pressuposto diretamente associado ao nosso Eu Verdadeiro, o qual nos distingue de outras criações dos reinos da natureza.

Entretanto deverá ser entendido que em todas as formas de criação, sendo um átomo ocorrendo no reino mineral, uma planta no reino vegetal, ou um Ser planetário de outras Galáxias, todos estão caracterizados pela Vida, ou seja, somos seres vivos, dispondo de níveis de consciência. Está claro?

Dr. J. J. Hurtak cientista social norte-americano na obra "O Livro do Conhecimento: As Chaves de Enoch" nos diz: "Alma e Espírito não devem ser entendidos como sinônimos. Alma é a consciência natural de vida, sem a percepção superior dos mundos anteriores e dos mundos que hão de vir. A Alma precisa passar por muitas formações , transformações ou mesmo renascimentos antes de poder-se entrelaçar com a consciência divina Eu Superior."

Nosso corpo formado por múltiplas associações de átomos e células, pequenas ou grandes, simples ou complexas, é circundado por campos eletromagnéticos, conhecidos como chakras, os quais são produtos de energias constantemente irradiadas. Estas irradiações de energias constituem de forma simultânea o meio para condução de influências externas, servindo de função dupla - irradiação e recepção - determinando assim o grau de vitalidade, sensibilidade e consciência refletida por nossa vida.

A classificação em diferentes reinos da natureza não explica por completo, os níveis de consciência demonstrados. Por exemplo: Aos nossos olhos de leigos, os minerais poderão não refletir sinais de vida ativa, mas estarão demonstrando seus estados de consciência, ao responderem as condições do clima quanto à temperatura ambiente e nível de umidade.

Esta resposta às condições climáticas é mais evidenciada entre as plantas, mas esta regra é observada como sendo puro instinto. Entretanto este estado de consciência é evidenciado através de modernos equipamentos eletrônicos, os quais identificam que as plantas reagem positivamente às forças etéreas dos humanos amantes de plantas, seja no realce do verde como na beleza das flores e qualidade dos frutos. Ao contrário apresentam reações negativas para aqueles que mostram pouco interesse na vida vegetal.

Portanto a Luz para qual nós seres humanos espirituais temos despertado através da Consciência de Alma, torna-nos mais esclarecidos em relação à nossa ignorância, e através da nossa atração para o bem maior enxergamos a tênue linha divisória entre as vicissitudes que nos direcionam para a tristeza, e de forma simultânea nos permitem visualizar o contraste com a alegria.

Por Marcos Porto


Múltiplos eus, nossa verdadeira constituição




Somos constituídos por diversos "personagens" sendo que todos estes se tornaram vividos por conta de importantes experiências passadas ao longo da vida. Se você já presenciou a personalidade de alguém, ou mesmo a sua, mudar da água para o vinho e de um minuto para outro, sabe sobre o que estamos abordando.

Existem situações onde perdemos totalmente a conexão com o Eu e nos encontramos literalmente possuídos por aspectos desconhecidos, porém, nossos. Trata-se de identidades provavelmente geradas em momentos difíceis e assustadores do passado permanecendo congeladas no curso das nossas histórias de vida, como se estivessem dentro de bolhas no tempo visando proteger a nossa integridade. Por não conseguirmos lidar com determinadas situações de vida, pedaços nossos ficam retidos na nossa linha do tempo enquanto o resto de nossa totalidade continua seguindo em frente.
Dentro deste contexto, já notou que um evento aparentemente aleatório pode disparar as mais diversas reações em cada pessoa?

- Já se perguntou sobre quais os motivos dessas situações ocorrerem praticamente em todos nós?
Interessante notar as mais diversas culturas conhecerem este mesmo assunto pelas mais diversas maneiras. Isso por si só já fala de uma verdade que poderia ser concebida como universal aos seres humanos.
Vejam a seguir apenas algumas indicações a respeito.

Sabemos que ao redor do mundo existem inúmeras tribos xamânicas. Elas existem nas regiões brasileiras indígenas, peruanas, nas regiões Russas do Altai, entre outras tantas. Nessas culturas, existe uma modalidade de cura emocional e mesmo de cura para doenças costumeiramente chamada de "Resgate de Alma". Nesta, o Xamã entende que um pedaço da alma da pessoa em aflição se encontra escondido em algum local e por conseqüência impedindo-a de ter saúde.

