segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O Evangelho Segundo o Espiritismo



Caracteres da perfeição


Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam. — Porque, se somente amardes os que vos amam que recompensa tereis disso? Não fazem assim também os publicanos? — Se unicamente saudardes os vossos irmãos, que fazeis com isso mais do que outros? Não fazem o mesmo os pagãos? — Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial. (S. MATEUS, cap. V, vv. 44, 46 a 48.)

Pois que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta proposição: “Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial”, tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a perfeição absoluta. Se à criatura fosse dado ser tão perfeita quanto o Criador, tornar-se-ia ela igual a este, o que é inadmissível. Mas, os homens a quem Jesus falava não compreenderiam essa nuança, pelo que ele se limitou a lhes apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforçassem pelo alcançar.

Aquelas palavras, portanto, devem entender-se no sentido da perfeição relativa, a de que a Humanidade é suscetível e que mais a aproxima da Divindade. Em que consiste essa perfeição? Jesus o diz: “Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que nos perseguem.” Mostra ele desse modo que a essência da perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção, porque implica a prática de todas as outras virtudes.

Com efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples defeitos, reconhecer-se-á nenhum haver que não altere mais ou menos o sentimento da caridade, porque todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho, que lhes são a negação; e isso porque tudo o que sobreexcita o sentimento da personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento.

Não podendo o amor do próximo, levado até ao amor dos inimigos, aliar-se a nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre, portanto, indício de maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o grau da perfeição está na razão direta da sua extensão. Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que tem de mais sublime, lhes disse: “Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial.”


(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, itens 1 e 2.)

Animais , seres inteligentes em processo de evolucao


Os cães podem farejar situações injustas e apresentar uma emoção simples, similar à inveja ou ciúmes, afirmam os pesquisadores. "Estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences mostrou que os cachorros se lambem ou se coçam e agem de modo estressado, quando se veem sem os prêmios dados a outros cachorros.” (1) O cientista austríaco, Friederike Range, da Universidade de Viena, liderou o estudo sobre emoções caninas e atesta que certos animais possuem um sentimento ou emoção mais complexa do que, normalmente, atribuiríamos a eles.

Muitas pesquisas demonstram que os animais são mais inteligentes do que se imagina. Alguns dão, até, sinais de consciência. "O imaginário construído em torno da idéia do filósofo francês, René Descartes, no Século XVII, de que os animais seriam como máquinas, desprovidos de emoção e pensamento, persistiu, até o Século XX, mas essa idéia foi sepultada por estudos recentes, a exemplo do que foi publicado na Universidade Saint Andrews, na Escócia. Os pesquisadores dessa Universidade confirmaram que os animais não estão tão distantes de nós em uma habilidade considerada, exclusivamente, humana: a linguagem; tese, essa, corroborada por Irene Pepperberg, pesquisadora da Universidade Brandeis, nos Estados Unidos, uma das pioneiras no estudo da inteligência animal.” (2)

Sob a lupa kardeciana, segundo os Espíritos, a inteligência humana, se comparada entre alguns homens e certos animais, percebe-se, muitas vezes, que é notória a inteligência superior dos animais. Por isso, é difícil estabelecer uma linha de demarcação em alguns casos. Porém, ainda assim, o homem é um Ser à parte, que desce, às vezes, muito baixo [irracionalidade] ou pode elevar-se muito alto. "É bem verdade que o instinto domina a maioria dos animais; mas há os que agem por uma vontade determinada, ou seja, percebemos que há uma certa inteligência animal, ainda que limitada." (3)

A Doutrina Espírita defende a tese de que os animais têm linguagem própria. Não uma linguagem formada de palavras e de sílabas, mas um meio de se comunicarem entre si. Eles "dizem" muito mais coisas do que supomos, lembra Kardec, mas "a sua linguagem, obviamente, é limitada, como as próprias idéias, às suas necessidades.” (4)

Os animais, sendo dotados da vida de relação, têm meios de se prevenir e de expressar as sensações que experimentam. Destarte, "o homem não tem o privilégio exclusivo da linguagem, pois que a dos animais é instintiva e limitada pelo círculo exclusivo das suas necessidades e das suas idéias, enquanto a do homem é perfectível e se presta a todas as concepções da sua inteligência.” (5)

Sobre a questão do "livre-arbítrio" dos animais, recordemos que eles não são simples máquinas, embora sua liberdade de ação seja limitada pelas suas necessidades, e, logicamente, não pode ser comparada ao do humano. Os animais, sendo inferiores ao homem, não têm os mesmos deveres, mas eles têm liberdade sim, "ainda que restrita aos atos da vida material.” (6)
Nesse tópico, considerando que "os animais têm uma inteligência que lhes dá uma relativa liberdade de ação, neles há uma espécie de alma" (infinitamente inferior à do homem) (7)
Sobre isso, o Espiritismo explica, afirmativamente, essa realidade e expõe que "esse princípio sobrevive ao corpo físico após a morte" (8), ou seja, a alma dos animais "conserva, após a desencarnação, sua individualidade; porém, não a consciência de si mesma, apenas a vida inteligente permanece em estado latente." (9)
“Fica em uma espécie de ‘erraticidade’, pois não está unida a um corpo, mas não é um Espírito errante, posto que o Espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade; o Espírito dos animais não tem a mesma faculdade. Ressalte-se que é a consciência de si mesmo que constitui o atributo principal do Espírito humano. O Espírito do animal é classificado, após a morte, pelos Espíritos incumbidos disso, e utilizado quase imediatamente, não dispondo de tempo para se pôr em relação com outras criaturas no além.” (10)

Em verdade, a inteligência é, assim, uma propriedade comum, um ponto de encontro entre a alma dos animais e a do homem. Todavia, os animais não têm, senão, a inteligência da vida material; nos homens, "a inteligência produz a vida moral. Essa é, sem dúvida, uma diferença fundamental.” (11)
Explicam-nos, os Benfeitores, que os animais "retiram o princípio inteligente do elemento inteligente universal.” (12)
A inteligência do homem, também, provém da mesma fonte, "mas, no homem, ela passou por uma elaboração que a eleva sobre a dos brutos.” (13)

Podemos deduzir que o pensamento não é uma característica, apenas, humana. Os animais pensam, mas não raciocinam; os animais têm memória, e recorrem a ela; aprendem com o acerto e com o erro, e não com o raciocínio. Evidentemente, não conseguem teorizar, abstrair, prever eventos, solucionar problemas, mas são, de fato, mais inteligentes do que imaginamos.
Estão em processo de evolução e, nesse sentido, devemos “considerar que eles [os animais] possuem, diante do tempo, um porvir de fecundas realizações, através de numerosas experiências chegarão, um dia, ao chamado reino hominal, como, por nossa vez, alcançaremos, no escoar dos milênios, a situação de angelitude. A escala do progresso é sublime e infinita.

No quadro exíguo dos nossos conhecimentos, busquemos uma figura que nos convoque ao sentimento de solidariedade e de amor, que deve imperar em todos os departamentos da natureza visível e invisível. O mineral é atração. O vegetal é sensação. O animal é instinto. O homem é razão. O anjo é divindade. Busquemos reconhecer a infinidade de laços que nos unem nos valores gradativos da evolução e ergamos, em nosso íntimo, o santuário eterno da fraternidade universal." (14)


Por Jorge Hessen

FONTES:
(1) Disponível em http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2008/12/08/cachorros_demonstram_inveja_ciume_diz_estudo-586900143.asp
(2) Disponível em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI9477-15224,00-O+QUE+OS+BICHOS+PENSAM.html
(3) Kardec, Allan. O Livro dos Espiritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, perg. 592
(4) Idem perg. 594.
(5) Idem idem.
(6) Idem perg. 595.
(7) Há, entre a alma dos animais e a do homem, tanta distância quanto entre a alma do homem e Deus.
(8) Idem perg. 597-a
(9) Idem perg. 598
(10)Idem perg. 600
(11)Idem perg. 604-a
(12)Idem perg. 606
(13)Idem perg. 606
(14)Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, Rio de Janeiro: Ed Feb, 1995, perg.79



Oração do Amor




Senhor!

