Quando um relacionamento termina os questionamentos são muitos. Nossa cabeça quer respostas e buscamos encontrar um culpado, alguém que se responsabilize por toda dor que sentimos. Nos perguntamos se erramos, onde erramos, onde nos perdemos. Olhamos para os lados e só encontramos um vazio, olhamos para dentro de nós mesmos e só encontramos dor.
Como conseguimos nos machucar tanto? Nos machucamos ao permitir que colocassem uma faca onde já existia uma ferida e, assim, não a deixamos cicatrizar, pois cada vez que pára de sangrar, recomeçamos a mexer na ferida, muitas vezes sem percebermos, e quando nos damos conta, já está sangrando novamente. E como dói! Por que insistimos tanto naquilo que nos faz mal, nos faz sofrer?
Será que nosso sofrimento não se torna tão intenso por negarmos a realidade dos fatos? No que realmente acreditamos, enquanto o relacionamento durou? Na pessoa como ela é ou naquilo que gostaríamos que ela fosse? Acreditamos no outro como ele se apresenta, ou na imagem que idealizamos que ele seja? Por que insistimos em mudar o que, ou quem, não quer ser mudado? Talvez a resposta seja que devemos enfrentar e aceitar a realidade dos fatos e não a realidade que gostaríamos que existisse. Sofremos não pela realidade em si, mas pela busca de nossa verdade. Ficamos esperando que o outro mude e quanto mais esperamos, menos reagimos e mais sofremos; adiando cada vez mais nossa capacidade em nos reconstruir; esperando que quem foi embora, volte para nos salvar.
Os motivos que nos fazem entrar em relacionamentos que acabam deixando muita dor podem ser muitos, e depois que estamos envolvidos emocionalmente, mais difícil ainda se torna sair dele ou aceitar seu fim. Enquanto se está junto de alguém é muito comum cedermos em valores que são importantes para nós e aos poucos, eles vão se somando, até que não conseguimos mais suportar conviver com quem se tornou um total desconhecido: nós mesmos! Pois chegamos em um ponto, que nem sabemos mais quem somos. Nos perdemos aos poucos e perdemos também quem amamos.
Quando esquecemos de nós mesmos, nos desvalorizamos, deixamos de nos cuidar, entre muitos motivos, por estarmos muito ocupados em fazer o outro feliz. É quando a outra pessoa faz exatamente o mesmo com nós, cuida de si mesma como se não existíssemos. Aos poucos e com o tempo, vamos perdendo a beleza, o brilho, a luz, a energia, a vontade, a conexão com nossos sentimentos e, principalmente, com nossa voz interior.
Quantos sinais recebemos que não daria certo, e sequer ouvimos? Nosso verdadeiro eu começa a ficar tão distante, que não conseguimos mais distinguir o certo do errado, o caminho a ser seguido e acreditamos estar sofrendo porque o outro nos deixou. Será que ficamos sem chão, sem ar, com o coração sangrando, a alma dilacerada, por que o outro foi embora ou por que perdemos a conexão com nós mesmos, quando aos poucos, fomos nos abandonando? Será que nosso sofrimento é mesmo por que o outro foi embora ou é nossa alma que chora há tempos pela nossa própria ausência?
Não podemos negar que uma separação dói e muito, mas a intensidade e a duração do nosso sofrimento, se é que podemos medir sofrimento, perdura de acordo com o tempo que levamos para nos aproximarmos de quem somos. Muitas pessoas entram em depressão.
A tristeza é tanta, que se torna crônica. Ficam deprimidas exatamente pela negação da realidade e sua dificuldade em enfrentarem sua própria verdade. A depressão nada mais é do que um convite para a reflexão, uma oportunidade de mergulharmos em nosso interior, já dizia Jung. Sofremos, mais do que o necessário, porque nos abandonamos, nos negligenciamos, nos perdemos de nós mesmos. E choramos pelo outro quando, na verdade, devíamos estar chorando por nós mesmos, e principalmente, pelo que permitimos que fizessem com aquilo que damos o nome de amor!
É uma carência da ausência, antes de tudo, de nós mesmos.
Quando sentimos dor é porque de alguma forma resistimos às mudanças, preferimos amar o outro, mesmo que tenha nos deixado, a ter que amar a nós mesmos e assim, sofremos. Se não podemos modificar alguém, nem torná-lo naquilo que gostaríamos, por que não começamos as mudanças dentro de nós? Por que continuar querendo se aproximar de quem se foi e se manter tão distante de si mesmo? Por que ficar esperando pelo amor do outro, quando há tanto amor dentro de si? Será que esse não é o momento de descobrir suas próprias verdades, satisfazer suas próprias necessidades, ouvir seu próprio coração e deixar que ele fale o que significa realmente amar?
Como conseguimos nos machucar tanto? Nos machucamos ao permitir que colocassem uma faca onde já existia uma ferida e, assim, não a deixamos cicatrizar, pois cada vez que pára de sangrar, recomeçamos a mexer na ferida, muitas vezes sem percebermos, e quando nos damos conta, já está sangrando novamente. E como dói! Por que insistimos tanto naquilo que nos faz mal, nos faz sofrer?