No procedimento de cura que conheço, o Xamã faz uma viagem psíquica ao interior da pessoa, encontra-se com o pedaço da alma escondido e não atuante na totalidade, negocia para que este volte a fazer parte da alma total do indivíduo mostrando a sua importância para a completude da vitalidade e alegria. Muitas vezes o resgate é penoso e o pedaço de alma conta sua história e também o motivo pelo qual se mantém exilado e o tempo em que se escondeu. Não poucas vezes este pedaço aparece numa vivência de quando a pessoa era criança, mostrando o lugar onde se esconde, na maioria das vezes por medo. Algumas vezes o resgate também se dá por algum episódio recente.

Durante o processo, o enfermo permanece deitado ao lado do Xamã e este faz sua viagem resgate até que o mesmo promova cura, libertação e reintegração. Quando o acordo de volta da alma é selado, geralmente o Xamã, num ato simbólico (ou não) sopra o pedaço de alma faltante no topo da cabeça e coração da pessoa. Uma cerimônia sagrada e, na crença xamânica, altamente eficiente.

Outro modo de reconhecer e resgatar esses nossos aspectos traumatizados passa pela área da psicologia, numa analogia de quando aspectos do inconsciente que comandam a cena podem integrar-se de modo saudável na vida. O reprocessamento que o EMDR promove também funciona como uma abordagem altamente competente dentro da psicologia e que ajuda a reprocessar os momentos difíceis que passamos. Será mais explicitado a seguir.

Também a física quântica aborda o tema ao pesquisar sobre universos paralelos nos quais poderíamos coexistir e numa conexão desconhecida, todos os eus seriam afetados ininterruptamente com a qualidade das vivências experenciadas por cada um em sua lâmina de realidade. Ou seja, cada eu seria um aspecto total em si e de algum modo estaria influenciando os outros eus.

A nossa questão refere-se à invasão que estes supostos eus, mediante suas histórias, frequentemente fazem em nossas vidas, muitas vezes ocasionando estragos indesejáveis em condutas reconhecidamente escolhidas e honrados por nós.

Ocorre que quando o eu assustado e congelado na bolha se percebe ameaçado, acaba emanando seus conteúdos emocionais para fora da mesma de modo totalmente desconexo e, pior, sem avisar. Nesses momentos somos invadidos por reações "cegas" que ao nos atravessarem exteriorizam-se de forma desmedida. Costumam se apresentar pelos excessos ou mesmo pelo medo, acanhamento ou retração. E a incógnita para nós, leigos do real sentido que move estes aspectos, é pensar logo depois e de modo racional o porquê de não conseguirmos frear estes impulsos tão estranhos e paradoxalmente conhecidos.

Nessas ocasiões, dissociados de nós mesmos, aspectos que permanecem paralisados no tempo do sofrimento surgem como fantasmas atuantes no palco de nossas vidas e nenhum de nós esta livre de ser vitima de si mesmo.
Todos passaram experiências de difícil digestão. Por conta disso, paralisamos e congelamos estes Eus em meio às historias e entendimentos da realidade de modo disfuncional, associando crenças irracionais exatamente pela visão distorcida que situações de trauma promovem.

A pergunta que fica é: - Como tratar dessas possíveis possessões de nós para nós mesmos quando ficamos totalmente descontrolados? E o pior é sabermos que fatalmente essas situações se repetirão em nossas vidas se não tomarmos alguma atitude... E que atitude poderia ser esta quando inúmeras vezes custamos a acreditar que fomos nós mesmos que agimos de modo violento, agressivo, ou mesmo nos esquivando quando supostamente deveríamos ter agido?
Dificilmente, temos noção exata sobre o que do mundo externo dispara em nós determinadas reações emocionais e irracionais. Quando compreendemos, mesmo assim, há dificuldades em acessar chaves de transformação interior.