Ilumine meus olhos para que eu veja os defeitos da minha alma e vendo-os, que eu não veja os defeitos alheios.

Senhor!

Leve de mim a tristeza e não entregue a mais ninguém. Enche meu coração com a Divina Fé, para sempre louvar o teu nome. Arranque de mim, o orgulho e a presunção.

Senhor!

Faça de mim um ser humano realmente justo e bom. Dê-me a esperança de vencer todas as minhas ilusões. Plante em meu coração, a sementeira do amor, e ajude-me a fazer feliz o maior numeros possíveis de pessoas, para ampliar seus dias risonhos e resumir suas noites tristonhas.

Transforme meus rivais em companheiros, meus companheiros em amigos e meus amigos em entes queridos. Não permita que eu seja um cordeiro perante os fortes, nem um leão perante os fracos.

Dê-me Senhor!

O sabor de perdoar tudo e todos. Afaste de mim o desejo de vingança, mantendo sempre em meu coração, somente o amor.

Neste mundo de desamor em que vivemos, se cada um de nós plantarmos uma sementinha de paz, esperança e harmonia, conseguiremos fazer do nosso planeta um campo de amor e compreensão.

Amém!


Autor: Carlos Alfredo Cardoso



Humildade é Força


Humildade é a virtude que nos torna abertos a aprender e mudar. Ela só é possível quando temos auto-respeito, que só pode vir com autoconhecimento. Conhecer-se é entender que somos parte de um todo, como um raio de uma roda. Não somos tudo, também não somos nada. É a humildade que cria este entendimento e nos mantêm em equilíbrio.

Quando não somos apegados às nossas boas qualidades nem às nossas fraquezas, podemos lidar com ambas. Através de cultivo amoroso, nossas qualidades positivas crescem e servem outros. Através da atenção e honestidade, nossas fraquezas diminuem.

Humildade é nossa maior proteção. Ela nos mantém alerta para todas as possibilidades, desde sermos enganados até a de criarmos os mais surpreendentes milagres. Humildade é o fruto do auto-respeito: uma pessoa humilde nunca teme perder. Para isso precisamos sempre ir para dentro de nós mesmos. Nada e ninguém podem nos tirar esse recurso.

Humildade nasce da segurança interna, nos deixa prontos a comunicar, cooperar com novos pensamentos e idéias. É a prova da maestria de ter conquistado o "eu" e "meu" limitados que anulam o respeito e a amizade. Nós devemos ser tutores, não donos. A posse automaticamente cria o medo de perder. Ser um tutor nos dá entendimento que nada e ninguém é nosso. Paradoxalmente, ao renunciar tudo, recebemos tudo. O que precisarmos virá até nós, mais cedo ou mais tarde. Há o suficiente para todos.

A atitude de ser um tutor significa que economizamos uma grande quantidade de energia mental e emocional, uma vez que tempo não é desperdiçado em cálculos egoístas ou manipulações espertas. Com a atitude de ser um tutor nos tornamos mestres. Um mestre trabalha com os princípios eternos do universo. Ele é humilde e auto-suficiente, mantém equilíbrio e harmonia.

A maior humildade de todas é reconhecer e aceitar que existem leis além daquelas dos seres humanos e que não somos o padrão do universo. Os princípios eternos protegem e governam o bem-estar de todas as formas de vida.

Quando nos alinhamos com as verdades eternas, encontramos a liberdade, nosso caminho. Alinhamento às leis divinas não nos limita ou anula. Ao contrário, as leis eternas são o meio que permitem a expressão completa do indivíduo. Não há transgressão, uma vez que respeito é sempre dado à individualidade dos outros. A harmonia é mantida.


Com humildade reconhecemos o direito que todas as coisas têm de existir; existir em liberdade e existir em felicidade. Este direito inato é uma lei imortal. Subserviência nos relacionamentos ou aos objetos materiais é resultado do medo; medo de sermos nós mesmos; a falta de coragem de enfrentar, de mudar, de mover numa outra direção. Auto-respeito nos libera do medo e da dependência. Quando não pensamos profundamente o suficiente por nós mesmos, nos tornamos subservientes às opiniões sociais e às pessoas com as quais interagimos.

Humildade traz introspecção, começamos a examinar as emoções que nos limitam. Abre a porta para o autoconhecimento. À medida que crescemos em autoconhecimento, crescemos em auto-estima. Com essa estabilidade interior não há medo do que é diferente. Não há desejo de controlar pessoas ou situações. Sabemos que as coisas certas irão acontecer da forma correta, no tempo certo. Humildade é a outra face do auto-respeito. Quanto maior a humildade, maior o auto-respeito. Nada e ninguém são uma ameaça. Nós somos livres.



A Brahma Kumaris é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, criada na Índia em 1936. Com 8000 escolas em 110 países, há 28 anos oferece cursos de meditação no Brasil. Através da compreensão e aplicação de valores espirituais, proporciona melhoria da qualidade de vida pessoal, familiar e social.



Os benefícios de ser responsável por suas escolhas




Acabei de ler um livro sensacional chamado "Consciência nos Negócios", de Fred Kofman, e quero compartilhar alguns pontos de vista sobre a importância das escolhas que fazemos em nossas vidas.

O primeiro passo é mergulhar no autoconhecimento para descobrir quem somos, porque estamos aqui e quais são os resultados das escolhas que temos feito em nossas vidas.

Em seguida, precisamos desenvolver habilidades para perceber como interagimos (corpo, mente e espírito) com as outras pessoas e com o universo físico (consciência coletiva).

Reunindo alguns conhecimentos e práticas nesta área, percebo que a interação entre estes três universos (Eu, Nós e Consciência Coletiva) poderia ser ilustrada da seguinte forma:


Interação entre os diferentes universos

Nesta interação, não existe borda ou separação, mas sim uma unicidade com um todo maior que permeia o universo do Eu, das pessoas (Nós) e reflete diretamente na consciência coletiva do mundo. Nossas crenças fundamentais criam uma matriz em nossa consciência que é a base para nossas escolhas.

Segundo Harry Palmer, autor de "Vivendo Deliberadamente": "Tal como adicionar uma única gota ao oceano causa mudanças microscópicas no volume, temperatura e correntes, sempre que um indivíduo muda sua crença, muda a matriz pelo qual a realidade coletiva se desenvolve. Mesmo para o mais isolado indivíduo, cada momento de felicidade, cada momento de tristeza, cada gentileza, cada pensamento crítico adiciona sua conseqüência na matriz para os eventos do mundo".


Além do mapeamento de nossas crenças e o desenvolvimento de habilidades para descriar aquelas que não são úteis em nossas vidas, algumas premissas podem servir de guia. P
almer destaca três caminhos para nortear nossas escolhas na vida: responsabilidade pessoal, compaixão e serviço aos outros.
Kofman, com uma abordagem corporativa, fala em oito pilares fundamentais: responsabilidade incondicional, integridade essencial, humildade ontológica, comunicação autêntica, negociação construtiva, coordenação impecável, competência emocional e serviço ao outro.

Destacando a premissa de responsabilidade pessoal, é importante estar consciente que, independente de qualquer situação externa, somos totalmente responsáveis por nossas escolhas.
Apesar de toda a doutrinação, que nos faz ter medo de errar e negar a responsabilidade pessoal, quando assumimos responsabilidade e percebemos que fazemos parte do problema podemos nos tornar parte da solução!