Será que nosso sofrimento não se torna tão intenso por negarmos a realidade dos fatos? No que realmente acreditamos, enquanto o relacionamento durou? Na pessoa como ela é ou naquilo que gostaríamos que ela fosse? Acreditamos no outro como ele se apresenta, ou na imagem que idealizamos que ele seja? Por que insistimos em mudar o que, ou quem, não quer ser mudado? Talvez a resposta seja que devemos enfrentar e aceitar a realidade dos fatos e não a realidade que gostaríamos que existisse. Sofremos não pela realidade em si, mas pela busca de nossa verdade. Ficamos esperando que o outro mude e quanto mais esperamos, menos reagimos e mais sofremos; adiando cada vez mais nossa capacidade em nos reconstruir; esperando que quem foi embora, volte para nos salvar.
Os motivos que nos fazem entrar em relacionamentos que acabam deixando muita dor podem ser muitos, e depois que estamos envolvidos emocionalmente, mais difícil ainda se torna sair dele ou aceitar seu fim. Enquanto se está junto de alguém é muito comum cedermos em valores que são importantes para nós e aos poucos, eles vão se somando, até que não conseguimos mais suportar conviver com quem se tornou um total desconhecido: nós mesmos! Pois chegamos em um ponto, que nem sabemos mais quem somos. Nos perdemos aos poucos e perdemos também quem amamos.
Quando esquecemos de nós mesmos, nos desvalorizamos, deixamos de nos cuidar, entre muitos motivos, por estarmos muito ocupados em fazer o outro feliz. É quando a outra pessoa faz exatamente o mesmo com nós, cuida de si mesma como se não existíssemos. Aos poucos e com o tempo, vamos perdendo a beleza, o brilho, a luz, a energia, a vontade, a conexão com nossos sentimentos e, principalmente, com nossa voz interior.
Quantos sinais recebemos que não daria certo, e sequer ouvimos? Nosso verdadeiro eu começa a ficar tão distante, que não conseguimos mais distinguir o certo do errado, o caminho a ser seguido e acreditamos estar sofrendo porque o outro nos deixou. Será que ficamos sem chão, sem ar, com o coração sangrando, a alma dilacerada, por que o outro foi embora ou por que perdemos a conexão com nós mesmos, quando aos poucos, fomos nos abandonando? Será que nosso sofrimento é mesmo por que o outro foi embora ou é nossa alma que chora há tempos pela nossa própria ausência?
Não podemos negar que uma separação dói e muito, mas a intensidade e a duração do nosso sofrimento, se é que podemos medir sofrimento, perdura de acordo com o tempo que levamos para nos aproximarmos de quem somos. Muitas pessoas entram em depressão.
A tristeza é tanta, que se torna crônica. Ficam deprimidas exatamente pela negação da realidade e sua dificuldade em enfrentarem sua própria verdade. A depressão nada mais é do que um convite para a reflexão, uma oportunidade de mergulharmos em nosso interior, já dizia Jung. Sofremos, mais do que o necessário, porque nos abandonamos, nos negligenciamos, nos perdemos de nós mesmos. E choramos pelo outro quando, na verdade, devíamos estar chorando por nós mesmos, e principalmente, pelo que permitimos que fizessem com aquilo que damos o nome de amor!
Demos tudo! Carinho, colo, ombro, respeito, verdade, amizade, cumplicidade, sinceridade, fidelidade, e tudo mais que um ser humano quando ama é capaz de doar. E o que recebemos? Desprezo, mentira, abandono, traição e tudo aquilo que dói em nosso coração. Amar é isso? Não, amar não é sofrer, se sofremos pode ser aquilo que insistimos em chamar de amor, ou o que pensamos que era amor, mas com certeza não é amor. Mas o que é então? É nossa necessidade em sermos amados, aceitos, aprovados, reconhecidos. É uma enorme necessidade que o nosso vazio seja preenchido com aquilo que não nos sentimos capazes de nos dar.
É uma carência da ausência, antes de tudo, de nós mesmos.
Quando sentimos dor é porque de alguma forma resistimos às mudanças, preferimos amar o outro, mesmo que tenha nos deixado, a ter que amar a nós mesmos e assim, sofremos. Se não podemos modificar alguém, nem torná-lo naquilo que gostaríamos, por que não começamos as mudanças dentro de nós? Por que continuar querendo se aproximar de quem se foi e se manter tão distante de si mesmo? Por que ficar esperando pelo amor do outro, quando há tanto amor dentro de si? Será que esse não é o momento de descobrir suas próprias verdades, satisfazer suas próprias necessidades, ouvir seu próprio coração e deixar que ele fale o que significa realmente amar?
Rosemeire Zago é psicóloga clínica, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática. Desenvolve o autoconhecimento através de técnicas de relaxamento, interpretação de sonhos, importância das coincidências significativas, mensagens e sinais na vida de cada um, promovendo também o reencontro com a criança interior.
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