Na abordagem do EMDR (busque mais explicações sobre em outros artigos meus sobre EMDR) podemos acionar e trabalhar esses "Eus" negociando com eles, na real possibilidade de libertá-los de situações difíceis.
Por intermédio do EMDR, o Eu consciente, numa atenção dual consegue entrar em contato com estas estâncias sofridas reprocessando conteúdos congelados que ressurgem sem aviso prévio e em nome da sobrevivência de algum momento antigo...e desconectado com a realidade total do momento presente.
Dá o que pensar, não é?

Uma das nossas metas existenciais refere-se a conquistarmos o status de sermos de verdade senhores de nós mesmos, movidos por uma completude de experiências saudáveis.
Desejo que todos nós possamos usufruir da vida em meio aos seus supercoloridos tons. Que possamos sair dos lugares que nos paralisam com a maestria de quem realmente participa. E que possamos nos sentir literalmente VIVOS!
Tenha o EMDR como um dos caminhos possíveis.

Por Silvia Malamud


Você se sente acomodado com a vida que leva?




Puxa, será que era assim que queria estar hoje? Será que nesse momento me sinto realizado comigo mesmo?
No momento estou em férias viajando pelo Canadá e Estados Unidos e me veio muito claro e forte o pensamento de como se sentir no aqui e agora. A paz interior e a tranquilidade são frutos de um equilíbrio pessoal, pois, realmente de nada adianta irmos onde for, pois, levaremos conosco tudo que há em nossa mente conosco.

As expectativas que criamos a respeito do amanhã nos fazem perder a grande oportunidade de viver o hoje, e este momento que você perde agora não voltará mais.
Existe um inimigo interno em nosso ser que muitas vezes nos leva a vivermos em uma zona de conforto, por pior que ela possa ser.

Esta zona de conforto representa o que estamos acostumados, mesmo que sejam situações desagradáveis. Temos medo do novo, do que pode vir e por isso nos acomodamos, mas sem dúvida nenhuma se você optar por um amanhã diferente ele o será!
Todas as situações negativas que vivemos sem enxergar a possibilidade de mudança estão arraigadas em um nosso subconsciente e representam bloqueios que precisam ser eliminados, para que o seu amanhã posso ser diferente. Este é sem dúvida o seu pior inimigo, por está dentro de você este o acompanhará por onde você for. Sim, ele é o seu bloqueio em uma determinada área de sua vida.

Enquanto não houver a completa eliminação de um bloqueio este continuará a lhe fazer mal e impedirá que você se sinta realizado.
O medo do desconhecido é inerente ao ser humano, porém, quando aprendemos a viver completamente conectados com o Divino, com o Universo, temos absoluta certeza que o amanhã será melhor que hoje e com isso abandonamos a zona de conforto.
A reclamação contínua frente às situações da vida representam uma desconexão com o Divino, se confiamos e temos a certeza de a cada momento estarmos sendo guiados por uma fonte maior que nos alimenta, por que ter receio e não mudar?

Esta mudança de conceitos internos nos leva a colocar a nossa vida em ordem Divina e quando isso acontece tudo se encaixa como se fosse um passe de mágica, deixamos o controle e as projeções que tanto mal nos fazem.
Esta forma de transformar a nossa vida é representativa no sentido energético. Sim, é o seu equilíbrio energético que irá modificá-lo.

O equilíbrio pleno energético significa uma abertura do supraconsciente ou seja uma perfeita conexão com a fonte Divina.
Sabe por que sua vida será, então, colocada em Ordem Divina, porque tudo funcionará com se fosse um google universal, ou seja, você envia ao supraconsciente seus desejos internos e este buscará, então, o que é necessário para que se concretize o que você desejou.
Como é bom e fácil viver assim! É pensar, sentir e tudo vir até você.
Quando assim nos sentimos, as coisas se tornam mais fáceis e o aqui-agora são vividos de forma intensa e presente e, simplesmente, porque o viver o agora é tão bom que não há projeção futura!

Esta mudança de conceito de vida é feito através da Radiestesia. Primeiro se equilibra o local onde vivemos e depois a nossa vida pessoal, equilibramos as frequências e eliminamos os bloqueios.
Há alguns meses, atendi uma senhora totalmente desanimada com a vida que levava e sem enxergar perspectivas de mudança. Logo de início me disse que viera em busca de resposta. Fiquei espantada com o que ouvi, mas resolvi escutar e muito a fim de entender o que havia em seu âmago que podia representar a voz de seu subconsciente.
Ela era casada com uma pessoa muito bem sucedida e equilibrada financeiramente, tinha todo o conforto, alegria e satisfação de uma vida considerada muito boa.