"Nós que já vivemos em campos de concentração, podemos nos lembrar dos homens que caminharam por entre os abrigos confortando os demais, oferecendo a outro seu último pedaço de pão. Pode ser que tenham sido poucos, em termos numéricos, mas nos dão prova suficiente de que tudo poderá ser retirado de um homem, menos uma coisa: a última das liberdades humanas. Escolher a atitude a tomar em qualquer conjunto de circunstâncias - a escolha de seu próprio caminho! É esta liberdade espiritual - que jamais poderá ser eliminada - que dá sentido a própria vida". Viktor Frankl
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A sua vida pode ser representada por um avião e você é o piloto! Se você está voando e a turbina pega fogo, de quem é o problema?! Da manutenção que não fez o trabalho corretamente ou seu que está lá em cima no comando?
Fred destaca em seu livro algumas perguntas que nos ajudam a sair da condição de vítima e passar a assumir responsabilidade e ser protagonista de nossas histórias:


As perguntas que devem ser feitas para trazer à tona a história de vítima são:
  1. O que aconteceu com você?
  2. Quem o prejudicou?
  3. O que estava errado (ou foi injusto) no que ele fez com você?
  4. Por que ele fez isso com você?
  5. O que ele deveria ter feito, em vez disso?
  6. O que ele deveria fazer agora para reparar o dano?
  7. Qual deve ser a punição dele?

As perguntas que dever ser feitas para trazer à tona a história de protagonista são:
  1. Qual foi o desafio que você enfrentou?
  2. Como você contribuiu (agindo ou não agindo) para criar esta situação?
  3. Como você respondeu ao desafio?
  4. Você poderia imaginar uma linha de ação mais eficaz do que a que foi adotada?
  5. Você poderia ter se preparado de modo razoavelmente eficaz para reduzir o risco ou impacto desta situação?
  6. Você poderia fazer alguma coisa neste momento para minimizar ou reparar os danos?
  7. O que você pode aprender com esta experiência?
Agindo desta maneira você retoma o controle para dirigir as mudanças em sua vida.



Caio Cesar Santos é Blogueiro, Conferencista em Despertar da Consciência e Desenvolvimento Humano & Facilitador (Master) do Curso Internacional Avatar .:. http://decidaserfeliz.com


Resgatando o Feminino




Libra é um signo de Ar regido pelo planeta Vênus que representa o arquétipo do feminino. O arquétipo representado pela Vênus de Touro é porém diferente do arquétipo representado pela Vênus de Libra já que os elementos aos quais pertencem estes signos são diferentes um do outro em sua manifestação. Touro pertence ao elemento Terra e Libra pertence ao elemento Ar. Essa diferença imprime uma qualidade para cada uma das manifestações da qualidade feminina específicas de nossa personalidade.

Em astrologia, Vênus representa a forma como idealizamos o prazer, ou seja, a forma como buscamos a satisfação pessoal e o prazer, seja ele físico, psíquico ou mental. Por essa razão, a Vênus de Terra oferecerá qualidades mais materiais à noção de prazer, qualidades estas que poderão se traduzir no prazer de comer, na sensualidade e no tato, no conforto material, no prazer de comprar, etc.

A Vênus de Ar sentirá mais prazer em atividades artísticas e sociais, como festas e recepções, e poderá se expressar numa sensualidade mais refinada, intelectual e sofisticada. Vênus, ou Afrodite (para os gregos), nasceu das águas e surgiu no mar dentro de uma concha. Essa representação pode ser vista em inúmeras pinturas renascentistas ou clássicas, entre elas as famosas de Botticelli ou de Bouguereau.

No Museu do Louvre em Paris existe uma belíssima estátua em mármore chamada de Vênus de Milo (nome da ilha grega onde foi encontrada). Porém existem estatuetas de Vênus pré-históricas, que representam diferentemente o arquétipo feminino. Estas estatuetas mostram em sua maioria mulheres que atualmente consideraríamos 'gordas', cheias de celulite e banha de todos os lados!!!


È um fato que o conceito de beleza mudou muito ao longo dos séculos: quem nunca viu as curvas das mulheres opulentas e róseas que o pintor flamengo Rubens imortalizou (como no quadro Vênus e Adônis do Metropolitan Museum of Art de Nova York)? Não devemos esquecer também que o símbolo que a astrologia usa para representar Vênus mostra um circulo (o Sol) sobre uma cruz (a Terra) representando o feminino. Diferentemente, Marte é representado por um circulo com uma flecha em 45º (voltada para o alto) simbolizando o falo, ou seja o masculino.


Ainda hoje nos países árabes (especialmente) a mulher é apreciada por seu quadril amplo e por suas carnes macias e rosadas, indicando um ventre capaz de gerar muitos filhos. No entanto, nos países ocidentais este conceito mudou tanto nos últimos decênios a ponto de vermos enaltecido um modelo feminino mais próximo da androginia! As mulheres magérrimas, de quadris estreitos e poucas carnes são sabidamente pouco férteis. Não é à toa, portanto, que tantas mulheres têm problemas para engravidar!

Vocês já perceberam que as mulheres mais simples, aquelas que ainda vivem de forma mais natural e primitiva, têm menos problemas para engravidar que a mulher dita 'civilizada'? É fato que as mulheres mais pobres têm mais filhos! Para estas mulheres, o papel da fêmea nunca foi um problema. Em contrapartida, e por condicionamento dos padrões impostos pela nossa sociedade, de tanto cultivar a magreza extrema, as mulheres atuais perderam a noção do arquétipo feminino, se afastando de sua função primeira que é aquela de procriar e de parir.


Esse é um grave erro, pois a meu ver, se a estética do feminino mudou, não mudou a função da fêmea na humanidade! A meu ver, as mulheres precisam se reconhecer dentro deste papel para cumprir aquilo para o qual foram criadas. Afastando-se do feminino elas perdem a identidade. Mulher é ventre, e ventre é maternidade, e isso não vai mudar tão cedo. Mulher é cálice, é concha, e foi criada para recolher, abrigar, nutrir e aconchegar! A verdadeira mulher é aquela que sabe o quanto é importante a sua feminilidade. Na era matriarcal, a era da

Grande Deusa a humanidade era certamente mais pacífica, apesar de que existe também o papel da Deusa Guerreira, não é mesmo? Vênus não é somente passividade: quem tem filhos sabe o quanto uma mãe é capaz de lutar para defender sua prole ou seu território. Saliento que no mapa natal de uma mulher, a Lua também indicará a fertilidade e Vênus indicará a expressão do prazer e da sedução.


Então, de qual Vênus estamos falando? Com qual Vênus nos identificamos? Cada uma de nós possui Vênus num signo astrológico e também numa casa astrológica em seu mapa natal. A qualidade de cada Vênus será determinada pelo signo zodiacal e a forma de manifestação será determinada pela casa astrológica.

Esclareço: a área onde usaremos melhor a nossa qualidade venusiana-feminina será determinada pela casa astrológica onde nossa Vênus se encontra. A forma como usaremos sua energia dependerá do signo solar em que Vênus se encontra e dos aspectos astrológicos que ela forma com outros planetas. Vou dar um exemplo: eu tenho Vênus em Aquário, na Casa 12/1 (ou seja ela está matematicamente na décima-segunda casa mas influencia meu Ascendente). Assim eu me identifico um uma Vênus de Ar, de qualidade artística, intelectual, idealista e social.

Como mulher, prezo a independência e a amizade, e apesar de desejar um parceiro, prefiro minha independência já que não gosto de ser cobrada ou cerceada em minha liberdade. Vênus no Ascendente me confere alguns atributos físicos femininos bem apreciados pelos homens e um poder de atração pronunciado, e também um magnetismo pessoal 'diferente' devido a qualidade aquariana. Compreenderam?


Pronto, agora vocês podem conferir onde está sua Vênus no mapa (vejam o artigo sobre a Vênus nos signos no STUM) e obterão uma pincelada sobre as suas qualidades femininas. Para obter, porém, um quadro mais completo de sua personalidade é necessário analisar bem mais do que somente um planeta. Uma interpretação completa e personalizada poderá ajudar você a conhecer melhor seus talentos e seu potencial feminino, ajudando-a a evoluir e a caminhar em plenitude pela vida, consciente de sua missão.