Certo dia, começou a observar que o marido não era mais o mesmo, dava-lhe muita atenção, não mais pelo amor que sentia antes, mas pela culpa do que fazia.
Ela descobrira que o marido tinha outra pessoa. Como aquilo foi duro logo de cara... chorara e se desesperara sozinha, e não tinha com quem falar.
Em seu interior, não via a menor possibilidade de mudar de vida, era dependente econômica e emocionalmente.

Disse-lhe, então, que as respostas viriam por si só... a única coisa que faríamos seria colocar a sua vida em Ordem Divina, e quando isso ocorresse de fato, ela abandonaria essa zona de conforto em que se encontrava e se lançaria no mudo, com um único objetivo de ser feliz.

Disse-lhe ainda para ter calma e entregar a sua vida ao Universo, que não ficasse ansiosa por mudanças e não projetasse o que queria ou não, simplesmente deixasse que as coisas acontecessem.
Fiz todo o equilíbrio energético pela utilização da mesa radiônica e eliminei os bloqueios que impediam que ela se tornasse independente.

Passados alguns meses, ela começou a retomar em casa os estudos de alemão, que desde sua infância fizerem parte de sua vida. Não havia necessidade, porém, de mais estudo... O que lhe faltava era autoconfiança. Na escola onde fora estudar lhe convidaram para fazer traduções de manuais técnicos e, a seguir, de traduções simultâneas, o que financeiramente estava lhe dando um bom retorno.

Um dia, do nada decidiu procurar por um apartamento e dera um basta no seu casamento.
Hoje, ela se sente feliz e realizada, de uma forma que nunca pudera imaginar que seria.
Ela se equilibrou, emanou ao supraconsciente o que desejava... e tudo que necessitava para ser feliz foi vindo gradativamente ao seu encontro!

Este é o equilíbrio que está ao alcance de todos! Sim, podemos viver o aqui e agora de forma presente e intensa, porque ele passa a ser o melhor momento a ser desfrutado!


Por Maria Isabel Carapinhas


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

As montanhas passam...



Em dezembro de 2010 fui na palestra do Lama Padma Samten. Ex-professor de Física no Rio Grande do Sul, ele foi ordenado Lama (Título que significa líder, professor, sacerdote) na Ordem Nyingma de budismo Tibetano e, desde então, envolvido em trabalhos sociais e obstinado em integrar budismo e educação. Por isso ele está vindo bastante ao Recife para palestrar na Universidade Federal de Pernambuco. O que pode parecer à primeira vista uma forma de proselitismo religioso (quem não quer integrar sua religião ao sistema educacional?) se mostra simplesmente um resgate de valores éticos que independem de religião. O budismo é flexível o suficiente pra não depender sua existência como religião, dogmas ou ensinamentos específicos. É uma vivência baseada no bem-viver com todas as criaturas, que pode ser resumida na frase do Dalai Lama: "Faça o bem sempre que possível; se não puder fazer o bem, tente não fazer o mal." Isso está no cerne de todas as religiões ou filosofias, como podemos ver nas regras de ouro.

Nascido Alfredo Aveline, foi Físico, com bacharelado e mestrado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e professor entre 1969 e 1994. Na década de 1980, mergulhado no entendimento da física quântica, encontrou afinidades entre os estudos dessa ciência exata e o budismo e encantou-se a ponto de, em 1996, ser ordenado lama pelo mestre tibetano Chagdud Tulku Rinpoche. Hoje ele mesmo diz que esses foram os personagens que ele "vestiu" para viver em sociedade. O título de Lama, suas vestes, é mais um personagem. Nós não somos nossos nomes, funções, cargos, escolaridade. Somos o que está no mais fundo de nossa alma, só acessível através da meditação. Mas mesmo a palavra "alma" não é usada pelo Lama em suas palestras, pra não trazer consigo os valores/conceitos pretéritos que damos a essa palavra. No budismo, é preciso sempre deixar pra trás os barcos que usamos pra atravessar os rios do entendimento.

Toda a problemática do budismo está em como lidamos com esses personagens. Às vezes, nossos problemas e conflitos assumem a forma de personagens, como uma dificuldade que nos parece instransponível como uma grande montanha, porque estamos imersos na ilusão do "palco" onde os personagens atuam. Numa análise isenta e detalhada percebemos que a "montanha" era na verdade uma cenografia, ou, se for "realmente" uma montanha, ela pode ser vencida com o equipamento adequado, ou mesmo contornada. Samten cita o Mestre Dogen, fundador do Sotozen, quando ele diz que "as montanhas passam, as nuvens ficam". Após mergulhar no Zen, percebe-se que as montanhas são aquilo que acreditávamos ser de mais sólido no mundo, mas são ilusões, são impermanentes. Enquanto as nuvens são os pensamentos, frágeis, transitórios, mas sempre presentes (muitas vezes criando novas "montanhas").

Marcionila Teixeira entrevistou o Lama para o jornal Diário de Pernambuco em 27/12/2010, onde ele fala sobre o significado da felicidade e sobre a boa convivência com os semelhantes:

Na sua passagem pelo Recife, o senhor falou sobre o tema Como superar a violência e encontrar a paz. Qual caminho devemos trilhar para alcançar a pacificação?
A violência é inerente à mente obstruída. Um ator, por exemplo, pode se confundir com o próprio papel e viver como se fosse o personagem, se estiver com a mente obstruída. Quando falamos de nós mesmos, verificamos que a maior parte é ator de si mesmo, assume vários personagens ao longo da vida. O psiquiatra Roberto Fischer comentou certa vez: "Eu ajudo as pessoas a deixarem de ser o que elas não são". A mente obstruída se caracteriza pela pessoa que pensa que é o que não é. A relação disso com a violência é que, para nos defendermos, assumimos determinados personagens e a partir daí podemos gerar violência.

Em que momentos da vida assumimos novos personagens e como podemos assumir papéis melhores na sociedade?
Ao longo da vida, vamos ter várias mortes de personagens, o que consequentemente nos dá a sensação de continuidade, mesmo vivendo as várias mortes. Eu, por exemplo, já fui professor universitário e hoje já não sou mais. Um personagem pode morrer, por exemplo, quando um casamento acaba, quando se perde um amigo. Quando essas tragédias acontecem é mais fácil ver quem realmente somos, pois ocorre o que chamamos de dissolução da identidade. A resposta para essa pergunta é a espiritualidade, o silêncio natural que damos à nossa mente. Independentemente do budismo, somos o silêncio que temos sempre. Os personagens são lúdicos, podemos ter vários. Eles podem não ser bons, nem maus, mas é importante não sermos maus. Se escolhermos sermos seres dos reinos inferiores, teremos sofrimento, apesar de que em todos os seis reinos do budismo há algum nível de sofrimento.

Como encontrar o silêncio em nossa mente? Através da meditação?
Sim. É importante ficarmos em silêncio, não importando a nossa orientação religiosa. Para meditar, em primeiro lugar o corpo deve ficar equilibrado, não importa se sentado ou se em pé, o importante é se sentir bem. O objetivo dessa mente em silêncio é encontrar a lucidez.

O senhor também fez uma palestra no Centro de Educação da UFPE com o tema: Educação: superando a roda da vida, direcionada a professores e outras pessoas interessadas no tema. De que especificamente o senhor tratou durante sua fala?
A equipe do Centro de Educação da UFPE tem o Núcleo de Educação e Espiritualidade, cujos integrantes têm interesse em manter um diálogo entre o budismo e a pedagogia. É um evento aberto, que trata a educação em sentido mais amplo, mas com foco na formação humana do profissional, ou seja, debatemos como o budismo ajuda na formação daqueles que atuam na educação. Trazemos a relevância da compreensão do processo interno e analisamos como produzir pessoas mais felizes.