Graziella Marraccini é astróloga, taróloga, cabalista e
estudiosa de ciências ocultas e dirige a Sirius Astrology.



A Dor da Alma!



No mundo moderno é comum encontrarmos pessoas com a alma doente. São boas, caridosas, cumpridoras de seus deveres para com a família e a sociedade e por razões incompreensíveis sentem-se vazias, tristes e quase sem vontade de viver, levando a vida como se não houvesse nenhum motivo para estar encarnado nesta existência.

Gente honesta, trabalhadora, que até gosta de fazer caridade e na medida do possível participam de movimentos ideológicos de natureza filantrópica. Participam de campanhas como: agasalho no inverno doando roupas que já não usam mais e que se encontram em bom estado. Alimentos para formação de cestas básicas para as famílias carentes, e tantas outras manifestações espontâneas visando o bem do próximo.

O fato é que a maioria dos brasileiros sente-se mais feliz em presentear alguém do que receber um presente. E nesse contexto parece que participar dessas campanhas alivia um pouco a alma como se houvesse uma obrigação de se fazer o bem.

E, na verdade, faz parte do programa de vida dessas pessoas a participação ativa na vida comum exercitando a pratica do bem ao próximo. É uma questão de evolução espiritual, padrão já alcançado pela maioria de nossa população. Por esta razão somos esse povo "bonzinho", que é de paz e tudo termina em "pizza".

Está inserido nesse contexto o ato de "não julgar".

E com tanta bondade expressa nas atitudes do cotidiano, uma família normal, com emprego e residência fixa, como é possível existir no coração dessas pessoas essa sensação de vazio que inquieta e faz com que se busque a felicidade que parece ser distante da realidade?

O dia de trabalho parece interminável, a mesmice da semana que passa num piscar de olhos, o mês, o aniversario, natal que parece foi ontem... daqui a pouco é natal de novo e ainda não se conseguiu iniciar os projetos do último final de ano cujas promessas fazemos no brindar do ano novo que chega sempre cheio de esperança.

E, assim, vamos caminhando nessa jornada sem saber pra onde e nem porque estamos nessa situação. O fato é que não estamos levando a vida que gostaríamos.

A saúde o dinheiro e os relacionamentos sempre estão abalados e parece que nada muda e dá vontade de desistir, não fazer nada, pois, parece que não adianta...

Essa sensibilidade de saber que não está bom, mas também não compreender o que realmente queremos alcançar para ser feliz faz parte do progresso evolutivo de nosso povo.

Posso afirmar que a grande maioria dos brasileiros são "sensitivos". Por esta razão nasceram aqui, neste momento de transição do planeta que necessitamos preparar para a geração de "aquarius" que está chegando. Crianças evoluídas e que têm a missão de mudar o padrão energético do planeta tão conturbado neste momento histórico.

E nesta vida atribulada que estamos atolados até o pescoço de compromissos esquecemos-nos de enxergar o quanto somos e quanto podemos.

Essa sensação de vazio é falta de alimentar o espírito. É! Estamos famintos de amor que é o verdadeiro alimento que impulsiona nossa vontade de realizar e ser o que somos.

Temos muito amor no coração e pouco conseguimos externar.

É que temos uma glândula chamada TIMO, bem no centro de nosso peito, acima do coração e esta glândula é a responsável por colocar o amor pra fora de nosso corpo. E isto se processa através de um chakra que lhe é correspondente e atua no nosso campo emocional.

Somos educados para nos manter na sociedade em plena atividade, interagindo com todos, mas, com ressalvas quanto a distribuir nosso amor indistintamente.

Quando crianças, não temos preconceitos e convivemos com outros amiguinhos com naturalidade, dividindo nossos brinquedos e tudo o mais. Não temos em nossa mente a informação de que devemos ter a posse das coisas e sim, usá-las na medida em que nos convém.

E isto é o mesmo que falar sobre amar indistintamente quem nos cerca, sem limites de família ou amizade e menos ainda de grupos religiosos, raças, etc.

Por esta razão não abraçamos as pessoas com facilidade e nossos cumprimentos são formais no tratar com as pessoas.

Para amenizar esta situação há um exercício, que cito no meu livro: S.O.S. ESPIRITUAL, que pode ser realizado em segundos que nos ajuda a recuperar essa característica de exercer o amor na sua plenitude universal.

Basta bater levemente no peito, no centro, com a mão ou a ponta dos dedos e imaginar com os olhos fechados que estamos expandindo nossa aura, ampliando nosso campo de proteção energética.

Assim, além de aflorar a capacidade de distribuir amor, estamos aumentando nosso campo de proteção espiritual. Porque quando estamos na sintonia do amor, estamos inteiros, integrados em todos nossos "eus" e nesta condição podemos tudo, não temos limite.


Dárcio Cavallini éTerapeuta do INSTITUTO BIO SEGREDO, com cursos de especialização em Filosofia, Metafísica da Saúde, Reiki, Apometria, Impulsoterapia, Radiestesia, Radiônica e Quantionica, além de Cromoterapia, hipnose, Leader Training, Bioprogramação Mental, entre outros. Atua terapeuticamente e ministando cursos principalmente de Apometria e Biotoque

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Como lidar com Pessoas Manipuladoras




A cada dia que passa aumenta o número de pessoas assim. Elas estão no nosso trabalho, na vizinhança e o mais difícil, na nossa própria família.

Pela espiritualidade, essas pessoas ainda estão vivendo os primeiros níveis de aprendizado espiritual, elas ainda não têm consciência da Unidade, não sabem que devem respeitar o próximo, que todos nós fazemos parte de um grande organismo e que qualquer mal que se faça a alguém estará fazendo a si mesmo.

Outros fatores que colaboram para o grande número de pessoas assim é que estamos passando pelo final de um ciclo evolutivo onde as diferenças entre os níveis de aprendizado são muitos e também como o resultado de uma sociedade que perdeu o contato com os reais valores da existência, passando a ter como padrões apenas os valores materiais e o poder social.


Pessoas assim podem não ter ainda um grau de discernimento elevado, mas elas sabem que o resultado dos seus atos será a dor. Parece que sentem prazer em ver o outro sofrer, não se importam nem um pouquinho com as lágrimas derramadas causadas pelos seus atos. Outra coisa, elas sabem mentir como ninguém, mentem com a cara deslavada para conseguir o seu intento.

Geralmente tudo o que pensam ou fazem tem o único propósito de conseguir aquilo que desejam, ou seja, dinheiro, poder pessoal ou sexo. Não têm escrúpulos e nem vergonha de infringirem normas ou leis para alcançarem os seus objetivos.

Às vezes, esses sintomas podem ser leves e sutis, mas assim mesmo causam transtornos. Na família, essa pessoa pode ser alguém que quer tudo girando ao seu redor e todos sob o seu comando. Pode ser uma pessoa intrigueira, invejosa, autoritária e, às vezes, cruel.

Geralmente, é uma pessoa que não sabe compartilhar e que não se responsabiliza pelas conseqüências dos seus atos. Quando quer alguma coisa, passa por cima de tudo e arquiteta planos mirabolantes para tal. Não assume os próprios erros, é orgulhosa o bastante para não se desculpar e ainda por cima é arrogante. Também está sempre culpando os outros pelos erros que comete - "Fulano me forçou a fazer isso"...


Essas pessoas sabem bem quem poderá ser sua vítima através da maneira como respondem às suas investidas, ou seja, são aquelas que reagem com medo e se submetem. Desde crianças elas gostam de pirraçar, amedrontar e fazer chantagem emocional com os seus familiares. Depois que crescem, se não foram bem conduzidas durante a infância e adolescência, se os pais não lhes colocaram limites, poderão se tornar até mesmo assassinas.