Nesse sentido, como podemos produzir pessoas mais felizes nas escolas e evitar o bullying, por exemplo?
Se há um menino praticando bullying contra o colega, por exemplo, mas a vítima do abuso não se importa com isso porque percebe que está lá para entender as aulas, que está lá porque está focado em outro objetivo, o bullying não vai funcionar. A escola também pode criar ambientes favoráveis, que ocupem os alunos. Dessa forma, naturalmente eles não vão fazer o que não deve ser feito na escola. É questão de liderança de quem faz a escola, dos próprios professores. Quando um colega ajuda o outro dentro da sala de aula, é difícil encontrar brigas nesse ambiente, pois eles estarão mais ocupados com atividades cooperativas, com tarefas em grupo.

Como a passagem do ano pode incentivar as pessoas a manter uma cultura de paz?
A passagem do ano faz parte do calendário gregoriano, cristão, não está implantada no calendário budista. Há ainda o Natal, que também não é do calendário budista, mas nós seguimos todas essas comemorações de acordo com a cultura local, de acordo com a cultura dos povos por onde o budismo passa. Acreditamos que não é necessário instituir na localidade a essência da nossa religião nessas datas. De toda forma, o que imaginamos do Ano Novo é o sentido comum, ou seja, o fim do ano representa, ao mesmo tempo, o início de outro ano. Na prática, as pessoas esperam chegar meia-noite, comem lentilhas, tomam champanhe. Nada muda, na verdade, mas elas fazem festa. Em Viamão, no Rio Grande do Sul, onde atuo em um centro budista, nós fazemos o que chamamos de 108 horas de paz. Nessas ocasiões, dedicamos vários dias para discutir diferentes temas como educação, ação social. Ficamos felizes, trocamos experiências, fazemos planejamentos para o ano que chega.

Como melhorar as relações que não vão bem?
Aproveite para rezar. Peça que o outro seja feliz, que supere o sofrimento e que encontre as causas da felicidade. É importante dizer isso a si mesmo, de forma constante. A vida melhora. Não é necessário dizer ao outro diretamente. Um médico, por exemplo, só trabalha com doentes e poderia se contaminar. Mas ele pensa sob outro ponto de vista e diz: ´Estou no lugar certo para ajudar as pessoas`.

Por que tragédias familiares são tão comuns ao final do ano?
Nesse período, há muitas expectativas de felicidade e, por isso mesmo, acontecem muitas frustrações porque nem sempre é possível acompanhar as expectativas. Todo mundo é cobrado de ser feliz, principalmente nessa época.

Qual o segredo da felicidade?
O segredo da felicidade é simples. De modo geral, ficamos pensando o que precisamos para sermos felizes. Questionamos sobre o que o mundo e os outros podem nos oferecer para alcançarmos a felicidade. Mas ao observarmos o mundo assim, nos desencantamos. É preciso uma atitude positiva para com os outros. A pessoa pode mudar o olhar interior dela. Aspirar que o outro tenha níveis de felicidade. Cada um que olharmos assim, surge em nós um nível de felicidade, encontramos uma experiência de felicidade. Não devemos cobrar dos outros e do mundo que eles sejam do nosso jeito porque isso vai causar frustração em nós. Pensar de outra forma traz alívio. As pessoas felizes esperam, essencialmente, o bem dos outros.

Essa atitude permite que a cultura de paz seja vitoriosa?
A cultura de paz produz felicidade. A pessoa feliz sabe viver melhor no mundo. As pessoas frustradas não sabem produzir uma capacidade de desenvolver simpatia com relação aos outros. Na cultura de paz ficamos melhor com os outros e desenvolvemos capacidade de nos apoiar nos outros e apoiar os outros. Andar só é fator de infelicidade.

E como pensar no bem de alguém que nos faz mal, como um assaltante?
É normal se sentir ameaçado, ter raiva ou medo. Mas se a pessoa puder olhar e ter compaixão, a aflição será aliviada. Se olharmos para as estatísticas de violência, vemos que os adultos jovens de periferia são as maiores vítimas de homicídio. Isso vem de um processo agressivo que eles mesmos se permitem ser vítimas. Mas se olharmos para esses jovens, percebendo que eles têm a vida curta e infeliz, isso já nos permite a compaixão. Alguém com uma arma dominando a situação está muito infeliz.

Por Acid (STUM)