O que fazer, então, para enfrentar essas pessoas e resgatar a nossa dignidade, pois é isso que elas nos fazem perder?

Primeiro de tudo, não podemos esquecer que essas pessoas também são seres humanos e que possuem a mesma essência que nós. São filhos e filhas de Deus, mas que infelizmente estão trilhando o caminho errado. Precisamos entender que essas pessoas ainda não têm a compreensão do seu papel aqui e precisam de direção.

Precisamos entender, principalmente, que somos nós que damos espaço para que essas pessoas tenham poder sobre nós, se não lhe dermos autoridade sobre isso, elas não poderão nos fazer nenhum mal. Enquanto formos submissos, elas farão de tudo para nos desequilibrar, pois são vampiros energéticos que nos sugam, sentindo prazer com isso, podendo nos causar até mesmo doenças e suas devidas conseqüências. É preciso ficar claro que quando nos sujeitamos aos seus caprichos, lhes damos mais força ainda.

Não podemos ter medo de enfrentar essas pessoas. Precisamos acreditar na nossa força interior e que temos a capacidade de vencer. Precisamos entender que elas não têm nenhum poder sobre nós e nem sobre ninguém.

Mesmo que nos sintamos fracos diante delas, devemos buscar a força e orientação interior e bater de frente com elas, pois não podemos ser coniventes com os seus erros, precisamos apontá-los para que elas tenham a oportunidade de se enxergarem e se redimirem. É nosso dever mostrarmos o caminho certo, senão estaremos sendo omissos e, portanto, sendo seus cúmplices.

Se essa pessoa for alguém que você possa evitar, faça isso. Se não, tente fazê-la entender de modo pacífico, mas firme, que você não irá admitir que ela ultrapasse os limites de uma boa convivência, ou seja, cada um é dono do seu próprio nariz, ninguém é propriedade de ninguém, todos nós somos livres para fazer escolhas e decidir sobre as nossas próprias vidas. Ninguém tem o direito de ferir impunemente o outro, é preciso reconhecer o erro e consertá-lo de alguma forma.

Se essa pessoa infringir alguma norma ética, moral ou mesmo civil, primeiro mostre a ela que você não aprova, e lhe diga qual seria a coisa certa a fazer. Se isso não der resultado, busque ajuda especializada, ou seja, se o caso é familiar, procure um terapeuta psicólogo ou psiquiatra; se acontecer no trabalho, procure a sua chefia e exponha a situação. Se nada disso adiantar, procure a polícia, um advogado ou outra autoridade cabível ao caso. O importante é não se deixar esmorecer diante dessas pessoas. Lembre-se que reagindo dessa forma positiva, você estará ajudando-a a encontrar a si mesma.

Não se esqueçam que o Amor é sempre o caminho para a paz, e às vezes ele pode ser manifestado por uma atitude firme, mas trabalhando sempre para que a Luz prevaleça.

Todas essas dicas terão melhores resultados se forem acompanhadas por orações, ok?

Namastê!

Márian - Marta Magalhães é Terapeuta Holística e Artista Plástica. Recebe orientações de Seres de Luz que visam o aperfeiçoamento do Ser Humano através do exercício do Silêncio, do resgate dos Princípios da LUZ e da vivificação do AMOR. Encontros de Meditação e Vivências.


Onde foi que perdemos nossa espontaneidade...



Recentemente me encantei com a forma que uma criança, de mais ou menos seis meses, expressou-se ao ver uma pessoa que gostava...

Mostrou alegria e contentamento com tanta espontaneidade que era visível o entusiasmo que estava sentido por ver aquela pessoa... e fazia tudo para demonstrar isso na forma que podia... mexendo os bracinhos... sorrindo... e dentro da sua linguagem, fazendo os sons que mostravam claramente sua alegria...

Pensei em quantos de nós, depois de adultos... ainda se manifesta espontaneamente sempre que a presença de alguém ou de alguma coisa lhe toca sinceramente o coração...

Somos sujeitos a tantas regras de comportamento... tantas memórias de dor por termos exposto nosso sentimentos com verdade... que quase sempre essa manifestação espontânea de apreço... de admiração, passa primeiro pelos muitos filtros e... no final, o que sobra pode ser só um cumprimento polido...

Todos querem nos colocar regras para que possamos nos inserir dentro da sociedade... dos grupos... das religiões... e, com isso, não cabemos mais em nós mesmos...
Vamos nos encolhendo daqui... acrescentando ali... para nos adaptar as muitas exigências que fazem para nos incluir nisso... ou naquilo...

Parece que temos que aprender como nos comportar para sermos aceitos como membros dos muitos grupos que andam por aí... só que esse padrão leva em conta regras estabelecidas por outros... e podem podar a espontaneidade e a nossa expressão mais genuína.

Sempre julgamos o outro a partir do nosso limitadíssimo ponto de vista, cujo exemplo somos nós mesmos.... Se alguém faz coisas que fogem ao nosso altíssimo padrão de exigência de como as pessoas devem ser, já excluímos ou taxamos de inadequado.

Porque não observar o outro... assim como observamos uma criança... e mesmo que sua ação fuja aos nossos padrões de normalidade... tentar ver a beleza que existe nas diferenças...

Quanto mais aceitamos o outro, mais aceitamos a nós mesmos porque o outro sempre está... também... dentro de nós.

Que limites estamos julgando estar sendo ultrapassados?
Quem colocou esses limites leva em conta o controle ou a fidelidade à Alma?
Vamos seguindo cegamente... tantas coisas... sem nem questionar o que estamos seguindo e quem criou essas regras..

Elas são mesmo o que nos toca o coração ou estamos sendo seguidores cegos de pessoas e idéias que não levam em conta a espontaneidade de cada um... o expressar-se com a Alma.

Voltando à criança... como seria bom se ao invés de ensinar a elas o que é feio e o que é bonito... de acordo com as muitas regras duvidosas que aprendemos... tivéssemos o cuidado de não podar o que elas têm de mais puro... tivéssemos o cuidado de não colocar artificialidade e imitação, no lugar da espontaneidade e da alegria natural... de quem se expressa com a inocência... de quem ainda se lembra das estrelas...

Rubia A.Dantés é Designer, cria mandalas e ilustrações em conexão... Trabalhos individuais
e em grupo, com o Sagrado Feminino, o Dom e o Perdão...




sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sinta-se Bem

Tranquilidade

Comece o seu dia com alegria e gratidão! Deixe que um raio de luz irradie sobre você e ilumine a sua mente. Respire e sinta que tudo está a seu favor e nada pode interferir na sua firme decisão de ser feliz hoje e de tratar a todos com gentileza, começando por você!


Resignação




Há virtudes difíceis de serem adquiridas e cujo exercício é pouco compreendido.

­A resignação é uma delas.

As criaturas levianas nem a vêem como algo apreciável.

Presas em suas ilusões, consideram a resignação apenas falta de forças ou de coragem.

Entendem que o homem sempre deve reagir violentamente contra qualquer circunstância que contrarie seus interesses.

Pensam ser indigno aceitar com tranqüilidade um revés.

Contudo, urge reconhecer que nem sempre é possível obter-se o que se deseja.

Muitas vezes, nossos sonhos mais caros não se concretizam.

Ou então nossa tranqüilidade, tão duramente conquistada, é atingida por um infortúnio.

Há dificuldades ou contrariedades que podemos vencer, mas algumas vezes, a vida responde a nossos apelos com sombra e dor.

Nessas circunstâncias, alguns encontram em seu íntimo forças para resignar-se.

Em face de situações constrangedoras, dolorosas e inalteráveis, a resignação é uma atitude que apenas os bravos conseguem adotar.

Trata-se da aquiescência da razão e do coração com um regime severo imposto pela vida.

O resignado não é um covarde, mas alguém que compreende a finalidade da existência terrena.

O homem nasce na Terra para evoluir, para vencer a si mesmo e amealhar virtudes.

Justamente por isso, as dificuldades apresentam-se em seu caminho.

Algumas são contornáveis e outras não.

Às vezes, somente poderíamos sair de uma situação triste, prejudicando ou magoando o semelhante.

Como ninguém conquista a própria felicidade semeando desgraças, essa opção não é legítima.

Frente a um infortúnio inevitável, é necessário acomodar a própria vontade.

Impõe-se a consideração de que Deus rege o Universo e jamais se equivoca ou esquece de algo.

Já nascemos inúmeras vezes e renasceremos outras tantas.

A vida é uma escola, na qual passamos da ignorância e da barbárie à angelitude.

Conscientes de nosso papel de aprendizes, convém nos dedicarmos a fazer a lição do momento.

Talvez ela não seja a que desejaríamos, mas certamente é a mais adequada às nossas necessidades.

Se a vida nos reclama serenidade em face da dor, aquiesçamos. A rebeldia de nada nos adiantará.

A criatura rebelde perante as Leis Divinas apenas torna seu aprendizado lento e doloroso.

Rapidamente ela se torna cansativa para seus familiares e amigos.

Ao fazer sentir por toda parte o peso de seu amargor, infelicita os que a amam.

Resignar-se não significa desistir da luta. Implica apenas reconhecer que a luta interiorizou-se.

Quem se resigna enobrece lentamente seu íntimo, ao desenvolver novos propósitos de vida.

Tais propósitos não se resumem a um viver róseo.

Eles envolvem a percepção e a aceitação de que temos um papel a desempenhar na construção de um mundo melhor.

Esse papel pode não coincidir com nossas fantasias.

Mas é uma bênção ser um elemento do progresso, mesmo com algum sacrifício.

Outras pessoas, mirando-se em nosso exemplo, podem encontrar forças para seguir em frente.

A resignação é uma conquista do Espírito que vence suas paixões e atinge a maturidade.

Ele consegue manter a alegria e o otimismo, mesmo em condições adversas.

Ao enfrentar com tranqüila dignidade seus infortúnios, prepara-se para um amanhã venturoso.



Autor:
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo 24 do livro Leis Morais da Vida, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Piano Calm Melody 3

Piano Calm Melody 2

Piano Calm Melody

Por que reencarnamos?





É de grande importância que saibamos, cada um de nós, por que nosso Espírito voltou para a Terra, para viver mais uma "vida" aqui. Quem veio não fomos nós e sim o nosso Espírito, nós somos apenas o nome da "casca". Muitas pessoas ainda apegam-se a conceitos antiquados e equivocados, relativos a castigos, penas, etc., quando, na verdade, estamos aqui porque estarmos presos, vibratoriamente, a esse Plano, ou seja, a nossa freqüência vibratória não é suficientemente elevada que nos permita acessar definitivamente Planos superiores a esse.

Para que isso aconteça, para elevarmos nossa freqüência, para que nos libertemos deste planeta e deste Plano ainda tão imperfeito, precisamos nos libertar de nossas imperfeições, de nossas impurezas e para isso estamos aqui, e vamos e voltamos, vamos e voltamos, vamos e voltamos... Que vergonha precisarmos de tantos retornos!

Por que essa tarefa precisa ser realizada aqui e não lá no Plano Astral superior? Isso é fácil de entender, basta raciocinarmos que isso precisa ser feito em algum lugar onde existam estímulos para que as nossas imperfeições manifestem-se. Para os nossos tipos de defeitos, aqui é o lugar ideal, aqui estão os fatos (gatilhos) que fazem emergir as nossas inferioridades. E os fatos "negativos", os que nós não gostamos, são os melhores para isso!

Quando estamos no Astral superior é como quando estamos em nosso Centro Espírita, parecemos todos santos, somos pacientes, carinhosos e caridosos, os nossos defeitos desaparecem, mas quando voltamos para nossa vida cotidiana, aí as nossas características negativas de personalidade voltam a manifestar-se.

Podemos raciocinar do mesmo modo para entendermos por que viemos do Plano Astral para cá, de um lugar "melhor", mais evoluído, para um lugar "pior", menos evoluído. Quando estamos lá, devido ao estilo de vida vigente, baseado na igualdade e na fraternidade, nós parecemos santos, pois os nossos defeitos não aparecem, permanecem latentes, mas quando estamos aqui, aí sim, pelas condições sócio-culturais vigentes, eles vêm à tona e nós nos confrontamos com o que precisamos curar.

Então, é fácil perceber que viemos para um Plano rebaixado para que as nossas inferioridades venham à tona e possamos nos purificar delas. E o principal trabalho é, então, saber exatamente o que precisamos curar em nosso Espírito, as nossas imperfeições, e detectarmos quando elas se manifestam. Mas aí surge um problema, que já comentei antes: a maioria de nós acredita que tem razões suficientes para sentir ou manifestar as suas negatividades.

Quem tem raiva de alguém, acredita que tem razão de ter essa raiva, quem sente mágoa e ressentimento, acredita que são plenamente justificados esses sentimentos, quem é medroso, acredita realmente na força do seu medo, quem é tímido, acredita plenamente em sua incapacidade de manifestar-se, quem é orgulhoso, vaidoso, egocêntrico, acredita realmente em sua superioridade, quem é materialista, acredita firmemente no valor das coisas materiais, e assim por diante.

O maior obstáculo à evolução é que o Espírito encarnado sempre acredita que tem razão em seus raciocínios!

A função do reino vegetal, em nosso planeta, é de transformar as negatividades da atmosfera nas positividades que precisamos, e elas são, principalmente, os pensamentos e sentimentos negativos emanados de nós mesmos, além das nossas ações no passar dos séculos. Tudo tem uma função na natureza e a das plantas é a de purificação do planeta, e como exemplo, temos a captação do gás carbônico, que nos é tóxico, e a sua transformação em oxigênio, a base e sustentação da nossa vida na matéria.

Com a genialidade de Edward Bach, um famoso médico inglês, no início do século passado, iniciou-se um tipo de terapia, energética, baseada na pesquisa e utilização do poder curativo das flores, no que elas podem auxiliar o ser humano a transformar seus pensamentos e sentimentos, enfim, a sua personalidade. A Terapia Floral é um auxiliar do ser humano, mas que auxiliar! Por sua atuação a nível energético, dirigida aos pensamentos e sentimentos das pessoas é, na minha opinião, a melhor ajuda medicamentosa, via oral, que conheço.

Tudo que uma pessoa precise melhorar em suas características de personalidade, pode ser encontrado nas mais de 4.000 essências florais utilizadas em nosso planeta, em cerca de 40 Sistemas, em inúmeros países. Muitos médicos, psiquiatras, psicólogos e psicoterapeutas em geral, oficiais e "alternativos", estão utilizando a Terapia Floral e os resultados, muitas vezes associando-se à Alopatia, são sensacionais. Não que as essências florais curem a doença, em seus aspectos mentais, emocionais e físicos, mas mostram o Caminho e ajudam os doentes a seguir por ele, com vontade, confiança e fé.

Passados 60 anos, grande numero de terapeutas está utilizando as essências florais em seus pacientes, muitas vezes associadas também a outros métodos terapêuticos, com os medicamentos alopáticos, com os homeopáticos, com a Acupuntura, o Reiki, etc.

O antídoto da raiva é o amor, o da mágoa é a compreensão, o do medo é a coragem, o da timidez é a espontaneidade, o do orgulho é a humildade, o do materialismo é o entendimento da reencarnação. Mas o que possibilita que as pessoas curem essas crenças negativas é a conscientização de que já vieram para esse Plano terreno com essas características de personalidade em seu Espírito e que aqui, no confronto com certas situações específicas de sua vida, desde a infância, elas vieram à tona. Cada um de nós manifesta aqui o que já trouxe consigo de suas encarnações passadas, positiva e negativamente. Tudo é uma continuação, nós somos o que somos, e aí revelamos nosso grau espiritual.

O que é inferior em nós veio para ser eliminado aqui na Terra, perto do reino vegetal. No Plano Astral superior não havia estímulos específicos para fazerem aflorar a nossa raiva, a nossa vaidade, a nossa mágoa, a nossa tristeza, o nosso medo, a nossa timidez, mas aqui elas fatalmente aparecem, e aí podemos, potencialmente, nos libertar delas. Mas, geralmente, ao invés de termos bem claro que são características negativas nossas, congênitas, que nosso Espírito veio curar, passamos a lidar com elas como se fossem da nossa "casca", como se tivessem surgido aqui!

E pior, culpando outras pessoas (geralmente pai e mãe) e fatos "negativos" da vida por seu surgimento, o que é, infelizmente, incentivado pela Psicologia tradicional, que afirma que nós começamos nossa vida na infância, que aí formamos nossa personalidade e, então, se temos características negativas, algo ou alguém nos fez alguma coisa que gerou isso, ou seja, a psicoterapia tradicional, comumente, é baseada no binômio vítima-vilão, o que reforça o erro.

A Psicologia tradicional diz que nós começamos nessa vida, isso quer dizer que nascemos puros, éramos Espíritos perfeitos, e vai procurar, então, lá no "início", quem ou o quê nos estragou... Ela parte de uma base equivocada, que é um início que não é início, pois não começamos nossa vida na infância, nós somos um Espírito e estamos continuando nela uma jornada iniciada há muitíssimo tempo, tanto tempo que nosso Inconsciente até adentra o reino animal, o vegetal e o mineral! No dia em que a Psicologia incorporar a reencarnação, ela começará realmente a entender o ser humano, e descobrirá que a infância é uma continuação e não um começo.

Para que possamos saber por que nosso Espírito reencarnou, precisamos assumir os nossos defeitos (imperfeições) e aceitá-los como nossos, correlacionando os fatos "negativos" que acontecem em nossa vida, da infância até hoje, com a maneira negativa que nós sentimos e reagimos a eles. Aí encontraremos o que viemos aqui fazer, curar em nosso Espírito, pois os fatos são os fatos, mas pelo que fazem emergir de imperfeito em nós, revelam a finalidade de estarmos novamente aqui, a finalidade da nossa atual encarnação.

Se os fatos nos provocam mágoa e ressentimento, eles estão mostrando que viemos curar mágoa e ressentimento; se provocam raiva e agressividade, nos mostram que viemos curar raiva e agressividade; se provocam medo ou retraimento ou sensação de incapacidade, ou qualquer outro sintoma negativo, aí está o motivo da encarnação.

Uma pessoa muito materialista, apegada ao dinheiro e aos bens materiais, revela que seu Espírito reencarnou para curar essa postura fútil e superficial e aprofundar-se nos verdadeiros valores do amor e da caridade. O distraído, aéreo, veio para curar esse tipo de fuga, para aterrar-se. E é assim com qualquer característica negativa nossa, desde as mais graves até as mais "inofensivas".

Podemos afirmar que o que mais importa em uma encarnação é a maneira equivocada com que reagimos aos fatos, e se essa maneira repete-se, aí está, sem dúvida, o que veio ser curado. Muitos de nós, antes de reencarnar, no Astral superior, preparam a atual encarnação, nos grupos de estudo e nas conversas com os Orientadores, e lá sabemos exatamente o que viremos tentar curar nessa passagem.

Nós sabemos quem serão nossos pais, se viremos em uma família rica ou pobre, se viremos numa "casca" branca ou negra, etc., etc., e então é perda de tempo ficarmos brigando com os fatos "negativos" da nossa infância, com características desagradáveis de personalidade de nosso pai ou nossa mãe, como se não soubéssemos o que encontraríamos aqui!

E por mais negativos que pareçam os fatos da nossa infância, tudo está, potencialmente a nosso favor, pois visa o nosso progresso, a nossa cura e a nossa purificação ao nos mostrarem nossos defeitos. Mas raras pessoas atingem os seus objetivos pré-reencarnatórios, porque não entendem realmente o que é reencarnação; mesmo grande parte dos reencarnacionistas.

E o que devemos curar em nós? Todos os tipos de comportamento, de raciocínio, de características de personalidade, que nos diferenciam dos nossos irmãos mais evoluídos do Plano Astral, dos Mestres, dos Orientadores. Eles estão lá em cima, num lugar de freqüência vibratória mais elevada, o que nós temos e eles não têm mais, são as impurezas e as imperfeições, das quais viemos nos libertar.

O nosso caminho ruma para a perfeição e eles nos sinalizam o rumo, mas para isso é preciso que não culpemos nada e ninguém e entendamos que as nossas imperfeições são coisas nossas. Aspectos negativos que nos acompanham há muito tempo, há muitas encarnações, e se isso acontece, é porque não temos realmente aproveitado nossas encarnações para nos libertarmos deles, nos curarmos, nos purificarmos.

O ser humano tem sido incompetente na sua evolução espiritual, pois geralmente lida melhor com o que é terreno, o material. A regra de ouro é: ante um fato desagradável, fique bem atento ao que emerge de negativo de dentro de si, aí está a imperfeição que veio ser eliminada!

Se acreditar que tem razão para sentir essa imperfeição, entenda que esse raciocínio está vindo do seu Eu Inferior, uma fonte nada confiável... Nosso “Eu inferior” sempre acha que tem razão para sentir e manifestar raiva, mágoa, tristeza, medo, etc., enquanto que, lá de cima, nosso “Eu Superior” fica "torcendo" para que, ante as situações que fazem essas imperfeições aparecerem, nós aproveitemos para nos curarmos delas, entendendo que essas situações aparentemente negativas são potencialmente positivas para a nossa evolução espiritual (purificação).


Mauro Kwitko é Médico, Psicoterapeuta, autor de 5 livros e Presidente da Sociedade de Psicoterapia Reencarnacionista.



O que é evolução espiritual?



Todos nós, que acreditamos realmente na Reencarnação, temos a necessidade de pensar nessa questão de evolução espiritual com certa freqüência, que não seja demais para não virar ansiedade, nem pouco para não virar desleixo. Mas... o que é evolução espiritual?

Na minha maneira de ver, é uma evolução do nosso grau de consciência e ocorre pela limpeza dos nossos sentimentos e pensamentos, o que faz com que possamos, gradativamente, irmos nos libertando de nós mesmos e dirigindo nossa atenção para os outros, para todos, ou seja, sairmos do nosso egocentrismo. Se convirmos que um dos aspectos que nos diferencia dos Espíritos superiores é o fato de nós ainda necessitarmos de passagens por esse plano terreno, e eles não, devemos então entender por que é assim.

Se ainda estamos passando por vivências nesse plano material como encarnados e eles não, isso se deve ao fato de ainda não termos aprendido as lições pertinentes a este plano, o que implica na necessidade de mais "limpeza" dos nossos corpos emocional e mental referida acima. Então, se reencarnamos, por exemplo, para "limparmos" nossos corpos sutis de raiva, de ódio e de agressividade, certamente iremos passar por situações e experiências que todos passam, mas às quais reagiremos com raiva, com ódio e com agressividade, pois é disso que viemos contaminados". E é o que teremos que trabalhar em nós, e se o conseguirmos, isso propiciará nossa auto-evolução.

Outra pessoa reagirá com tristeza e com mágoa, pois é o que traz consigo, e é o que deverá trabalhar em si, para a sua auto-evolução. Uma outra pessoa reagirá com submissão e dependência e é o que deverá trabalhar em si, e assim por diante. Todos nós passamos por situações conflitantes, negativas, mas reagimos à nossa maneira, que é congênita, característica de cada um, que trouxemos ao reencarnar.

E então percebemos que evolução consiste em melhorar nossas características inferiores congênitas, pois a nossa personalidade é congênita, já nasce conosco e é, basicamente, a mesma da encarnação anterior.

Esse é um dos pilares da novíssima Psicoterapia Reencarnacionista (www.abpr.org). Podemos perceber o que viemos melhorar, ou eliminar, em nós, na atual encarnação pela constatação da maneira imperfeita como reagimos às situações e às experiências da vida, desde a infância. Mas não devemos culpar a quem faz ou fez aflorar em nós sentimentos dos quais não gostamos; essas pessoas (que geralmente são o pai, a mãe, o marido, a esposa, um filho, etc.) são agentes do nosso destino que embora, aparentemente, estejam nos fazendo mal, estão nos fazendo um bem, pois nos mostram o que viemos a melhorar em nós.

Quem reencarnou com sentimentos e pensamentos de raiva e ódio irá passando pela vida por situações cotidianas, que todos passam, mas que nele desencadearão raiva e ódio, pois é o que trouxe, até o dia em que perceba que deve curar-se disso e passará a reagir com paciência, tolerância e compreensão às mesmas situações às quais antes reagia com raiva e ódio.

O karma (lei do retorno) representa essas situações e se a lição está sendo aprendida, essa pessoa poderá dizer que está evoluindo espiritualmente. E isso lhe possibilitará aumentar sua capacidade de amar, que é a verdadeira evolução.

O mesmo raciocínio aplica-se a quem reencarnou com uma tendência, por exemplo, de reagir com sentimentos de rejeição e abandono. Essa pessoa irá reagir às situações desse modo, ou seja, com rejeição e abandono e a sua lição é aprender a mudar esse antigo modo de sentir, não magoando-se, vitimizando-se e culpando os outros. Isso possibilitará a essa pessoa a mesma evolução daquela do exemplo anterior, que precisava curar a raiva.

A maneira pessoal, de cada um de nós, de reagir às situações desagradáveis da vida é uma tendência congênita, de séculos, que já nasce conosco. De uma encarnação para outra muda apenas o corpo físico e então para sabermos como devemos evoluir, basta detectarmos nossos defeitos congênitos e irmos corrigindo-os.

O mais freqüente, que é culpar os outros, é perda de tempo, pois desvia o foco da verdadeira questão, que é a nossa tendência a reagir de modo inadequado às situações karmáticas, que é o que devemos curar em nós, ou seja, é a nossa Missão reencarnatória. Nós não teremos mais necessidade de reencarnar quando eliminarmos completamente todas nossas inferioridades e aí, então, seremos um Espírito superior.

E o que acontecerá então? A evolução continuará! O fato de não mais necessitarmos passar por experiências no plano terreno não significa que viramos "santos", apenas aprendemos as lições pertinentes a esse plano, mas continuaremos passando por vivências evolutivas em outros, sem parar.

Muitas pessoas acreditam que quando morrerem irão para um lugar melhor e que "Lá sim que é bom...". Na verdade, somos nós que estamos aqui e lá, a diferença está na freqüência vibratória da crosta terrestre ou do Plano Astral. O simples fato de desencarnar não implica numa melhora imediata dos sentimentos inferiores, apenas pode acontecer, pela perda do corpo terreno, uma mudança na visão da realidade, ou seja, pode ser corrigido o enfoque distorcido pelas ilusões de percepção da personalidade passageira.

Eu digo que pode, porque muitas vezes isso não acontece, e a personalidade desencarnada permanece com a mesma visão distorcida de quando encarnada e continuam os mesmos raciocínios e as mesmas emoções equivocadas.

Isso se observa nos chamados espíritos obsessores que ficam por aqui e nos que são atraídos vibratoriamente para o Umbral. Mas naqueles que, após a morte física, dirigem-se, ou são conduzidos, para os Postos de Socorro, Colônias ou Cidades do Plano Astral, como o Campo da Paz, Nosso Lar, etc., vai ocorrendo gradativamente uma correção das distorções da visão, ou seja, a libertação das ilusões e das armadilhas, através de um trabalho interno próprio e com a orientação de Coordenadores, Instrutores, etc.

Nada muda, obrigatoriamente, pelo ato do desencarne, devido ao simples fato de que o corpo material não sente e nem pensa, ele apenas obedece ao comando dos corpos emocional e mental, que permanecem como são após a morte do físico, no nível em que estavam, no grau de evolução que atingiram.

Para os corpos sutis nada muda com o fato de estarmos encarnados ou desencarnados, a meta é a evolução e essa deve ocorrer aqui ou em qualquer outro plano. Por isso que os medicamentos psiquiátricos, endereçados ao cérebro, não conseguem curar realmente, pois não atingem os pensamentos e os sentimentos. Os medicamentos que possuem essa ação são as essências florais e os remédios homeopáticos.

A Psicoterapia Reencarnacionista pretende difundir a aplicação aqui, durante a encarnação, de uma psicoterapia similar à que é aplicada no período interencarnações, claro que dentro das nossas limitações. Lá é aplicada pelo Guia Espiritual da pessoa desencarnada, aqui o é por nós, seres tão ou mais imperfeitos do que nossos pacientes... A finalidade é, durante a jornada terrestre, descobrirmos em que aspectos estamos errando.

Por que deixarmos para depois a correção, ou a intenção de correção, se a podemos iniciar, ou incrementar, já? A correção da visão feita aqui poupa tempo e sofrimentos inúteis! A correção da visão lá, leva o problema para a próxima "vida".

A Psicoterapia Reencarnacionista, bem aplicada, com consciência e responsabilidade, pode ajudar as pessoas a evoluírem bem mais rápido do que estão evoluindo, pela possibilidade de libertarem-se das ilusões terrenas, aprendendo a lidar com as armadilhas e compreendendo com mais clareza as suas questões kármicas, vistas como injustas ou cruéis, mas necessárias para a própria evolução e portanto benéficas do ponto de vista da Essência.

O que não for obtido durante uma encarnação será tentado novamente na próxima, após um trabalho de conscientização no período interencarnações, mas não esqueçamos que reencarnaremos exatamente no mesmo nível em nossos corpos mental e emocional, ou seja, com as mesmas tendências e a mesma necessidade de passarmos por situações “negativas” que as façam aflorar, para serem trabalhadas e melhoradas.

E assim vamos indo, encarnação após encarnação, até que nos purifiquemos, até que eliminemos as nossas inferioridades, até que estejamos aptos a prosseguir nossa evolução no Plano Astral. E mais tarde no Plano Mental, no Causal, e assim por diante, rumo ao núcleo do Universo, à Origem.

Uma Reencarnação é um dia de aula em uma escola que chamamos erroneamente de "vida" e estamos aqui para estudar e aprender.

As armadilhas nos distraem e nos prendem. Devemos conhecer a nossa estrutura energética e dos diversos Planos evolutivos, devemos estudar, pesquisar, e estarmos atentos ao que devemos curar em nós. Não devemos culpar nada e ninguém, pelo contrário, devemos agradecer a qualquer pessoa ou situação que nos possibilite perceber que ainda não estamos curados, que ainda não somos perfeitos.

Não devemos esquecer que somos uma Consciência em aprimoramento e que estamos encarnados como um personagem que irá passando por experiências e vivências baseadas no que precisa curar, e o resultado disso dependerá basicamente do grau de correção da nossa visão durante essa permanência terrena.

Então, evolução espiritual tem a ver com a melhoria da nossa miopia espiritual e os óculos são o discernimento, o conhecimento e a limpeza dos nossos sentimentos. Precisamos todos de mais coração e menos mente, mais afeto, menos intelectualismo, mais carinho, menos correria, mais natureza, menos TV, mais paisagem, menos computador, mais música para o Espírito, menos para as pernas, mais lealdade, menos interesse, mais contato físico, menos chats, mais olho no olho, menos digitação. Ou então, estou ficando velho...


Mauro Kwitko é Médico, Psicoterapeuta, autor de 5 livros e
Presidente da Sociedade de Psicoterapia Reencarnacionista.